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FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO BRAZ DISCALCULIA UM DESAFIO PARA A MATEMÁTICA CURITIBA/PR 2016 FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO BRAZ DISCALCULIA UM DESAFIO PARA MATEMÁTICA Trabalho entregue à Faculdade de Educação São Braz, como requisito legal para convalidação de competências, para obtenção de certificado de Especialização Lato Sensu, do curso de Distúrbios de Aprendizagem conforme Norma Regimental Interna e Art. 47, Inciso 2, da LDB 9394/96. Orientador (A): CURITIBA/PR 2016 RESUMO No nosso cotidiano, a matemática é uma presença constante, no tempo, nas distâncias percorridas, em todo e qualquer processo de contagem e no espaço o qual estamos inseridos. Todo esse conhecimento de conceitos e formas numéricas é adquirido desde a infância, e durante todo o período escolar, são aperfeiçoados. Porém, em alguns casos isso não acontece, e é ai que deparamos com um distúrbio matemático que ainda é pouco conhecido, a discalculia. O foco principal desse trabalho é compreender a interferência exercida pela discalculia no processo de aprendizagem da disciplina de matemática. Para realizar essa pesquisa, escolheu-se fazer uma abordagem bibliográfica, teórica, com ênfase qualitativa e informativa, ressaltantes no processo de ensino aprendizagem de operações matemáticas, dos conceitos e das características que acercam a Discalculia como também o seu reconhecimento como um distúrbio de aprendizagem e quais as capacidades que os profissionais da educação devem ter para lidar com ela dentro de sala de aula, e quais as melhores formas de incluir as crianças em seu grupo de convívio. Palavras – chave: Matemática – Discalculia – Distúrbio – Transtornos de aprendizado. 1. INTRODUÇÃO A Matemática surgiu como resposta a uma demanda do homem, da sua necessidade de sobrevivência. Com seu desenvolvimento e a progressiva utilização de ferramentas, cada vez mais elaboradas, a Matemática tornou-se essencial e também muito mais abstrata que em seu início. Crianças pequenas, antes mesmo de adquirirem procedimentos de contagem, possuem essa facilidade. Em algumas brincadeiras, ela percebe a ausência de objetos ou o acréscimo de outros. Para fazer com que as crianças construam o signo numérico com significado ela deve ser colocada diante de situações, dentro da sala de aula, onde existam resoluções de problemas que envolvam quantidades. Tratando-se tanto de sociedade quanto de sobrevivência a matemática é uma ferramenta extremamente importância para todos. A necessidade que se há em trabalhar com números e de efetuar cálculos numéricos que se faz presente na nossa prática cotidiana. Muitas são as dificuldades encontradas, atualmente por alunos, relacionadas ao aprendizado da matemática, as faltas de capacidade em resolver operações e problemas de matemática e de habilidades com números que alguns alunos apresentam torna cada vez mais necessário um conhecimento cada vez maior sobre prováveis transtornos que venham a afetar o processo de aprendizagem em alunos com idade escolar. A discalculia, ainda é pouco conhecida, até mesmo entre profissionais da educação. Porém, é de extrema necessidade procurar entender de que formas que esse transtorno vem a interferir no processo da aprendizagem da disciplina de matemática em alunos. O objetivo principal do presente trabalho é conceituar discalculia e caracteriza-la como um transtorno de aprendizagem matemático tendo com base referenciais teóricos, para auxiliar na compreensão dos elementos que impedem a capacidade lógica do aluno, o qual é exigido para resolver cálculos. O trabalho também consiste em diferenciar os tipos de discalculia, apresentar as principais causas do transtorno e por fim algumas sugestões de atividades que podem ser trabalhadas com um aluno discalcúlico. Dada à importância ao assunto, espera-se, que esse possa dar a contribuição necessária com os profissionais que atuam na área da educação, principalmente, da educação matemática, de forma que ajudem e deem a atenção necessária aos alunos que apresentem as características descritas ao longo do trabalho, identificando esses estudantes e ajudando pedagogicamente, procurando, sempre, auxiliá-los com a elaboração de estratégias em seus estudos, proporcionando assim o sucesso acadêmico e pessoal. 2. A MATEMÁTICA A matemática, apesar de fazer parte da vida das pessoas, por muito tempo tem sido considerada a mais difícil das disciplinas que compõe o currículo escolar. Muitas dificuldades são encontradas no processo de aprendizagem também de ensino. Pode-se considerar que os números, foi um das invenções mais importantes tida pela humanidade, sem a existência deles, a sociedade e também as ciências não teriam desenvolvido. Segundo Rotta (2006), o conhecimento e as habilidades matemáticas fazem parte da nossa vida cotidiana, nas tarefas habituais ou relacionadas com o trabalho e nas ações sociais. Mesmo antes da escrita, o homem pré-histórico era nômade e vivia em pequenos grupos. Os homens eram responsáveis pela caça e as mulheres cuidavam dos filhos e preparavam os alimentos. Não havia nenhuma forma de política e nem um processo de economia. O período pré-histórico não é marcado por um alto nível intelectual e cientifico, porém, algumas descobertas matemáticas podem ser citadas, como por exemplo, a elaboração de um processo rudimentar de contagem através de ranhuras em ossos, desenhos em cavernas, marcas em galhos e pedras e a maneira de contagem onde cada pedra era colocada em saquinhos. Para Ferreira (2011, p. 581) Matemática significa, “ciência que estuda os números, as formas e as medidas de grandezas e quantidades”. Huete (2006 p. 15), por sua vez entende como: “A matemática, do grego mátheema (ciência), distingue-se por seu aspecto formal e abstrato e por sua natureza dedutiva. Em contrapartida, sua construção liga-se a uma atividade concreta sobre os objetos para a qual o aluno necessita da intuição como processo mental.” Para Bastos (2006), a matemática desempenha um papel decisivo, ao permitir, na formação do cidadão, o desenvolvimento proveitoso de diversas habilidades importantes no raciocínio lógico dedutivo, interferindo fortemente na capacitação intelectual e estrutural do pensamento. Bastos (2006), ainda afirma que a habilidade numérica é biologicamente determinada, sendo uma categoria científica de domínio do conhecimento. Que há uma grande dificuldade no aprendizado da matemática não é nenhuma novidade, sua complexidade em símbolos, números, termos, fórmulas, pode ser um dos motivos, porém, não isso que justifica baixo rendimento na disciplina, alguns chegam a alegar que matemática é uma disciplina apenas para pessoas mais inteligentes, e isso sabemos que não é verdade. A dificuldade no processo da aprendizagem dessa disciplina baseia-se nos processos cognitivos, os quais são apresentados na escola, na verdade, há um número grande de alunos que apresentam alguma dificuldade na disciplina, a qual, o acompanha pela vida toda. Interfere de forma significativa no desenvolvimento escolar da criança e também no seu cotidiano, pois essa habilidade sempre se apresenta na vida de todos, na qualenvolve um fator de cálculos e interpretações. Há casos onde, mesmo o aluno tendo um grande interesse em aprender e o professor buscando diversas metodologias para ensiná-lo e motivá-lo, ele ainda não consegue entender. Esses casos exigem uma atenção um pouco maior, pois alguma coisa está errada, o aluno em questão, pode até apresentar um bom desenvolvimento em todas as outras disciplinas, menos na matemática, a dificuldade desse aluno não tem haver com desinteresse ou falta de atenção, o problema pode ser um distúrbio, um transtorno de aprendizagem, pouco conhecido, a discalculia. 3. DISCALCULIA, UM TRANSTORNO POUCO CONHECIDO. A aprendizagem é um processo continuo, sempre estamos aprendendo e descobrindo coisas novas ao longo de nossas vidas. Em alguns casos, esse processo pode ser influenciado por diversos fatores, os quais causam certas dificuldades no aprendizado de determinadas áreas. Geralmente é no ambiente escolar que esses obstáculos tende a serem percebidos, pois é lá que as dificuldades ficam mais visíveis. Quando começam a surgir dúvidas simples, por exemplo, qual o número que vem sucede o 17? Esse sinal é de mais ou menos? A maioria dos alunos responde, quase que automaticamente, de maneira correta, mas para alguns, acertar a sequência numérica, ou mesmo os sinais usados na matemática, consiste em um desafio enorme. Quando nos deparamos com dificuldades, podemos estar na presença de algum problema/transtorno/dificuldades de aprendizagem. De acordo com o DSM-IV (2002, p.44), transtornos da aprendizagem são diagnosticados quando os resultados do indivíduo em testes padronizados e individualmente administrados de leitura, matemática ou expressão escrita estão substancialmente abaixo do esperado para sua idade, escolarização e nível de inteligência. Fragoso Neto (2007) por sua vez diz que, para que seja considerado um transtorno, a dificuldade no aprendizado deve se fazer presente desde o início da vida escolar, não ser adquirida apenas ao longo da escolarização e, em consequência de falta de oportunidades de aprender, interrupções na escolarização, traumatismo ou doença cerebral. Novaes (2007), afirma que existem três tipos básicos de transtornos de aprendizagem, de acordo com o CID-10 e o DSM-IV: o Transtorno da Leitura, o Transtorno da Matemática e o Transtorno da Expressão Escrita. O transtorno matemático, conhecido como discalculia, caracteriza-se pela dificuldade na aprendizagem dos números, a falta das habilidades para efetuar operações, aritméticas e matemáticas. É uma má formação neurológica caracterizada pela dificuldade do individuo em aprender calculo, operações e raciocínio lógico-matemático, impede também, a compreensão dos conceitos matemáticos e como inclui-lo na sua vida cotidiana. Segundo BARBOSA (2008, p. 132), a palavra discalculia apresenta duas raízes gregas: “dis” que significa dificuldade e “calculia”, que se relaciona à arte de contar. Não é causada por nenhuma deficiência mental, nem por uma má escolarização, dificuldades auditivas e visuais, e nada tem a ver com a inteligência e nem com o nível de QI. Pessoas portadoras desse transtorno de aprendizagem são incapazes de identificar sinais matemáticos, classificar números, montar operações, comete erros ao tentar solucionar problemas verbais, tem inúmeras dificuldades de contagem, na compreensão dos números e nas habilidades computacionais, não conseguem entender princípios de medida, seguir sequências e nem compreender conceitos matemáticos, essas dificuldades são geralmente descobertas na escola. Durante muito tempo a medicina acreditava que a dificuldade no aprendizado portava alguma debilidade ou lesão cerebral, porém, o que sabe hoje, é que a maior parte das crianças com dificuldades de aprendizagem não tem nenhum histórico de lesão cerebral. Mesmo apresentando alguma lesão, nem sempre é a única fonte de dificuldades escolares. A Discalculia não resulta de lesão na região cerebral. De acordo com Bastos (2008), a Academia Americana de Psiquiatria define que a Discalculia ou Discalculia do Desenvolvimento é a dificuldade em “aprender matemática, com falhas para adquirir adequada proficiência neste domínio cognitivo, a despeito de inteligência normal, oportunidade escolar, estabilidade emocional e necessária motivação”. Segundo os pesquisadores Johnson e Myklebust (1983) a criança com discalculia não desenvolve a capacidade de: Indicativos de possíveis transtornos matemáticos são as dificuldades que os alunos apresentam em contar de trás para frente, contar os números de 2 em 2 ou de 3 em 3, isso por que, os discalcúlicos apresentam dificuldades na compreensão e na ordem da estrutura numérica. Várias são as causas da discalculia que podemos citar, Castello (2008) enumera as mais aceitas, que são: Neurológica, acontece devido à complexa disfunção e está associada, possivelmente a uma lesão no supra marginal e nos giros angulares, na união dos lóbulos temporal e parietal do córtex cerebral; Déficits na memória, segundo o autor, indivíduos com déficits de memória podem vir apresentar a discalculia, porém, nem sempre é possível especificá-la, pois os déficits de memória podem ter relação também com outros distúrbios de aprendizagem; Memória curta reduzida, alguns indivíduos que convivem com esse distúrbio podem desenvolver também a discalculia, pois não conseguem recordar os cálculos a serem feitos; Quociente de inteligência (QI) menor que 70. Porém, pessoas com um QI normal também podem apresentar sintomas da discalculia; Desordem hereditária, além da combinação de dois ou mais fatores destes apresentados. Podemos citar até seis diferentes tipos de discalculia: 1. Discalculia léxica: é dificuldade apresenta na leitura dos símbolos usados na matemática; 2. Discalculia verbal: é dificuldade apresenta em nomear as quantidades, os números, e os termos e símbolos matemáticos; 3. Discalculia gráfica: é a dificuldade encontrada na escrita dos símbolos matemáticos; 4. Discalculia operacional: é dificuldade encontrada na execução de cálculos numéricos; 5. Discalculia practognóstica: é a dificuldade na enumeração, na manipulação e na comparação de imagens ou objetos reais; 6. Discalculia ideognóstica: dificuldade encontrada nas operações mentais e também no entendimento de conceitos matemáticos; 4. COMO LIDAR COM A DISCALCULIA E AJUDAR ALUNOS DISCALCÚLICOS. Desde os primeiros anos escolares a crianças começa demonstrar sinais do distúrbio, que podem ser percebidos quando ela, não consegue diferenciar, igual e diferente, por exemplo, grande e pequeno, coisas simples, que tendem ser diferenciadas com facilidade por crianças logo na educação infantil. Porém, ainda não se pode dar um diagnóstico preciso, e é somente a partir dos oito anos de idade, aproximadamente, que é quando começam serem introduzidos símbolos matemáticos e operações básicas que se tornam mais visíveis esses sinais. Distúrbios como a discalculia, normalmente prejudica a convivência das crianças com os demais alunos, é de máxima importância, que todos sejam tratados com igualdade, e para que isso aconteça, é preciso saber quais realmente são as necessidades dessas crianças. O professor desenvolve um papel fundamental para o desenvolvimento, será ele a orientar o aluno em todas as descobertas e conquistas que envolvam o aprendizado da matemática. O docente deve evitar evidenciar as dificuldades desses alunos e não trata-los com diferença dos demais, ser pacientecom as dificuldades apresentadas por eles, não corrigi-lo com frequência perante toda a turma, isso para não expor o aluno e jamais ignorar a dificuldade dessa criança. Outros profissionais, além do professor, podem estar envolvidos neste processo de auxilio a alunos com discalcúlicos, entre eles um psicopedagogo, um neurologista, psicólogo e fonoaudiólogo, exercem um papel fundamental no diagnostico e na aprendizagem. O uso de tecnologias também pode ser de grande valia, jogos no computador tendem a estimular muito as crianças. O computador é um grande aliado, pois é um objeto que desperta o interesse e a curiosidade da criança. É um instrumento que pode ser constantemente muito aproveitado, pois existem inúmeros sites de jogos educativos que propiciam a noção de espaço e forma, e que reforçam a compreensão matemática. Segundo palavras de Becker e Franco (2002, p. 22) [...] para Piaget, o homem se faz matemático na medida em que constrói matemática – como conteúdo, mas, sobretudo, como estrutura. [...] ser humano implica ser matemático; tornar-se humano é tornar-se matemático, ou melhor, lógico matemático [...]. Com base nessa afirmação de Piaget, existem algumas possibilidades para auxiliar um aluno que apresenta dificuldade de aprendizado em matemática no seu cotidiano escolar. Para isso o professor pode permitir, durante suas aulas, o uso de calculadora, caderno quadriculado, tabuada, questões claras, problemas curtos, menor número de questões. A escola pode disponibilizar um auxiliar para acompanhar esse aluno, as provas podem ser realizadas oralmente, tendo em mente sempre que, para o aluno discalcúlico, nada é óbvio, como é para os outros alunos, por esse motivo, ele precisa de uma compreensão maior de todas as pessoas. 5. JOGOS QUE CONTRIBUEM NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DE ALUNOS COM DISCALCULIA. Os jogos são estruturas fundamentais que contribui para os desenvolvimentos, mental e pedagógico, pois trabalha com os aspectos cognitivos, motores e sociais da criança, é através dos jogos e brincadeiras, que elas dispõe o mundo que as rodeiam, assimilam informações e experiências e incorporam valores e atitudes importantes que lhes acompanham por toda a vida. As brincadeiras e os jogos acompanham a crianças desde seu nascimento, são importantes atividades, através das quais a criança aprende a movimentar-se, desenvolver estratégias, pensar, resolver problemas, socializar-se e a busca. Já é de conhecimento que o aluno com discalculia apresenta dificuldades em acompanhar as aulas de matemática. Este distúrbio de aprendizagem, se não tratado, afetará o estudante pelo resto de sua vida acadêmica, pois, depois que uma base sólida é estabelecida no ensino fundamental, as lições matemáticas dependem umas das outras. Alguns jogos que podem ser trabalhados com alunos com discalculia, tanto em sala de aula por professores ou especialistas e até mesmo em casa com a supervisão dos pais são: Matix: é um jogo de tabuleiro com 64 casas, é um quebra-cabeça e seus objetivos são favorecer e desenvolver o pensamento matemático, auxiliar no processo de generalização matemática e promover o desenvolvimento do raciocínio, exercitando e estimulando um pensar com lógica e critério, interpretando informações, buscando soluções, levantando hipóteses e coordenando diferentes pontos de vista. Durante a partida, os jogadores desenvolvem suas capacidades de antecipar jogadas e de estabelecer estratégias de ação. O jogador deverá fazer o maior número de pontos somando as peças de valor positivo e subtraindo as de valor negativo. Tangram: é um jogo composto por sete peças, sendo elas, 5 triângulos,1 quadrado e 1 paralelogramo, as cartelas apresentam diferentes figuras. Apenas um jogador participa, e o principal objetivo é formar um quadrado com as 7 peças. O melhor lugar para jogar é em uma superfície plana. O jogador deve sempre lembrar que todas as peças devem do jogo, devem obrigatoriamente, ser utilizadas para formar a figura, sem a sobreposição de peças. Com o Tagram pode ser feitas muitas combinações. Exercita a inteligência e também a imaginação, e o jogador pode criar figuras dos mais diversos tipos, inclusive inéditas. O jogo do Dominó: Coloca-se a disposição do aluno as peças de dominó. Ela deve ordena-las de seguindo a numeração das bolinhas que estão contidas nas extremidades das peças, seguindo as regras do jogo. Conforme é apresentada determinada peça o aluno deve colocar ao seu lado a peça que contém a quantidade correspondente. Esta atividade visa ampliar a percepção numerica e estimular o aluno a associar as peças com as quantidades iguais, amplia também a noção de sequência e a contagem. Botões matemáticos: são separados botões de tamanhos e cores diferentes. Esses são selecionados de acordo com sua cor e tamanho, por exemplo: 12 botões brancos, 8 azuis e 6 amarelo, e assim por diante. Orienta- se a criança a separar botões na quantidade solicitada, ordenando os tamanhos. Nessa atividade pode-se trabalhar dúzias ou dezenas, o professor pode trabalhar com o aluno a maior dificuldade dele. O objetivo é desenvolver habilidades de compreensão de sistema de numeração, desenvolver coordenação motora e a orientação espacial. Jogo das garrafas coloridas: Selecionamos oito garrafas de plástico diferentes, a 1ª com 15 cm de altura, as outras com 12,5 cm, 10 cm, 7 cm, 5,25 cm, 4,0 cm e 3,5 cm com acabamento de fitas colantes nas beiras. A criança deve ordenar as garrafas em tamanhos, agrupando-as de tamanhos quase iguais ou diferentes, ordenando-as em fileiras, da menor para a maior e da maior para a menor. Esta atividade tem como objetivo verificar as noções de tamanho (maior/menor) e estimular a coordenação motora e a contagem. CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo da matemática contribui tanto para nosso crescimento pessoal quanto para a compreensão do mundo no qual estamos inseridos. Para os profissionais da matemática, ensinar a disciplina nem sempre é uma tarefa das mais fáceis, há inúmeras dificuldade e uma série de empecilhos para a aprendizagem, a maioria dos alunos acham a matéria difícil e nem sempre conseguem acompanhar o raciocínio. Em muitos casos essa dificuldade está relacionada com a falta de atenção do aluno, o desinteresse ou mesmo a didática usada pelo professor em sala de aula, esse por sua vez, deve estar sempre atento a todo esse processo de aprendizagem de seus alunos, principalmente quando se percebe pouca motivação por parte da criança e uma autoestima muito baixa pelo fato de cometer erros durante as atividades de matemática, erros esses simples, troca de sinais, confusões numéricas, dificuldade no raciocínio logico, que muitas vezes passam despercebidos e não são tratados com da maneira correta. A partir da realização desse trabalho tornou-se possível perceber que a presença dessas dificuldades matemáticas, muitas vezes, é a discalculia, e esse é um transtorno que que interfere na aprendizagem dos alunos na fase escolar. As características principais da discalculia são problemas no pensamento operatório, dificuldade de percepção de espaço, dificuldade para conservar quantidades entre outras mais especificadas ao longo desse trabalho. Deve-se contar com a ajuda de especialistas para diagnosticar e tratar alunos discalcúlicos, a escola, e os profissionais da matemática, exercem um papel fundamental para a evolução da aprendizagem desses alunos. REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASBARBOSA, Laura Monte Serrat. Psicopedagogia: um diálogo entre a psicopedagogia e a educação. 2. ed. Curitiba: Bolsa nacional do livro, 2008. BASTOS, J.A. O cérebro e a matemática. São Paulo: Edição do Autor, 2008. BASTOS, José Alexandre. Discalculia: transtorno específico da habilidade em matemática. In: ROTTA, Newra Tellechea. Transtornos de aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2006. BECKER, F.; FRANCO, Sérgio R.K. Revistando Piaget. 3. ed. Porto Alegre: Mediação, 2002. CASTELLO, E. C. 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