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PROCESSOS EXÓGENOS DE 
FORMAÇÃO DO RELEVO 
 
 Os agentes externos do relevo – ou, mais 
precisamente, os agentes externos de transformação do 
relevo – são os elementos que atuam no sentido de 
promoverem gradativas modificações no substrato 
superficial da Terra, moldando formas que existiam 
anteriormente e dando origem a novos tipos de morfologia. 
 Sabemos que o relevo é modificado por dois grupos 
de elementos transformadores: os agentes internos ou 
endógenos e os agentes externos ou exógenos. Nesse caso, 
estamos abordando os últimos, que também são chamados 
de agentes modeladores, pois dão novas formas a estruturas 
naturais preexistentes. 
 As forças externas de transformação do relevo 
são: a água (das chuvas, dos oceanos e dos cursos d'água), o 
vento, a temperatura (ou a variação das temperaturas), as 
geleiras e os seres vivos em geral (incluindo os humanos). 
 Dos elementos naturais, o principal agente de 
transformação do relevo é a água, pois os seus efeitos são os 
mais rápidos e também os mais facilmente perceptíveis, 
podendo ocorrer de várias formas. A água atua, muitas 
vezes, na ocorrência do intemperismo químico, 
responsável pela dissolução das rochas, além de contribuir 
para a transformação dessas e das formas de relevo em 
sedimentos (partículas de rocha), que são transportados pela 
própria água para outras localidades. Em outras palavras, 
podemos dizer que a água é um importante elemento 
erosivo. 
 
 
 As erosões provocadas pela ação da água podem 
acontecer de diferentes formas, das quais podemos destacar: 
a) - erosão fluvial: causada pela ação dos rios em suas 
margens e áreas adjacentes; 
b) - lixiviação (erosão laminar): “lavagem” ou remoção 
da camada superior do solo pela água das chuvas; 
c) - erosão marinha: provocada pela ação da água do 
mar sobre rochas e formas litorâneas de relevo. 
 
 
 Os ventos, por sua vez, também são importantes 
agentes exógenos de transformação do relevo. A ação deles 
costuma ser mais gradual e menos perceptível que a da água, 
mas trabalha no sentido de dar novas formas a ambientes de 
relevo expostos. Com o tempo, estruturas vão ganhando 
formas diferentes, como se tivessem sido lentamente 
esculpidas pelo ar em movimento. 
 A variação de temperatura provoca a sucessão 
dos processos de dilatação e contração das rochas, sobretudo 
em regiões onde as amplitudes térmicas são mais 
acentuadas. Como os graus de dilatação dos minerais são 
diferentes em uma mesma rocha, os seus ritmos de variação 
também não se coincidem, o que proporciona a quebra da 
rocha ao longo do tempo, caracterizando o intemperismo 
físico. 
 A ação dos agentes externos do relevo é muito 
importante. Se considerarmos as áreas geologicamente mais 
antigas, percebemos que esses agentes tiveram mais tempo 
para exercer suas modificações, o que explica o fato de essas 
áreas (como o Brasil) não possuírem grandes altitudes e 
regiões montanhosas. Afinal, as maiores inclinações já 
foram lentamente desgastadas ao longo das eras geológicas 
até alcançarem suas formas atuais. 
 Intemperismo e erosão são dois processos 
relativos à transformação do relevo, nos quais ocorrem o 
desgaste e o transporte de sedimentos, além da alteração da 
paisagem da superfície terrestre. Sua presença é mais 
facilmente observada em relevos geologicamente antigos e 
que estiveram por mais tempo expostos aos agentes externos 
ou exógenos, como a água e os ventos. 
Existem muitas dúvidas a respeito da diferença entre 
intemperismo e erosão, haja vista que se trata de processos 
correlatos. Mas, de uma maneira geral, podemos dizer que 
um fenômeno complementa o outro. 
O intemperismo, também chamado de meteorização, é o 
processo de desgaste das rochas por meio de elementos 
químicos (decomposição), físicos (desagregação) ou 
biológicos. Os principais responsáveis por esse processo são 
a água, o vento, o clima e também os seres vivos, 
principalmente alguns micro-organismos que ajudam a 
decompor as rochas. 
A erosão, por sua vez, é o conjunto de fenômenos que 
envolvem o desgaste, o transporte e a deposição das rochas e 
dos solos. Geralmente, a erosão dá sequência ao que foi 
iniciado pelos processos intempéricos, responsáveis pela 
geração de sedimentos transportados pelo escoamento 
superficial das águas ou pelo transporte dos ventos e massas 
de ar. 
 
ESTUDOS DOS SOLOS 
 
 O solo possui diferentes definições de acordo com a 
atividade humana que está se referindo. Para a mineração o 
solo é um detrito que deve ser removido e separado dos 
minerais explorados; para algumas ciências como a 
ecologia, é um sistema vivo, composto de partículas 
minerais e orgânicas, que possibilitam o desenvolvimento de 
diversos ecossistemas. A geografia, em particular a 
pedologia, considera o solo a parte natural e integrada à 
paisagem que dá suporte as plantas que nele se 
desenvolvem. A agronomia, sobre tudo a edafologia, define 
o solo como um meio natural no qual o ser humano cultiva 
plantas, interessando-se pelas características ligadas à 
produção agrícola. 
 O solo é formado através de um processo contínuo, 
pela desagregação física e decomposição química das 
rochas. Quando expostas à atmosfera, as rochas sofrem a 
ação direta do calor solar e da água da chuva, entre outros 
fatores, que modificam os aspectos físicos delas e a 
composição química dos minerais que as compõem. 
 Quanto à origem, os solos são classificados em 
eluviais e aluviais. 
1. Eluviais: quando os solos se formam por rochas 
encontradas no mesmo local da formação, ou seja, quando a 
rocha que se decompôs e se alterou para a formação do solo 
se encontra no mesmo local do solo; 
2. Aluviais: quando os solos foram formados por rochas 
localizadas em outros lugares e que graças à ação das águas 
e dos ventos os sedimentos foram transportados para outro 
local. 
 
 
Classificação quanto à influência externa 
 Quanto à influência externa, existe outra forma de 
classificação dos solos, também chamada declassificação 
zonal, que divide os solos em zonais, 
intrazonais e azonais: 
1. Zonais: os solos zonais são caracterizados por serem 
maduros, bem delineados e profundos. São subdivididos 
em latossolos, podzóis, solos de pradaria e desérticos. 
1.1. Latossolos: São solos pouco férteis, presentes 
geralmente em climas quentes e úmidos, com profundidades 
superiores a 2m; 
1.2. Podzóis: São solos férteis, graças à acumulação de 
minérios, húmus e matéria orgânica, são próprios de climas 
frios e temperados; 
1.3. Solos de pradarias: São ricos em cálcio e matérias 
orgânicas, por isso, são extremamente férteis. Estão 
presentes em regiões subúmidas de clima temperados; 
1.4. Desérticos: Solos caracterizados por serem pouco 
profundos e pouco férteis. Próprio de regiões desérticas. 
2. Intrazonais: são solos bem desenvolvidos, além de serem 
bastante influenciados pelo local e pelos fatores externos. 
Dividem-se em solos salinos e solos hidromórficos. 
2.1. Solos Salinos: também chamados de halomórficos, 
caracterizam-se pelo alto índice de sais solúveis, próprios de 
regiões áridas e próximas ao mar. Possui uma baixa 
fertilidade; 
2.2. Solos hidromórficos: por serem localizados próximos a 
rios e lagos, apresentam grande umidade. Sua fertilidade 
depende do índice de umidade, quanto mais úmidos, menos 
férteis. 
3. Azonais: solos pouco desenvolvidos e muito rasos. 
Dividem-se em solos aluviais e litossolos. 
3.1. Solos aluviais: presentes em áreas de formação recente 
em planícies úmidas. Quando os seus sedimentos são 
transportados, formamum solo de coloração amarela, 
denominado loess. 
3.2 Litossolos: presentes em locais com declives acentuados, 
costumam estar posicionados diretamente sobre a rocha 
formadora. São solos inférteis. 
 
 
Manejo adequado dos solos 
 O manejo do solo é a forma como o ser humano 
utiliza este recurso. Dependendo da forma como o solo é 
utilizado pode ocorrer o aumento ou a diminuição da erosão. 
Um manejo inadequado do solo pode causar a degradação 
do solo e sua consequente destruição em curto prazo, até 
mesmo promovendo a desertificação de grandes áreas. O 
contrário pode ocorrer quando o manejo do solo e as práticas 
culturais se orientam pelas atividades de rotação de culturas, 
o plantio direto e o manejo agroecológico. Estas práticas 
controlam a erosão e as perdas de nutrientes e mantêm, ou 
aumenta, em muitos casos, a produtividade da lavoura. 
 O solo é ocupado e utilizado de várias maneiras. 
Para fins didáticos, é possível estudar as ocupações e 
atividades humanas em dois grandes grupos. Existe uma 
ocupação urbana, cada vez mais intensa, caracterizada pela 
construção de casas, edifícios, pavimentação do solo, 
ocupação de áreas de várzea e encostas. Outro tipo de 
ocupação ocorre no campo e em áreas distantes das 
concentrações humanas, onde predominam as atividades 
agropecuárias e de exploração dos recursos naturais. 
 No caso da ocupação urbana do solo, há 
modificações pedogenéticas que devem ser condideradas. 
De maneira geral, os solos urbanos são considerados aqueles 
que se encontram em meio urbano e que podem ou não estar 
modificados pela ação das atividades da cidade. 
 Quando os solos destas áreas sofrem 
transformações drásticas eles se tornam totalmente distintos 
daqueles que não tenham sofrido alterações e que preservam 
sua condição natural. Práticas urbanas diferenciadas 
provocam alterações distintas nas características do solo. De 
acordo com o crescimento das cidades intensificam-se as 
práticas de corte da camada vegetal, aterro, adição de 
materiais, compactação influenciando as condições do solo. 
 
 A intervenção antrópica das cidades nos solos deve 
ser gerenciada e planejada, caso contrário, pode ocorrer o 
desequilíbrio ambiental. Para que a ocupação ocorra de 
maneira racional é necessário conhecer os aspectos dos solos 
urbanos, discutir suas semelhanças com os solos em 
condições naturais e as suas principais modificações 
resultantes da ação do homem devido a expansão urbana. 
 Os solos no ambiente urbano cumprem várias 
funções essenciais, como a sustentação e fonte material para 
a construção civil, sustento das agriculturas praticadas nas 
cidades e arredores, além dos parques e áreas verdes. São 
utilizados também como meio de descarte dos residuos 
produzidos e meio para o armazenamento e filtragem das 
águas pluviais, auxiliando na manutenção do ciclo 
hidrológico. 
 Quanto aos solos rurais existem diversas técnicas 
de cultivo e conservação dos solos, visando ao seu melhor 
aproveitando e à sua máxima preservação. 
 
 Adubação verde ou orgânica: para uma maior e 
melhor preservação dos solos durante o cultivo, recomenda-
se alternar as safras com leguminosas (plantas que dão 
vagens, como o feijão, lentilha e ervilha). Esse tipo de 
vegetação possui a característica de se associar com micro-
organismos presentes na terra, capazes de transformar o 
nitrogênio do ar em compostos hidrogenados que 
enriquecem o solo. 
 Afolhamento: essa técnica é utilizada para 
recuperar gradativamente os solos, poupando-os sem 
interromper totalmente a produção. Nela, divide-se a área 
agricultável em três partes, sendo duas cultivadas e outra 
reservada em “descanso” (geralmente por um período de 
dois anos) para recuperar naturalmente os nutrientes 
perdidos em colheitas anteriores. 
 Rotação de culturas: em oposição ao sistema de 
monocultura (em que apenas uma espécie é cultivada até o 
total esgotamento do solo), elaborou-se o sistema de rotação 
de culturas, que consiste em alternar a produção: hoje, 
planta-se soja; amanhã, trigo; e depois milho, por exemplo. 
As vantagens dessa técnica são variadas: controle de pragas 
(através da variabilidade das espécies), reposição de 
nutrientes no solo, entre outros. No entanto, é necessário 
sempre fazer um estudo específico para se escolher as 
espécies mais adequadas a cada tipo de solo e que possam 
ser rentáveis comercialmente. 
 Plantio direto: essa técnica objetiva a realização do 
plantio diretamente sobre os restos da colheita anterior, sem 
a necessidade de realizar uma nova aragem da terra, 
evitando a exposição do solo aos fatores climáticos e o seu 
desgaste. Além disso, ganha-se no combate à erosão e 
aumenta-se a produtividade. 
 
 Calagem: muito utilizada na região do Cerrado 
brasileiro, essa técnica visa à correção da acidez do solo 
através do uso do calcário. Além disso, esse procedimento 
também fornece nutrientes como cálcio e magnésio para as 
plantas. Apesar de ser uma técnica moderna e eficiente de 
cultivo e preservação dos solos, ela acabou tendo o efeito 
contrário no Centro-Oeste do país, pois permitiu o avanço da 
fronteira agrícola no Brasil e a consequente devastação do 
bioma Cerrado, o que trouxe prejuízos tanto para os solos 
quanto para o meio ambiente. 
 Curvas de nível: na Cartografia, essa expressão 
significa algumas linhas imaginárias traçadas para 
representar os desníveis de altitude do solo. Na agricultura, 
o procedimento é realizar o plantio acompanhando essas 
linhas imaginárias, favorecendo o cultivo em áreas de 
relativa declividade sem ocasionar a formação de erosões. 
 Além da implantação de técnicas agrícolas, o 
agricultor também precisa ter muito cuidado ao aplicá-las. É 
necessária sempre a realização de estudos específicos, além 
de um bom apoio técnico. É preciso, também, a adaptação 
dos maquinários ao tipo de solo a ser cultivado para evitar 
danos maiores à topografia local. Uma recomendação 
usualmente manifesta por especialistas é a incorporação de 
seres vivos ao solo, como minhocas, lavas e outros tipos de 
insetos, pois eles contribuem para o seu enriquecimento 
orgânico. 
 
CLIMATOLOGIA 
 O clima é o conjunto de variações na atmosfera em 
um determinado local ou região. Trata-se de uma dinâmica 
que dura um período superior a 30 anos, diferentemente do 
tempo, que são as oscilações momentâneas nessa mesma 
atmosfera. Por exemplo, quando dizemos que uma região 
possui duas estações bem definidas ao longo do ano, 
estamos falando do clima, mas ao falarmos que hoje choveu 
e amanhã vai fazer sol, estamos nos referindo ao tempo. 
 Nesse sentido, o clima pode ser compreendido a 
partir de seus fatores e elementos, termos que, 
aparentemente semelhantes, referem-se a questões 
totalmente diferentes. 
 Os elementos climáticos são as grandezas 
atmosféricas que podem ser medidas ou instantaneamente 
mensuradas. São os elementos atmosféricos que variam no 
tempo e no espaço e que se configuram como o atributo 
básico para se definir o clima da região. Os principais 
elementos climáticos são: radiação, temperatura, pressão e 
umidade. 
 Os fatores climáticos são as condições que 
determinam ou interferem nos elementos climáticos e os 
climas deles resultantes. São eles que ajudam a explicar o 
porquê de uma região ser quente e úmida e outra ser fria e 
seca, por exemplo. Os principais fatores climáticos são: 
latitude, altitude, maritimidade e continentalidade, massas 
de ar, vegetação, correntes marítimas e até o relevo. 
 
 
Elementos climáticos 
 a) radiação: a radiação climática, em linhas gerais,pode ser definida como todo o calor recebido pela 
atmosfera, a maior parte advinda do sol, mas que também 
recebe a influência dos seres vivos e dos elementos naturais 
e artificiais que refletem o calor já existente. A radiação 
solar manifesta-se em diferentes tons de intensidade ao 
longo do planeta, o que contribui para a formação das 
chamadas zonas térmicas ou climáticas da Terra. 
 b) temperatura: é a mensuração do calor na 
atmosfera, podendo ser medida em graus celsius (ºC) ou em 
outras unidades de medida, como fahrenheit (ºF) e o kelvin 
(K). 
 c) pressão atmosférica: é o “peso” ou “força” 
exercidos pelo ar sobre a superfície, pois, ao contrário do 
que muitas pessoas pensam, o ar possui massa e, 
consequentemente, peso. A pressão atmosférica costuma ser 
medida em milibares (mb). 
 d) umidade: é a quantidade de água em sua forma 
gasosa presente na atmosfera. Temos, assim, a umidade 
absoluta (quantidade total de água na atmosfera) e a 
umidade relativa do ar (quantidade de água na atmosfera em 
relação ao total necessário para haver chuva). 
 
 
Fatores Climáticos 
 a) latitude: está intrinsecamente ligada às 
diferenças da radiação solar sobre a Terra. Assim, quanto 
mais próximo à Linha do Equador (baixas latitudes), mais as 
temperaturas tendem a aumentar. Por outro lado, à medida 
que nos direcionamos rumo às zonas polares (altas 
latitudes), menores tendem a ser as temperaturas. 
 b) altitude: em regiões mais altas, a pressão 
atmosfera costuma ser menor, além do fato de a irradiação 
também ser mais diminuta. Assim a temperatura costuma ser 
inferior, o que nos faz concluir que quanto maior a altitude, 
menores as temperaturas e, quanto mais próximo ao nível do 
mar, maiores as temperaturas. 
 c) maritimidade / continentalidade: são termos 
que designam, respectivamente, a proximidade de um local 
do mar ou a sua posição em uma região mais continental, o 
que interfere diretamente sobre o clima. Isso ocorre porque o 
solo costuma se aquecer ou se resfriar mais rapidamente do 
que a água, o que acarreta uma maior amplitude térmica 
(diferença entre a maior e menor temperatura) ao longo do 
ano em regiões continentais e o inverso em regiões 
litorâneas. 
 d) massas de ar: em função das diferenças de 
pressão atmosférica, temos a movimentação do ar. Quando 
esse movimento ocorre em blocos de ar com a mesma 
temperatura e umidade, formam-se as massas de ar, que 
transferem suas características para o clima dos locais por 
onde passam. Massas de ar frio e úmido, por exemplo, são 
responsáveis por diminuírem as temperaturas e aumentarem 
a umidade. O encontro entre duas massas diferentes forma 
as frentes de ar. 
 e) vegetação: interfere no clima de várias formas 
diferentes. As principais delas são a contenção ou absorção 
dos raios solares, minimizando os seus efeitos, e a elevação 
da umidade por meio da evapotranspiração, o que ajuda a 
diminuir as temperaturas e elevar os índices de chuva. 
 f) relevo: também influencia o clima quando as 
regiões mais altas impedem a passagem de massas de ar, 
fazendo com que algumas regiões se tornem mais secas ou 
até desérticas. 
 g) correntes marítimas: apresentam condições 
específicas de temperatura, influenciando diretamente o 
clima. Em regiões em que o mar é mais quente, por 
exemplo, a evaporação aumenta e eleva a umidade, que se 
dispersa para outras regiões. Quando as correntes são mais 
frias, a umidade local diminui e a pressão atmosférica e a 
umidade passam a ser menores, o que faz com que essa 
região acabe “sugando” as massas de ar de outras 
localidades, que passam a sofrer alterações em seus climas. 
 
 
 Além de todos esses fatores, que são os de ordem 
natural, também é preciso lembrar que o homem acaba se 
tornando um dos agentes mais intensos de transformação do 
clima. Ele pode ser responsável tanto por fenômenos 
climáticos mais localizados (ilhas de calor, inversão térmica 
e outros) quanto por processos mais amplos e diversificados. 
 
 
 
Mudanças climáticas 
 O termo mudança do clima, mudança clima tica ou 
alteração climática refere-se à variação do clima em escala 
global ou dos climas regionais da Terra ao longo do tempo. 
 Estas variações dizem respeito a mudanças de 
temperatura, precipitação, nebulosidade e outros fenômenos 
climáticos em relação às médias históricas. Tais variações 
podem alterar as características climáticas de uma maneira a 
alterar sua classificação didática. Os tipos de classificação 
para as regiões climáticas são: Classificação do clima de 
Köppen, Classificação do clima de Thornthwaite e 
Classificação do clima de Martonne. 
 Podem estar em causa mudanças no estado médio 
da atmosfera em escalas de tempo que vão de décadas até 
milhões de anos. Estas alterações podem ser causadas por 
processos internos ao sistema Terra-atmosfera, por forças 
externas (como, por exemplo, variações na atividade solar) 
ou, mais recentemente, pelo resultado da atividade humana. 
 Portanto, entende-se que a mudança climática pode 
ser tanto um efeito de processos naturais ou decorrentes da 
ação humana e por isso deve-se ter em mente que tipo de 
mudança climática se está referindo. 
 O sistema climático terrestre responde a 
desequilíbrios energéticos, chamados de forçantes 
climáticas. Na história geológica do planeta vários fatores já 
induziram mudanças climáticas significativas, como as 
várias transições entre Eras do Gelo e Interglaciais ocorridas 
no Quaternário. Suas causas podem ser classificadas como 
naturais (internas e externas) e antrópicas. 
 
 
Causas Naturais 
 O fenômeno da mudança do clima é um evento que 
pode acontecer de forma natural. Assim, esse fenômeno 
pode ter causas com origem externa (de fora do 
planeta),bem como origem terrestre. 
Influência externa 
 Dentre as causas com origem fora do globo 
terrestre temos as causas com origens solares, que vão desde 
a variação da energia solar que chega a Terra até a variação 
da própria órbita terrestre. 
 
a) Ciclo solar 
 A temperatura da terra depende do sol, que emite 
radiação em direção ao planeta. Esta radiação é a radiação 
solar, que em parte é refletida para o espaço e o restante é 
absorvido pela terra em forma de calor. 
 Esta energia não chega à terra de maneira uniforme, 
apesar do sol ser uma estrela de classe G e ser muito estável, 
essa energia aumenta cerca de 10% a cada um bilhão de 
anos, ou seja, no início da vida na terra, quase quatro bilhões 
de anos atrás, a energia do sol era em torno de 70% da atual. 
 Outro tipo de variação da radiação solar ocorre em 
decorrência dos ciclos solares, que são mais importantes que 
a primeira, no que diz respeito à mudança do clima terrestre, 
visto que essa variação é uma oscilação e não somente um 
crescente e ocorre em períodos mais curtos. 
 O Ciclo Solar é a variação de intensidade do vento 
solar e do campo magnético solar. Estudos de 
Heliosismologia comprovaram a existência de "vibrações 
solares", cuja frequência cresce com o aumento da atividade 
solar, acompanhando o ciclo solar que dura em média de 11 
anos com mudança no ritmo das erupções, além da 
movimentação das estruturas magnéticas em direção aos 
pólos solares. Tais mudanças resultam em ciclos de aumento 
da atividade geomagnética da Terra e da oscilação da 
temperatura do plasma ionosférico na estratosfera de nosso 
planeta. 
 
 
b) Variação orbital 
 Também é causa de mudança climática o fenômeno 
astronômicos variação orbital, ou seja, o aumento, ou 
diminuição, das radiações solares devido às variaçõesno 
movimento da Terra em relação ao sol. 
 Apesar da variação radiação solar pelos ciclos 
solares e pelo aumento gradual ao longo de bilhões de anos 
resultar em certa estabilidade, o mesmo não podemos dizer 
das variações da órbita terrestre. 
 A variação orbital ocorre periodicamente, fazendo 
com que a radiação solar chegue de forma diferente em cada 
hemisfério terrestre de tempos em tempos. Esta variação 
provoca as glaciações. 
 Os Fatores que causam essa variação são três: a 
precessão dos equinócios, a excentricidade orbital e a 
Inclinação do eixo terrestre. 
 As glaciações provocaram grandes mudanças no 
relevo continental e no nível do mar. Quando a temperatura 
global diminui ocorre, como consequência, o aumento das 
geleiras ou seja, as baixas temperaturas provocam o 
congelamento da água nos pólos aumentando a quantidade 
de gelo nas calotas polares. 
 Outra consequência é o rebaixamento eustático do 
nível dos oceanos devido à retenção de água nos pólos. O 
Oceano se afasta da linha da costa, das praias, por exemplo, 
expondo grandes extensões de terra e ligando ilhas e 
continentes entre si, formando as chamadas pontes 
terrestres. 
 Entre os períodos glaciais há os períodos 
interglaciais em que a temperatura da Terra se eleva. O 
período em que vivemos é um interglacial. Variações 
orbitais são os fatores que iniciam as glaciações. 
c) Impactos de meteoritos 
 Impactos de meteoritos (de grandes proporções) são 
eventos raros, mas também podem modificar o clima na 
terra. Impactos de grandes proporções podem modificar 
profundamente a biosfera. 
 O último evento deste tipo foi denominado 
Extinção K-T e ocorreu há mais ou menos sessenta e cinco 
milhões de anos atrás. Eventos assim podem desencadear 
uma série de tragédias ecológicas. Com o impacto, detritos 
podem ser arremessados até o espaço e entrarem na órbita da 
Terra, onde ficariam por algum tempo e só depois cairiam. 
Ocorreriam incêndios em escala global e a liberação de 
grandes quantidades de gás carbônico (CO2) na atmosfera 
causando o efeito estufa. Com o calor, as moléculas de 
nitrogênio e oxigênio se quebrariam e se combinariam com 
o hidrogênio formando o ácido nítrico (HNO3). Suceder-se-
iam então longos períodos de chuva ácida, prejudicando 
ainda mais a vida terrestre. Paralela e consecutivamente, o 
aumento da acidez e da temperatura dos oceanos afetaria 
gravemente os ecossistemas marinhos. 
 
 
Influência Interna 
 Há várias causas de origem interna. Dentre elas, 
temos: 
a) Deriva dos continentes 
 Mudanças ou deriva dos continentes aproximando 
ou afastando-se dos polos. A movimentação das placas 
tectônicas (geofísica 2 cm ano), sobre a astenosfera, ocorre 
algo em torno de centímetros por ano, o que poderia 
provocar um distúrbio na atmosfera. Os movimentos 
orogenéticos de formação de montanhas também poderiam 
estar prejudicando a circulação dos ventos. 
b) El Niño e La Niña 
 Os fenômenos “El Niño” e “La Niña” são 
mudanças na temperatura da água de partes do Oceano 
Pacífico. A mudança da temperatura das águas influencia a 
intensidade dos Ventos Alísios que pode fazer com que 
massas de água quente, e massas de ar também, se 
desloquem no Pacífico de forma diferente dos registros das 
médias históricas. 
c) Vulcanismo 
 As partículas emitidas pelos vulcões (aerossóis) 
refletem a luz solar, impedindo que parte dela chegue à 
superfície. Assim, nos anos que se seguem a grandes 
erupções vulcânicas, como a do Monte Pinatubo 1991, 
observa-se um resfriamento do sistema climático da Terra. 
 Para que haja efeito perceptível em escala global ao 
longo de mais de um ano, é necessário ao menos 100 mil 
toneladas de SO2 em suspensão na estratosfera. 
d) Variação na composição atmosférica 
 O efeito estufa é a retenção de parte do calor que 
seria emitido de volta ao espaço pela Terra. Alguns gases, 
chamados gases estufa, têm a propriedade de obstruir raios 
infravermelhos, aumentando a temperatura da superfície. 
Este fenômeno torna possível a vida na Terra, uma vez que 
sem ele as temperaturas médias seriam vários graus abaixo 
de zero. Ele ainda age de forma a amplificar outras 
forçantes, como por exemplo as variações orbitais. Desta 
forma, um desequilíbrio energético relativamente pequeno 
em seu início toma proporções mais intensas, e de escala 
global. 
 
 
Causas Antrópicas 
a) Emissão de gases do efeito estufa 
A partir da Revolução Industrial o homem passou a emitir 
quantidades significativas de gases estufa, em especial o 
dióxido de carbono. Neste período, a concentração original 
de 280 ppm deste gás cresceu até os atuais 400 ppm, 
intensificando significativamente o efeito natural original. 
Assim, as atividades humanas passaram a ter influência 
importante nas mudanças climáticas. 
Alguns fatores antropogênicos que adicionam a um aumento 
no dióxido de carbono incluem o desmatamento, a queimada 
dos combustíveis fósseis e o cultivo do gado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTES: 
 
 
https://alunosonline.uol.com.br/geografia/agentes-externos-relevo.html 
 
 
https://alunosonline.uol.com.br/geografia/intemperismo-erosao.html 
 
 
https://alunosonline.uol.com.br/geografia/solo.html 
 
 
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/fatores-elementos-
climaticos.htm 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mudan%C3%A7a_do_clima 
 
 
 
 
 
 
 
 
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