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Anatomia Humana -Sistema nervoso central part 3

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Lobos do córtex cerebral 
Existem muitos sulcos (depressões) na superfície dos hemisférios cerebrais. Entre esses sulcos existem 
cristas de tecido cerebral retorcido, chamadas giros. Alguns dos sulcos mais profundos dividem cada 
hemisfério cerebral em cinco grandes lobos. 
 
 
 
Lobo frontal – abaixo do osso frontal, estende-se posteriormente até o sulco central, que separa o lobo 
frontal do parietal. O giro pré-central, contendo o córtex motor primário, situa-se imediatamente antes do 
sulco central. O lobo frontal contém áreas funcionais que planejam, iniciam e executam o movimento 
motor, incluindo a movimentação dos olhos e a produção da fala. A região mais anterior é responsável pelo 
raciocínio, planejamento, tomada de decisão e memória de trabalho, além de outras funções executivas. 
Lobo parietal – abaixo dos ossos parietais, estende-se posteriormente ao sulco central até o sulco 
parietoccipital. O sulco lateral forma seu limite inferior. O giro pós-central, imediatamente posterior ao sulco 
central, contém o córtex somatossensorial primário. O lobo parietal processa estímulos sensoriais, 
permitindo a percepção consciente da sensação somática geral, a percepção espacial dos objetos, sons e 
partes do corpo e a compreensão da fala. 
Lobo occipital – abaixo do osso occipital, forma a porção posterior do cérebro e contém o córtex visual. Ele 
é separado do lobo parietal pelo sulco parietoccipital na superfície medial do hemisfério. 
Ínsula – localizada profundamente no sulco lateral, forma parte de seu assoalho. Ela é coberta por partes 
dos lobos temporal, parietal e frontal. Contém o córtex sensorial visceral do paladar. 
Lobo temporal – abaixo do osso temporal, é separado dos lobos parietal e frontal sobrejacentes pelo sulco 
lateral profundo. Contém o córtex auditivo e o córtex olfatório e funciona no reconhecimento de objetos, 
palavras, faces e na compreensão da linguagem. 
 
Algo Mais 
Em 1909, o neurologista Korbinian Brodmann mapeou o córtex cerebral em 47 áreas estruturais. Os 
primeiros métodos para localizar as regiões funcionais do córtex cerebral eram bem rudes: estudar os 
defeitos mentais das pessoas e animais portadores de lesões encefálicas localizadas e permanentes ou 
estimular e registrar a atividade elétrica na superfície do cérebro exposto durante cirurgias no encéfalo. Por 
volta de 1990, duas técnicas de neuroimagem funcional – PET e RNM – revolucionaram a ciência do cérebro. 
Elas revelam áreas de fluxo sanguíneo máximo para o cérebro que, presumidamente, participam da 
atividade mental que está sendo realizada. 
Áreas funcionais do córtex cerebral 
O córtex cerebral é o responsável pela consciência humana, controle dos movimentos voluntários, 
comunicação, memória e compreensão do mundo. O córtex cerebral contém bilhões de neurônios 
organizados em seis camadas. 
As áreas funcionais no córtex cerebral são: 
1.Áreas sensoriais (córtex sensoriais primários), que permitem a percepção consciente da sensação. Existe 
uma área sensorial para cada um dos sentidos principais. 
2. Áreas de associação, que integram informações diversas para viabilizar a ação intencional, que podem ser: 
a) Sensorial – ligadas a um córtex sensorial primário; 
b) Multimodal – recebem e integram aferências de várias regiões do córtex cerebral. 
3. Áreas motoras, que controlam as funções motoras voluntárias. 
Imagine que você está em uma sala de aula e uma buzina dispara. A informação segue esta hierarquia: 
1- A informação sensorial (som) é recebida e percebida pelo córtex sensorial primário, que o habilita ouvir a 
buzina. 
2- A informação é retransmitida para a área de associação sensorial que atribui significado à aferência 
sensorial. No caso, o córtex de associação auditivo indica que a buzina é um alarme de incêndio. 
3- As áreas de associação multimodais integram o som à experiência pregressa (é um belo dia de primavera, 
época em que incêndios são comuns) e a outras informações sensoriais (não há cheiro de fumaça nem som 
de sirene do carro de bombeiros se aproximando da escola). Então, essas áreas elaboram uma resposta 
motora (pegar a bolsa e caminhar até a saída mais próxima). 
4- O córtex motor inicia os movimentos necessários para executar o plano motor e você sai da sala de aula. 
Como você sabe, todo esse processamento ocorre muito rapidamente, resultando em uma resposta motora 
dentro de uma fração de segundo. 
Veja as áreas funcionais do córtex cerebral na figura abaixo. Não confunda as áreas motora e sensorial com 
neurônios motores e sensoriais. Todos os neurônios no córtex cerebral são interneurônios, que, por 
definição, estão confinados inteiramente ao SNC. 
 
 
Áreas sensoriais 
Áreas somatossensoriais – o córtex somatossensorial primário recebe informações dos sentidos somáticos 
gerais (tato, pressão, vibração, dor e temperatura da pele e propriocepção dos músculos e articulações). 
Cada região recebe estímulos sensoriais de uma área específica do corpo; desse modo, a entrada sensorial 
do corpo pode ser mapeada no giro pós-central, no chamado homúnculo sensorial (figura mais adiante). A 
quantidade de córtex somatossensorial dedicada a uma região do corpo está relacionada com a 
sensibilidade dessa região. Os lábios e as pontas dos dedos são as partes mais sensíveis do corpo e, 
portanto, as maiores partes do homúnculo sensorial. Há uma projeção contralateral dos receptores 
sensoriais até o córtex sensorial. Ou seja, o hemisfério cerebral direito recebe seus estímulos sensoriais do 
lado esquerdo do corpo e vice-versa. O córtex de associação somatossensorial integra os estímulos 
sensoriais (tato, pressão e outros) em uma compreensão abrangente do que está sendo sentido. 
Áreas visuais – o córtex visual primário está no lobo occipital, principalmente no sulco calcarino. Ele 
também exibe projeção contralateral: a metade direita do espaço visual é representada no córtex visual 
esquerdo, e vice-versa. Ele observa a orientação dos objetos que estão sendo visualizados, consolidando os 
estímulos sensoriais dos dois olhos. A área de associação visualcontinua o processamento da informação 
visual, analisando a cor, a forma e o movimento. 
Áreas auditivas – o córtex auditivo primário funciona na percepção consciente do som e está no lobo 
temporal, principalmente dentro do sulco lateral. A área de associação auditiva permite a avaliação de um 
som, como um chiado, um trovão ou uma música. 
Córtex vestibular (equilíbrio) – localiza-se na ínsula e é responsável pela percepção consciente da sensação 
de equilíbrio, ou seja, da posição da cabeça no espaço. 
Córtex gustatório – localiza-se na ínsula e está ligado à percepção consciente dos estímulos do paladar. 
Córtex olfatório – está no lobo temporal, na região do úncus, e resulta na percepção consciente dos odores. 
Área sensorial visceral – localizada profundamente no sulco lateral na ínsula. Essa área recebe estímulos 
sensoriais gerais (dor, pressão, fome etc.) dos órgãos torácicos e abdominais. 
Mapas corporais no córtex motor primário e no córtex somestésico do cérebro. A quantidade relativa e a 
localização do tecido cortical dedicado a cada função são proporcionais à distorção dos diagramas corporais 
(homúnculos). 
 
 
Áreas motoras 
Córtex motor primário – localiza-se ao longo do giro pré-central do lobo frontal, onde existem grandes 
neurônios chamados células piramidais. Os longos axônios dessas células formam os tratos piramidais, que 
descem pelo tronco encefálico e pela medula espinal. Eles se comunicam com os neurônios motores para 
realizar movimentos voluntários precisos do corpo. A projeção dos axônios piramidais é contralateral. A 
representação do corpo mapeada no córtex motor é ilustrada pelo homúnculo motor na figura anterior. 
Repare que as representações da face e da mão são desproporcionalmentegrandes: os músculos da face e 
da mão conseguem executar movimentos muito delicados e hábeis, já que tantas células piramidais os 
controlam. 
Córtex pré-motor – planeja e coordena movimentos complexos e retransmite o plano para o córtex motor 
primário, visando à execução. Ele recebe informações altamente processadas das regiões sensoriais e 
multimodais do córtex e, com isso, controla as ações voluntárias que dependem de feedback sensorial sobre 
as relações espaciais; por exemplo, ao pegar um objeto escondido. 
Campo ocular frontal – controla os movimentos voluntários dos olhos, em especial quando se olha 
rapidamente para algo, como acontece quando os olhos acompanham um objeto móvel. 
Área de Broca – encontra-se na parte inferior do córtex pré- motor no hemisfério cerebral dominante para a 
linguagem (geralmente o esquerdo). Ela controla os movimentos motores necessários para a fala e está bem 
conectada às áreas de compreensão da linguagem, na área de associação posterior. A região 
correspondente no hemisfério intuitivo-emocional (geralmente o direito) controla as conotações emocionais 
fornecidas pelas palavras faladas. 
Área de associação posterior – está situada na interface das áreas de associação visual, auditiva e 
somatossensorial, nos lobos parietal e temporal. Ela integra todos esses tipos de informação sensorial para 
formar uma percepção unificada da entrada sensorial. Uma de suas funções é a percepção da localização 
espacial do corpo. Além disso, os processamentos visual e auditivo seguem duas vias cada um: via do 
“onde”, que percebe a relação espacial entre vários objetos ou estímulos sonoros, e via do “que”, pela qual 
se identifica o que as coisas são (reconhece objetos, palavras durante a leitura e faces ou o som). Outra 
função está relacionada à compreensão da linguagem e à fala, por meio das vias do “que” e da área de 
Wernicke – elas estão muito ligadas às regiões motoras que produzem a linguagem (área de Broca). 
Área de associação anterior (córtex pré-frontal) – recebe informações sensoriais altamente processadas da 
área de associação posterior, integra essas informações às experiências pregressas por meio da conexão 
com a área de associação límbica e planeja/inicia as respostas motoras. Nessa área ocorrem também 
funções cognitivas como raciocinar, perceber e lembrar- se intencionalmente das informações. 
Área de associação límbica – está situada no lado mediano dos hemisférios cerebrais e inclui o giro do 
cíngulo, o hipocampo e o giro para-hipocampal. Ela está ligada à memória e à emoção. Também processa as 
emoções relacionadas às interações pessoais e sociais complexas e guia a resposta emocional. Essa região 
cortical faz parte do sistema límbico, um sistema cerebral funcional. 
Algo Mais 
O funcionamento adequado da área de associação anterior é necessário para processar ideias abstratas, 
raciocinar e decidir, controlar os impulsos, planejar em longo prazo, solucionar problemas complexos e 
também para a flexibilidade mental, as habilidades sociais, o bom humor, a empatia e a consciência. Ela tem 
ligações estreitas com a parte emocional (límbica) do cérebro, por isso também está relacionada ao humor. 
A tremenda elaboração da área de associação anterior distingue os humanos dos outros animais. Essa área é 
uma das últimas partes do cérebro a amadurecer. Ela não se forma plenamente até a idade adulta – um fato 
que explica por que falta bom senso aos adolescentes. 
Lateralização do funcionamento cortical 
Você já viu que existe alguma divisão do trabalho entre os hemisférios cerebrais direito e esquerdo, certo? 
Além disso, os hemisférios são especializados em diferentes funções cognitivas: na maioria das pessoas (90 a 
95%), o hemisfério esquerdo controla as capacidades de linguagem, matemática e lógica, enquanto o direito 
está mais ligado às habilidades visuais espaciais, leitura das expressões faciais, intuição, emoção e 
habilidades artísticas e musicais. Apesar de suas diferenças, os dois hemisférios cerebrais são quase 
idênticos quanto à estrutura e compartilham a maioria das funções e memórias. Esse compartilhamento é 
possível porque os hemisférios se comunicam através de tratos fibrosos brancos (fibras comissurais). 
Substância branca do cérebro 
Por meio das fibras que formam a substância branca cerebral, as diversas áreas do córtex cerebral se 
comunicam umas com as outras e com o tronco encefálico e a medula espinal. A maioria dessas fibras é 
mielinizada e reunida em feixes, formando grandes tratos. Elas podem ser classificadas como: 
Fibras comissurais – cruzam o SNC de um lado a outro. Elas permitem que os dois hemisférios trabalhem 
coordenadamente. A maior comissura é o corpo caloso (corpo espessado), uma ampla faixa situada acima 
dos ventrículos laterais e posicionada profundamente na fissura longitudinal. 
Fibras de associação – conectam diferentes partes do mesmo hemisfério. 
Fibras de projeção – descem do córtex cerebral para as partes mais caudais do SNC ou sobem para o córtex. 
Através dessas fibras a informação sensorial alcança o córtex cerebral e as instruções motoras saem do 
córtex. Elas formam um feixe compacto chamado cápsula interna, que passa por entre o tálamo e os núcleos 
da base. 
Substância cinzenta profunda do cérebro 
Consiste em núcleos cerebrais, especialmente os chamados núcleos da base, como vemos na figura. Apesar 
de algumas divergências entre os autores, a maioria concorda que os núcleos da base são: 
Claustro – função desconhecida. 
Corpo amigdaloide – faz parte do sistema límbico. 
Corpo estriado 
✓ núcleo caudado; 
✓ putâmen; 
✓ globo pálido. 
Núcleo basal de Meynert – relacionado com a estimulação, a aprendizagem, a memória e o controle motor. 
Sua degeneração está associada à doença de Alzheimer. 
Núcleo accumbens – integra o corpo estriado ventral do cérebro. 
 
De maneira funcional, os núcleos basais cooperam com o córtex cerebral no controle dos movimentos: 
iniciam, interrompem e regulam a intensidade dos movimentos voluntários ordenados e executados pelo 
córtex cerebral. Também controlam as tarefas rítmicas e repetitivas e participam da aprendizagem dos 
hábitos. Além disso, estimam de algum modo a passagem do tempo. 
 
Sistemas funcionais do encéfalo 
São redes de neurônios que trabalham em conjunto, apesar de abrangerem distâncias grandes no encéfalo. 
Veremos, a seguir, o sistema límbico e a formação reticular. 
1. Sistema límbico – é responsável pelo impacto emocional que as ações, os comportamentos e as situações 
exercem sobre nós, direciona nossa resposta para essas emoções e atua na criação, no armazenamento e na 
recuperação das memórias, particularmente as que despertam emoções fortes. Esse sistema funcional 
consiste em um grupo de estruturas localizadas na face medial de cada hemisfério cerebral e no diencéfalo, 
sendo as principais: 
Giro do cíngulo-Por meio de duas conexões com as regiões sensoriais, faz a mediação da resposta emocional 
a esses estímulos, como considerar estímulos dolorosos desagradáveis, por exemplo. Suas conexões com o 
hipotálamo e o córtex pré-frontal geram e controlam as respostas viscerais e emocionais às emoções. 
Formação hipocampal- (hipocampo e giro para-hipocampal) – codifica, consolida e depois recupera as 
lembranças dos fatos e eventos. 
Corpo amigdaloide- Processa o medo, estimula a resposta simpática para essa sensação e forma as 
memórias dessas experiências com base inteiramente em seu impacto emocional. Isso é benéfico porque 
permite que os indivíduos tomem decisões sobre situações difíceis e arriscadas, com base nas lembranças 
das experiências emocionais pregressas. 
2. Formação reticular – localizada no centro do tronco encefálico; podemos destacar os seguintes núcleos: 
Núcleos da rafe-Dispõem-se ao longo da linha mediana, contêm neurônios ricos em serotonina. 
Locus ceruleus- Localizam-se no assoalho do IV ventrículo, contêm neurônios ricos em noradrenalina. 
Substância cinzenta periaquedutal- Circunda o aqueduto cerebral, importante na regulação da dor. 
Área tegmentar ventral- Situada na parte ventral do tegmento do mesencéfalo, contêm neurônios ricos em 
dopamina. A formação reticular tem conexões espalhadas que permitem governar a estimulação do 
encéfalo como um todo. Certos neurônios reticulares enviam um fluxo contínuo de impulsos para o cérebro 
(via retransmissões no tálamo), mantendo assim o córtex cerebral em um estado alerta, consciente. Eles 
mantêm a consciência e a vigília, constituindo o chamado sistema ativador reticular ascendente (SARA). Os 
principais tratos sensoriais ascendentes fazem sinapse com os neurônios do SARA e, por isso, os estímulos 
visuais, auditivos e táteis conservam as pessoas acordadas e mentalmente alertas. A lesão severa no SARA é 
uma causa do coma. Estímulos diferentes do SARA, ao nível do bulbo e da ponte, produzem o efeito do 
sono. Algumas vias descendentes, por meio da medula espinal, estimulam a contração dos músculos 
posturais, enquanto outras diminuem o tônus muscular quando uma pessoa está dormindo. Também há 
neurônios que influenciam a frequência cardíaca, a pressão arterial, a respiração e a percepção da dor. 
IMPORTANTE 
O líquido cerebrospinal também é chamado de líquido cefalorraquidiano, fluido cerebrospinal ou, ainda, 
líquor. 
Meninges, líquido cerebrospinal e vascularização 
O encéfalo é protegido contra impactos por meninges e pelo amortecimento aquoso do líquido 
cerebrospinal. Além disso, a barreira hematoencefálica protege o tecido nervoso das substâncias nocivas 
transportadas pelo sangue. 
As meninges são três membranas de tecido conjuntivo situadas no lado externo do encéfalo e da medula 
espinal, como na figura abaixo. 
 
Meninges em volta do encéfalo. Três meninges − dura-máter, aracnoide-máter e pia-máter − exibidas em 
visualização frontal. 
As camadas meníngea e periosteal da dura-máter se separam e formam o seio sagital superior. As duas 
camadas meníngeas se fundem e se estendem na fissura longitudinal, formando a foice do cérebro. 
Também são exibidas as granulações aracnoides, que devolvem o líquido cerebrospinal para o seio dural. 
 
As três Meninges 
Dura-máter- É a mais espessa e resistente. Ao redor do encéfalo, apresenta duas camadas fundidas, que se 
separam apenas para envolver os seios venosos. Ela forma algumas extensões planas que limitam o 
movimento do cérebro dentro do crânio: a foice do cérebro, a foice do cerebelo e o tentório do cerebelo. 
Aracnoide-máter- Encontra-se logo abaixo da dura-máter e entre elas situa-se o fino espaço subdural. 
Abaixo dela está o amplo espaço subaracnóideo, que é atravessado por fios como uma teia, que segura a 
aracnoide-máter na pia-máter subjacente. Esse espaço é preenchido com líquido cerebrospinal e contém os 
maiores vasos sanguíneos que abastecem o encéfalo. Sobre a parte superior do encéfalo, a aracnoide-máter 
forma as granulações aracnoides, que se projetam no seio sagital superior e agem como válvulas, 
permitindo a passagem do líquido cerebrospinal do espaço subaracnóideo para os seios venosos durais. 
Pia-máter- É delicada e altamente vascularizada com vasos sanguíneos finos. Ao contrário das outras 
meninges, ela adere firmemente à superfície do encéfalo, acompanhando cada espiralamento. 
As funções das meninges são: 
- Cobrir e proteger o SNC. 
- Confinar e proteger os vasos sanguíneos que abastecem o SNC. 
- Conter o líquido cerebrospinal. 
O líquido cerebrospinal é um líquido aquoso que preenche o espaço subaracnóideo e as cavidades 
ventriculares do encéfalo e da medula espinal e ajuda na proteção e nutrição do tecido neural. O encéfalo e 
a medula espinal realmente flutuam no líquor, o que impede que esses órgãos delicados sejam esmagados 
sob seu próprio peso. Embora tenha composição similar ao plasma sanguíneo que o origina, o líquido 
cerebrospinal contém mais íons sódio e cloro e menos proteínas. É produzido nos ventrículos do encéfalo 
(nos plexos corioides), circula pelas cavidades ventriculares do SNC e pelo espaço subaracnóideo e é 
reabsorvido para o sangue nos seios venosos durais. 
 
A barreira hematoencefálica é resultado das junções impermeáveis entre as células do epitélio dos capilares 
cerebrais, fazendo com que esses capilares sejam os menos permeáveis do corpo. 
Assim, ela protege o tecido nervoso contra toxinas transportadas pelo sangue, como a ureia, as toxinas 
brandas dos alimentos e as toxinas bacterianas. Contudo, ela permite a entrada de nutrientes (incluindo o 
oxigênio) e dos íons necessários para os neurônios, além de moléculas lipossolúveis (permitindo que o 
álcool, a nicotina e os agentes anestésicos cheguem aos neurônios cerebrais). 
Algo Mais 
Observe em um atlas de anatomia a localização das principais artérias e veias do encéfalo. 
Veremos agora a vascularização do encéfalo na figura abaixo. Para executar as diferentes funções 
estudadas, o encéfalo recebe cerca de 1/6 do débito cardíaco em repouso. O suprimento arterial provém 
das artérias carótida interna e vertebral e de seus ramos, que irrigam as seguintes estruturas: 
Encéfalo. 
 
1. Artéria carótida interna – paredes do seio cavernoso e hipófise. 
a) Artéria cerebral anterior – superfície medial e superior dos hemisférios cerebrais e o lobo frontal. Artéria 
comunicante anterior – faz uma anastomose (conexão) entre a artéria cerebral anterior de cada hemisfério, 
formando o círculo arterial do cérebro (polígono de Willis). 
b) Artéria cerebral média (continuação da artéria carótida interna) – superfície lateral dos hemisférios 
cerebrais e o lobo temporal. 
2. Artéria vertebral – cerebelo e meninges cranianas. 
a) Artéria basilar – tronco encefálico e cerebelo. 
Artéria cerebral posterior – superfície inferior dos hemisférios cerebrais e o lobo occipital. 
Artéria comunicante posterior – trato óptico, pedúnculo cerebral e tálamo. 
Algo Mais 
O círculo arterial do cérebro, também conhecido como polígono de Willis, é uma anastomose entre as 
principais artérias que irrigam o encéfalo: comunicante anterior, cerebrais anteriores, carótidas internas, 
comunicantes posteriores e cerebrais posteriores. Ele tem formato semelhante a um pentágono e está 
localizado na superfície do encéfalo. Já a drenagem venosa do encéfalo é realizada por veias que drenam 
para os seios durais (seios venosos da dura-máter) e deles para as veias jugulares internas principalmente.

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