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Nutrição mineral de plantas (NPK) Discente: João Wilian Dias Silva Docente: D.Sc Fabio Andrade Teixeira ITAPETINGA - 2019 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB Programa de pós Graduação em Zootecnia – PPZ Disciplina: Fertilidade do solo Potássio Absorção: forma iônica (K+). Vital para a fotossíntese. À medida que o potássio torna-se deficiente, a taxa de fotossíntese diminui. Essencial na síntese proteica. Ativa enzimas. Ajuda as plantas a utilizar mais eficientemente a água. Aumenta a resistência às doenças. Promove a turgidez das células vegetais. Ele é essencial para o crescimento das plantas mas suas funções exatas não são bem compreendidas. Ao contrário do N e P, o K não forma compostos orgânicos nas plantas. Sua principal função parece estar ligada ao metabolismo. Quando o teor de potássio é deficiente a fotossíntese diminui. O potássio mantém o potencial osmótico e participa do processo de abertura e fechamento dos estômatos, regulando a transpiração e entrada do CO2 e influenciando a fotossíntese. Estas duas condições: redução da fotossíntese e aumento da respiração – diminuem o suprimento de carboidratos para as plantas. Turgidez para manter a pressão interna dos tecidos. A fertilização adequada ajuda as plantas não somente a resolver os seus problemas nutricionais como tb outros tipos de estresse: resistência a insetos, doenças, buscar água, romper barreiras físicas e químicas, etc. 67 Nutrição das Plantas A nutrição mineral de plantas nos fornece informações sobre quais são os elementos essenciais para o ciclo de vida da planta, como são absorvidos, translocados e acumulados, suas funções, exigências e os distúrbios que causam quando em quantidades deficientes ou excessivas. 90% (C, H, O) O solo 1% As plantas são compostas por 70 a 90 % de água e o restante é o material seco. No material seco, observa-se que 90% ou mais é formada somente por três elementos: o carbono (C), o hidrogênio (H) e o oxigênio (O). O C vem do ar, o O do ar e da água e o H vem da água. Dessa maneira, observa-se que, na natureza, o solo é responsável por apenas 1% da composição da planta, mas isso não significa que ele é menos importante. Na verdade, todos os elementos que compõem a planta são essenciais. 3 Classificação dos elementos químicos quanto à função na planta Nutrientes Essenciais: As plantas não vivem sem os mesmos Benéficos: As mesmas podem viver sem os mesmos Tóxicos: São prejudiciais Fonte: Malavolta (1980) Minerais na planta Macronutrientes Micronutrientes Primários (N,P,K) Secundários (Ca, Mg e S) Minerais Essenciais Fe, Mn, Zn, Cu, B, Cl e Mo Nutrientes da planta Todos os nutrientes essenciais são importantes, independente da quantidade requerida pela planta. Lei do Mínimo Fonte: Embrapa, 2015 Todos os nutrientes essenciais são importantes, independente da quantidade requerida pela planta. 6 Funçõesna planta Nutriente Símbolo Forma de absorção Funções Carbono C CO2,HCO3- Constituiçãode compostos orgânicos (EX. Açucares) Oxigênio O O2 Constituiçãode compostos orgânicos e fotossíntese Hidrogênio H H2O Constituiçãode compostos orgânicos e fotossíntese Nitrogênio N NO3-, NH4, N2 Constituiçãode compostos proteicos (proteínas, aminoácidos, aminas, amidas, aminoaçúcares, purinas, alcaloides. Fósforo P H2PO4- Armazenamentoe transferência de energia (ATP) Potássio K K+ Aberturae fechamento de estômatos, síntese de proteínas, relações osmóticas, síntese de carboidratos Fonte: Malavolta (1980) Fonte: Malavolta (1980) 7 Ciclagem de Nutrientes no solo SISTEMA SOLO-PLANTA-ANIMAL A garantia de uma boa produção das pastagens está diretamente ligada à manutenção do equilíbrio no sistema soloplanta-animal. Isso significa que todos os nutrientes extraídos pelos animais devem ser repostos. Apenas 10 a 20% dos nutrientes é efetivamente reciclado e fica disponível, novamente, para a planta. 8 Reposição Assim, para mantermos as pastagens produtivas, é necessário repor os nutrientes, através da adubação do solo. Adaptado de Aguiar (2002) Importância dos nutrientes Foto: (Muniz Jr 2008) NPK Tem grande importância na produção de ruminantes no capacidade de produção de biomassa pelas gramíneas A ausência de um deles é o suficiente para degradar a pastagem NPK Tem grande importância na produção de ruminantes no capacidade de produção de biomassa pelas gramíneas em regiões tropicais e subtropicais. Grande parte destas regiões é constituída por terras de baixa fertilidade ou em algum estágio de degradação com baixa disponibilidade essenciais ao desenvolvimento da planta 10 Remoção pelas plantas Perdas Correção do solo Remoção pelas plantas Perdas Remoção pelas plantas (NO MÁXIMO) Adaptado de Gianello & Wiethölter (2004)) As faixas "muito baixo e baixo" representam a maior parte dos solos brasileiros, ou seja, solos pobres em nutrientes. Nesses casos, a adubação de correção será definida a fim de elevar os níveis dos nutrientes pelo menos até o teor crítico, considerado adequado ao desenvolvimento da cultura de interesse. A adubação de reposição será adotada quando os teores de nutrientes no solo estiverem acima do nível crítico. Assim, essa adubação irá repor os nutrientes extraídos pela planta e, ao mesmo tempo, manter os teores do solo sempre elevados. 11 Nutrição do solo Formas de fertilizar o solo Sintético Verde Orgânico Nitrogênio Funções nas Plantas Principal macronutriente É essencial para a formação das proteínas, substâncias que fazem parte dos tecidos vegetais. O N faz parte, ainda, de compostos do metabolismo, como a clorofila e os alcaloides, bem como de muitos hormônios, enzimas e vitaminas. Faz parte da ATP, DNA e RNA. Nitrogênio SEM DEFICIÊNCIA COM DEFICIÊNCIA Deficiência do nitrogênio: Clorose (Amarelecimento) das folhas pela diminuição da clorofila. Amarelecimento começa primeiro nas folhas mais velhas, e então aparece nas folhas mais novas, à medida que a deficiência torna-se mais severa. Clorofila: conversão do C, H e O em açúcares. Deficiência de N: baixos níveis de PB 15 TANZÂNIA BRAQUIARÃO Desenvolvimento reduzido da planta; 2) Número pequeno de perfilhos; 3) Envelhecimento precoce das folhas BRAQUIARÃO BRAQUIARÃO 19 Deve ser manejado com cuidado Importante saber a quantidade de N utilizar Importância do Nitrogênio Analise de solo - aparece o N? O N esta no solo, no entanto a sua forma de mobilidade afeta essa quantificação. Ciclo do Nitrogênio Então não da pra saber a quantidade de N que tem no solo? Imobilização O N mineralizado tem relação com a relação C/N, sendo que maior a concentração de N menor a relação C/N e maior Os micro-organismos no processo de mineralização da MO converte N organico em inorganico. Nesse processo eles utilizam N das proteinas, porem quando a decomposição da MO não consegue atender a demanda de N dos micro-organismos e eles imobilizam N inorganico 22 Relação C/N Biológica: simbiótica (bactéria crescem em associação com a planta) ou não simbiótica (bactéria de vida livre). Oxidação natural: o calor gerado por relâmpagos promove a reação do N com o oxigênio do ar, formando N-NO3-. Industrial: o processo mais importante é o da síntese da amônia a partir de N e H: N2 + 3H2 2NH3 o H2 é proveniente do gás natural; N2 do ar. Fixação do N Condições do solo que influenciam a nitrificação e a desnitrificação pH do solo – nitrificação é baixa em solos ácidos; ocorre entre pH 4,5 a 10, mas o ótimo é 8,5. Umidade –nitrificadoras permanecem ativas em solos seco, mas inativas em solos alagados. Temperatura – a nitrificação começa lentamente, logo acima da temperatura de congelamento e continua a aumentar até cerca de 32ºC. Aeração – nitrificação requer oxigênio. Conhecer o solo Nutrição Conhecer o histórico da área Mesma interpretação de fertilidade e mesma adubação. Respostas diferentes,o que muda? Pequeno ajuste na dose de N 26 Densidade de perfilhos números/m² do capim Marandu em função da fontes e da dose de N. Fonte: Silva et al., (2013) Nitrogênio em ecossistemas de pastagens Extração de nitrogênio (kg há-1) por espécies de gramíneas Um dos nutrientes de grande importância para o crescimento vegetal é o nitrogênio (N), principalmente em gramíneas, em razão da alta taxa de renovação de folhas, ocasionando maior exigência pela planta (Tabela 1). Caracterizando o nitrogênio um dos principais fatores limitantes na eficiência do desenvolvimento da planta (Meneghin et al., 2008) 28 Adaptado de Henriques et al. (2007). 29 Fonte: Adaptado de Silva (2006) Variáveis Kg ha-1 de N 0 450 Produção MS da parte aérea (g/vaso) 1,65 28,65 Produção MS da raiz(g/vaso) 3,58 26,76 Produção de massa seca aérea e da raiz do capim-marandu submetido à adubação nitrogenada Nitrogênio em ecossistemas de pastagens Produção de massa seca (t ha-1) do capim marandu submetido a doses de nitrogênio (Fonte: Adaptado de Dupas et al., 2010) O nitrogênio e um dos nutrientes de maior importância para a planta. Sua eficiência de utilização pelas gramíneas depende principalmente da disponibilidade e da forma ao qual está presente no solo, além da sua interação com os microrganismos do solo garantindo maior aproveitamento pela planta. 31 Fontes nitrogenadas N amoniacal – acidificação do solo N nítrico– perdas por lixiviação N amídico– perdas por volatilização Uréia - 45 % de N Sulfato de amônio - 21 % de N Nitrato de amônio - 34 % de N Nitrocálcio - 27 % de N Formulações comerciais Fontes Incorporação Solos úmidos Aplicação parcelada – culturas perenes Controle da acidez 33 Principais Fertilizantes Sintéticos UREIA (45% de N) SULFATO DE AMÔNIO (21% de N) NITRATO DE AMÔNIO (32% de N) Alta concentração de N, fácil manipulação e menor chance de acidificação; Cuidado com a volatização, a qual implica em perdas. Verifique a viabilidade de usar ureia protegida Menor perda de N por volatilização; Fonte de enxofre (24% de S) mesmo que seu custo seja superior ao da ureia. Cuidado com a acidificação do solo Não apresenta perda por volatilização; São absorvidos mais facilmente pelas plantas Não acidifica o solo Manejo de aplicação Solo Ambiente Produtor Interfere na quantidade de adubo 1- Chuva – 50 kg de N/ha/ano 2- Matéria orgânica - analise de solo – 40 kg de N/ha/ano 3- Adubação verde – 20 de N/ha/ano Adubação das culturas de grãos: Nitrogênio Fósforo Fósforo É um nutriente essencial É um componente vital de ATP, a “unidade de energia” das plantas; Contribui para o desenvolvimento do sistema radicular e perfilhamento. Mais de 90% das análises de solo no Brasil mostram teores baixos. - É o que mais limita a produção no Brasil Deficiência - prejudica o crescimento da planta Sintoma - coloração arroxeada de colmos e folhas 40 Fósforo no solo Dinâmica diferente dos demais nutrientes Relação dreno/solo/planta H2P04- Solos mais velhos Teor de argila P Dinâmica do fósforo no solo Disponibilidade P no solo O Pi é proveniente: Mineralização da MO Fertilizantes fosfatados Fósforo presente no solo - Intemperismo O Po e o P i diferenciam entre si H2PO4- Ciclo do fósforo Fonte: Adaptado de Havlin et al., 1999. Comportamento do P no solo Fonte: Pinto, 2012. Fosfato naturais Industrializados suprimento do P solução Particularidades Pouco móvel. Perdas: escorrimento superficial e remoção pelas culturas. Movimenta-se no solo por difusão - chuvas ou sob irrigação N P K Movimento do fósforo no solo Movimento do fósforo no solo Fosfatagem no plantio ou semeadura, é interessante que se faça uma incorporação, pois o P é pouco móvel no solo e precisa de contato com a raíz para ser absorvido P O P que tem ali no solo ta disponível Como o solo esta respondendo a adubação O que devo saber antes de fazer adubação P? Analise de solo Não adianta saturar o solo 1- Calagem 2- Descompactação do solo 3- Matéria orgânica Antes de fazer a adubação é preciso saberse o P que tem ali no solo ta disponivel e como o solo esta respondendo a adubação, para isso a primeira coisa é fazer a analise de solo. Fosfatos naturais – adubação de correção Não adianta saturar o solo com P por duas maneiras: Fosforo em excesso (lei do minimo) atrapalha os demais nutrientes, segundo os fosfatos naturais tem limite de uso. 300 anos. 51 Fonte: Google imagens Fósforo (P) nas plantas Formas de absorção: > parte como ortofosfato primário (H2PO4-); pequenas quantidades como íon ortofosfato secundário (HPO42-). Funções Atua na fotossíntese, na respiração, no armazenamento e na transferência de energia, na divisão celular, no crescimento das células, etc. Formação e crescimento de raízes. Melhora a eficiência no uso da água; e resistência à doenças. Sub desenvolvimento Forma da flh distorcida Deficiência severa: áreas mortas nas flh Flh mais velhas afetadas antes Cor púrpura (arroxeada) ou avermelhada Deficiência de fósforo (P) nas plantas TANZANIA BRAQUIARÃO Menor crescimento da planta; 2) Menor perfilhamento da touceira; 3) Aparecimento dos sinais nas folhas velhas; 4) Coloração pardo-avermelhada da planta. Fósforo nas plantas Milho Foto: Embrapa Cerrados Capim-marandu Fósforo nas plantas Fosfato de rocha: material usado na fabricação de praticamente todos os fertilizantes fosfatados. Contém cerca de 15% de P2O5. Superfosfato simples: 20% de P2O5. Superfosfato triplo: 46% de P2O5. Fosfato de amônio: fosfato de monoamônio (MAP: 11-12% N e 48-55% P2O5); fosfato de diamônio (DAP: 18-46-0). Fosfatos naturais: obtidos pela simples moagem e concentração do fosfato de rocha. Fontes de fertilizantes fosfatados Adaptado de Werner et al. (1997) 60 Fósforo Número de perfilhos e biomassa de raiz do capim-mombaça Fonte: Adaptado de Oliveira et al. (2012). Massa de raiz da Brachiaria Decumbens submetido à adubação (63 kg ha-1 de P2O5) Fonte: Adaptada de Oliveira Júnior (2007) Maior numero de raiz maior a possibilidade de absorção Porque fazer a adubação fosfatada Interação da adubação nitrogenada e fosfatada A falta de adubação fosfatada limitou a resposta à adubação nitrogenada Potássio Essencial para o uso eficiente da água, aumenta a resistência ao acamamento, às pragas e às doenças Deficiência - envelhecimento precoce Sintomas - amarelecimento e bronzeamento nas margens das folhas inferiores Perdas de K por lixiviação ocorrem sob condições de solos arenosos, com baixo teor de mo e sujeitos a elevados índices pluviométricos Potássio Deficiência de K na alfafa TANZÂNIA 71 BRAQUIARÃO Crescimento reduzido da planta; 2) Perfilhamento reduzido; 3) Necrose das folhas velhas; 4) Clorose, seguida de necrose 72 Bordas das folhas amarelas e posterior clorose Deficiência de potássio Formas de potássio no solo Potássio Dinâmica do Potássio Formas do potássio Produção de fertilizantes potássicos Silvinita: 20-30% de K2O; silvita: 63% de K2O. O KCl é a forma mais utilizada. O K2SO4 é mais utilizado para o caso de culturas sensíveis ao Cl. Principais fertilizantes potássicos Fumo : sensível ao Cl. Produção de massa seca (g vaso-1) do capim-tifton 85 em resposta a doses de potássio (Adaptado de Coutinho et al., 2014). Sintomas de deficiências Falta de N- Folhas velhas ficam com cor verde-amarelado palido que se inicia e evolui a partir da ponta Falta de P- Folhas ficam amarelas com zonas mortas e com o tempo vai destruindo a folha rapidamente Falta de K- Folhas finas apresentando pequenos buracos Importante Elemento Processo de contato (% do total) Aplicação IR FM Difusão Nitrogênio 1 99 0 Distante, em cobertura (parte) Fósforo 2 4 94 Próximo as raízes Potássio3 25 72 Próximoas raízes, em cobertura Adaptado de Malavolta (1976) Relação – contato e fertilizante P N K Por hoje é só! Muito obrigado João Wilian Dias Silva E-mail: joaowiliand@yahoo.com Telefone: (77) 99147-1833 Simulação entre nível de N aplicado e lotação em pastagens de gramíneas forrageiras tropicais UA*/ha (período de verão) N/ha (kg) uréia/ha (kg) 1 - - 2 50 110 3 100 220 4 150 330 5 200 440 6 250 560 7 300 670 8 350 780 9 400 890 10 450 1.000 11 500 1.110 12 550 1.220 13 600 1.330 14 650 1.440 15 700 1.550 * 1 UA (unidade animal) = animal com peso vivo de 450 kg
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