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CAPÍTULO 2 - TRIBUTO

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RESUMO - DIREITO TRIBUTÁRIO I – JUR3411- 2018/2
Prof. Luiz Antonio de Paula – PUC/GOIAS
CAPÍTULO 2 - O TRIBUTO
Conceito geral
No conceito geral que nos é dado pelo Código Tributário Nacional (Art. 3º) temos que:
“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”
Analisando didaticamente a disposição do CTN, podemos entender melhor a definição:
tributo é prestação pecuniária compulsória prestação é o ato pelo qual alguém cumpre uma obrigação e, neste sentido, prestação pecuniária é aquela que tem conteúdo monetário, ou seja, deve ser satisfeita em dinheiro. A compulsoriedade é a característica principal das receitas derivadas, decorrentes da imposição do poder soberano do Estado – significa que ninguém paga tributo voluntariamente, mas em obediência ao mandamento impositivo emanado da Lei.
em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir significa que a prestação deve ser cumprida em moeda corrente do país, todavia, admite-se também que satisfação se faça por meio de algo equivalente, que tenha um valor que possa ser expresso em moeda. É o caso do pagamento em cheque, títulos da dívida pública, etc. 
que não constitua sanção de ato ilícito o tributo não é penalidade, ou seja, não tem como fato determinante da sua imposição a prática de um ato ilícito. O que determina a cobrança do tributo é o fato gerador (um fato econômico ou de conteúdo econômico) em si, sem levar em conta a licitude ou ilicitude de tal fato
instituída em lei todo tributo deve ser instituído em lei, em obediência ao princípio constitucional da estrita legalidade. Na instituição do tributo a lei deve definir o sujeito passivo e explicitar todos os elementos do fato gerador
e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada significa que o lançamento (ato administrativo que vai quantificar e tornar exigível a obrigação) deve ser efetuado em total observância à determinação legal, ou, no dizer de Fábio Fanucchi é o ato “plenamente vinculado aos ditames da lei, não podendo se afastar das determinação nela expressas”, sob pena de responsabilidade funcional.
Segundo o artigo 5º do CTN os tributos são os impostos, as taxas e as Contribuições de Melhoria. A essa classificação tradicional, devem-se acrescentar, por força do disposto nos artigos 148 e 149 da Constituição federal, os empréstimos compulsórios (Art. 148) e as Contribuições Especiais (Art. 149).
Diante das várias espécies enumeradas, prescreve o CTN que:
Art. 4º - A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: 
I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II - a destinação legal do produto de sua arrecadação.
A situação que o legislador escolher como fato gerador da obrigação de pagar o tributo determinará a respectiva espécie tributária, independentemente da denominação adotada pela norma e da destinação que for atribuída ao produto de sua arrecadação.
Assim, a natureza jurídica de cada uma das espécies tributárias e de determinada exclusivamente pelo fato gerador da respectiva obrigação, impedindo-se, com isso, que o Poder Público venha criar novas espécies de tributos baseadas simplesmente na mudança do nomen juris ou com a vinculação do produto de sua arrecadação a certos órgãos, fundos, serviços, etc.
CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS, COM SUAS ESPÉCIES E SUBESPÉCIES. (Curso de direito tributário completo/Leandro Paulsen – 9 ed. – São Paulo. Saraiva Educação. 2018)
IMPOSTOS
a.1. ORDINÁRIOS ( arts.145, I; 153; 155; 156, CF/88)
a.2. RESIDUAIS ( art. 154, I)
a.3. EXTRAORDINÁRIOS DE GUERRA ( art.154., II)
B) TAXAS
b.1. pelo exercício do poder de polícia ( art. 145, II, primeira parte)
b.2. pela prestação de serviços públicos específicos e divisíveis ( art. 145, II, segunda parte)
C) CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA (art. 145, III)
D) EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
d.1. extraordinários de calamidade púbica ou guerra ( art. 148, I)
d.2. investimentos ( art. 148, II)
E) CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
e.1. Sociais
e.1.1 Gerais( art. 149, primeira parte e §§ 2ª, 3º e 4º)
e.1.2. De Seguridade Social
e.1.2.1. Ordinárias ( art. 149, primeira parte e §§ 2º a 4º, c/c art. 195, I a IV)
e.1.2.2. Residuais ( art. 149, primeira parte c/c art. 195, § 4º)
e.1.2.3. De previdência do funcionalismo público estadual, distrital e municipal ( art. 149, § 1º)
e.2. De intervenção no domínio econômico ( art. 149, segunda parte e §§ 2º a 4º e art. 177, § 4º)
e,3. De interesse das categorias profissionais ou econômicas ( art. 149, terceira parte)
e. 4. De iluminação pública municipal e distrital ( art. 149-A).
Tributos previstos na constituição - geral
Como vimos, tributo é gênero, comportando as espécies já mencionadas e, como é de se esperar, diversas subespécies.
Nesta parte do nosso estudo vamos conhecer a definição legal das diversas espécies tributárias, previstas na constituição federal de .de 1988.
Imposto
Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
Taxa
Taxa é o tributo cuja obrigação tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público especifico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição
IMPORTANTE: a taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto, nem ser calculada em função do capital das empresas.
O Art. 78 do CTN dá a definição legal de poder de polícia ao estabelecer que “considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos”.
Será considerado regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
Os serviços públicos consideram-se efetivamente utilizados pelo contribuinte quando por ele usufruídos a qualquer título e potencialmente utilizados quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento.
Serão ditos específicos os serviços quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de necessidade públicas, e divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.
Para efeito de instituição e cobrança de taxas, consideram-se compreendidas no âmbito das atribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios aqueles serviços (ou atividade de que resulte o exercício do poder de polícia) que, segundo a Constituição Federal, as Constituições dos Estados, as Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios e a legislação com elas compatível, competem a cada uma dessas pessoas de direito público.
Contribuição De Melhoria
Segundo o art. 145, III, da CF, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. A princípio, poder-se-ia pensar que basta a realização de uma obra pública para autorizar a cobrança deste tributo, porém, vigente o art. 81 do CTN, é necessário que da obra pública decorra valorização imobiliária para os contribuintes do imposto.
Assim, na definição do CTN, Contribuição de Melhoria é o tributo instituído para fazer face ao custo de obraspúblicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
O art. 82 do CTN estabelece que “a lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos:
publicação prévia dos seguintes elementos:
memorial descritivo do projeto
orçamento do custo da obra
determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição
delimitação da zona beneficiada
determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas
fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação, pelos interessados, de qualquer dos elementos publicados;
regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação, sem prejuízo da sua apreciação judicial.
Além disso, a contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio do valor da parcela do custo da obra (inciso I, alínea “c”) para os imóveis situados na zona beneficiada, proporcionalmente aos respectivos fatores individuais de valorização. Naturalmente, deve-se observar o limite individual para cada imóvel beneficiado, correspondente ao acréscimo de valor (valorização) propiciado pela obra. Além disso, como já foi dito, o total das contribuições arrecadadas não pode ser superior ao custo da obra (limite total).
Por ocasião lançamento do tributo, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integraram o respectivo cálculo.
Empréstimos Compulsórios
Empréstimos Compulsórios são tributos instituídos pela União, mediante lei complementar:[1: A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.]
para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; (Empréstimo Compulsório Extraordinário)[2: O Empréstimo Compulsório Extraordinário não está sujeito ao princípio da Anterioridade da Lei de que trata o Art. 155, inc. III, “b” da CF.]
no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. (Empréstimo Compulsório Ordinário)
Dispõe o parágrafo único do art. 15 do CTN que “a lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as condições de seu resgate”.
Contribuições Especiais 
Contribuições Especiais são tributos que se caracterizam pelo fato de o produto de sua arrecadação encontrar-se vinculada, via de regra, a alguma autarquia federal ou mesmo a entes não estatais, os quais recebem a autorização para arrecadá-las, destinando-se a fazer face a despesas paralelas da administração pública direta, ou seja, que não integram do orçamento da União. Por consequência, estas receitas são geridas diretamente pelo órgão que as arrecada, donde alguns estudiosos chamá-las de Contribuições Parafiscais. Contudo, o termo Contribuições Especiais é, atualmente, o mais apropriado haja vista que, devido as modificações que lhes foram introduzidas no curso dos anos, resta hoje que alguma delas, como o PIS e COFINS são arrecadadas e geridas diretamente pela União.[3: Não confundir autorização para arrecadação com delegação de competência tributária, inexistente no Sistema Tributário Nacional. O § 3º do art. 7º do CTN prevê que “não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos”.]
A Constituição Federal estabeleceu seis grupos de Contribuições Especiais, a saber:[4: Veja art. 148, § único, artigos 149, 195 e 212, § 5º da CF. ]
Contribuições Sociais de Intervenção no Domínio Econômico Ex.: antigas contribuições do IAA e do IBC, Contribuição do DNC - Departamento Nacional de Combustíveis, paga pelo distribuidores e Postos de Combustíveis, Contribuição da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais – CFEM, devida ao Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM pelas empresas de mineração, etc.
Contribuições Sociais de Interesse de Categorias Profissionais Ex.: OAB, CRM, CRC, Contribuição Sindical, etc.
Contribuições Sociais de Interesse de Categorias Econômicas Ex.: SESI, SESC, SEBRAE, etc.
Contribuições da Seguridade Social Ex.: INSS, PIS, COFINS, FGTS, Contribuição Social sobre o Lucro, etc.
Contribuição Previdenciária dos Servidores Públicos Ex.: IPASGO, FUMASF, etc.
Contribuição Social do Salário-Educação destinada ao ensino fundamental público, como fonte adicional de financiamento e recolhida pelas empresas, na forma da lei.
Classificação dos Tributos
Os tributos, segundo a natureza do fato gerador que lhes corresponde, podem ser classificados em “vinculados ou dependentes de contraprestação estatal” e “não vinculados ou independentes de contraprestação estatal”.
Os tributos vinculados são aqueles cuja exigência encontra-se subordinada a uma determinada atividade do poder público em relação à pessoa obrigada ao seu pagamento. Tem-se assim, a chamada contraprestação do Estado, ou seja, ou razão do próprio fato gerador do tributo, como contrapartida do seu pagamento, o contribuinte recebe em troca um serviço ou, de algum modo, obtém uma vantagem pessoal e específica. É o caso das taxas e das Contribuições de Melhoria.
Os tributos não vinculados são aqueles que, para a sua cobrança, não se exige nenhuma contraprestação estatal específica relativa ao contribuinte. É o caso típico dos impostos. Por exemplo, se alguém detém a propriedade de um bem imóvel está sujeito ao pagamento do IPTU, porém, em decorrência disso não pode reclamar nenhum benefício específico em favor da sua propriedade.
OBS.: As Contribuições Especiais, em princípio, classificam-se como tributos vinculados, todavia, em alguns casos possuem fato gerador que as caracterizam como impostos e, nestas hipóteses, devem ser consideradas como tributos não vinculados. Já os empréstimos compulsórios, que estudaremos mais adiante, tanto podem ser enquadrar numa como noutra categoria, a depender do enunciado do seu fato gerador, pois, como veremos, o Legislador é que definirá, nos casos previstos na Constituição Federal, a forma de imposição deste tributo.[5: Veja comentário ao art. 4º do CTN, ]
Outra classificação admitida para os tributos é a que toma por critério os fins objetivados com a sua imposição, separando-os em fiscais, parafiscais e extrafiscais. Vejamos:
Fiscais são aqueles cuja cobrança visa essencialmente a arrecadação de recursos financeiros para os cofres públicos, sem uma preocupação maior de caráter social, econômico, político, etc. Em nosso sistema tributário são eles: Taxas e Contribuições de Melhorias, todos os impostos Estaduais e Municipais e os seguintes impostos federais: IR e IPI.[6: Esta classificação de tributos não têm um caráter demarcatório absoluto. Assim é possível que determinado tributo de natureza fiscal venha a ser utilizado, por ora, com efeitos extrafiscais. Porém isto não é suficiente para que se mude a sua classificação (pois esta visa destacar a finalidade predominante na cobrança). Situação ilustrativa é a do IPI – tributo predominantemente fiscal (segundo em arrecadação federal) e que tem sido utilizado para reforçar o controle a balança econômica, atuando ao lado do II e do IE. Situação semelhante acontece com o ICMS, que tributa de modo brando alguns produtos da cesta básica (interesse social), mas o que não lhe retira a característica de um tributo predominantemente fiscal. A respeito desta matéria diz Hugo de Brito Machado, in obra citada, pp. 231 e 259, “parece assim, incontestável a predominância no IPI, da função fiscal...” e “O ICMS é tributo de função predominantemente fiscal (...) tem sido, todavia, utilizado também com função extrafiscal...”. ]
Extrafiscais estes se caracterizam pelo fato de que a sua cobrança tem por finalidade principal outros interesses, que não a simples arrecadação de recursos financeiros (interesse secundário),mas, ao contrário, servem para a correção de situações sociais ou econômicas anômalas. São, portanto, instrumentos de controle utilizados pelo Governo Federal, para intervir no campo social, político ou econômico. É o caso dos impostos que servem para controlar a balança econômica (interesse político-econômico) e dos que visam controlar o fluxo de disponibilidades em circulação (interesse político-financeiro), como o IOF. São os seguintes tributos federais: II, IE, IOF, IGF, ITR, Imposto extraordinário de Guerra e os Empréstimos Compulsórios.
Parafiscais são aqueles cujo resultado da arrecadação se destinam à sustentação de encargos paralelos aos da administração pública direta, tais como a manutenção de previdência social aos trabalhadores, etc. O STN estabeleceu os seguintes grupos de tributos parafiscais: Contribuições Sociais de Intervenção no Domínio Econômico, Contribuições Sociais de Interesse de Categorias Profissionais, Contribuições Sociais de Interesse de Categorias Econômicas, Contribuições da Seguridade Social, e Contribuição Previdenciária dos Servidores Públicos.
Classificação dos impostos
Diversos são os critérios de que dispomos para classificar o impostos. Os principais deles estabelecem a distinção em relação à “repercussão econômica”, à “graduação” e às “condições pessoais do contribuinte”.
 Segundo o critério da repercussão econômica os impostos se dividem em diretos e indiretos.
diretos são aqueles em que não há repercussão econômica, não sendo possível se fazer distinção entre a pessoa do contribuinte de fato (que arca com o ônus econômico) e a pessoa do contribuinte de direito (que se acha legalmente obrigado a pagar). Como consequência, não há repasse a terceiros do ônus da tributação. Ex.: IR, IPTU, ITR, IPVA, etc.
indiretos são aqueles em que ocorre repercussão econômica, com a transferência do ônus econômico para uma terceira pessoa (o contribuinte de fato), o qual se distingue daquele designado na lei como obrigado a recolher o tributo aos cofres públicos (o contribuinte de direito). Ex.: ICMS, IPI, ISS, etc.
 Segundo o critério da graduação os impostos se classificam-se em fixos, proporcionais e progressivos.
fixos são impostos que tem fixado o seu quantum a pagar em quantia certa por meio de estimativa de valor. Ex.: ISS-estimativa de profissionais autônomos.
proporcionais são aqueles cobrados mediante a aplicação de um percentual invariável (alíquota) aplicado sobre sua base de cálculo. Neste caso, o montante do imposto arrecadado aumenta proporcionalmente ao crescimento da base de cálculo. Ex.: ICMS (regime normal), ISS (regime normal), IPI, etc.
progressivos são aqueles que têm alíquotas variáveis, as quais são aumentadas a medida que cresce a base de cálculo. Em geral, a administração pública se utiliza de faixas para tributação, em que enquadra o montante tributável, atribuindo para cada faixa uma alíquota aplicável. É o caso do IR e, em algumas cidades, do IPTU.[7: O § 1º do art. 156 da CF, estabeleceu que o imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana poderá ser progressivo, nos termos de lei municipal, de forma a assegurar o cumprimento da função social da propriedade. Confira o dispositivo constitucional, na pág. 147.]
 Segundo o critério do atendimento às condições pessoais do contribuinte os impostos se classificam-se em reais e pessoais.
reais são aqueles que não levam em consideração as condições peculiares a cada contribuinte, incidindo, por igual, em face do objeto ou coisa tributável (res tributável).
pessoais são aqueles que, relevando as condições pessoais de cada contribuinte, estabelece critérios e distinções que acabam por produzir um resultado capaz de refletir as peculiaridades de cada um dos obrigados. Ex.: IR pessoa física e jurídica.

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