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Ecologia de Ecossistemas

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A Ecologia de 
ecossistemas
Nicho Ecológico e 
equilíbrio na natureza
Capim
Zebra
Leões
Abutres
Interações entre as espécies
Homeostase
Ecossistema: histórico
 Charles Elton (década de 1920): “as relações de alimentação (teias 
alimentares) ligam os organismos numa entidade funcional única, a 
comunidade biológica.” 
A. G. Tansley (década de 1930): “visualizou as partes físicas e biológicas da 
natureza juntas, unificadas pela dependência dos animais e das plantas da sua 
vizinhança física e da sua contribuição à manutenção do mundo físico.” A 
isto denominou de ecossistema.
Alguns princípios gerais da Ecologia
 Um sistema ecológico pode ser descrito por um conjunto de 
equações que representam trocas de matéria e energia entre 
seus componentes:
Produtores – Consumidores – Decompositores
 Sistemas ecológicos funcionam de acordo com as leis da 
termodinâmica (Lotka anos 20);
Energia: definições básicas 
• Energia: É a capacidade de realizar trabalho. Esta 
capacidade pode-se manifestar sob várias formas: radiação 
eletromagnética, energia potencial ou incorporada, energia 
cinética, energia química (dos alimentos) e calor. 
Energia nos organismos vivos
• Os organismos vivos possuem uma 
característica termodinâmica 
essencial: eles conseguem criar e 
manter um alto grau de ordem 
interna, ou uma condição de baixa 
entropia, que é obtido através de 
processos biológicos contínuos e 
eficientes de dissipação energética. 
• Por que a água ferve?
Energia: definições básicas 
• 1ª Lei da Termodinâmica: 
(Conservação da energia) A energia 
pode ser transformada de um tipo 
em outro, mas não pode ser criada 
nem destruída. Exemplos destas 
transformações: luz em calor, 
energia potencial em cinética.
Energia: definições básicas 
• 2ª Lei da Termodinâmica: (Lei da 
Entropia) Nenhum processo que 
implique numa transformação 
energética ocorrerá espontaneamente, 
a menos que haja uma degradação de 
energia de uma forma concentrada 
numa forma mais dispersa (ou 
desorganizada). Assim sendo, 
nenhuma transformação de energia é 
100% eficiente. A entropia é uma 
medida de energia não disponível, 
que resulta das transformações 
energéticas. Sua variação é sempre 
positiva em qualquer transformação
As transformações de energia crescem com:
– O tamanho (massa total dos organismos produtores);
– A sua produtividade (taxa de transformações);
– A sua eficiência;
E diminui ao passar pela cadeia alimentar....
Alguns princípios gerais da Ecologia
 Raymond Lindeman (1942): definiu níveis tróficos e 
visualizou uma pirâmide de energia.
Alguns princípios gerais da Ecologia
 Ecossistemas como diagramas de fluxo de energia (Odum, 1953).
 Ciclo da matéria:
 Ex: Fotossíntese e respiração
Movi mento de ener gia
Movi mento dos minerais
Decomposit or es
Est oque de
Nutri entes
Sol
Produt or es Herbívor os Consumidor es
O fluxo de energia e o ciclo da matéria
• A energia apresenta um fluxo unidirecional.
O conceito de Ecossistema
 Unidade básica da Ecologia - Seres Vivos + Fatores Físicos (Tansley, 1935)
 “Qualquer unidade que abranja todos os organismos que funcionam em 
conjunto numa dada área, interagindo com ambiente físico gerando um fluxo 
de energia e ciclagem de matéria”.
Estrutura de um ecossistema
a) Fatores bióticos:
 Autótrofos ou produtores:
 Fotossintetizantes ou quimiossintetizantes.
 Heterótrofos ou consumidores;
 Decompositores ou saprófitos.
b) Fatores abióticos
O ambiente energético da biosfera 
• A luz solar que atinge o 
topo da biosfera 
iluminada terrestre chega 
a uma taxa constante, a 
chamada constante solar 
(1.94 cal/cm2/min). Um 
máximo de 67% da 
constante solar (~ 1.34 
cal/cm²/min) pode atingir 
a superfície terrestre. 
O ambiente energético da biosfera 
• A radiação solar sofre consideráveis modificações 
qualitativas e quantitativas ao atravessar a atmosfera 
terrestre. Tais modificações são influenciadas por vários 
fatores dentre eles a topografia, a latitude, o clima bem 
como composição gasosa da atmosfera. A água e o gás 
carbônico absorvem ativamente a radiação na faixa do 
infra-vermelho.
Espectro da radiação solar - Destaque para o vísivel 
Maior energia Menor energia
“Como um brilhante que partindo a luz, explode em sete cores...” 
Efeitos específicos causados por 
determinadas faixas do espectro
Região Espectral Caráter de Absorção Efeito Fisiológico
1000 nm
Onda longa
absorvidas sob forma de 
calor.
não causam danos e não 
apresentam efeitos específicos nos 
processos bioquímicos e 
fotoquímicos.
1000 – 720 nm Absorvido sob a forma de 
calor em pequena 
quantidade.
Crescimento das plantas 
(fotoperiodismo, germinação de 
sementes, controle de floração e 
coloração de frutos).
720–610 nm (vermelho) fortemente absorvida 
pela clorofila .
forte atividade fotossintética e 
fotoperiódica.
610–510 nm (verde, 
amarelo,
laranja) 
pequena quantidade baixo efeito fotossintético e fraca 
ação sobre a formação da planta.
Efeitos específicos causados por
determinadas faixas do espectro
Região Espectral Caráter de Absorção Efeito Fisiológico
510–400 nm (azul) fortemente absorvida 
pela clorofila e 
carotenóides 
forte atividade fotossintética e 
vigorosa ação na formação da 
planta
400–315 (UV) fracamente absorvida pela 
clorofila e protoplasma.
efeito sobre a fotossíntese, exerce 
efeitos de formação; as plantas 
tornam-se mais baixas e as folhas 
mais grossas
315–280 nm absorvida pelo protoplasma. grande efeito morfogenético e sobre 
os processos fisiológicos (é 
prejudicial à maioria das plantas).
< 280 nm absorvida pelo protoplasma. mata rapidamente as plantas.
Fonte: COMISSÃO HOLANDESA DE IRRADIAÇÃO VEGETAL – 1953 (Mota, 1989).
Fotossíntese
“Luz do sol, que a folha traga e traduz
Em verde novo, em folha, em graça, em 
vida, em força, em luz...”
Caetano Veloso
Fotossíntese
São enormes as quantidades de energia que as plantas "armazenam" 
através da fotossíntese;
Florestas tropicais, por exemplo, "armazenam" durante um ano, cerca 
de 8 mil quilocalorias por metro quadrado de floresta, ou seja 8 
trilhões de quilocalorias por quilômetro quadrado (8.109 kcal/km2); 
A capacidade de produção de energia de uma usina hidrelétrica como, 
por exemplo, a de Barra Bonita, no Rio Tietê, é de cerca de 140 MW 
(megawatt);
Uma quantidade equivalente a essa seria armazenada por 1 km2 de 
floresta absorvendo energia luminosa por duas horas e meia.
 Processo através do qual as 
plantas verdes transformam 
energia radiante, ou 
eletromagnética em energia 
química (Ferri, 1985). 
 O processo visa basicamente a 
fornecer energia (ATP) e poder 
redutor (NADPH) para que a 
planta possa sintetizar 
carboidratos a partir do 
dióxido de carbono (CO2). 
Fotossíntese
Outros princípios....
 O meio ambiente físico exerce uma influência controladora na 
produtividade dos sistemas ecológicos;
 A estrutura e a dinâmica das comunidades ecológicas são reguladas 
pelos processos populacionais;
 Através das gerações, os organismos respondem às mudanças no meio 
ambiente através da evolução dentro das populações;
 Os organismos e o seu ambiente não vivo (abiótico) estão 
inseparavelmente inter relacionados e interagem entre si.
Ecologia trófica 
• O estudo das interações tróficas é essencial para o entendimento do que se 
passa dentro de um ecossistema. Este tipo de estudo demonstra de modo 
inequívoco o grau de inter-relações existente entre os organismos e aponta os 
principais elementos na manutenção da estrutura do ecossistema. 
• Uma das formas mais tradicionais de se estudar a ecologia trófica está na 
identificaçãodas rotas alimentares dentro dos ecossistemas: 
a) cadeias alimentares;
b) teias tróficas;
c) pirâmides energéticas.
• As cadeias alimentares:
“A relação trófica que ocorre entre os seres vivos que compõem um ecossistema, 
mediante a qual a energia de um organismo se transfere ao outro. As cadeias 
alimentares começam por organismos produtores que obtêm a energia necessária do 
sol. Em seguida envolve consumidores de várias ordens e decompositores”.
Nível trófico: é a posição que um organismo ocupa numa cadeia alimentar.
“A vida é formada por plantas e seus parasitas”
As cadeias alimentares
 Cadeias alimentares são exemplos teóricos, raros na natureza;
 Nunca existiriam cadeias com muitos níveis tróficos. Por que?
Decompositores
 
 A ENERGIA FLUI DE PRODUTORES PARA DECOMPOSITORES
Þ
UNIDIRECIONAL
A ENERGIA DECRESCE A CADA NÍVEL TRÓFICO
POR ISSO:
AS CADEIAS ALIMENTARES SÃO NORMALMENTE COMPOSTA
DE POUCOS NÍVEIS TRÓFICOS
Magnificação trófica:
 Processo de concentração 
crescente de produtos tóxicos 
por ingestão e acúmulo nos 
integrantes dos diversos níveis 
das cadeias alimentares, 
atingindo teores elevados nos 
consumidores de níveis mais 
altos. O acúmulo de DDT 
constitui-se no exemplo mais 
notório e suas conseqüências 
têm sido drásticas para o 
homem e outros animais.
As teias alimentares:
São cadeias alimentares entrelaçadas
Os principais atributos de uma dada teia alimentar são os seguintes: 
a) Número de espécies na rede (s): é o número total de espécies presentes numa 
dada rede alimentar; 
b) Densidade de ligações (D): número de ligações tróficas associado a cada 
espécie presente na rede.
D = Interações
 s
c) Interações: Qualquer relação alimentar (são as linhas numa rede alimentar);
d) Espécie trófica: conjunto de espécies que compartilham o mesmo conjunto de 
presas ou são atacadas pelo mesmo predador (Compartilham o mesmo nível 
trófico);
e) Predador de topo: espécie que não é predada por nenhuma outra na rede 
alimentar; 
f) Espécies basais: organismos que não se alimentam de nenhuma outra espécie. 
Usualmente eles são produtores primários.
g) Espécies intermediárias: espécies que tem predadores e presas dentro de uma 
mesma rede alimentar.
h) Ciclos: Ocorre quando um organismo A se alimenta do organismo 
B que por sua vez se alimenta do organismo C que se alimenta de 
A;
i) Canibalismo: Um ciclo no qual uma espécie se alimenta de si 
mesma;
j) Interações possíveis (Ip): Entre s espécies na rede alimentar é definida por:
Ip = [s(s – 1)]
 2
k) Conectância (C): número de interações tróficas realizadas dividido pelo 
número de interações tróficas possíveis. Na realidade, existem várias formulas 
na literatura para a conectância, p.ex.:
C = Interações 
 Ip
l) Onívoro: organismo que se alimenta em dois ou mais níveis 
tróficos diferentes;
m) Compartimentos: ocorre quando existe um grupo com fortes 
interações tróficas. Em uma dada rede pode haver certo 
paralelismo trófico, ou seja, a existência de vários 
compartimentos relativamente independentes entre si.
F
L
U
X
O
D
E
E
N
E
R
G
I
A
Considerando a teia esquematizada, defina e responda:
 s = ? / D = ?
 Quais espécies podem ser consideradas espécies tróficas?
 Quais são predadoras de topo, basais e intermediárias?
 Existe algum ciclo nessa teia?
 Há casos de canibalismo, se sim, em qual espécie?
 Quantas interações existem nessa rede?
 Quantas interações são possíveis?
 Qual o valor de conectância dessa rede?
 Existem espécies onívoras? Se sim, quais?
 Existem compartimentos?
Considerando a teia esquematizada, defina e responda:
 s = 19. / D = 1.63.
 Quais espécies podem ser consideradas espécies tróficas?
Produtores = 17 / 18 / 19. Cons. 1ª = 1 / 5 / 6 / 7 / 8 / 9 / 10 / 11 / 14 / 15 / 16.
Cons. 2ª = 1 / 2 / 3 / 4 / 7 / 8 / 9 / 12 / 13 / 14 / 15. Cons. 3ª = 1 / 3.
 Quais são predadoras de topo, basais e intermediárias?
Topo = 1 / 2 / 3 / 10 / 11 / 14 / 15.
Basais = 17 / 18 / 19.
Intermediárias = 4 / 5 / 6 / 7 / 8 / 9 / 12 / 13 / 16.
 Existe algum ciclo nessa teia? Não.
 Há casos de canibalismo, se sim, em qual espécie? Não.
 Quantas interações existem nessa rede? 31.
 Quantas interações são possíveis? 171.
 Qual o valor de conectância dessa rede? 0.18.
 Existem espécies onívoras? Se sim, quais? Sim  1 / 3 / 7 / 8 / 9 / 14 / 15.
 Existem compartimentos? Não.
Organismos, Recursos e Resíduos
 Recurso Ser vivo Resíduos
Energia não assimilada
Produtividade primária
Transformação da energia luminosa em energia de ligações químicas nos 
carboidratos (Fotossíntese);
É a quantidade de matéria orgânica produzida em determinado ecossistema.
Produtividade primária
- Apenas uma parte da radiação incidente;
- Menos que 1/3 é assimilado (perdido na 
forma de calor);
- A produção primária determina a energia 
total disponível para o ecossistema;
- Energia transformada em biomassa;
- A produtividade pode ser mensurada 
como gramas de Carbono assimilado, peso 
seco de tecidos vegetais etc.
Produtividade Primária Bruta (PPB)
 Energia total assimilada pela fotossíntese;
 Constitui toda a matéria orgânica produzida pelos seres 
autótrofos.
Fatores que limitam a (PPB):
• Luz;
• Água;
• Nutrientes;
• Temperatura;
• CO2
Fatores que limitam a Produtividade Primária Bruta (PPB)
• Luz:
• Eficiência fotossintética 
(percentagem de energia 
na luz do sol que é 
convertida para a 
produção primária 
durante o crescimento – 
1% a 2%)
Fatores que limitam a Produtividade Primária Bruta (PPB)
Água
Fatores que limitam a Produtividade Primária Bruta (PPB):
• Nutrientes
Fatores que limitam a Produtividade Primária Bruta (PPB):
• Temperatura.
• Aumento de temperatura – aumento de fotossíntese até certo limite;
• Quando a respiração aumenta muito com a temperatura – diminui a 
assimilação de CO2.
Fatores que limitam a Produtividade Primária Bruta (PPB)
Gás Carbônico
 0,03 a 0,04% da atmosfera;
 Aumento de fotossíntese até 0,3%.
Produtividade Primária Líquida (PPL):
É o que resta aos consumidores após o que é gasto 
pelos próprios produtores
• Varia de Ecossistema a 
Ecossistema:
• Oceanos e desertos
Fluxo de energia pelo ecossistema
• A principal fonte de energia de qualquer ecossistema é o sol;
• Os produtores transformam energia luminosa em energia química;
• Os produtores gastam parte da energia produzida estando disponível a 
consumidores apenas cerca de 10% do produzido (Alguns casos 5 a 
20% / Comunidades marinhas 2% a 24%;) - Eficiência ecológica ou da 
cadeia alimentar;
• A quantidade de energia diminui cada vez que é passada a outro ser vivo;
• Capacidade de Suporte (produtividade) de um ecossistema;
• Produtividade primária x produtividade secundária;
Produtividade secundária
Refere-se à quantidade de matéria orgânica 
armazenada no corpo de um animal herbívoro em 
determinado intervalo de tempo;
Corresponde à energia que o herbívoro conseguiu 
absorver dos alimentos que ingeriu, já subtraído o 
que foi gasto para manter o seu metabolismo;
Alta produtividade
Baixa Eficiência Ecológica
A amazônia é o pulmão do mundo?
Ecologia de processos
• Eficiências Energéticas: As proporções (ou razões) entre os fluxos de 
energia em diversos pontos ao longo da cadeia de alimentos, quando 
expressas em percentuais. Calcula-se com as seguintes variáveis: 
E: excreção 
R: respiração 
B: biomassa 
A: assimilação 
I: ingestão 
Eficiência Ecológica (Eff)
• A eficiência Ecológica depende:
– Eficiência de Assimilação;
– Eficiência de Produção Líquida;– Eficiência de Produção Bruta;
– Eficiência de Exploração.
– Taxa de transferência ou tempo de residência
Eficiência Ecológica (Eff)
• Mede a quantidade de energia que é passada de um nível trófico a outro;
• Depende:
– Energia Assimilada
– Energia ingerida;
– Energia egestada:
• Energia de respiração (utilizada para atender as necessidades metabólicas)
• Energia excretada
• Logo:
Energia assimilada = energia ingerida – energia egestada
Produção (primária ou secundária) = energia assimilada – respiração – excreção
Eficiência de Assimilação
• Razão entre a assimilação e a ingestão (expressa em percentagem);
• Ou quanto do ingerido é assimilado?
– Herbívoros assimilam 80% da energia de sementes e de 60% a 70% da vegetação 
jovem;
– Pastadores assimilam de 30% a 40% da energia de seus alimentos;
– Predadores variam de 60% a 90% (presas vertebrados);
– Insetívoros 70% a 80%.
• Por que a diferença?
– Nem tudo é digerível...
– Plantas – Celulose, lignina e outros;
– Em animais – exoesqueletos, ossos, pêlos, penas, escamas etc.
– Formam detritos que são decompostos por bactérias e fungos...
Eficiência de produção líquida (EPL)
• Produção representa a biomassa incorporada (crescimento e reprodução);
• Epl = Razão entre a energia contida na produção e a energia total assimilada 
(expressa em percentagem);
• Animais mais ativos homeotérmicos possuem baixa eficiência de produção líquida:
– Aves – menos de 1%;
– Pequenos mamíferos até 6%
• Nesses casos, a maior parte da energia assimilada é usada na manutenção da homeostase;
• Animais pecilotérmicos e sedentários possuem eficiência de produção líquida de até 
75% (utilizadas no crescimento e reprodução)
 assimilação
Epl = produção x 100 
Eficiência de produção bruta (Epb)
• É a eficiência energética total da produção de biomassa dentro de um nível trófico;
• Trata-se da energia total ingerida;
• Para Animais terrestres homeotérmicos raramente excede a 5%;
• Aves e grandes mamíferos menor que 1%;
• Insetos varia de 5% a 15%;
• Animais aquáticos excede a 30%
Epb = Assimilação x Epl
ingestão
Epb = produção x 100
ingestão
 assimilação
Epl = produção x 100 
Em plantas...
• Epl varia entre 30% e 85%;
• Plantas de crescimento rápido de zonas temperadas possuem Epl alta 
75% a 85% (altas densidades) no trópicos é menor, 40% a 60% 
(baixas densidades);
• Nos trópicos as altas temperaturas aumentam a respiração em relação a 
Fotossíntese.
 produção bruta
 Epl = produção liquida
Eficiência de exploração
• Proporção da produção em um nível trófico que é consumida por um 
nível trófico superior;
• Sempre inferior a 100%;
• Influencia na eficiência ecológica (Eff) dos ecossistemas
 eficiência de produção bruta
 Eff = eficiência de exploração
• A eficiência ecológica descreve que proporção da energia assimilada 
pelas plantas acaba alcançando cada nível trófico superior;
• A energia atravessa os ecossistemas em velocidades diferentes:
– Taxa de transferência ou tempo de residência 
• Quanto maior o tempo de residência, maior o acúmulo de energia.
Ou
 produtividade líquida (Kj/m2/ano)
 Tempo de residência (ano) = energia armazenada na biomassa (Kj/m2)
 produção de biomassa (Kg/m2/ano)
 Taxa de acumulação de biomassa (ano) = biomassa (Kg/m2)
• Plantas de florestas tropicais úmidas produzem 1,8 Kg por m2/ano de matéria seca 
em média e possuem uma biomassa viva média de 42 Kg por m2;
• Qual o tempo de residência média da biomassa nas plantas de florestas tropicais 
úmidas?
 produção de biomassa (Kg/m2/ano)
 Taxa de acumulação de biomassa (ano) = biomassa (Kg/m2)
• A taxa de acumulação de biomassa pode variar de mais de 20 anos até menos de 20 
dias.
• Nos diferentes ecossistemas sempre alguma energia 
permanece acumulada por muito tempo (P. ex. Energia 
acumulada em celulose ou lignina);
• Parte é reciclada rapidamente;
• Considerando a energia acumulada em serrapilheiras:
 taxa de queda de serrapilheira (g/m2/ano)
 Tempo de residência (ano) = acumulação de serrapilheira (g/m2)
• Em ecossistemas florestais o tempo de residência varia de 4 a 16 anos 
em campos temperados (a) e 100 anos em montanhas temperadas e 
regiões boreais a 3 meses nos trópicos úmidos (b), até 1 a 2 anos em 
habitats tropicais secos montanhosos, 
• Temperaturas quentes e abundância de umidade favorecem uma rápida 
decomposição da serrapilheira (maior abundância de decompositores).
Bioenergética e estrutura do ecossistemas
• O estudo do fluxo de energia e a eficiência de transferência 
permite-nos conhecer alguns aspectos dos ecossistemas:
– Número de níveis tróficos;
– Importância relativa dos decompositores e herbívoros;
– Valores de equilíbrio de biomassa e detritos acumulados;
– Taxas de troca de matéria orgânica.
– Numa escala maior, permite-nos avaliar as possibilidades de 
consumo desses recursos... 
Balanço energético total de um 
ecossistema é, portanto, um equilíbrio 
entre créditos e débitos
• Ecossistemas ganham energia:
– Através da fotossíntese (produção autóctone);
– Através do transporte de matéria orgânica a partir de fontes externas 
(produção alóctone);
• Ou seja:
– Um sistema pode ser mantido por seus próprio atributos (produtores) ou 
por fontes externas;
– P. Ex. Num determinado ecossistema herbívoros assimilam energia a uma 
taxa de 0,31 W por m2, porém a produtividade líquida dos produtores é de 
0,09 W por m2
• Alguns ecossistemas são completamente dependentes da produção 
alóctone. (P. ex. Cavernas e fundo dos oceanos)
• A eficiência de assimilação aumenta nos níveis tróficos superiores;
• A produção líquida e bruta diminuem nos níveis tróficos superiores;
• A eficiência Ecológica é, em média de 10%;
• Em média a eficiência ecológica é menor em ambientes terrestres em 
comparação com os aquáticos.
Considerações finais sobre o fluxo de energia....
• Qual o tamanho da cadeia alimentar mais longa de um ecossistema?
• Depende:
• Da produção primária líquida (PPL ou NPP);
• Da energia exigida por uma população de consumidores (E);
• Da eficiência ecológica média de transferência de energia de um 
nível para o outro numa cadeia alimentar (Eff).
Considerações finais sobre o fluxo de energia....
• Qual o tamanho da cadeia alimentar mais longa de um ecossistema?
• Pode ser calculada como:
E(n) = (NPP)(Eff n-1)
Onde:
E(n) = Quantidade de energia disponível para um consumidor n;
NPP = Taxa de produção primária líquida;
Eff = Eficiência ecológica em média
Ou
Considerações finais sobre o fluxo de energia....
log (Eff)
n = 1 + log[E(n) / NPP]
Considerações finais sobre o fluxo de energia....
 Ao passar de um nível a outro, certa quantidade de energia é liberada 
para o meio, ficando apenas uma parte disponível para o consumidor. 
Isso justifica a existência de cadeias alimentares com poucos níveis 
tróficos;
 Quanto mais próximo um ser vivo estiver do conversor, maior será a 
quantidade de energia disponível;
 A PPB bem como a energia passada a cada nível trófico depende do 
ecossistema a ser considerado.
As pirâmides 
ecológicas 
 São representações 
esquemáticas das cadeias
alimentares;
 Podem ser de :
 Números;
 Biomassa;
 Energia.
 Obedecem a seqüência de uma cadeia alimentar com os 
produtores sempre compondo a base da pirâmide. 
Tipos de 
pirâmides 
ecológicas
Caso 1: Pirâmide de números numa 
comunidade formada por:
1 – árvores
2 – Preguiças
3 – Piolhos 
Algumas pirâmides de números e de massa podem 
se apresentar invertidas:
Caso 2: Pirâmide de massa num 
ecossistema marinho:
1 – Fitoplâncton (alto potencial 
biótico)2 – Zooplâncton
	Slide 1
	Nicho Ecológico e equilíbrio na natureza
	Ecossistema: histórico
	Alguns princípios gerais da Ecologia
	Energia: definições básicas
	Energia nos organismos vivos
	Energia: definições básicas
	Energia: definições básicas
	Slide 9
	Alguns princípios gerais da Ecologia
	Alguns princípios gerais da Ecologia
	O fluxo de energia e o ciclo da matéria
	A energia apresenta um fluxo unidirecional.
	O conceito de Ecossistema
	Estrutura de um ecossistema
	O ambiente energético da biosfera
	O ambiente energético da biosfera
	Espectro da radiação solar - Destaque para o vísivel
	Slide 19
	Slide 20
	Fotossíntese
	Fotossíntese
	Fotossíntese
	Outros princípios....
	Ecologia trófica
	Slide 26
	Slide 27
	As cadeias alimentares
	Slide 29
	Magnificação trófica:
	As teias alimentares: São cadeias alimentares entrelaçadas
	Slide 32
	Slide 33
	Slide 34
	Slide 35
	Slide 36
	Slide 37
	Slide 38
	Slide 39
	Organismos, Recursos e Resíduos
	Produtividade primária
	Produtividade primária
	Slide 43
	Slide 44
	Slide 45
	Slide 46
	Slide 47
	Slide 48
	Slide 49
	Slide 50
	Fluxo de energia pelo ecossistema
	Produtividade secundária
	Alta produtividade Baixa Eficiência Ecológica
	Ecologia de processos
	Eficiência Ecológica (Eff)
	Eficiência Ecológica (Eff)
	Eficiência de Assimilação
	Eficiência de produção líquida (EPL)
	Eficiência de produção bruta (Epb)
	Em plantas...
	Eficiência de exploração
	Slide 62
	Slide 63
	Slide 64
	Slide 65
	Slide 66
	Slide 67
	Bioenergética e estrutura do ecossistemas
	Slide 69
	Slide 70
	Slide 71
	Slide 72
	Slide 73
	Considerações finais sobre o fluxo de energia....
	As pirâmides ecológicas
	Tipos de pirâmides ecológicas
	Slide 77

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