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VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Observação continua da distribuição e tendências da incidência de doença mediante coleta sistemática, consolidação e avaliação de informes de morbidade e mortalidade, bem como os demais dados que regulam a disseminação dessas informações a todos que necessitam (Alexander Langmuir, 1963) Constatação da “ocorrência” (doença) em uma comunidade e em determinado tempo, bem como o tratamento dessas informações. Controle de doenças é responsabilidade das autoridades de saúde (SUS) Controle de qualidade da produção de bens e serviços e seus efeitos sobre a saúde, assim como a notificação de doenças e situações de risco à saúde são de responsabilidade da Vigilância Sanitária LEI N° 6.259, 30 DE OUTUBRO DE 1975 • Ações de vigilância epidemiológica • Informações, investigações e levantamentos para a programação e avaliação das medidas de controle de doenças e agravos. • Art. 2º da Lei 6.259/75 • Atribui a vigilância epidemiológica a coleta de dados, a pesquisa e a tabulação das informações • artigo 6º da Lei 8.080/90 • Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos (Lei Nº 8.080/1990, Art. 6º, § 1º e 2º) • Fatores determinantes e condicionantes de saúde • Alimentação, moradia, saneamento básico, meio ambiente, trabalho, renda, educação, transporte, lazer, acesso aos bens e serviços essenciais que permitam ao indivíduo e à coletividade o bem-estar físico, mental e social. ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS • Metodologias de abordagens • Experimentais • Observacionais 1. Descritivos • Determinação das doenças e condições de saúde • Tempo • Lugar • Pessoa • Variação da incidência/ prevalência • Identificação dos grupos de risco • Geração de hipóteses etiológicas e medidas preventivas 2. Analíticos • Delineados para examinar a existência de associação entre uma exposição e uma doença ou condição relacionada à saúde • Ecológico • Seccional (transversal) • Caso-controle • Coorte (prospectivo) ESTUDOS ECOLÓGICOS Estudam a associação entre exposição e ocorrência da doença em determinada população • Comparação entre a doença e as variáveis populacionais coletivas • Unidade de estudo – área geográfica • Reflete a associação causal entre a exposição e a doença/condição relacionada à saúde • Informações sobre a doença e exposição individual • Inferência individual • Utilidade: geração de novas hipóteses Óbitos por causas mal definidas entre idosos X taxa de pobreza em macrorregião brasileira • 65% dos óbitos sem causa conhecida ocorrem sem assistência médica • Mais mortes em região com maior proporção de baixa renda Falta de assistência médica ao idoso associada com maior taxa de pobreza Vantagens • Baixo custo • Execução rápida (dados disponíveis) • Estimativa precisa da exposição de baixa variação • Mensuração de determinados efeitos coletivos • Sistema de saúde Desvantagens • Indisponibilidade de informações individuais • Fontes diversas de informações • Desconsidera a variabilidade da caracteristica estudada • Tempo entre causa e efeito • Migração entre grupos (mora em um local e trabalha em outro) ESTUDOS SECCIONAIS (TRANSVERSAIS) A exposição e a condição de saúde do participante são determinadas simultaneamente. • Determinação da prevalência de uma doença de uma população específica • Doentes X Não doentes • Impossibilidade de determinar se a exposição antecede ou sucede a doença • Associação causa-efeito (exposição precede ou é consequencia da doença?) • Pessoas e características passiveis de intervenção • Geração de hipóteses de causas das doenças DEPRESSÃO EM BAMBUI/MG • Questionário • > 18 anos (1041 participantes) • Gênero (prevalência feminina) • Idade (prevalência nos mais velhos) • Condição atual de trabalho (prevalência nos desempregados) Depressão antes, durante ou depois do desemprego? • Depressão importante problema de saúde em mulheres, pessoas mais velhas e aqueles que não estão trabalhando. • Hipótese: desemprego influencia no desenvolvimento da depressão? ESTUDOS CASO-CONTROLE Investiga a etiologia de doenças ou de condições de saúde em determinado grupo populacional Avalia ações e serviços de saúde 1. Identificação dos casos doentes e casos saudáveis (controle) 2. Avaliação da exposição a potenciais fatores de risco em ambos os grupos • A doença é usada para investigação da causa (exposição) • Quedas entre idosos: uso de medicamentos VANTAGENS • Estudo desenvolvido em curto tempo (surgimento da doença – seleção participantes) • Baixo custo • Eficiência no estudo de doenças raras • Não oferece risco aos participantes • Investiga simultaneamente diferentes hipóteses etiológicas DESVANTAGENS • Erro de seleção dos participantes • Memoria dos participantes em relação a exposição • Não permite conhecer a historia natural da doença ESTUDOS DE COORTE (PROSPECTIVO) Permitem determinar a incidência da doença ente expostos e não expostos e conhecer os fatores determinantes da mesma (historia natural da doença) 1. Identificação da população de estudo 2. Classificação expostos X não expostos 3. Acompanhamento para determinar a incidência da doença entre os grupos • Mensuração da exposição antes do desenvolvimento da doença (não tem o viés da memoria) • Doentes e não doentes são identificados e não selecionados (não tem o viés da seleção) • Limitações: alto custo; perda de participantes (recusa, mudança endereço) • Aplicabilidade • Determinação da incidência das doenças • Orienta programas de prevenção e promoção de saúde das populações • Entendimento da etiologia de algumas doenças • Estuda fatores culturais, comportamentais e estilo de vida da comunidade associados a doença
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