Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
NEMATELMINTOS Reino: Animália / Sub-reino: Metazoa / Filo: Nemathelminthes / Classe: Nematoda Ascaridoidea: Ascarididae e Ascaris lumbricoides Oxyuroidea: Oxyuridea e Enterobius vermicularis Trichuroidea: Trichuridae e Trichuris trichiura Rhabdiasoidea: Strongyloididae e Strongyloides stercoralis Ancylostomatoidea: Ancylostomatidae e Ancylostoma ou Necator americanus Filarioidea: Onchorcercidae e Wuchereria bancrofti, Brugia malayi, Onchocerca volvulus, Dipetalonema sp ou Loa loa. Nematóides intestinais e vermes filiformes não-segmentados, variando de menos de 1 mm e vários cm. Formas evolutivas: ovos, larvas e adultos com dimorfismo sexual. Formas infectantes: ovos (Ascaris lumbricoides, Enterobius vermicularis e Trichuris trichiura) e larva (Ancilostomídeos, Strongyloides stercoralis e Wuchereria bancrofti). Ciclo evolutivo: monoxéno ou heteroxéno (filárias). Vias de infecção: digestiva, transcutânea ou inoculação por vetor. Habitat dos vermes adultos: intestino humano, vasos linfáticos ou tecido celular subcutâneo (filárias). Distribuição geográfica cosmopolita (clima tropical e temperado) e áreas com precárias condições sanitárias e higiênicas. Ovos; Larvas (cinco estágios): larva rabditoide – primeiro e segundo, esôfago bulboso, cavidade bucal larga e primórdio genital pequeno; larva filariforme – terceiro ao quinto, esôfago filiforme e curto, e extremidade posterior pontiaguda, estágio infectante; Adultos. ASCARIS LUMBRICOIDES Formas evolutivas: ovos eliminados (massa germinativa composta pela membrana mamilonada externa de mucopolissacarídeo; a membrana intermediária de quitina e proteínas e a membrana interna de proteínas e lipídios) – podendo ser embrionado (solo), eclodido ou infértil; larvas e adultos – fêmea maior e com extremidade posterior retilínea e macho menor com extremidade posterior encurvada. Desenvolvimento no solo, ciclo de Loss (pulmonar) e tubo digestivo. CICLO DE VIDA Os ovos eliminados com as fezes contêm os embriões de Ascaris em seu interior. Após alguns dias, ainda dentro do ovo, o embrião transforma-se em larva, que após passar por duas mudas, pode infectar (L3) quem a ingerir. Os ovos podem contaminar o solo, a água ou alimentos e assim, serem ingeridos por um hospedeiro. Os ovos infectantes ingeridos liberam as larvas no duodeno, no intestino delgado, as larvas atravessam a parede do intestino delgado e alcançam a corrente sanguínea e alcançam os pulmões (L4), onde sofrem novas mudas. Após estarem maduras migram para próximo da cavidade bucal, o que provoca acessos de tosse, sendo empurradas para a faringe e engolidas, retornando ao intestino (L5 e L6), onde se estabelecem definitivamente e amadurecem sexualmente. PATOGENIA E CLÍNICA Migração de larvas (Ciclo de Loss): descamação do epitélio alveolar, infiltrado inflamatório nos pulmões, produção de pontos hemorrágicos e eosinofilia. Manifestações clínicas: tosse, febre, dispneia, Síndrome de Löeffler, subnutrição, reações alérgicas e irritabilidade. Presença do verme adulto: assintomática ou sintomática – irritação e obstrução intestinal, localizações ectópicas e consumo de nutrientes ou ação espoliadora. TRICHURIS TRICHIURA Características morfológicas Cilíndricos; 3 a 5 cm; anteriores afilados e posterior alargado; fêmea com extremidade posterior reta e macho com extremidade posterior encurvada e com espículo genital. Formas evolutivas: ovos, larvas e adultos (macho e fêmea). CICLO DE VIDA - MONOXÊNICO A pessoa ingere ovos com larvas (L2 infectante), esses ovos embrionados liberam as larvas no intestino delgado e depois as larvas migram para o ceco, durante esse trajeto a larva sofre metamorfoses até virar adulto, dando origem a novos ovos que apresentam-se nas fezes. Como os ovos são muito resistentes no meio ambiente, podem ser disseminados pelo vento, água e contaminar alimentos. ENTEROBIUS VERMICULARES Características morfológicas 0,3 a 1,3 cm; esôfago com bulbo esofagiano; asas cefálicas; extremidade posterior retilínea na fêmea e encurvada no macho; ovo larvado com três membranas e achatado em um dos lados. Formas evolutivas: ovo, larva e adultos. Hábitat: ceco (mucosa e luz) – adultos e reto – ovos. CICLO DE VIDA - MONOXÊNICO Após a cópula, os machos morrem e são eliminados junto com as fezes. As fêmeas então com ovos vão para o ânus para ovoposição, principalmente à noite, pois esperam diminuir o metabolismo do hospedeiro. Para a liberação dos ovos, o tegumento da fêmea fica bem fino, os ovos se tornam infectantes em 6h e são ingeridos pelo hospedeiro, as larvas rabditóides eclodem no intestino delgado, sofrendo 2 metamorfoses até o ceco, onde se transformam em adultos. Depois de 1 a 2 meses as fêmeas vão para a região perianal e se não houver reinfecção, o parasitismo se extingue. DINÂMICA DE INFECÇÃO Heteroinfecção: quando os ovos presentes na poeira ou alimentos atingem novo hospedeiro (é também conhecida como primoinfecção). Indireta: quando os ovos presentes na poeira ou alimentos atingem o mesmo hospedeiro que os eliminou. Auto-infecção externa ou direta: a criança (freqüentemente) ou adulto (raramente) levam ovos da região perianal à boca. Auto-infecção interna: parece ser um processo raro no qual as larvas eclodiriam ainda dentro do reto e depois migrariam até o ceco, transformado-se em vermes adultos. Retroinfecção: as larvas eclodem na região perianal (externamente), penetram pelo ânus e migram pelo intestino grosso chegando até o ceco, onde se transforma em vermes adultos. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Parasitismo assintomático ou manifestações incluindo o prurido anal noturno, prurido vulvar, vulvovaginite, pontos hemorrágicos na parede do reto, colite crônica e diarreia. RESUMO Ascaris lumbricoides: forma infectante – ovos embrionados no meio externo; forma cilíndrica e hábitat do verme no jejuno e íleo. Enterobius vermicularis: forma infectante – ovos embrionados no intestino, forma cilíndrica e hábitat do verme no ceco e apêndice Trichuris trichiura: forma infectante – ovos embrionados no meio externo; forma cilíndrico e hábitat do verme ceco e colón ascendente. DIAGNÓSTICO Diagnóstico laboratorial: exame parasitológico de fezes. Sedimentação espontânea (Lutz ou Hoffman, Pons e Janer); Flutuação em solução de sal ou açúcar (Willis); Centrifugo-flutuação em sulfato de zinco (Faust); Esfregaço de fezes formadas (Kato Katz); Pesquisa de ovos na pele do períneo ou método da fita adesiva transparente (Graham). TRATAMENTO Pamoato de pirvínio: interferência no sistema respiratório na capacidade do verme de obter glicose exógena; Cloridrato de levamisol, Pamoato de pirantel e Piperazina: inibição da atividade enzimática no músculo do verme, impedindo a conversão do fumarato em succinato, paralisiando o helminto; Mebendazol e Albendazol: degenera microtúbulos do citoplasma com redução da absorção da glicose; Obstrução intestinal: suspender dieta oral, óleo mineral, Piperazina ou cirurgia. PROFILAXIA E CONTROLE Tratamento individual; Tratamento em massa; Educação e participação comunitária; E saneamento ambiental.
Compartilhar