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Aula 3- Principais causas do desequilíbrio financeiro

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Aula 3 - Principais causas dos desequilíbrios 
financeiros no orçamento doméstico 
 
 
 
 
 
 
De acordo com Venson (2009), são 3 os fatores que levam as pessoas ao 
desequilíbrio financeiro. São elas: Ausência de objetivos e planejamento, 
falta de conhecimento financeiro e aspectos emocionais. Vamos 
entender um pouco de cada um. 
Ausência de objetivos e planejamento 
Quando não temos objetivos não faz muito sentido poupar dinheiro. Quando 
definimos objetivos, aí sim, passamos a saber onde queremos chegar e 
assim, estamos planejando. Para chegar aos objetivos, o que precisamos 
fazer e quando, respondendo a isso estaremos definindo as metas. E...de 
novo, estamos planejando. 
Saber onde queremos chegar e quando, nos dá motivação para agir, se 
dedicar, trabalhar mais. Podemos ficar cansados, estressados, mas sabendo 
que teremos uma recompensa (objetivo), ficamos motivados a continuar e 
assim, chegamos lá. 
Por outro lado, quando não temos objetivos não planejamos e “deixamos a 
vida nos levar”. Acabamos comprando o que não precisamos, pois “guardar 
dinheiro pra quê?”, podemos comprar produtos e serviços mais caros pela 
falta de pesquisa, aumenta as chances de arrumarmos um monte de dívidas 
e começar a desperdiçar dinheiro com o pagamento de juros. E por fim, 
acabamos por não realizar nossos sonhos. 
 
Organização e disciplina são as chaves para a liberdade 
(Alison Zigulich) 
 
Quem não planeja dificilmente realiza seus sonhos e corre o risco de 
tornar-se uma pessoa frustrada e infeliz. A falta de objetivos e 
planejamento não faz mal apenas à saúde financeira; ela afeta a nossa 
felicidade e, consequentemente, acaba afetando também a nossa saúde 
física, mental e emocional. 
O planejamento não precisa ser complicado, pelo contrário, em gestão da 
qualidade as coisas para funcionarem devem ser simples. O importante é 
ter em mente quais são os seus sonhos, fazer um orçamento, definir 
objetivos e metas, e por fim, elaborar um plano de ação. 
Falta de conhecimento financeiro 
Dinheiro na mão de quem não sabe administrá-lo, só aumenta a capacidade 
de endividamento, não seja um analfabeto financeiro”. 
Existem muitos médodos, ferramentas que podem nos ajudar a organizar 
melhor nossas finanças. Uma menor parte da população organiza seus 
gastos; relacioná-los em planilhas por exemplo. A falta de conhecimento 
financeiro, segundo Venson, é a segunda causa do desequilibro das finanças 
pessoais e familiares. A boa notícia é que para fazer um orçamento 
doméstico, não é necessário ser nenhum especialista. Se você é uma 
dessas pessoas que não gosta de matemática, você só precisará fazer 
algumas contas de adição e subtração, pense que isso será muito 
importante para você, não será necessário aprofundar-se nisso e será por 
um período temporário. Quando você atingir o seu objetivo de equilibrar o 
seu orçamento, certamente já terá mudado algo em seu mindset, terá mais 
tranquilidade em sua vida cotidiana e não desejará retornar a situação 
anterior e, assim, irá planejar e controlar com mais naturalidade seus 
gastos. “Não seja um analfabeto financeiro”. 
Aspectos psicológicos 
Nossas decisões financeiras são fortemente influenciadas pelas emoções e 
sentimentos. O desequilibrio financeiro está frequentemente associado a 
algum tipo de desequilibrio emocional como: ansiedade e preocupações, 
necessidade de aceitação e reconhecimento, manutenção do status, 
ostentação, entre outros. 
A solução para as causas dos desequilíbrios financeiros pessoais e familiares 
sobre fatores pscológicos não está na compra de coisas materiais e nem na 
melhoria da sua imagem para com as outras pessoas, é um fator interno, 
portanto, está dentro de você. Me refiro a forma que pensamos, o que se 
chama atualmente de mindset. Aprender a lidar com as emoções é uma 
estratégia importante para conquistar bem-estar, realização e felicidade, 
inclusive a financeira. 
Psicólogos e Coachs são profissionais que podem lhe ajudar a melhorar seus 
psicológicos. Caso não queira ou não possa consultar um profissional dessa 
natureza, sobre como lidar melhor com desequilíbrios financeiro relativos a 
aspectos emocionais, recomendo a leitura dos capítulos 17 e 18 do livro “Os 
7 hábitos das pessoas financeiramente felizes: A essência da felicidade 
financeira”. 
Nós temos necessidades de consumo e isso gera uma tensão. Essa tensão 
gera um estímulo e, para reduzirmos essa tensão, compramos. O problema 
é que as necessidades humanas são ilimitadas, mas os recursos não são, o 
dinheiro por exemplo, não temos em quantidade ilimitada e, então se não 
controlarmos nossas vontades, acabamos gastando mais dinheiro do que 
temos e isso leva muitas pessoas ao endividamento. Nessa situação, pense 
que precisa de tratamento (reequilibrar o orçamento) e precisará de 
determinação. A diferença é que algumas pessoas conseguem lidar melhor 
com essa tensão e tornam-se menos suceptíveis aos seus efeitos e não 
cedem facilmente ao consumo. 
 
A respeito da falta de planejamento financeiro como uma das principais 
causas do desequilíbrio financeiro, detalharemos mais sobre isso na aula 4, 
mostrando como fazer um orçamento e, posteriormente, na aula 5, um 
plano de ação. Quanto a falta de conhecimento, este curso de forma geral 
lhe dará uma excelente base para minimizar esse fator, lembrando que 
você é que tem que ter atitude e colocar em prática, mesmo que a sua 
vontade lhe diga o contrário. A dica é... não está com vontade, vai sem 
vontade mesmo e depois que você começar irá ver os resultados positivos, 
vai se motivando e criando bons hábitos de consumo. 
De uma forma mais direta e provando os principais motivos de 
endividamento de Venson ou seja, falta de planejamento, de conhecimento 
e consumismo, veja com o que as pessoas mais se endividam na 
prática: 
1) Uso errado do cartão de crédito 
“Quem acumula dívidas do passado para pagá-las no futuro vive de esmolas 
no presente” Marcus Deminco 
O cartão de crédito não é um vilão do endividamento se usado da forma 
adequada ou seja, sem consumo de supérfluos em excesso e pagando o 
total da fatura até a data do vencimento. A forma como muitos o usam é 
que o torna um “vilão”. Quando o cartão é utilizado sem planejamento e a 
fatura fica muito alta, as pessoas tendem a pagar o mínimo e financiar o 
restante. O agravante é que os juros do financiamento são muito altos e a 
dívida acaba aumentando muito. E isso, nos meses seguintes, além das 
despesas normais que a pessoa já tem, terá mais as prestações do 
financiamento do cartão. Assim, mais dinheiro da sua renda mensal só 
passará por você e irá embora. 
 
- Se tem dificuldades para controlar seus impulsos de compra, corte seu 
cartão de crédito e depois cancele; 
- Comece a comprar mais no débito; 
- Comprar com dinheiro, o sentimento é diferente de comprar com um 
cartão. 
2) Muitos financiamentos ao mesmo tempo – Um pequeno 
parcelamento sozinho, de uma loja por exemplo, não trará muito problema 
para o desequilíbrio do nosso orçamento, mais vários pequenos 
parcelamentos dá uma dívida grande e, não pagando ou atrasando 
pagamento, gera multas e juros. Se não pagar, o problema só vai 
aumentando cada vez mais você verá o dinheiro do seu trabalho só 
passando por você e indo embora. Assim, você torna um pagador de juros 
ao invés de ser um recebedor de juros. 
 
3) Uso constante do cheque especial - A dívida surge pela facilidade 
desse tipo crédito que o banco oferece. A possibilidade de ficar no negativo 
no banco é o terceiro vilão responsável pelas dívidas. A maioria das pessoasnão se preocupa com o fato do chamado “entar no vermelho”, o problema 
é que os juros são elevados em torno de 8% ao mês e a dívida só vai 
aumentando se não resolver a situação. 
 
 
4) Desejos consumistas - Com tantas novidades no mercado, adquirir 
coisas que, em sua maioria, não são necessárias é cada vez mais comum. A 
compulsão pela compra pode ser um dos motivos do endividamento. A 
pessoa não pode se acomodar e acreditar que tudo que ela quer, deve 
comprar. Fuja do shopping, de lojas, de sites de compras, aqui vale aquele 
ditado “o que os olhos não vê, o coração não sente”. 
 
5) Falta de fundo de reserva – Formando e mantendo um fundo de 
reserva, ao ocorrer imprevistos, não precisará recorrer a empréstimos 
pessoais a juros altos. 
 
Vídeo complementar 
Comportamento do Consumidor. FATORES PSICOLÓGICOS 
https://www.youtube.com/watch?v=KNXs10Ufpnw