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Contabilidade Pública_Ponto-TCU-aula-00

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Pacote - Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula 00 – Conceito, objeto, objetivo, regime contábil e campo de atuação 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
1 
 
 
Amigo estudante! 
 
Prazer em iniciar este trabalho para seu sucesso no concurso do TCU. 
Sempre que possível iremos incluir questões do CESPE, porém, caso 
não sejam suficientes incluiremos questões de outras bancas. 
Nessa aula dê prioridade à resolução de 
questões do CESPE. 
 
Desejo-lhe sucesso e êxito em seus estudos e uma excelente 
assimilação dos conteúdos. Que tenha sempre uma mente 
ILUMINADA! 
 
Para este concurso do TCU pretendo incluir só questões de concursos 
de 2010/2011/2012/2013/2014, exceto quando houver poucas 
questões referentes ao tópico abordado. 
 
Estude essa nota de aula com bastante atenção e aproveite a 
oportunidade para adquirir conhecimentos suficientes para ganhar 
preciosos pontos e aprender esse assunto porque é um tópico 
tranquilo de ser assimilado (“digerido”). 
 
Atenção! Caso queira aprimorar seus conhecimentos através da 
prática (resolução de exercícios), existem estes nossos livros, todos 
lançados pela Editora Campus Elsevier, o livro verde, Série Questões, 
são 650 questões resolvidas e comentadas, o vermelho, recém 
lançada a 6ª edição/2014, completamente reestruturado e 
meticulosamente organizado, com mais de 1000 questões de 
concursos, todas resolvidas/comentadas, o BIZUS DE AFO, são 
resumos ilustrados dos tópicos de AFO mais exigidos em concursos. 
Observe: 
Aula 00 – Conceito, objeto, objetivo, regime contábil e campo de atuação 
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Pacote - Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula 00 – Conceito, objeto, objetivo, regime contábil e campo de atuação 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
2 
 
Segue apresentação resumida: 
DEUSVALDO CARVALHO 
Graduado e Pós-Graduado em Ciências Contábeis pela UFMS; 
Atualmente ocupo o Cargo de Perito Criminal Federal – Departamento de 
Polícia Federal – ES; 
Professor na Academia Nacional da Polícia Federal, FGV/RJ e em diversos 
cursos preparatórios para concursos em BH, Teresina, Campo Grande – 
MS, Vitória – ES etc. 
Cargos ocupados: 
Auditor Fiscal da atual Receita Federal do Brasil; 
Professor Efetivo – UFMS/UFES 
Controlador de Recursos Públicos – Tribunal de Contas do Estado do 
Espírito Santo. 
Entre outros, fui aprovado nos seguintes concursos: 
1º. Lugar - Auditor do Estado de Mato Grosso; 
1º. Lugar - Professor efetivo da UFMS; 
2º. Lugar – Auditor Fiscal no ES; 
2º. Lugar - Analista do TRF 4ª região - Florianópolis; 
2º. Lugar - Analista TRE/AC; 
4º. Lugar - AFC – CGU; 
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Aula 00 – Conceito, objeto, objetivo, regime contábil e campo de atuação 
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3 
6º. Lugar – TRF 3ª Região – São Paulo; 
6º. Lugar - Auditor Substituto de Conselheiro TCE/PI; 
7º. Lugar - Auditor Substituto de Conselheiro TCE/ES; 
7º. Lugar – Controlador de Recursos Públicos TCE/ES; 
8º. Lugar - Auditor Substituto de Conselheiro TCM/CE; 
15º. Lugar – ACE/TCU – 1996; 
51º. Lugar - Perito Criminal Federal – DPF/MJ. 
Obras editadas: 
Orçamento e Contabilidade Pública – 6ª Edição/2014 – Editora Campus 
– Série provas e concursos; 
LRF – Doutrina e Jurisprudência – 1ª Edição – Editora Campus – Série 
provas e concursos/2009; 
Manual Completo de Contabilidade Pública, 2ª edição/2014, Editora 
Campus – Série Provas e Concursos, mais de 850 questões de concursos 
(CESPE, ESAF e FCC) todas resolvidas e comentadas. 
AFO E Orçamento Público na CF e LRF – 1ª edição/2011 - Editora 
Campus – Série Questões, 650 questões de concursos resolvidas e 
comentadas (CESPE, ESAF E FCC); 
BIZUS DE AFO – Administração Financeira e Orçamentária – 1ª 
edição/2014 – Editora Campus Elsevier, Série Resumos Ilustrados. 
 
Meu amigo e minha amiga! Satisfação por estarmos juntos nessa 
empolgante jornada virtual de estudos para o concurso do TCU. 
 
Este cargo é almejado por muitos candidatos, por se tratar de uma 
excelente instituição para se trabalhar e remuneração atrativa. E 
mais, uma série de benefícios, auxílio alimentação, plano de saúde, 
etc.. 
 
A conquista de uma das vagas depende praticamente de você: seu 
esforço, dedicação, planejamento, persistência, vontade de vencer e 
jamais desistir nos momentos difíceis. 
 
Você se decidiu pela conquista de uma das vagas do TCU? Caso a 
resposta seja sim, por favor! Seja bastante rigoroso com você 
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4 
mesmo, cumpra rigorosamente seu planejamento de estudos, 
procure evitar contato com pessimistas ou derrotados e siga em 
frente à busca de seus objetivos. 
 
O nosso objetivo é procurar “facilitar sua jornada de estudos”, ou 
seja, mostrar-lhes o caminho mais curto para o aprendizado e, em 
consequência, ajudá-lo a concretizar seus “SONHOS”, ou seja, os 
objetivos almejados. 
 
Por favor! Procure estudar concentrado, se possível, quando estiver 
descansado, isso porque o estudo da disciplina AFO exige atenção e 
concentração, haja vista a riqueza de detalhes e peculiaridades dessa 
matéria. 
 
Estudar para concursos nos dias atuais exige bastante atenção do 
candidato. Quem “se destaca” nas provas de AFO e Contabilidade 
Pública geralmente faz a diferença no resultado do concurso, posto 
que são questões diferenciadas e que poucos acertam. Portanto, 
procure começar bem! 
 
Não comece seus estudos “achando” ou “imaginando” que essa 
matéria é chata ou difícil. Isso é mito! Aprender contabilidade pública 
para fazer prova de concurso é simples e sem muita complicação. 
 
O conteúdo e a forma com que temos abordado nossas aulas têm 
sido mais do que suficiente para o candidato realizar excelentes 
provas. 
 
Procure focar basicamente nos conteúdos abordados. O conteúdo 
abordado em nossas aulas é suficiente para que você realize uma 
excelente prova, basta estudar razoavelmente a matéria e fazer 
bastantes exercícios. 
 
Ao estudar esta nota de aula, você estará garantindo acerto de 
algumas questões para sua classificação. Assim, comece a fazer a 
diferença desde já. 
 
Essa metodologia de curso “virtual” proporciona ao aluno bom 
método de estudo, em especial, através de questionamentos no 
fórum de dúvidas e respectivas respostas, tanto dos seus quanto de 
colegas. Dessa forma você poderá tirar proveito deste método. Isso é 
importante e muitos candidatos obtiveram aprovação através dessa 
forma de ensino (interação com outros alunos). 
 
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5 
Esse é o concursode seus sonhos? Imagine você ocupando esse 
cargo e percebendo remuneração superior a R$ 14.000,00 no início 
da carreira. Então estude! Só assim poderá ocupá-lo e desfrutar de 
seus benefícios. 
 
Procure estímulo para estudar! Está satisfeito com o cargo ou 
emprego atual? Se a resposta for não, “chute o balde”! Só seu 
esforço tirará você dessa situação e verá que valeu a pena. 
 
Como é de costume, não mediremos esforços para trabalhar com 
muita dedicação e boa vontade, objetivando contribuir da melhor 
forma possível para que você realize sua merecida conquista e 
alcance seus objetivos. 
 
Análise do conteúdo programático: 
 
Antes, porém, um ALERTA! As disciplinas AFO e Contabilidade Pública 
sofreram recentes alterações com a edição dos seguintes 
instrumentos normativos: Manual da Receita e da Despesa Pública 
Nacional e a 6ª edição do Manual de Contabilidade Pública, além de 
outras normas provenientes da Secretaria do Tesouro Nacional – 
STN, em especial o MCASP. 
 
Por fim, preste bastante atenção às dicas e principalmente ao que 
vem sendo “cobrado” em concurso. Procurarei, sempre que possível, 
trabalhar com questões do CESPE. Porém, caso haja limitação de 
questões de concursos realizados por esta instituição abordarei 
questões de outras organizadoras, em especial, das mais 
semelhantes. 
 
Para que tenhamos objetividade e adequado aproveitamento de 
estudos, bem como evitar perda de tempo, abordarei só o conteúdo 
que estiver explícito e específico no edital do concurso. 
 
O nosso curso seguirá a seguinte sequência de aulas: 
Administração das aulas 
AULA CONTEÚDO 
00 Contabilidade pública: campo de aplicação, objeto e objetivos. 
01 Receitas públicas 
02 Despesas públicas 
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6 
03 Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal 
(SIAFI): conceito, objetivos, usuários e segurança do sistema 
(princípios e instrumentos). 
04 Balanços orçamentário e financeiro 
05 Balanço patrimonial, Demonstração das variações patrimoniais, 
características das interferências, mutações, superveniências e 
insubsistências 
06 Título IX da Lei n.º 4.320/1964. 
07 Tópicos selecionados da Lei Complementar nº 101/2000: conceitos de 
dívida pública e restos a pagar, escrituração e consolidação das 
contas. 2 Gestão organizacional da contabilidade pública no Brasil: 
papéis da Secretaria do Tesouro Nacional e dos órgãos setoriais de 
Contabilidade constantes da Lei nº 10.180/2001. 
08 Relatório resumido da execução orçamentária a que se refere à Lei 
Complementar nº 101/2000: estrutura, composição. 
09 Relatório de gestão fiscal de acordo com a Lei Complementar nº 
101/2000: estrutura, composição. 
Sucesso em sua jornada! 
Bons estudos. 
Sumário 
Conteúdo Página 
1. Conceito de Contabilidade Pública 6 
2. Registro dos Atos e Fatos 8 
3. Objetivo 11 
4. Objeto: O Patrimônio Público 13 
5. Campo de Aplicação 19 
6. Regime Contábil 29 
7. Questões de Concursos Públicos 36 
8. Lista das questões 66 
9. Gabarito 77 
1. Conceito de contabilidade pública 
O Conselho Federal de Contabilidade - CFC, através da NBC T 16.1, 
conceituou a contabilidade pública como o ramo da ciência contábil 
que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios de 
Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle 
patrimonial de entidades do setor público. 
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7 
O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP, 6ª 
edição, Parte V, repete o mesmo conceito de contabilidade aplicada 
ao setor público do CFC. Observe: 
“Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência 
contábil que aplica, no processo gerador de informações, os 
Princípios de Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao 
controle patrimonial de entidades do setor público”. (Redação dada 
pela Resolução CFC nº. 1.437/13). 
Analisando o conceito acima, pode-se concluir que a contabilidade 
pública é o ramo da ciência contábil que aplica os conceitos, 
princípios e normas contábeis nos atos e fatos de gestão pública 
orçamentária, financeira, patrimonial, custos e de compensação, nos 
órgãos e entidades da administração pública direta e indireta 
abrangidas em seu campo de atuação, fornecendo informações úteis, 
tempestivas, compreensíveis e fidedignas aos seus usuários. 
 
(CETRO/2012 – PREF. CAMPINAS – AUDITOR CONT. INT.) Sobre 
Contabilidade Pública, é correto afirmar que 
(A) é um dos ramos da ciência contábil com o objetivo de captar, 
registrar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos que afetam 
as situações orçamentárias, financeiras e patrimoniais das entidades 
de direito público interno. 
(B) é aquela que tem como objetivo apresentar as situações 
orçamentárias e financeiras das entidades de direito público, sem a 
obrigatoriedade de análise dos registros contábeis. 
(C) é uma técnica que serve de base para os fatos administrativos da 
Administração Pública. 
(D) seu objetivo principal é apenas de mostrar as despesas e receitas 
das entidades de direito público. 
Resolução 
NBC T 16: 
Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil 
que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios 
Fundamentais de Contabilidade e as normas contábeis direcionados 
ao controle patrimonial de entidades do setor público. 
MCASP/6ª edição, Parte II: 
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8 
“...a Contabilidade Aplicada ao Setor Público constitui ramo da 
ciência contábil e deve observar os princípios de contabilidade, que 
representam a essência das doutrinas e teorias relativas a essa 
ciência, consoante o entendimento predominante nos universos 
científico e profissional do país.” 
MCASP/6ª edição, Parte II: 
O objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é fornecer aos 
usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos 
de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do 
patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio 
ao processo de tomada de decisão; a adequada prestação de contas; 
e o necessário suporte para a instrumentalização do controle 
social. 
Letra A. 
A contabilidade pública possui caráter restritivo e conservador, e 
seus procedimentos são fundamentados estritamente em normativos 
legais. Assim, segue para análise alguns conceitos previstos pela 
legislação: 
“A contabilidade pública estuda, registra, controla e demonstra o 
orçamento aprovado e acompanha a sua execução” (art. 78, do 
Decreto-Lei nº 200/67). 
“A contabilidade deverá apurar os custos dos serviços de forma a 
evidenciar os resultados da gestão” (art. 79, do Decreto-Lei nº 
200/67). 
“Os serviços de contabilidade serão organizados de forma apermitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o 
conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos 
custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços 
gerais a análise e interpretação dos resultados econômicos e 
financeiros” (art. 85, da Lei nº 4.320/64). 
“A Administração Pública manterá sistema de custos que permita a 
avaliação e o acompanhamento da gestão orçamentária, 
financeira e patrimonial.” (Art.50, §3º, LC.101/00). 
“A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a situação de 
todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem 
despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou 
confiados” (art. 83, da Lei nº 4.320/64). 
2. Registro dos atos e fatos 
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9 
A Contabilidade Pública deverá evidenciar os fatos administrativos 
ligados à administração orçamentária, financeira e patrimonial, como 
também os atos administrativos. Estes, constituídos por bens, 
valores, obrigações e situações que, imediata ou indiretamente, 
possam vir a afetar o patrimônio, serão registrados nas contas de 
compensação (artigos 89 e 105, § 5º, Lei 4.320/64). 
A padronização do registro contábil possibilitará aos usuários acesso 
a informações consistentes e confiáveis para a tomada de decisão. 
Esta uniformização deve abranger atos e fatos no âmbito do setor 
público dentre os quais se destaca a gestão do patrimônio público. 
A contabilidade pública 
necessariamente registra e controla os atos e fatos administrativos 
(também conhecidos como atos e fatos contábeis), diferentemente 
da contabilidade privada, que controla necessariamente apenas os 
fatos administrativos. 
Assim, a contabilidade privada poderá efetuar controle dos atos que 
considerar relevantes. Essa diferença ainda persiste entre a 
contabilidade pública e a privada. 
 
CONTABILIDADE PÚBLICA: 
DEVE controlar os ATOS administrativos; e 
DEVE controlar os FATOS administrativos. 
CONTABILIDADE PRIVADA (EMPRESARIAL): 
PODE controlar os ATOS administrativos; e 
DEVE controlar os FATOS administrativos 
Portanto, a contabilidade pública, além de registrar todos os fatos 
contábeis (modificativos, permutativos e mistos), registra também os 
atos contábeis praticados pelo gestor, que potencialmente poderão 
alterar qualitativa e quantitativamente o patrimônio. 
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10 
O que são atos potenciais? 
São os contratos, convênios, avais, planejamento orçamentário, 
previsão de receita e fixação da despesa, etc. São atos que, quando 
praticados pelo gestor e registrados pela contabilidade, não alteram 
o patrimônio, entretanto, futuramente poderão vir a afetá-lo. 
Conforme a doutrina majoritária, os atos e fatos contábeis são 
também denominados como atos e fatos administrativos. 
Entretanto, observa-se que normalmente as questões de concursos 
públicos utilizam a denominação de atos e fatos administrativos. 
Seguem exemplos de atos administrativos (atos contábeis): 
Exemplo 1: controle patrimonial – cessão de uso gratuito de bem: 
a) Em uma empresa privada essa cessão de uso não 
necessariamente será objeto de controle pela contabilidade. Poderá 
inclusive ser formalizada a cessão através de um contrato (termo de 
cessão), todavia, a contabilidade não necessariamente efetuará o 
registro dessa cessão. 
b) Em uma entidade pública, a contabilidade pública deverá 
registrar e controlar tal ato administrativo através das contas de 
compensação. 
Exemplo 2: controle orçamentário – previsão da receita anual: 
a) A contabilidade privada não registra e controla o orçamento anual 
de uma empresa. O controle de faturamento previsto, despesas 
estimadas, etc., normalmente ocorre paralelo à contabilidade. 
b) Em um ente público a contabilidade pública deverá efetuar os 
registros de previsão da receita e fixação da despesa para 
determinado exercício financeiro, conforme autorizado pelo 
Legislativo através da Lei Orçamentária Anual. 
A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a situação de 
todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem 
despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou 
confiados (art.83, lei nº 4.320/64). 
Lembre-se! A contabilidade pública deverá registrar os atos e fatos 
administrativos, diferentemente da contabilidade privada, que 
geralmente não registra os atos. A contabilidade privada poderá 
efetuar controle de atos que considerar relevantes. 
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11 (CESPE –Contador/SEDUC-AM – 2011) 
Para o ente público atender ao princípio da oportunidade, a 
contabilidade não pode se restringir ao registro dos fatos decorrentes 
da execução orçamentária, devendo ela registrar tempestivamente 
todos os fatos que promovem alteração em seu patrimônio. 
Resolução 
A Contabilidade Pública é utilizada como importante ferramenta para 
registro e controle do orçamento público, o que não exclui a 
necessidade de observância e aplicação dos Princípios de 
Contabilidade. Assim, devem ser efetuados todos os demais registros 
tempestivos do patrimônio público e suas mutações, independente 
de serem afetos ao orçamento, tais como, por exemplo, eventuais 
bens recebidos em doação, depreciações e reavaliações patrimoniais. 
NBC T 16.5, item 21 (grifei): 
Os registros contábeis devem ser realizados e os seus efeitos 
evidenciados nas demonstrações contábeis do período com os quais se 
relacionam, reconhecidos, portanto, pelos respectivos fatos geradores, 
independentemente do momento da execução orçamentária. 
CERTO. 
3. Objetivo 
O objetivo da Contabilidade Pública é fornecer informações confiáveis 
sobre o patrimônio da entidade pública, analisando e controlando não 
apenas o aspecto material do patrimônio, mas também sob a ótica 
financeira e econômica, acompanhando inclusive a execução do 
orçamento público (Lei Orçamentária Anual), demonstrando as 
mutações ocorridas e os resultados obtidos em determinado período. 
A Resolução CFC nº 1.128/08, que aprova a NBC T 16.1, 
didaticamente expõe que o objetivo da Contabilidade Aplicada ao 
Setor Público é fornecer aos usuários informações sobre os 
resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, 
econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor 
público e suas mutações, em apoio ao processo de tomada de 
decisão, para a adequada prestação de contas e o necessário suporte 
para a instrumentalização do controle social. 
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12 
Cabe ressaltar que a função social da Contabilidade Aplicada ao Setor 
Público deve refletir, sistematicamente, o ciclo da administração 
pública para evidenciar informações necessárias à tomada de 
decisões, à prestação de contas e à instrumentalização do controle 
social. 
Dessa forma, a contabilidade pública tem como objetivo fornecer 
informações adequadas sobre o patrimônio público para: 
Tomada de decisões, tendo como clientes da informação os gestores 
públicos; 
Prestação de contas dos recursos públicos, sendo os clientes da 
informação os órgãos de controle do estado (tribunais de conta, 
controladorias ou auditorias internas, etc.); 
Instrumentalização do controle social, propiciando que a sociedade 
organizada interfira e exija melhor administração do patrimônio público. 
(CETRO – ANVISA/2013 – ANAL. ADM.) 
De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao 
Setor Público, quanto à sua Conceituação, Objeto e Campo de 
Aplicação, assinale a alternativa correta. 
(A) A Unidade Contábil classificada como Unificada representa a 
soma ou a agregação do patrimônio de duas ou mais Unidades 
Contábeis Originárias. 
(B) A Contabilidade Aplicada ao Setor Público serve unicamente para 
a correta contabilização dos registros contábeis do patrimônio 
público, não tendo a preocupação de fornecer informações a usuários 
sobre os resultados alcançados. 
(C) O objeto da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o Balanço 
Patrimonial Público. 
(D) Contabilidade Aplicada ao Setor Público aplica, no processo 
gerador de informações, Princípios Fundamentais de Contabilidade 
específicos do setor público, que são diferentes dos Princípios 
Fundamentais de Contabilidade do setor privado. 
(E) A função social da Contabilidade Aplicada ao Setor Público deve 
refletir, sistematicamente, o ciclo da Administração Pública para 
evidenciar informações necessárias à tomada de decisões, à 
prestação de contas e à instrumentalização do controle social. 
 
Resolução 
A) NBC T 16.1. 
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13 
Unidade Contábil é classificada em: 
(a) Originária – representa o patrimônio das entidades do setor 
público na condição de pessoas jurídicas; 
(b) Descentralizada – representa parcela do patrimônio de 
Unidade Contábil Originária; 
(c) Unificada – representa a soma ou a agregação do patrimônio de 
duas ou mais Unidades Contábeis Descentralizadas. Exemplos de 
unificação: por poder, por órgão, por tipo de administração, por área 
de responsabilidade, entre outras; 
(d) Consolidada – representa a soma ou a agregação do 
patrimônio de duas ou mais Unidades Contábeis Originárias. 
B) e D) NBC T 16.1. 
Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil 
que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios de 
Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle 
patrimonial de entidades do setor público. 
O objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é fornecer aos 
usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos 
de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do 
patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio 
ao processo de tomada de decisão; 
a adequada prestação de contas; 
e o necessário suporte para a instrumentalização do controle social. 
C) NBC T 16.1. 
O objeto da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o patrimônio 
público. 
D) C) NBC T 16.1. 
E) C) NBC T 16.1. 
A função social da Contabilidade Aplicada ao Setor Público deve 
refletir, sistematicamente, o ciclo da administração pública para 
evidenciar informações necessárias à tomada de decisões, à 
prestação de contas e à instrumentalização do controle social. 
Letra E. 
4. Objeto: o patrimônio público 
Conforme estabelece o Princípio da Entidade, o objeto da 
Contabilidade é o patrimônio, aquele de determinada entidade que 
esteja sob a análise e estudo, formado por bens, direitos e 
obrigações. 
Seguindo o conceito matriz, o objeto da contabilidade pública é o 
patrimônio público, também formado pelos bens, direitos e 
obrigações, públicos ou da fazenda pública. 
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14 
CONTABILIDADE OBJETO 
Contabilidade Privada (geral) Patrimônio 
Contabilidade Pública Patrimônio Público 
Atenção! Não confundir o OBJETO com o OBJETIVO da Contabilidade 
Pública. 
CONTABILIDADE PÚBLICA 
OBJETO: o patrimônio público. 
OBJETIVO: fornecer informações confiáveis sobre o patrimônio da 
entidade pública, analisando e controlando não apenas o aspecto material 
do patrimônio, mas também sob a ótica financeira e econômica, 
acompanhando inclusive a execução do orçamento público (Lei 
Orçamentária Anual), demonstrando as mutações ocorridas e os 
resultados obtidos em determinado período. 
A doutrina sempre informou que o objeto 
da contabilidade pública é o “patrimônio e o orçamento público”. 
Porém, a STN e o Conselho Federal de Contabilidade - CFC informam 
que o objeto é apenas “o patrimônio público”. 
O CFC foi explícito ao informar em sua normatização de 2008 que o 
objeto da contabilidade pública é apenas o patrimônio público. 
Resolução CFC nº 1.128/08, aprova a NBC T 16.1 – Conceituação, 
Objeto e Campo de Aplicação, item 5: 
O objeto da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o patrimônio 
público. 
Para fins de concurso, considere que o 
objeto da contabilidade pública é apenas o patrimônio público. 
O objeto da Contabilidade Pública é o patrimônio público e a NBC T 
16.2 informa seu conceito e estrutura: 
PATRIMÔNIO PÚBLICO 
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15 
3. Patrimônio Público é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou 
intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, 
recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que 
seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, 
inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por 
entidades do setor público e suas obrigações. 
CLASSIFICAÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO SOB O ENFOQUE 
CONTÁBIL 
4. O patrimônio público é estruturado em três grupos: 
(a) Ativos são recursos controlados pela entidade como resultado de 
eventos passados e do qual se espera que resultem para a entidade 
benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços; 
(b) Passivos são obrigações presentes da entidade, derivadas de eventos 
passados, cujos pagamentos se esperam que resultem para a entidade 
saídas de recursos capazes de gerar benefícios econômicos ou potencial de 
serviços; 
(c) Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de 
deduzidos todos seus passivos. 
O objeto da contabilidade pública é apenas o patrimôniopúblico, e 
este é formado por bens, direitos e obrigações, todavia, há exceção. 
Dizer que no objeto da contabilidade pública esta incluído todo e 
qualquer patrimônio público não é verdade. Como para quase toda 
regra existe exceção, aqui não poderia ser diferente. A exceção está 
nos bens públicos de uso comum do povo. 
Observe como o Código Civil conceitua bens públicos - Código Civil 
(Lei nº 10.406/02): 
CAPÍTULO III 
Dos Bens Públicos 
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas 
jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja 
qual for a pessoa a que pertencerem. 
Art. 99. São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas 
e praças; 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço 
ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou 
municipal, inclusive os de suas autarquias; 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de 
direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma 
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16 
dessas entidades. 
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se 
dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a 
que se tenha dado estrutura de direito privado. 
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial 
são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que 
a lei determinar. 
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as 
exigências da lei. 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, 
conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração 
pertencerem. 
(grifo nosso) 
Os bens de uso comum ou bens do domínio público são os de 
uso indistinto das pessoas, como os rios, mares, praias, estradas, 
ruas e praças. Observe que os bens de uso comum do povo 
enumerados no inciso I do art. 99 são apenas exemplificativos. 
Enfim, todos os locais abertos à utilização pública adquirem esse 
caráter de comunidade, de uso coletivo, de fruição própria do povo. 
Sob esse aspecto pode o domínio público definir-se como a forma 
mais completa da participação de um bem na atividade de 
administração pública. 
Os bens de uso especial são os de propriedade do estado e que se 
destinam especialmente à execução dos serviços públicos e, por isso 
mesmo, são considerados instrumentos desses. Constituem o 
aparelhamento administrativo, tais como os edifícios das repartições 
públicas, os terrenos aplicados aos serviços públicos, os veículos da 
administração, os matadouros, os mercados e outras serventias que 
o Estado põe à disposição do público, mas com destinação especial. 
Os bens dominiais ou bens dominicais ou bens do patrimônio 
fiscal ou bens do patrimônio disponível, são aqueles que, 
embora integrando o domínio público como os demais, deles diferem 
pela possibilidade sempre presente de serem utilizados em qualquer 
fim ou, mesmo, alienados pela administração pública, se assim o 
desejar. Daí por que recebem também a denominação de bens 
patrimoniais disponíveis ou de bens do patrimônio fiscal. Tais bens 
integram o patrimônio do Estado como objeto de direito pessoal ou 
real, isto é, sobre eles a Administração exerce poderes de 
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proprietário, segundo os preceitos de direito constitucional e 
administrativo. 
(CESPE – Analista-TMP/Câmara dos 
Deputados – 2012) São inalienáveis, enquanto empregados no 
serviço público, os bens de uso especial, embora possam ser 
contabilizados no ativo, inventariados e avaliados. 
Resolução 
O Art. 100 do Código Civil informa que os bens de uso especial são 
inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que 
a lei determinar. Apesar dessa característica, tais bens são 
devidamente contabilizados no Ativo Imobilizado, inventariados e 
avaliados. CERTO. 
Os bens públicos de uso comum do povo 
nunca foram objeto de registro pela contabilidade pública (nenhum 
deles). Todavia, a partir de 2011, aqueles que absorveram ou 
absorvem recursos públicos, ou aqueles eventualmente recebidos em 
doação, deverão ser objeto de registro contábil. 
Resolução CFC nº 1.137/08, que aprova a NBC T 16.10 – Avaliação e 
Mensuração de Ativos e Passivos em Entidades do Setor Público: 
30. Os bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos 
públicos, ou aqueles eventualmente recebidos em doação, devem ser 
incluídos no ativo não circulante da entidade responsável pela sua 
administração ou controle, estejam, ou não, afetos a sua atividade 
operacional. 
31. A mensuração dos bens de uso comum será efetuada, sempre que 
possível, ao valor de aquisição ou ao valor de produção e construção. 
Dica! Alterações recentes nos normativos legais são normalmente 
muito exigidas em concursos públicos. Fique atento! 
A utilização do termo “absorveram” indica que o bem já foi adquirido, 
produzido ou construído, e “absorvem” especifica que o bem ainda 
está em fase de aquisição (parcelada), produção ou construção. Não 
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há que se fazer confusão quanto às despesas ordinárias de 
manutenção. Não há dúvida de que tais despesas não deverão ser 
agregadas ao valor desses bens. 
Portanto, quanto aos bens de uso comum, haverá registro 
obrigatório daqueles que absorveram ou absorvem recursos públicos, 
ou aqueles eventualmente recebidos em doação. 
Exemplo 1 - Os rios, mares e praias são bens de uso comum que 
NÃO são objeto da contabilidade pública, ou seja, NÃO são 
registrados contabilmente nos entes que possuem o seu domínio. 
Não foram gastos recursos públicos para aquisição, produção ou 
construção de tais bens. 
Exemplo 2 - As estradas, viadutos, praças e pontes, são bens de 
uso comum que são objeto da contabilidade pública, ou seja, são 
registrados contabilmente nos entes que possuem o seu domínio. 
Foram, ou estão sendo, empregados recursos públicos para 
aquisição, produção ou construção de tais bens. 
Na 4ª edição (2011) do MCASP, a STN 
passou a segregar os bens de uso comum do povo em duas classes 
de ativos, divisão essa mantida na 6ª edição (2014) do MCASP, 
conforme segue: 
Ativos de Infraestrutura: tais como redes rodoviárias, sistemas de 
esgoto, sistemas de abastecimento de água e energia e rede de 
comunicação, pontes, calçadas, calçadões, dentre outros. 
Ativos de infraestrutura são ativos que normalmente podem ser 
conservados por um número significativamente maior de anos do 
que a maioria dos bens de capital. Para serem classificados como 
ativos de infraestrutura, os mesmos deverãoser partes de um 
sistema ou de uma rede, especializados por natureza e não 
possuírem usos alternativos. 
Bens do Patrimônio Cultural: Ativos descritos como bens do 
patrimônio cultural são assim chamados devido a sua significância 
histórica, cultural ou ambiental, tais como: monumentos e prédios 
históricos, sítios arqueológicos, áreas de conservação e reservas 
naturais. 
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Esses ativos são raramente mantidos para gerar entradas de caixa e 
pode haver obstáculos legais ou sociais para usá-los em tais 
propósitos. 
O reconhecimento e a mensuração de “bens do patrimônio cultural” 
são facultativos e podem seguir critérios diferentes dos utilizados 
para os ativos imobilizados. 
Os bens públicos de uso comum do povo 
nunca foram objeto de registro pela Contabilidade Pública (nenhum 
deles). Todavia, a partir de agora, com a adoção do novo plano de 
contas e novos demonstrativos contábeis, aqueles que absorveram 
ou absorvem recursos públicos, ou aqueles eventualmente recebidos 
em doação, deverão ser objeto de registro contábil. 
Resumindo o tópico – Objeto da Contabilidade Pública: 
O objeto da Contabilidade Pública é o patrimônio público, o qual é 
constituído de bens, direitos e obrigações, públicos ou da fazenda pública; 
Há exceção! Nem todos os bens públicos estão inseridos nesse objeto. 
Os bens de uso comum do povo não eram registrados pela contabilidade 
pública; 
Mas isso mudou! Os bens de uso comum que absorveram ou absorvem 
recursos públicos, ou aqueles eventualmente recebidos em doação, 
deverão ser contabilizados pela União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios, a partir do exercício financeiro de 2011. 
5. Campo de aplicação 
O campo de aplicação informa quem deverá aplicar as regras da 
contabilidade pública. Quais pessoas, físicas ou jurídicas, de direito 
público ou privado, da administração pública direta ou indireta, que 
deverão utilizar as especificidades da contabilidade pública, ao invés 
da contabilidade privada (geral ou empresarial). 
A priori, tende-se a inferir que a contabilidade pública será aplicada 
em toda a administração pública, e apenas nela. Entretanto, ambas 
as suposições estão incorretas. 
Eis o esquema da estrutura organizacional administrativa do estado e 
qual ramo da Ciência Contábil que é utilizado: 
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
DIRETA 
União; 
Estados; 
DF; 
Municípios. 
CONTABILIDADE 
PÚBLICA 
INDIRETA 
Autarquias; 
Fundações Públicas. 
Empresas Públicas; * 
Sociedades de Economia Mista. * 
CONTABILIDADE 
PRIVADA 
* Há exceção. 
Não há dúvida de que a contabilidade pública é aplicada para todos 
da administração pública direta, sem exceção. 
Os entes da administração pública direta são constituídos 
administrativamente pelos órgãos dos poderes Executivo, Legislativo 
e Judiciário. Exemplos: Departamento de Polícia Federal, Assembléia 
Legislativa do Estado do Acre, Supremo Tribunal Federal, Comando 
da Marinha do Brasil, Prefeitura Municipal de Vitória, etc. 
As entidades da administração pública indireta possuem 
personalidade jurídica e patrimônio próprios, sendo vinculadas a 
órgãos da administração direta. São responsáveis por atividades ou 
negócios que o governo julga ser melhor ou necessita que sua 
execução seja de forma descentralizada. 
Autarquia: desempenha serviço público de forma descentralizada; 
patrimônio inicial formado pela transferência de bens do ente criador; 
personalidade jurídica de direito público. Exemplos: INCRA – Instituto 
Nacional de Colonização e Reforma Agrária e INSS – Instituto Nacional do 
Seguro Social; 
Fundação pública: criadas pela personificação do patrimônio público; 
podem ter personalidade jurídica de direito público ou privado; 
desenvolvem atividades de caráter social; natureza não lucrativa. 
Exemplos: IBGE – Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 
Fundação Biblioteca Nacional; 
Empresa pública: explora atividade econômica ou executa serviço 
público; capital exclusivamente público (100%); pode assumir qualquer 
forma jurídica (S/A, Ltda., etc.); personalidade jurídica de direito privado. 
Exemplos: Caixa Econômica Federal e Correios - Empresa Brasileira de 
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Correios e Telégrafos; 
Sociedade de economia mista: explora atividade econômica ou 
executa serviço público; capital público e privado (misto); assume apenas 
a forma de sociedade anônima; personalidade jurídica de direito privado. 
Exemplos: Banco do Brasil S/A e Petrobrás - Petróleo Brasileiro S/A. 
As autarquias e fundações públicas, sem exceção, devem aplicar as 
normas da contabilidade pública. 
A fundação pública, seja ela de direito 
público ou privado, deve aplicar as normas da Contabilidade Pública, 
desde que recebam recursos públicos para o custeio de suas 
atividades. 
O Governo Federal tem normalmente criado suas fundações públicas 
sob a natureza jurídica de direito privado. 
Observe que são entidades distintas: 
As fundações privadas são constituídas com patrimônio privado; 
As fundações públicas de direito privado são constituídas com 
patrimônio público. 
Quanto às empresas públicas e sociedades de economia mista, por 
serem empresas com personalidade jurídica de direito privado que 
exercem atividade econômica e objetivam lucro, a regra é que tais 
entidades devem aplicar a contabilidade privada, todavia, há 
exceções. 
Se a empresa pública ou sociedade de economia mista for 
enquadrada como “empresa estatal dependente”, então também 
deverá aplicar as regras da contabilidade pública. 
(CETRO - MIN. DAS CIDADES /2013 – 
CONTADOR) A Contabilidade Pública é uma subdivisão da 
Contabilidade aplicada a diferentes tipos de atividades e entidades. 
Assinale a alternativa que não apresenta um campo de atuação da 
Contabilidade Pública. 
(A) Estados. 
(B) União. 
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(C) Municípios. 
(D) Autarquias. 
(E) Empresas públicas que não utilizam recursos à conta do 
Orçamento Público. 
 
Resolução 
Das opções apresentadas, União, estados, Distrito Federal, 
municípios, Autarquias, Fundações de direito público, empresas 
públicas não dependentes, etc., estão compreendidas no escopo da 
contabilidade pública. 
Assim, como se observa, as empresas públicas que não utilizam 
recursos à conta do orçamento públiconão estão compreendidas no 
campo de atuação da contabilidade pública. 
Letra E. 
A Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/00), no inciso III do art. 2º, 
conceitua como empresa estatal dependente a empresa 
controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para 
pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de 
capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento 
de participação acionária. 
Empresa Controlada: sociedade cuja maioria do capital social com 
direito a voto (ações ordinárias) pertença a ente da federação 
(União, Estados, DF e Municípios). Tal controle pode ocorrer de 
forma direta ou indireta. 
Controle direto: ocorre quando o investidor (poder público) possui 
em seu próprio nome mais de 50% do capital social com direito a 
voto (ações ordinárias). 
Controle indireto: quando o investidor (poder público) exerce o 
controle através de outra empresa, sendo que esta também é 
controlada pelo estado. 
Exemplo: 
 
 
PODER PÚBLICO 
 
 
 70% ON 10% ON 
 
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23 
 SOCIEDADE DE 
ECONOMIA MISTA 
“A” 
 SOCIEDADE DE 
ECONOMIA 
MISTA “B” 
 
 60% ON 
 
CONTROLE DIRETO 
 CONTROLE 
INDIRETO 
 
ON = Ações Ordinárias. 
O gráfico acima demonstra que: 
1. O poder público possui 70% das ações com direito a voto da 
Sociedade de Economia Mista “A”. Controle direto do Poder Público 
sobre “A”. 
2. A Sociedade de Economia Mista “A” possui 60% das ações com 
direito a voto da Sociedade de Economia Mista “B”. Controle direto 
de “A” sobre “B”. 
3. O Poder Público controla indiretamente a Sociedade de Economia 
Mista “B”, através de “A”. Ou seja, o Poder Público possui 52% do 
total das ações com direito a voto: 70% x 60% = 42% 
indiretamente, através de “A”, mais 10% em seu próprio nome. 
Empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do 
ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas 
com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no 
último caso, aqueles provenientes de aumento de participação 
acionária. 
Assim, a empresa pública e a sociedade de economia mista serão 
classificadas como “empresa estatal dependente” apenas se o seu 
ente controlador estiver lhe entregando recursos financeiros para 
pagamento de: 
Despesas com pessoal (salários, abonos, etc.), ou 
Custeio em geral (despesas com manutenção de equipamentos, 
material de consumo, energia elétrica, etc.), ou 
Despesas de capital (aquisição de bens de capital: veículos, 
máquinas e equipamentos, imóveis, etc.). 
Os recursos financeiros entregues à controlada pelo ente controlador, 
com o objetivo de aumentar sua participação acionária, não são 
considerados como pagamento de despesas de capital daquela (letra 
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“c” acima), independente do destino que vier a ser dado a esses 
recursos recebidos. Dessa forma, o ente controlador poderá remeter 
recursos financeiros à controlada, com o pretexto de aumentar sua 
participação acionária, e ela não será enquadrada como empresa 
estatal dependente. 
A contabilidade pública é aplicada, sem 
exceção, para todos os entes da administração pública direta (União, 
Estados, DF e Municípios), como também para as autarquias e 
fundações públicas. Quanto às empresas públicas e sociedades de 
economia mista, a regra é que apliquem a contabilidade privada, 
todavia, sendo classificadas como empresa estatal dependente, elas 
também deverão aplicar integralmente as normas de contabilidade 
pública. 
Exemplo 1: A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – 
EMBRAPA é um bom exemplo de empresa pública que recebe 
recursos do orçamento geral da União para custeio de suas 
atividades, sendo, portanto, enquadrada como empresa estatal 
dependente, pois é dependente dos recursos estatais, devendo 
cumprir as normas da contabilidade pública; 
Exemplo 2: A Caixa Econômica Federal – CEF é a empresa pública 
que não participa do orçamento geral da União, seja para custeio de 
pessoal, material de consumo, aquisição de bens de capital, etc. 
Portanto, não é dependente dos recursos públicos e não segue as 
normas da contabilidade pública, mas sim, da contabilidade privada. 
Para conclusão do estudo do campo de aplicação, segue a definição 
do CFC. 
NBC T 16.1 (itens 2, 7 e 8): 
DEFINIÇÕES 
Para efeito desta Norma, entende-se por: 
Campo de Aplicação: espaço de atuação do Profissional de Contabilidade 
que demanda estudo, interpretação, identificação, mensuração, avaliação, 
registro, controle e evidenciação de fenômenos contábeis, decorrentes de 
variações patrimoniais em: 
(a) entidades do setor público; e 
(b) ou de entidades que recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou 
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apliquem recursos públicos, na execução de suas atividades, no tocante 
aos aspectos contábeis da prestação de contas. 
Entidade do Setor Público: órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito 
público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, 
recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens 
e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para 
efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou 
incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. 
CAMPO DE APLICAÇÃO 
O campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público abrange 
todas as entidades do setor público. 
As entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as 
normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, 
considerando-se o seguinte escopo: 
(a) integralmente, as entidades governamentais, os serviços sociais e os 
conselhos profissionais; 
(b) parcialmente, as demais entidades do setor público, para garantir 
procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do 
controle social. 
São pontos contidos nos conceitos acima até agora não analisados: 
Aplicação da contabilidade pública integralmente pelos serviços 
sociais 
Aplicação da contabilidade pública integralmente pelos conselhos 
profissionais; 
Aplicação da contabilidade pública de maneira parcial, apenas para 
fins de prestação de contas; 
Pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, 
fiscal ou creditício, de órgão público; 
Análise dos conceitos acima: 
1. Aplicação da Contabilidade Pública integralmente pelos 
serviços sociais: 
Os serviços sociais, conhecidos como “sistema S” (SEBRAE, SENAI, 
SESI, SESC, SEST, etc.) são pessoas jurídicas de direito privado. Não 
fazem parte da administração pública (direta ou indireta), atuam 
como colaboradores do poder públicoe prestam serviços à 
sociedade, realizando atividades de interesse público, motivo pelo 
qual são destinatários de recursos públicos. 
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26 
Suas receitas são oriundas de contribuições sociais e dos serviços 
prestados de consultorias, assessorias, etc. Em virtude de serem 
financiados com recursos do estado (tributos), os serviços sociais 
devem aplicar integralmente as regras da contabilidade pública. 
2. Aplicação da Contabilidade Pública integralmente pelos 
conselhos profissionais: 
Os conselhos profissionais, federais ou regionais (CFC, OAB, CFM, 
etc.), são autarquias tidas como atípicas, pois defendem os 
interesses privados de determinado grupo, da respectiva categoria 
que representam, mas também são entidades de interesse público, 
na medida em que fiscalizam e normatizam o exercício profissional 
da categoria, possibilitando, assim, que sejam financiadas por 
contribuições instituídas pelo estado. 
Diante da singularidade desse grupo de autarquias e da controvérsia 
jurisprudencial existente acerca de sua natureza jurídica, que o CFC 
foi explícito quanto à obrigatoriedade da aplicação das regras de 
contabilidade pública para os conselhos profissionais, assim como 
fazem as demais autarquias, a exemplo do INSS. 
3. Aplicação da Contabilidade Pública de maneira parcial, 
apenas para fins de prestação de contas: 
Aquele que receba pontualmente recursos públicos para aplicação em 
determinados projetos, deverá utilizar as regras de contabilidade 
pública de maneira parcial, ou seja, apenas para registro e posterior 
prestação de contas desses recursos específicos. 
Portanto, uma entidade privada que receba recursos públicos nessa 
situação (para aplicação em determinados projetos específicos) 
deverá manter as normas da contabilidade privada como padrão de 
registro e análise de seu patrimônio, utilizando-se das regras da 
contabilidade pública apenas para registro e prestação de contas dos 
valores públicos recebidos. 
A utilização parcial da contabilidade 
pública vale inclusive para as empresas públicas e sociedades de 
economia mista, a menos que elas estejam enquadradas como 
“empresa estatal dependente”, situação em que deverão aplicar as 
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normas de contabilidade pública de maneira integral, para todos os 
atos e fatos, conforme já estudado. 
4. Pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou 
incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público: 
As pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, 
fiscal ou creditício, de órgão público equiparam-se, para efeito 
contábil, a entidades do setor público (órgãos, fundos e pessoas 
jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica 
de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou 
apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas 
atividades). 
Conceitos: 
Subvenção: Do latim, subventio (socorrer, ajudar). 
Refere-se a auxílio ou a ajuda pecuniária que se dá a alguém ou a 
alguma instituição, no sentido de protegê-los, ou para que realizem 
ou cumpram os seus objetivos. 
Juridicamente, a subvenção não tem o caráter nem de paga nem de 
compensação. É mera contribuição pecuniária destinada a auxílio ou 
em favor de uma pessoa, ou de uma instituição, para que se 
mantenha, ou para que execute os serviços ou obras pertinentes ao 
seu objeto social. 
Ao Estado, em regra, cabe o dever de subvencionar instituições que 
realizem serviços, ou obras de interesse público, o qual, para isso, 
dispõe em leis especiais, as normas que devem ser atendidas para 
a concessão, ou obtenção, de semelhantes auxílios, geralmente 
anuais. 
Exemplo: subvenção a concessionárias de energia elétrica (tarifa de 
ICMS diferenciada) para proteger consumidores de baixa renda. 
Benefício/Incentivo Fiscal: Consideram-se benefícios fiscais as 
medidas de caráter excepcional instituídas para tutela de interesses 
públicos extrafiscais. 
São exemplos de benefícios fiscais as isenções de impostos, as 
reduções de taxas, as deduções, etc. 
Atenção! Não são benefícios fiscais as situações de não sujeição 
tributária. Os benefícios fiscais podem ser temporários ou 
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permanentes. 
Incentivo Creditício: Na prática funciona da seguinte forma: o 
governo financia e aplica parte de determinado imposto, que depois 
retorna para seus cofres. Essas facilidades garantem que as 
empresas mantenham seus empregados e possam se expandir. 
Teoricamente o governo recebe menos impostos, porém, na 
verdade ganha de outra forma, com a geração de novos postos de 
trabalho e a expansão das empresas. 
UNIDADE CONTÁBIL 
Por fim, a NBC T 16.1 informa ainda o conceito e classificações de 
“unidade contábil”, que nada mais é do que a delimitação do 
patrimônio público sob análise. 
A soma, agregação ou divisão de patrimônio de uma ou mais 
entidades do setor público resultará em novas unidades contábeis. 
Esse procedimento será utilizado nos seguintes casos: 
Registro dos atos e dos fatos que envolvem o patrimônio público ou suas 
parcelas, em atendimento à necessidade de controle e prestação de 
contas, de evidenciação e instrumentalização do controle social; 
Unificação de parcelas do patrimônio público vinculadas a unidades 
contábeis descentralizadas, para fins de controle e evidenciação dos seus 
resultados; 
Consolidação de entidades do setor público para fins de atendimento de 
exigências legais ou necessidades gerenciais. 
A Unidade Contábil é classificada em: 
Originária Representa o patrimônio das entidades do setor 
público na condição de pessoas jurídicas; 
Descentralizada Representa parcela do patrimônio de Unidade 
Contábil Originária; 
Unificada Representa a soma ou a agregação do patrimônio de 
duas ou mais Unidades Contábeis Descentralizadas; 
Consolidada Representa a soma ou a agregação do patrimônio de 
duas ou mais Unidades Contábeis Originárias. 
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29 Campo de aplicação: 
1- A contabilidade pública é aplicada integralmente para: 
Administração pública direta: União, Estados, DF e Municípios, seus 
órgãos e fundos especiais; 
Fundações públicas e autarquias (inclusive conselhos profissionais: 
CFC, CFM, etc.); 
Empresas públicas e sociedades de economia mista que se 
enquadrem no conceito de empresa estatal dependente; 
Serviçossociais (SESC, SESI, SEST, etc.); 
2- Pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, 
fiscal ou creditício, de órgão público equiparam-se, para efeito 
contábil, a entidades do setor público. 
3- A contabilidade pública é aplicada parcialmente (apenas para 
registro e posterior prestação de contas dos recursos públicos) para 
aqueles que recebam verbas públicas de maneira pontual, 
utilizadas em projetos específicos. 
4- A Unidade Contábil delimita o patrimônio público sob análise, 
podendo ser classificada em Originária, Descentralizada, Unificada e 
Consolidada. 
6. Regime contábil 
O regime aplicado à contabilidade informa quando, em que 
momento, deverão ser identificadas e reconhecidas as alterações 
ocorridas no patrimônio. Para fins de registro e gestão do patrimônio, 
existem dois regimes: regime de caixa e regime de competência. 
Caso se queira analisar as receitas e despesas tendo por base apenas 
o fluxo de caixa, ingresso e saída de dinheiro, deve-se aplicar o 
regime de caixa. 
Todavia, para que se tenha a perfeita avaliação de todo o patrimônio 
e suas mutações, analisando os atos e fatos não apenas pela simples 
movimentação financeira, mas também sob o aspecto econômico, 
deve-se aplicar o regime de competência, motivo pelo qual este é o 
regime utilizado na contabilidade, pública e privada. 
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30 
Regime de Competência- As receitas despesas devem ser 
incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, 
tendo por base o fato gerador, sempre simultaneamente quando se 
correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. 
Portanto, o Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da 
confrontação de receitas e de despesas correlatas. 
(CESPE – Analista-Contabilidade/TRE-RJ 
– 2012) Quando determinada empresa paga uma parcela de seguro 
relativo a período de cobertura ainda não transcorrido, o valor 
correspondente à parcela paga não pode integrar as contas de 
resultado do período. 
Resolução 
Em observância ao Princípio da Competência, como o seguro é um 
serviço pago antecipadamente, a contrapartida será o registro no 
Ativo desse direito contra a empresa seguradora. Portanto, esse 
desembolso financeiro não interfere imediatamente no resultado do 
exercício (sai recurso financeiro do Ativo e ingressa o mesmo valor, 
também no Ativo, como direito/pagamento antecipado). 
Somente após, com o transcurso do período segurado, ou seja, na 
medida que se passarem os meses em que o seguro estiver vigente 
(fato gerador da despesa), é que deverá ser baixado do Ativo o valor 
proporcional correspondente ao período segurado transcorrido e 
lançado nas contas de resultado como despesa. CERTO. 
Fique atento! A emissão de nota fiscal não é fato gerador de receita, 
a qual somente ocorre com a entrega da mercadoria ou, no caso de 
serviços, com a prestação do serviço. 
Regime de Caixa- Considera incorridas as receitas e despesas com 
a simples movimentação financeira, ou seja, o que for recebido ou 
pago, mesmo que se trate de receitas e despesa referentes a 
exercícios anteriores. 
Repetindo! O regime contábil aplicado ao setor público é o da 
competência. 
Vale a pena frisar que para a contabilidade pública, assim como 
ocorre com a contabilidade privada, aplica-se o regime de 
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31 
competência na análise patrimonial, em função do Princípio de 
Contabilidade de Competência (art. 9º, Resolução CFC nº 750/93). 
A Resolução CFC no 1.111/2007, que aprova o Apêndice II da 
Resolução CFC no 750/1993, Interpretação dos Princípios de 
Contabilidade sob a Perspectiva do Setor Público, observa que o 
Princípio da Competência aplica-se integralmente ao Setor 
Público. 
A Secretaria do Tesouro Nacional, congruente com o entendimento 
do CFC, ratificou a aplicação integral do regime de competência para 
a contabilidade pública, através da Portaria Conjunta STN/SOF nº 
3/2008, cujo caput do artigo 6º informa que a despesa e a receita 
deverão ser reconhecidas pelo regime de competência 
patrimonial, visando conduzir a contabilidade do setor público 
brasileiro aos padrões internacionais e ampliar a transparência sobre 
as contas. 
A aplicação do regime de competência 
para a contabilidade pública somente foi efetivado a partir do 
exercício de 2009, em virtude da Portaria Conjunta STN/SOF nº 
3/2008. 
Até o ano de 2008 utilizava-se o regime misto, em virtude da 
interpretação então alcançada para o art. 35 da Lei 4.320/64, abaixo 
transcrito. 
Denominava-se regime misto, pois eram considerados aplicados os 
dois regimes: regime de caixa para as receitas e competência para 
as despesas. 
Lei 4.320/64: 
Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro: 
I - as receitas nele arrecadadas; 
II - as despesas nele legalmente empenhadas. 
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32 Observe como era cobrado em 
concursos! 
(ESAF – ACE/TCU – 2006) De acordo com o que dispõe o art. 35 da 
Lei n. 4.320/64, conclui-se que o regime contábil adotado pela 
Contabilidade Pública em nosso País é 
a) misto, sendo de caixa para as receitas e de competência para as 
despesas. 
b) de competência, para receitas e despesas. 
c) misto, sendo de competência para as receitas e de caixa para as 
receitas. 
d) de caixa, para receitas e despesas. 
e) misto, sendo de caixa para as receitas e despesas correntes, e de 
competência para as receitas e despesas de capital. 
Resolução 
O gabarito final divulgado pela ESAF foi letra “A”, em virtude da 
interpretação do texto legal naquela época. Mas atualmente aplica-se 
o regime de competência para as receitas e despesas na 
contabilidade pública. 
O regime misto era o entendimento dominante e de fato assim eram 
registradas as receitas e despesas na contabilidade pública aplicada, 
em todos os entes da Federação: União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios. 
Todavia, a STN e o CFC, objetivando a padronização e aplicação 
integral dos Princípios de Contabilidade e a convergência com as 
Normas Internacionais de Contabilidade, editaram as normas 
reguladoras acima citadas para esse efeito. Dessa forma, como 
qualquer outro ramo da Ciência Contábil, a contabilidade pública 
deve aplicar o princípio da competência em sua integralidade, ou 
seja, tanto para a receita quanto para a despesa. 
Atualmente, segundo entendimento da 
STN, a regra contida no artigo 35 da lei 4.310/64 refere-se ao 
regime orçamentário e não ao regime contábil. 
De fato o artigo 35 da lei 4.320/64 está inserido na parte do texto 
legal que disciplina regras orçamentárias e financeiras, ou seja, 
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33 
trata-se de uma regra de austeridade fiscal para fins de execução e 
controle do orçamento público. 
Assim, sob o enfoque orçamentário, para fins de administração 
financeira e orçamentária, acompanhamento da arrecadação das 
receitas e autorização para execução de despesas e liberação de 
recursos financeiros, o administrador público deve observar as 
receitas efetivamente arrecadadas e não pela ocorrência do fato 
gerador. Já as despesas, seguindo a prudência fiscal, consideram-se 
realizadas no empenho (etapa de sua execução), momento ainda 
anterior ao do pagamento, conforme informa o art.35 da lei 
4.320/64. 
(CETRO - MIN. DAS CIDADES /2013 – 
CONTADOR) Além de obedecer às demais normas de Contabilidade 
Pública, a escrituração das contas públicas observará também 
normas sobre o regime contábil. Sobre o regime contábil aplicado ao 
setor público, assinale a alternativa correta. 
(A) A despesa será registrada segundo o regime de caixa. 
(B) Somente a assunção de compromisso será registrada segundo o 
regime de competência. 
(C) O resultado dos fluxos financeiros será registrado pelo regime de 
caixa em caráter complementar. 
(D) O resultado dos fluxos financeiros será registrado pelo regime de 
competência em caráter complementar. 
(E) A despesa e a assunção de compromisso serão registradas 
segundo o regime de caixa, apurando-se, em caráter complementar, 
o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de competência. 
 
Resolução 
Esta questão está inserida no contexto da LRF. 
Vejamos: 
Da Escrituração e Consolidação das Contas 
Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade 
pública, a escrituração das contas públicas observará as seguintes: 
I - a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo 
que os recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória 
fiquem identificados e escriturados de forma individualizada; 
II - a despesa e a assunção de compromisso serão registradas 
segundo o regime de competência, apurando-se, em caráter 
complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de 
caixa; 
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34 
O item II versa acerca do regime misto orçamentário estabelecido na 
LRF. Letra C. 
O empenho é a primeira fase de execução da despesa. É o momento 
em que o estado reserva recursos orçamentários, já prevendo que 
futuramente terá que cumprir com sua obrigação financeira de 
pagamento. Tal assunto será detalhadamente estudado no tópico de 
Despesa Pública. 
Veja como atualmente é exigido! 
De acordo com a Lei n.º 4.320/1964, referente ao regime 
orçamentário, é correto afirmar que pertence ao exercício financeiro 
de 2011 
1. (CESPE – Analista-Contabilidade/ANP – 2013) a receita prevista e 
lançada em 2011, porém arrecadada e recolhida em 2012. 
 
Resolução 
Inicialmente, perceba que a questão menciona que o regime previsto 
na Lei n.º 4.320/64 é um “regime orçamentário”. Portanto, a banca 
examinadora considerou nesta questão o entendimento de que o 
artigo 35 dessa lei informa um regramento orçamentário, e não um 
regime contábil (como era antes). 
Tal artigo estabelece que pertencem ao exercício financeiro as 
receitas nele arrecadadas e as despesas nele legalmente 
empenhadas. 
Se a receita foi arrecadada apenas em 2012, mesmo que tenha sido 
prevista e lançada em 2011, ela não pertence, sob o enfoque 
orçamentário (regime orçamentário), ao exercício de 2011. 
ERRADO. 
 
2. (CESPE – Analista-Contabilidade/ANP – 2013) a despesa 
empenhada em 2011, porém liquidada e paga em 2012. 
 
Resolução 
Regime orçamentário previsto no artigo 35 da Lei n.º 4.320/64: 
pertencem ao exercício financeiro as receitas nele arrecadadas e as 
despesas nele legalmente empenhadas. Portanto, a despesa 
empenhada em 2011 pertence, sob o enfoque orçamentário (regime 
orçamentário), ao exercício de 2011. 
CERTO. 
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35 A contabilidade pública, que objetiva o 
controle e avaliação dos elementos patrimoniais e suas alterações, 
utiliza o regime de competência integralmente, ou seja, tanto para as 
receitas como para as despesas. Receitas e despesas devem ser 
reconhecidas e registradas pela contabilidade no momento da 
ocorrência de seu fato gerador. 
Conforme mencionado, o art.35 da lei 4.320/64 está inserido na 
parte do texto legal que disciplina regras orçamentárias e 
financeiras. A contabilidade pública somente é tratada no Título IX, 
artigo 83 e seguintes, onde é informado claramente que as variações 
patrimoniais devem ser evidenciadas, sejam elas resultantes ou 
independentes da execução orçamentária (art. 100 e 104 da Lei 
4.320/64). 
Lei nº. 4.320/64, Título IX, Da Contabilidade: 
Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a 
permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o 
conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos 
serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a 
interpretação dos resultados econômicos e financeiros. 
Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração 
orçamentária, financeira, patrimonial e industrial. 
Art. 100. As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os 
resultados da execução orçamentária, bem como as variações 
independentes dessa execução e as superveniências e insubsistências 
ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial. 
Art. 104. A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as 
alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da 
execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício. 
Interpretando as regras acima se observa que, além do registro dos 
fatos ligados à execução orçamentária, exige-se a evidenciação dos 
fatos ligados à administração financeira e patrimonial, de forma que 
os fatos modificativos (aumentativos ou diminutivos) sejam levados 
à conta de resultado e que as informações contábeis permitam o 
conhecimento da composição patrimonial e dos resultados 
econômicos e financeiros de determinado exercício. 
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36 
A contabilidade deve evidenciar, de forma tempestiva e oportuna, os 
fatos ligados à administração orçamentária, financeira e patrimonial, 
gerando informações que permitam o conhecimento da composição 
patrimonial e dos resultados econômicos e financeiros. 
Portanto, com o objetivo de evidenciar o impacto no patrimônio, 
deve haver o registro da receita e despesa em função do

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