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artigo de instalação

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Diana Maria dos S. Melo
Erlandson de Souza Costa
Isis Daniele S. Rodrigues
Jailane Bueno da Silva
TIPOS DE MATERIAS UTILIZADOS NO SISTEMA DE ESGOTO PREDIAL 
Artigo apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina de Instalações Prediais Hidráulica, no Curso de Engenharia Civil, na faculdade Estácio Amapá - Famap.
Prof. Cledinei Amanajás 
Macapá, 2019
Resumo
Este trabalho tem como finalidade a apresentação dos materiais utilizados no sistema de esgoto predial, apresentando suas principais características, a hidráulica das tubulações, principais fabricantes, aspectos construtivos, suas operações e manutenções segundos as normas técnicas referentes a esses materiais. A manutenção e distribuição de agua no Amapá são de responsabilidade da CAESA - Companhia de Água e Esgoto do Amapá. Para manutenção e implantação das ligações prediais e as das redes coletoras, as tubulações de PVC ganham destaque por serem de fácil manuseio, transporte, maior produtividade, menos problemas operacionais, praticidade e segurança. Para coletores de maior diâmetro e interceptores há preferencia pelos tubos PRFV, PVC e PEAD.
Introdução
Em um país com aproximadamente 210 milhões de habitantes, cerca de 51% da população não possuí saneamento básico, assunto esse que deve ser resolvido pelo governo o quanto antes, o crescimento desordenado das cidades pede um projeto que atenda as necessidades básicas da população, afinal, toda água irá transformar-se em esgoto, onde o mesmo deve ser coletado e tratado de forma correta. 
Em contraste a isso o Brasil vem crescendo muito na construção civil, e como resultado são criados novas residências e projetos que exigem um engenheiro civil habilitado tomando conta e administrando tudo isso, no qual o mesmo é responsável em fazer um bom projeto hidráulico e por em pratica.
Tratar o esgoto significa tirar dele detritos, substâncias químicas e micro-organismos nocivos, deixando as águas tão limpas quanto possíveis antes de devolvê-las à natureza. Para isso são necessários sistemas de esgotamento que garantam boas condições de higiene com ventilação, sistemas de inspeção e limpeza. 
As prescrições básicas para se fazer o tratamento de esgotos sanitários relativas às instalações prediais variam no país conforme a municipalidade. Porém a norma mais seguida é a Norma Brasileira NB-19, que fixa condições mínimas para o projeto e a execução das referidas instalações. 
Componentes do sistema de esgoto:
- Tubo de ventilação
- Calha para água da chuva
- Caixa de gordura
- Caixas sinfonadas
- Caixas de passagem
- Caixa de inspeção e limpeza
- Ramal interno de esgoto
- Rede de águas pluviais
- Ralos
- Válvulas de retenção 
O esgoto predial se inicia através dos aparelhos sanitários, que segundo a NBR 15097 são os seguintes: bacias sanitárias (inclusive o corpo e a tampa da caixa de descarga, quando houver; bidês; lavatórios (inclusive a coluna, quando houver); mictórios; e tanques (inclusive a coluna, quando houver). As bacias sanitárias de que trata esta parte da NBR 15097 são classificadas quanto ao tipo em convencional, com caixa acoplada e integrada, turca ou infantil e quanto ao funcionamento em bacias sanitárias de ação sifônica ou de arraste. As caixas de descarga, além das condições constantes nesta parte da NBR 15097, devem obedecer à NBR 15491. onde os mesmo são ligados nas instalações predial, permitindo o uso da água para higiene. 
 
Uma peça de extrema importância é o desconecto ou sifão, são elas que possuem as camadas liquidas, fundamentais para bloquear a passagem dos gases contidos no esgoto, evitando assim o mau cheiro. 
Em seguida, temos as definições de alguns componentes contidos nesse estudo:
Ramal de descarga - Tubulações que recebem diretamente os efluentes dos aparelhos sanitários. 
Ramal de esgoto - Tubulações que recebem diretamente os efluentes dos Ramais de descarga.
Sanitário - É considerado ao mesmo tempo Ramal de descarga e Ramal de esgoto 
Ventilação - É o conjunto que permite a retirada dos gases e a entrada dos gases atmosféricos pro interior do esgoto
Coluna de ventilação é divido em duas partes, para casas o diâmetro exigido é de 50 mm e para edifícios o recomendado é de 75 mm.
 A NBR 8160 informa que para a tubulação ter um bom escoamento de efluentes, deve ser dada a porcentagem de inclinação exigida para cada diâmetro de tubo de esgoto, conforme a tabela a seguir:
	Tabela de declividade
	Mínimo = 2%
	Diâmetro da tubulação
	Porcentagem de declividade
	40 mm
	3% a 5%
	50 mm
	3% a 4%
	75 mm
	2% a 3%
	100 mm
	1% a 2%
	150 mm
	0,5 % a 1%
Critérios relevantes na escolha do material para as tubulações:
- As características dos esgotos
- Resistência ao choque mecânico e às cargas externas
- Resistência ao ataque químico
- Disponibilidade de diâmetros necessários
- O custo do material e do traslado
- Condições específicas do local
- A facilidade de manutenção da tubulação e a vida útil
PLÁSTICOS
São, basicamente, três:
- Cloreto de Polivilina (PVC)
- Poliéster Reforçado com Fibras de Vidro (PRFV)
- Polietileno de Alta Densidade (PEAD)
Destes três tipos, o mais utilizado e recorrente, em obras de esgoto, é o PVC, os outros dois tipos - PRFV e PEAD , consequentemente, são menos usados. O PEAD é um material termoplástico, que é muito usado em ligações prediais de água. Assim como o PRFV e o PVC, o PEAD possui baixa rugosidade (lisura), flexibilidade, grande resistência ao impacto e à corrosão, manuseio fácil e rápido; além disso, tem a vantagem de poder se conectar, através de peças especiais, com tubulações feitas de outros materiais, por exemplo:
Transições PEAD X PVC, PEAD X FoFo e PEAD X Aço
PEAD (Polietileno de alta densidade)
O polietileno é um termoplástico obtido pela polimerização do etileno. Quando a polimerização ocorre à baixa pressão, obtém-se o Polietileno De Alta Densidade- PEAD. Os tubos de polietileno de alta densidade PEAD são largamente utilizados em sistemas de esgotos e emissários. Os produtos possuem leveza e grande facilidade para serem transportadas. São fabricados com comprimentos de 6 e 12m.
Vantagens na utilização das tubulações de PEAD:
- Alta resistência a impactos;
- Pode ser instalado em solos moles ou com lençol freático alto;
- Superfície interna das paredes lisa, com baixo coeficiente de atrito;
- Resistente à corrosão no transporte de esgoto doméstico e químicos;
- Os tubos podem ser unidos fora da vala, proporcionando maior rapidez de instalação;
- Baixo peso, fácil transporte e fácil instalação comparando ao aço e concreto,
PVC – Cloreto de Polivinila:
As propriedades do PVC tornam o material mais apropriado, para a construção civil. A resina de PVC é a matéria prima básica empregada na fabricação de tubos e conexões. Tendo na sua composição a adição de elementos, anti- oxidante e lubrificantes. Esses elementos dão à resina as propriedades necessárias para resistir a pressões internas e externas. Sendo capaz de conduzir o esgoto doméstico, com temperatura máxima de 40°c.
Sua vida útil é de, no mínimo 50 anos, chegando aos 100 anos em muitos casos. Seu sucesso se deve a sua alta resistência à umidade, corrosão e baixo peso do produto. Gerando obras de instalação mais econômicas
Vantagens na utilização das tubulações de PVC
- Tubos mais longos, lisos e leves;
- Alta resistência à corrosão;
- Maior velocidade na obra;
- Poucas emendas quando comparado a outros materiais;
- Melhor vedação das juntas, com menos infiltrações;
- Segurança dos trabalhadores;
- Facilidade no transporte;
- Os tubos de PVC possuem comprimento em torno de 6m, gerando menos juntas para o acúmulo de detritos;
- Facilidade de assentamento em locais com grande número de Interferências.
Desvantagens:
- Baixa resistência ao calor. A principal desvantagem do armazenamentodo PVC é a fragilidade do material quando exposto aos raios solares.
- Baixa resistência a altas pressões; Alguns plásticos são combustíveis ou pelo menos capazes de alimentar vagarosamente a combustão;
É atacado por cetonas e outros solventes, às vezes encontrados nos esgotos industriais.
Procedimentos básicos para assentamento do PVC
·         Limpar cuidadosamente o interior da bolsa e o exterior da ponta; introduzir o anel no sulco da bolsa.
·         Posicionar corretamente a ponta do outro tubo junto à bolsa do tubo já assentado; realizar o encaixe. Empurrando manualmente o tubo (sempre mantendo a bolsa fixa e movimentando apenas o tubo que está sendo encaixado).
·         Travar o tubo assentado de maneira a evitar o seu deslocamento.
·          
AÇO
As tubulações em aço são mais notórias em obras de SAA, sua utilidade é maior quando se verifica a existência de grandes esforços externos sobre a linha, como em travessia de grandes vãos, entre outras situações. Elas são muito resistentes ao choque mecânico, além de ser disponível em vários diâmetros, possuem características similares ao FoFo, mas quando se exigem grandes diâmetros e uso de pressões elevadas, lançar mão do aço é a melhor solução.
Apresenta pouca resistência à corrosão externa e é necessário muito cuidado, no momento do transporte e armazenamento. Cerâmicas são também capazes de resistir ao calor, produtos químicos, tempo, e as bactérias sem permitir que eles afetam suas propriedades ou alterar a sua estrutura. Elas também oferecem estabilidade dimensional e rigidez.
Tubos rígidos:
·         Por não se deformarem, não precisam utilizar o solo de envolvimento lateral para resistirem aos esforços;
·         Sua capacidade de carga depende apenas da resistência do próprio tubo.
Tubos flexíveis
Devido a sua própria flexibilidade são geralmente menos rígidos que o solo de envolvimento lateral; resistem a carga menores e necessitam contar como apoio do solo de envolvimento lateral para suportá-las. Dependendo da ocorrência de áreas onde os coletores não possam continuar ou mesmo desaguar o esgoto bruto, deverão ser projetados interceptores, assim como a necessidade de transporte de vazões finais para pontos distantes da área de coleta forçará a construção de um emissário. O lançamento subaquático no mar ou sob rios caudalosos normalmente poderá ser realizado através de emissários com elevatória na extremidade de montante.
Tubos de Concreto:
Os tubos de concreto foram desenvolvidos para atender à demanda por sistemas de esgotos sanitários, tornando possível compatibilizar a salubridade com crescimento verificado das grandes cidades nas últimas décadas.
Estas tubulações podem ser de concreto simples (ponta e bolsa) ou de concreto armado (moldados no local ou pré-moldados).
Tubos de Concreto Simples:
apresentam o diâmetro variando de 200mm a 1000mm (NBR- 8889/1989: classe S-1 e S-2).
Tubos de Concreto Armado:
apresentam o diâmetro variando de 400mm a 2000mm (NBR- 8890/1989: classe A-2 e A-3).
São utilizados principalmente nas seguintes situações:
·         Em canalizações a partir de 400 mm , para as quais não são normalmente oferecidos tubos cerâmicos (coletores tronco, interceptores e emissários).
·         Em canalizações que exigem resistência acima da oferecida por outros tipos de tubos, porque a resistência da tubulação pode variar com a espessura e com a armadura utilizada.
·         Quando a fabricação no local da utilização se torna mais conveniente do que a aquisição de outros tubos (transporte).
·         Para as canalizações de esgoto sanitários normalmente se empregam tubos de ponta e bolsa com anel de borracha (concreto simples e concreto armado), mas as tubulações poderão ser também de pontas lisas para luvas ou de encaixe a meia espessura.
Normalização Aplicável a tubos de concreto – ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)
Para os tubos utilizados nas redes de esgoto:
NBR 8889/85: Tubo de concreto simples, de seção circular para esgoto sanitário (Classes S1 e S2) –Especificação;
NBR 8890/85: Tubo de concreto armado de seção circular para esgoto sanitário (Classes A2 e A3) – Especificação.
NBR 8891/92: Tubos de concreto simples para esgoto sanitário – Determinação da resistência à compressão diametral -Método de ensaio;
NBR 8894/85: Tubos de concreto armado para esgoto sanitário – Determinação da resistência à compressão diametral - Método de ensaio.
NBR 8892/85: Tubos de concreto para esgoto sanitário – determinação do índice de absorção de água - Método de ensaio;
NBR 8893/85: Tubo de concreto para esgoto sanitário – verificação da permeabilidade – Método de ensaio.
Procedimentos especiais para manutenção e operação das tubulações de esgotos
Para evitar problemas operacionais, é pertinente obter-se:
 Cadastro do sistema
 Eficiência no cálculo do projeto (declividade e subdimensionamento)
 Falhas na instalação de juntas e no assentamento
 Inspeções Periódicas
 Educação Sanitária
 O problema da infiltração
 Retirar o excesso de areia presente na tubulação
Anexos: 
Referencial teórico:
O trabalho feito nas instalações prediais, com foco na hidráulica tem dado a nós a oportunidade de entender mais a fundo como funciona esse sistema fundamental para as instalações prediais, sistema esse que fica escondido por dentro de pisos e paredes. 
Conclusão 
Após o termino desse trabalho, concluímos o quão importância que se deve dar ao esgoto das cidades, afinal de contas, cuidar do meio ambiente faz parte do nosso dia a dia, fazer a reciclagem até mesmo da agua é de extrema importância, afinal, ela é o bem mais precioso que temos.
Com relação à implantação e aos critérios da instalação fazem com que o projeto destinados sejam muito bem feito, utilizando os matérias com seu custo beneficio á obra, fazendo a agua utilizada seguir se curso, seguindo pelo esgoto predial, alcançando o esgoto dos sistema público, sendo tratado nas estações de tratamento e por fim devolvidos à natureza, sem nenhuma impureza.
Referências Bibliográficas
https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/235/8360/1/Apostila%20de%20esgoto%20sanit%C3%A1rio%20e%20%C3%A1guas%20pluviais.pdf
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3147/tde-08122006-153912/publico/materiaistubosfinalrev.pdf
Site CAESB : www.caesb.com.br

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