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FACULDADE METROPOLITANA DE GUARAMIRIM CURSOS DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO/QUÍMICA FISICA GERAL E EXPERIMENTAL: MECÂNICA PROFESSOR: ELVIS SCHMIDT RELATÓRIO 4 PLANO INCLINADO GUARAMIRIM MAIO/2017 DIRCEU ROWEDER HENRIQUE BETTONI EDUARDO MAAS DA SILVA MATEUS SCHERER GUSTAVO VOGEL HEITOR GOLÇALVES CANDIDO RELATÓRIO 4 – PLANO INCLINADO Relatório de Experimento 4 – Plano Inclinado para a disciplina de Física Geral e Experimental: Mecânica do curso de Engenharia de Produção/Química. Prof. Orientador Específico: Elvis Schmidt GUARAMIRIM MAIO/2017 SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS ................................................................................................... 4 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 5 1 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ............................................................. 6 2 QUESTIONÁRIO ............................................................................................ 9 3 DIFICULDADES ENCONTRADAS............................................................... 10 4 EXITOS OBTIDOS ....................................................................................... 11 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 12 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 13 ANEXOS ................................................................................................................... 14 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Ângulo ......................................................................................................... 7 Figura 2 - Aparelho Experimento ............................................................................... 14 Figura 3 - Dinamômetro ............................................................................................ 14 5 INTRODUÇÃO Desde a década de 60 que o ensino de ciências em geral e de física em particular passou a valorizar as atividades de laboratório como um recurso didático capaz de estimular e desenvolver no estudante o interesse pela ciência. Vários projetos foram desenvolvidos, cujos efeitos foram posteriormente sentidos, com maior ou menor intensidade. As atividades desenvolvidas em laboratório tem papel relevante para a aprendizagem do estudante, inclusive em física. Sendo assim o presente trabalho tem como objetivo descrever os procedimentos e resultados obtidos, a partir do experimento proposto, levando-se em consideração as forças que atuam sobre corpo quando o mesmo permanece em um plano inclinado. Para que tal experimento fosse realizado foram utilizados equipamentos tais como, tripé universal delta max, carro para plano inclinado, polia de 20 divisões e plano inclinado Kersting, fabricados pela empresa Cidepe, além de massas de 50g e entre outros, os quais são destinados ao ensino da mecânica da partícula, estática da partícula, vetores, resultante de forças, movimento em uma dimensão, MRU, MRUA, dinâmica da partícula, leis de Newton, equilíbrio, atritos, movimento em meio viscoso, trabalho e energia, vantagem mecânica, mecânica dos sólidos, mecânica do corpo rígido, estática do corpo rígido, centro de massa, equilíbrio do corpo rígido, cinemática do corpo rígido, movimento em uma dimensão, rotação do corpo rígido, cinemática das rotações e o raio de giração. 6 1 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Para a realização do experimento utilizou-se os seguintes materiais: Dinamômetro de 2 N; Plano inclinado básico; Roldana para fixação à extremidade do plano inclinado; Carrinho para plano inclinado; 4 massas de 50 g; Gancho para massas; Prendedor de dinamômetro com imã; Fios para fixação do carrinho e do dinamômetro. Ajustou-se o dinamômetro para a posição vertical, afim de se obter o peso do carrinho, constatando o valor de 0,62 N, e, considerando que cada uma das massas colocadas no carrinho, possuem 50 g, ou seja 0,05 Kg, pode-se dizer que o peso total do sistema (carrinho e massas) é de 1,62 N, conforme (1). 𝑃𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑃𝑐𝑎𝑟𝑟𝑖𝑛ℎ𝑜 + 𝑃𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎𝑠 (1) 𝑃𝑐𝑎𝑟𝑟𝑖𝑛ℎ𝑜 + 0,1 𝐾𝑔 × 10 𝑚 𝑠2 = 0,62 𝑁 + 1,0 𝑁 = 1,62𝑁 Inclinou-se o plano inclinado para a posição de 30°, e, com o auxílio do prendedor de dinamômetro ajustou-se o mesmo para tal inclinação, prendeu-se o carrinho com as massas ao dinamômetro, afim de se obter Px, medindo o valor de 0,82 N, considerando a fórmula em (2), que pode ser obtida através da Figura 1, foge levemente do valor teórico de 0,81 N. 7 Figura 1 - Ângulo Representação dos ângulos do sistema e decomposição da força peso do carrinho, para dedução de fórmula. 𝑃𝑥 = 𝑃 × cos 60 = 1,62 𝑁 × 0,5 = 0,81 𝑁 (2) Tal diferença pode ser dada devido a força de atrito do carrinho com o plano inclinado, sendo assim pode-se dizer que o coeficiente de atrito é igual a 0,0071, conforme (3). 𝑃𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 = 𝑃𝑥𝑐𝑎𝑟𝑟𝑖𝑛ℎ𝑜 + 𝐹𝑎𝑡𝑟𝑖𝑡𝑜 → 0,82 𝑁 = 0,81 𝑁 + 𝐹𝑎𝑡𝑟𝑖𝑡𝑜 → 𝐹𝑎𝑡𝑟𝑖𝑡𝑜 = 0,01 𝑁 𝐹𝑎𝑡𝑟𝑖𝑡𝑜 = 𝑁 × 𝜇 = 𝑃𝑦𝑐𝑎𝑟𝑟𝑖𝑛ℎ𝑜 × 𝜇 = 1,62 𝑁 × cos 30 × 𝜇 → 0,01 𝑁 = 1,40 𝑁 × 𝜇 (3) 𝜇 = 0,0071 Após a medição, desconectou-se o carrinho do dinamômetro, prendeu-se a roldana à extremidade da rampa, e uniu-se o gancho com uma massa de 50 g ao carrinho com massas, por um fio que passava pela roldana, de modo que o gancho ficou pendurado abaixo da roldana e o carrinho ficou sobre a rampa, e ajustou-se o ângulo da rampa até que as forças entrassem em equilíbrio, obtendo o valor de 18°. Mediu-se anteriormente o peso do ganho com uma massa e obteve-se o peso igual a 0,54 N, podendo-se observar uma diferença do valor calculado para o ângulo, e, considerando a Figura 1, pode-se dizer que o ângulo de inclinação da rampa é igual ao arco seno de Px sobre Carrinho, conforme (4). 𝑃𝑔𝑎𝑛𝑐ℎ𝑜 = 𝑃𝑥 = 𝑃 × sen 𝜃 → 𝜃 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 × 𝑃𝑥 𝑃 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 × 0,54 𝑁 1,62 𝑁 (4) 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 0,33 ≅ 19,5 8 Sendo assim, pôde-se observar novamente uma divergência entre o valor obtido do valor teórico de 0,50 N, conforme observado em (5). 𝑃𝑔𝑎𝑛𝑐ℎ𝑜 = 𝑃𝑥 = 𝑃𝑐𝑎𝑟𝑟𝑖𝑛ℎ𝑜 × cos 72 = 1,62 𝑁 × 0,309 ≅ 0,50 𝑁 (5) A diferença entre os valores obtido, pode ser dada pela força de atrito do carrinho com a rampa, mas mesmo assim não é igual ao valor obtido, ou seja, existe alguma outra força que interfere, na leitura, como será discutido posteriormente nas dificuldades. Após encontrar o ângulo de equilíbrio entre as massas, mediu-se novamente a componente Px, onde foi obtido o valor de 0,44 N, o que difere tanto do peso do gancho quanto do valor teórico. Repetiu-se o processo de encontrar o ângulo de equilíbrio, porém desta vez com duas massas presas ao gancho, quais foram pesadas e obteve-se o valor de 1,04 N, o ângulo de equilíbrio encontrado foi de 37°, sendo que o esperado é de 39,9°, conforme (6). 𝑃𝑔𝑎𝑛𝑐ℎ𝑜 = 𝑃𝑥 = 𝑃 × sen 𝜃 → 𝜃 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 × 𝑃𝑥 𝑃 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛× 1,04𝑁 1,62 𝑁 (6) 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 0,64 ≅ 39,9 Novamente mediu-se a componente Px, desta vez, obtendo se o valore de 0,85 N, mais uma vez discordando do valor teórico obtido em (7) e do peso do gancho. 𝑃𝑔𝑎𝑛𝑐ℎ𝑜 = 𝑃𝑥 = 𝑃𝑐𝑎𝑟𝑟𝑖𝑛ℎ𝑜 × cos 52 = 1,62 𝑁 × 0,616 ≅ 1,0 𝑁 (7) Lembrando que tais diferenças podem ser dadas pela força de atrito do carrinho com a rampa, mas não somente por esse fator, embora as diferenças possuam um valor constante de 0,03 N, ao considerar a força normal igual a componente Py, e a constante de atrito obtida em (3). 9 2 QUESTIONÁRIO 1) Referente ao procedimento (3), caso haja diferença entre o valor calculado e o experimental, explique-as. O atrito faz uma força contraria a força do dinamômetro, fazendo assim que valor lido no equipamento não condiz com o valor real, outro fator é o cansaço da mola se dá devido ao uso e desgaste natural. Se mola não estiver 100% regulada para a escala do dinamômetro o valor será diferente do real. 2) Referente ao procedimento (7), caso haja diferença entre o valor calculado e o experimental, explique-as. O atrito faz uma força contraria ao peso do gancho, fazendo assim que valor lido no equipamento não condiz com o valor real, outro fator é o cansaço da mola se dá devido ao uso e desgaste natural. 3) Explique matematicamente, por meio de equações, por que existe um único ângulo de inclinação no qual ocorre o equilíbrio do sistema. Px=P*cosƟ Ɵ=arccos(Px/P) Dado que a equação é de primeiro grau será encontrada somente uma resposta. 10 3 DIFICULDADES ENCONTRADAS Na realização do experimento em si não tivemos tantas dificuldades, a não ser na interpretação das medições realizadas com auxílio dos instrumentos de medições, como no caso da escala graduada de ângulos, a qual não era precisa e o resultado foi obtido através de um senso comum entre os integrantes do grupo. Da mesma foi em certo momento foi preciso fazer uso de uma régua para se verificar o momento que houve o deslocamento do carrinho. Podemos também citar a aferição do dinamômetro no plano inclinado, o qual foi preciso dois integrantes para fazer a aferição, enquanto um segurava o dinamômetro, outro realizava a calibração conforme o ângulo de inclinação. Em um segundo momento o professor nos entregou um fixador magnético próprio de fixação do dinamômetro para a aferição nessa situação, o que facilitou nas etapas seguintes. Além as dificuldades acima citadas, observou-se que durante a realização da etapa que solicitava o ângulo de inclinação de equilíbrio do sistema, as massas batiam na base do plano inclinado, sendo assim preciso, diminuir o comprimento do barbante para que tal ângulo fosse obtido. 11 4 EXITOS OBTIDOS Através do desenvolvimento do experimento proposto e suas etapas, com a utilização de equipamentos específicos podemos observar que a força de Peso de fato é diferente da força Normal em um plano inclinado. Enquanto no plano horizontal as forças Peso e Normal se equiparam, ou seja, possuem mesmo módulo, direção e intensidade, já no plano inclinado a força Peso é diferente da Normal. A exemplo da demonstração realizada em sala de aula, quando se coloca um corpo com massa qualquer sobre uma balança na posição horizontal, o resultado obtido é força que o corpo aplica sobre a balança, como nesse caso as forças peso e normal são iguais, o resultado é convertido em gramas, sendo a real massa do corpo. Porém, ao submetermos se a balança estiver inclinada o valor indicado será o valor da força normal a superfície inclinada, neste caso ela vale o peso do corpo multiplicado pelo cosseno do ângulo de inclinação. Foi possível realizar essa observação com o desenvolvimento das etapas, no início o peso do carrinho somado ao peso das massas é de 1,62N, quando o conjunto (carrinho+massas) foi submetido ao uma inclinação de 30º seu peso foi de 0,82N. 12 CONSIDERAÇÕES FINAIS Através deste experimento podemos observar na prática a afirmação de Galileu Galilei (1564 – 1642), que um objeto móvel em linha reta, deveria manter seu estado de movimento em linha reta para sempre sem nenhuma força externa necessária para isto, tanto que testou sua hipótese fazendo experimentos com diversos objetos sobre planos inclinados e observou que bolas rolando para baixo tornavam – se mais velozes, enquanto as que rolavam para cima tornavam – se menos velozes em um plano inclinado, ou seja, o plano inclinado consiste em um sistema em que observa o movimento de objetos sobre planos inclinados, seja esse objeto subindo ou descendo. No caso do experimento quando o carrinho é içado de baixo para cima, está subindo, com velocidade v0, assim como Galileu observou que o módulo da velocidade irá diminuir até zerar e neste instante o objeto descerá em movimento acelerado. Lembrando que na subia o movimento é desacelerado, porém tanto na subida como na descida a representação das forças são as mesmas, quer dizer suas direções e sentidos não mudam inclusive da aceleração que tem a mesma direção e sentido. 13 REFERÊNCIAS http://www.scielo.br/pdf/rbef/v32n2/v32n2a12.pdf http://www.cidepe.com.br/index.php/br/impressao- detalhes?produto=1828&experimentos=0 http://www.efeitojoule.com/2011/06/plano-inclinado.html 14 ANEXOS Figura 2 - Aparelho Experimento Figura 3 - Dinamômetro
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