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Semiologia do Sistema Digestório equinos (1)

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Semiologia do Sistema Digestório – Equinos
 Os equinos possuem maior predisposição a apresentarem problemas no sistema GI devido a peculiaridades anatômica da espécie em questão, que são:
-Pequena capacidade volumétrica do estômago, principalmente com relação ao tamanho do animal (5-15L)
-Incapacidade de vômito pela força do músculo da cárdia, que quando vencida o alimento é direcionado às narinas, já que o palato mole nesta espécie é mais longo. Também pelo posicionamento oblíquo do esôfago
-Longos mesentério e jejuno
-Diversas diminuições abruptas de lúmen, principalmente na flexura pélvica e transição para o cólon menor, o que predispõem a retenção de alimento
-Mucosa intestinal frágil, sensível a rupturas
-Alças intestinais “soltas na cavidade”
Revisão Anatômica
Boca
 Os equinos apresentam 23 dentes decíduos (temporários) quando potros, sendo 12 incisivos e 12 pré-molares (6 em cima e 6 embaixo), e 40 ou 42 dentes permanentes, sendo 12 incisivos, 4 caninos, 6 pré-molares e 18 molares (metade em cima e a outra embaixo). Nas éguas os caninos são muito pequenos ou não irrompem – 36/38 dentes
*Incisivos são usados para determinar a idade dos equinos pelo formato e grau de abrasão
* O primeiro pré-molar, dente de lobo, pode estar ausente ou rudimentar
*Pré-molares e molares funcionam como única unidade de mastigação
*Pontas dentárias são locais dos dentes que não são desgastados corretamente pela alimentação, caracterizado pelo aspecto lingual dos dentes inferiores afiados e a aspecto bucal dos superiores 
*2,5 – 4 anos de idade temos erupção dos dentes permanentes
*5 anos inicia-se o desgaste dos incisivos
*Sulco de Galvayne – aparece entre 9 e 11 anos, reduz pela metade aos 15 anos, toma todo o dente aos 20 anos, entre 20-25 anos a metade superior desaparece e aos 30 não se observa mais o sulco
Estômago e Intestinos
O estomago está localizado por de baixo das costelas, o que não o torna passivo de avaliação física, sendo apenas notado um aumento de volume na região do lado esquerdo do tronco, e possui uma região glandular e outra aglandular (ocorre digestão microbiana).
FLEXURA DIAFRAGMÁTICA
ÁPICE DO CECO
CÓLON VENTRAL DIREITO
CÓLON VENTRAL ESQUERDO
CORPO DO CECO
Terminologia Semiológica
Apetite – é o desejo pelo alimento, o que faz supor preferência. Está correlacionado com o tipo de alimento, modo de preparo, administração, frequência e palatabilidade.
Fome – é a necessidade de alimento a partir da sensação de vazio gástrico
Sede- controlada pelo centro da sede no hipotálamo, por meio de osmorreceptores. Varia de acordo com a temperatura do ambiente, tipo de trabalho, quantidade de sal ingerida, quantidade de água contida nos alimentos e a idade do animal.
Polifagia/bulimia (grau máx) – aumento de apetite. Pode ser fisiológico (dietas pobres, gestação, pós exercício físico, recuperação de doenças, reparação de perdas – parasitas ou diarreias), ou patológico (parasitismo, perda de material nutritivo por doenças endócrinas)
Hiporexia – redução do apetite (lesões nas mucosas, tétano, inapetência por doenças sistêmicas)
Parorexia/alotriofagia – apetite pervertido. 
 Xilofagia – ingestão de madeira; Geofagia – ingestão de terra,sugerindo deficiência de minerais; aerofagia – ingestão de ar comum em equinos estabulados sugestivo de estresse; coprofagia ingestão de fezes, sendo comum em potros para a microbiota porém pode indicar verminose.
Normodipsia – Ingestão normal de água
Polidipsia – aumento da ingestão hídrica Obs: equinos podem quadruplicar
Oligodipsia – Redução na ingestão hídrica a ingestão hídrica após o exc.
Deglutição – direcionamento do alimento para o esôfago. Pode estar comprometida em casos em que há comprometimento da bolsa gutural, por exemplo
Mastigação – Trituração do alimento. Comprometida em casos de dor lingual (laceração), dor dentária (fratura, abcessos), dentes supranumerários, crescimento excessivo dos dentes, perdas dentárias e desgaste anormal. – A mastigação lateral pode tornar-se menos vigorosa, e a dor pode levar ao acúmulo de alimento no canto da boca, levando a dornça periodontal sec. Prejudicada também por raiva, estomatite e lesão neurológica. 
 
 ANAMNESE 
Identificação:
Idade - cólicas intermitentes em potros podem estar correlacionadas com hérnia umbilical, e pode ocorrer retenção de mecônio. Adultos a idosos podem apresentar desgaste dentário, o que leva a sinais GI pq os alimentos não são bem quebrados
Sexo – Machos podem apresentar hérnias inguinoescrotais e ocorrer estrangulamento após a cobertura, e fêmeas podem apresentar torção uterina, levando a dor abdominal intensa.
*Qual a queixa? Quando começou? Tem dificuldade de deglutir, a comida cai da boca quando se alimenta? Saliva excessivamente? Tem dificuldade para engolir ou mastigar? Observou emagrecimento ou queda da performance? Morde, mastiga ou reage contra a embocadura? Resistencia do comando pela embocadura? Nas fezes há alimentos inteiros?
**Qual é a queixa? Quando começou (manifestações muito agudas têm origem no estômago e ID ou serem associadas ao troemboembolismo parasitário, hipertrofia de íleo ou enterólitos (mais idosos, e as mais demoradas no IG- Cólicas súbitas pós alimentação ocorrem por dilatação gástrica ou hipóxia tecidual, já úlceras levam tempo e comparctação; aderências costumam ocorrer logo no pós operatório 15-20dias)? Em qual momento, pós exc (hpérnia umbilibal e inguinal)? Tratou? Viu descarga nasal? Usou sonda – retal pode ter levado à ruptura de alça- Qual era a quantidade e qualidade do material que saiu e se a dor melhorou? Já fez uso recente de outro medicamento (amitraz- carrapaticida- leva a estase intestinal- parassimpaticomiméticos- podem provocar torções e rupturas de alças intestinais- analgésicos potentes podem máscaras os sinais clínicos) --- posologia, nome do medicamento e via de adm? Usou diurético??? Qual é a alimentação do animal-marca/tipo (alimentos em pó levam à dilatação gástrica aguda, obstrução do piloro e compactações do estômago, assim como excesso de ração e fenos com alto teor de fibra e baixa digest. Uso de carboidratos como milho e cana levam à maior fermentação – ph ácido – endotoxemia)? Onde fica a ração/feno (contaminação – excesso de fermentação - timpanismo)? Onde o animal ingere água (local arenoso – ingestão - compactação) Alterou recentemente a alimentação (se foi de forma brusca pode ser a causa de cólica)? Mudou o tratador (pode superalimentar o animal de uma vez)? Quantas vezes ao dia o cocho é limpo? Tem vício de comer a ração do chão (animal pode ingerir a cama)? Quantos kg de volumoso/concentrado? Já teve cólica? Quantas vezes? foi operado? quando? Alguma égua está no cio (garanhão pode comer mais)? Animal é o primeiro ou o último a ser alimentado? Quantas vezes o alimento é fornecido? Hábito extensivo ou intensivo? Quanto tempo fica solto? (estresse se ficar muito tempo preso) Já realizou tratamento odontológico? Há quanto tempo realizou a vermifugação e qual fármaco e posologia foi adotado? Como estão as fezes (síbalas)- consistência, coloração, odor e presença de muco - + +MUCO =+ trânsito Lento? Como está a urina (pode indicar desidratação pela cólica-oligúria ou anúria indicam- e dor, pois animais assumem postura de micção para melhorar o posicionamento das alças e, consequentemente, a dor e urinam em peq qtd urina concentrada)? Ingestão hídrica- ingere água gelada após os exercícios (cólicas espasmódicas)? Ingere água e ração pós exercício (cólica por obstrução do piloro)? Égua está prenhe, qual foi a data da cobertura (fim da gestação podem ocorrer torções)? Houve parto recente (pós-parto ocorre deslocamento abrupto dos cólons – predispõem a torções, pode ocorrer ainda retenção de placenta ou torção do útero)
** Tem dificuldade de deglutir, a comida cai da boca quando se alimenta? Saliva excessivamente?Tem dificuldade para engolir ou mastigar? Observou emagrecimento ou queda da performance? Morde, mastiga ou reage contra a embocadura? Resistencia do comando pela embocadura?
Exame Físico Geral
Parâmetros vitais
Temperatura – hipotermina em animais com choque e febre em causas infectocontagiosas e casos de peritonite.
FC encontra-se aumentada na cólica pela hipovolemia, endotoxemia e dor. Quanto maior a FC, pior o prognóstico 
FR- Encontra-se aumentada na cólica por compressão do diafragma, acidose ou dor
Em casos de obstrução estrangulante, notamos mucosas pálidas que evoluem para cianóticas (halo endotoxêmico) e congestas, o que indica estase do sangue, podendo ser seguida de morte
 e auscultação dos movimentos intestinais
Exame Físico Específico
Inspeção
Observar se há secreção nasal, ptose, fezes na região anal, atitude, comportamento (escavar o chão Bater com a pata no chão Olhar para o flanco, mexer na água com o focinho, morder o flanco, escoicear o abdome, rolar, sentar, sudorese intensa, hiperexcitabilidade/depressão-mímica de dor), aparência externa (a existência de escaras ou feridas, cama ou terra no dorso ou cabeça, indica que o animal apresentou dor e rolou) e formato do abdome (distensão está mais relacionada a patologias envolvendo o ceco e o cólon- distensão dorsal há gás, e ventral há líquido. Do lado esquerdo pode ser decorrente de encarceramentos no ligamento nefroesplênico, e no direito refere-se ao ceco. A contração do abdome está associada a peritonite)
*Animais mais velhos e éguas de cria mantidas a pasto apresentam abdome mais penduloso.
Classificação da dor: Leve – não são observadas alterações circulatórias, e as manifestações de dor são discretas.FC até 40bpm
Moderada- Animal escava, deitam, rolam e apresentam alterações respiratórias (aumento da FR e dispnéia) FC entre 45 e 65bpm
Grave – Animal rola o tempo todo, não consegue permanecer em posição quadrupedal, apresentam sudorese intensa e apresenta alterações circulatórias FC acima de 65bpm
Intermitente – Distensão de determinado segmento por gás ou ingesta que se resolve com a eliminação dos gases ou absorção.
Contínua – Mais grave. Está relacionada a casos em que há desarme do estímulo doloroso por necrose.
**Estômago e ID apresentam baixa capacidade de distensão --- mais dor – ruptura de estômago ou alça
Cavidade Oral
Observar se há salivação excessiva, dificuldade de engolir/mastigar, insepecionar todos os dentes, contando-os e verificando se há lesões, desgates anormais ou dente de lobo (podem causar lesões nas bochechas qdo a erupção ocorre em locais inadequados), observar os palatos, a bochecha e a língua em busca de alterações. 
Palpação
Palpar a face, o esôfago no lado esquerdo do pescoço, palpar abdome verificando se há rigidez muscular e dor (importante o/ peritonite) ou alteração nas alças e palpação transretal das alças
*A luva deve ser lubrificada (com carboximetil celulose, mucilagem, nitrofurazona, sabão de coco, detergente, óleo mineral etc), em seguida, introduzimos um dedo no anus do animal seguido dos demais com o polegar escondido na palma da mão, evitando movimentos bruscos dentro do reto, introduzir repetidas vezes o braço ou segurar estruturas com força são ações que devem ser evitadas (principalmente nos Árabes). Devemos palpar o baço, ligamento nefroesplênico, rim esquerdo, colon dorsal esquerdo cólon menor, anéis inguinais, flexura pélvica, bexiga, reprodutor, aderência do ceco no abdome, tênias ventral e medial do ceco, aorta e raiz do mesentério
Percussão
Seios nasais e abdome 
Auscultação
Verificamos FC, FR e movimentos intestinais e gotejamento (auscultar 3 regiões de cada um dos 4 quadrantes por pelo menos 30seg)
No início da cólica pode haver aumento da motilidade como forma de tentar resolver o problema – perda de eletrólitos e hipóxia – esgotamento das fibras mms – hipomotilidade. Nas cólicas intermitentes ocorre hipermotilidade intermitente
Prognóstico
Dor leve – 90% sobrevive
Dor moderada menores chances
Dor severa – Alto índice de mortalidade
Exames Complementares
 Hemograma- verificar proteinúria. Se for >6-7 indica desidratação
Leucocitose
Dosar sódio e cloro
Glicemia – hiperglicemia na fase inicial, seguida de hipoglicemia
Lactato na cavidade abdominal indica metabolismo anaeróbico
Paracentese- Necessária para diferenciar peritonites sépticas de assépticas, verificar cor /proteína livre por hipoxia decorrência de torções, obstruções, infartos e/ou outras alterações

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