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Resumo - Locke, Hobbes, Rousseau, Montesquieu

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John Locke 
Considerado um dos mais importantes pensadores da doutrina liberal, John Locke nasceu em 29 de agosto de 1632, Wrington, Somerset, região sudoeste da Inglaterra. Mesmo pertencendo a classe baixa John Locke teve uma boa formação intelectual, o que levou ele a academia científica da sociedade Real de Londres.
Conhecido como o 'pai' do liberalismo foi um filosofo britânico do século XVII que exerceu grande influência no republicanismo clássico, na teoria liberal, empirismo e iluminismo. Locke foi o primeiro a definir a identidade do ser como continuidade da consciência.
*Contexto Histórico:
A Inglaterra, durante o século XVII, foi marcada por um confronto entre os defensores do absolutismo monárquico, encastelados na Coroa Britânica, e a burguesia, representada por seus parlamentos na Câmara dos Comuns. Este processo teve seu fim com a vitória das forças sociais que defendiam o Parlamento, o liberalismo político, contra os que lutavam a favor do absolutismo monárquico, materializada na Revolução Gloriosa e Revolução Puritana. Ambas fazem parte do mesmo processo revolucionário e serviram de impulso para o desenvolvimento do capitalismo e da Revolução Industrial.
*Empirismo Crítico de John Locke:
A Filosofia Empírica ganha forma metodológica a partir de John Locke. A lógica do Empirismo determina que todo conhecimento advém da experiência, portanto dos sentidos, e Locke tenta entender qual é a origem a função e os limites do entendimento humano. O poder é criado pelos homens através de suas experiências.
Para entender o conhecimento/entendimento humano, ele crítica a teoria cartesiana do sujeito como substância. Locke afirmou em seu livro Ensaio acerca do Entendimento Humano que "A mente é uma tabula rasa", evidenciando que não existe nada na mente que já não esteja nos sentidos, como uma folha em branco e as experiências que esta pessoa passa na vida é que vão formando seus conhecimentos e personalidade. Para ele todas as pessoas nascem sem conhecimento algum e todo o processo do conhecer, do aprender e do agir é aprendido através da experiência. Defendia também que todos os homens nascem bons, iguais e independentes. Desta forma é a sociedade a responsável pela formação do indivíduo.
*Estado de Natureza para John Locke:
John Locke descreve o Estado de Natureza como sendo um lugar onde não há um governo exercendo poder sobre as pessoas como estamos acostumados a ver nas sociedades atuais, ainda que naturalmente um homem não devesse prejudicar a outro em sua vida, saúde, liberdade ou posses, não existe uma lei imposta e conhecida pelos homens que sirva de parâmetro. Cada um está livre para decidir suas ações e colocar à disposição tudo que possui da forma que achar correto ou conveniente, sem estar vinculado a nenhuma outra vontade ou permissão para agir de tal forma. 
Como não há um poder concentrado (Estado nos dias atuais) ou uma jurisdição estabelecida que possa dar poder a um indivíduo sobre os outros, este estado sem sujeição e nem subordinação, pressupõe a perfeita liberdade e igualdade. No entanto, John Locke afirma que este estado embora seja de perfeita liberdade e igualdade, não é um estado libertino ou licencioso, não podendo o homem destruir as dádivas da natureza em prol apenas da sua ilimitada liberdade, mas apenas para poder preservar a si próprio, ou por alguma necessidade que venha justificar tal atitude.
Locke entende que o Estado de Natureza é um estado de perfeita igualdade e liberdade. Nesse estado os homens estão submetidos a lei de responsabilidade do próprio homem, as leis da Natureza: Não prejudicar a outrem em suas vidas, saúde, liberdade ou posses. Ele admite que o homem pode exercer poder sobre outros no sentido de exercutar as leis da natureza, repelindo as injustiças de modo proporcional à agressão de determinadas atitudes ofensivas, justificando a única situação legal dele poder fazer mal a outro, é o que Locke chama de castigo.
O estado de natureza de Locke os indivíduos estão regulados pela razão, há uma organização pré-social e pré-política onde todos nascem com os direitos naturais: vida. Liberdade e a propriedade privada.
*O Liberalismo de John Locke:
Assim como Hobbes e Rousseau John Locke é considerado um pensador contratualista. Isso é, a sociedade será organizada a partir de um contrato entre todos os indivíduos. Segundo ele o direito de propriedade é a extensão de terra que cabe a cada homem é o que ele tem capacidade de lavrar, semear e cultivar. Locke não fala em acumulação da propriedade para fins especulativos.
Para ele propriedade é um bem coletivo de todos os homens, é anterior a sociedade, e portanto direito natural do homem.Como o Estado de natureza não garante a propriedade, John Locke afirma que os humanos se juntam em sociedades políticas e submetem-se a um governo com a intenção de conservarem suas propriedades. O Estado é soberano, mas sua autoridade vem do contrato que a o faz nascer: este é o fundamento liberal do pensamento de Locke. Além disso, sustentou que o poder não é somente do soberano, mas é de todos, liberdade fundamental do indivíduo.
Em toda sua trajetória Locke contrariou a ideia do absolutismo, e para ele o objetivo final do Estado em uma civilização (após o período do estado de natureza) é proteger o direito a propriedade de todos. O poder de acordo com ele deveria ser dividido em três: executivo, legislativo e federativo.
*Princípais obras de John Locke:
- Cartas sobre a tolerância (1689)
- Dois Tratados sobre o governo (1689)
- Ensaio a cerca do entendimento humano (1690)
- Pensamentos sobre a educação (1693)
*Exemplos de frases de John Locke
- "Não se revolta um povo inteiro a não ser que a opressão seja geral".
- "A leitura fornece conhecimento à mente. O pensamento incorpora o que lemos".
- "As ações dos seres humanos são as melhores intérpretes de seus pensamentos". 
- "O preço de qualquer produto sobe ou desce à proporção do número de compradores e vendedores...".
Thomas Hobbes
Thomas Hobbes nasceu em 5 de abril de 1588, em Westport. O pensador inglês era filho de um pastor anglicano, que acabou deixando a sua cidade e a sua família após um desentendimento. Hobbes recebeu educação formal, tendo estudado em uma escola anglicana e, mais tarde, em um colégio particular.
Ao terminar o estudo básico, Hobbes ingressou, com apenas 15 anos, no ensino superior da Universidade de Oxford. Nessa instituição, Hobbes conhece a Filosofia tomista aristotélica, o que influenciou a sua ideia de conceber a sociedade como um mecanismo formado por “átomos”, que são os indivíduos. Também conheceu e foi influenciado pelas ideias de Maquiavel.
Thomas Hobbes foi um filósofo, teórico político e matemático inglês, considerado um dos princípais expoentes do pensamento contratualista na Filosofia Política. Hobbes foi muito próximo da família real e defendeu, até o fim de sua vida, a monarquia. Para ele a única forma de poder era a monarquia.
 
*Leviatã de Thomas Hobbes:
Em 1651 Thomas Hobbes escreveu o Livro: Leviatã. Ele buscou nessa obra entender a realidade política da sociedade inglesa do início do século XVII, período conturbado para os ingleses, tanto no campo cultural quanto religioso e político. Leviatã é um dos livros mais importantes, cuja a influência ultrapassa o tempo e as diferenças históricas, mantendo a obra como um referencial para o estudo do Poder e da política. 
O nome da obra, Leviatã, faz referência ao monstro bíblico, também referido por outras culturas, que é representado de várias formas ao longo do tempo e que seria uma das criaturas mais temíveis e poderosas do mundo. O tema central do livro é a organização social. Através do livro Hobbes explica seu modo de compreensão de como a sociedade se estrutura e as razões pelas quais os homens são o que são e fazem o que fazem e como a política é pensada, aplicada e interfere nesse contexto.
Segundo ele o estado de natureza constituí-se de um homem que nasce egoísta e está sempre a procura de satisfazer suas necessidades e vontades,o homem desconhece a Lei e a Justiça, considerando, a princípio, esses ideais como limitadores ou mesmo inexistentes. O mundo não pode satisfazer plenamente as necerssidades de todos os homen! Assim sendo, o ser humano busca satisfazer suas necessidades através do domínio sobe o outro, exercido pelo uso da força e da astúcia.
Essa busca pela necessidade indivídual, de cada homem, gera um estado permanente de guerra de todos contra todos. Uma situação insustentável, pela busca desenfreada de sobrevivência de todos num mundo de recursos limitados. Para que esse estado de Natureza, caótico e destrutívo não permaneça na existência humana, passa a ser necessário, segundo Hobbes, que haja um pacto social, um acordo entre todos, onde os direitos ilimitados justificados pela busca da sobrevivência e da satisfação de necessidades e vontades sejam limitados em prol de uma autoridade maior, soberana, que organize a sociedade, distribuindo os recursos de acordo com as possibilidades e necessidades e garantindo a paz.
Isso surge como uma justificativa para a pratíca política. Com essa teoria os soberanos (governo dos soberanos) passam a ter base racional, buscando adequar a lógica de poder aos novios tempos. Essa lógica é necessária à medida que o antigo paradigma do direito divino dos reis, quando se justificava por benção e designação de Deus (ou de deuses) toda e qualquer medida do soberano, passa a ser questionado pelos novos ideais, distanciados da visão religiosa de mundo. O poder e seu exercício passam a ser a justificativa para a manutenção da paz social.
 O monstro biblíco Leviatã, retratado como sendo de proporções homéricas e poderes gigantescos se encaixa muito bem como metáfora do poder absoluto dos reis do início da Idade Moderna e da Monarquia como regime de governo que tudo controla e em todos os campos atua. O livro em si é uma análise apurada do momento político inglês, principalmente do governo de Oliver Cromwell, que assumiu o poder na Inglaterra após graves crises e conflitos e o exerceu com mãos de ferro, dando a Hobbes uma clara noção de seu Leviatã.
A obra é, portanto, peça fundamental para o entendimento do comportamento humano, sobretudo no que tange ao poder, sua organização, exercício e compreensão pelo homem, além de ser um dos pilares fundamentais tanto da sustentação daquele regime quanto da compreensão do universo político, guardadas as devidas diferenciações e proporções, em todo o mundo e em todos os tempos.
*Principais Idéias de Hobbes:
Temos dois aspectos para apresentar como centrais na obra do filosófo Hobbes, sendo um do campo da Filosofia teorética e outro da Filosofia prática. No campo teorético, Hobbes era um empirista, defendendo que não há qualquer tipo de representação mental anterior à experiência. Porém, a grande produção filosófica do pensador está ligada à Filosofia prática, ou seja, à Filosofia política. No campo político, defendeu:
O estado de natureza humano como momento de inaptidão natural para a vida social;
A sociedade como uma composição complexa de “átomos”, que são os indivíduos;
O contrato social como formação da comunidade humana que retira o homem de seu estado de natureza;
A necessidade da monarquia para estabelecer a ordem entre as pessoas.
*As principais obras de Thomas Hobbes são:
De Cive: primeira parte de uma trilogia composta por livros que falam sobre a condição humana em seu estado natural, por meio da liberdade, a religião e o governo.
De Corpore: a segunda parte de sua trilogia é um livro que envolve Filosofia e Ciências Naturais. Nele, o filósofo fala sobre a necessidade de se entender o movimento como cerne do trabalho filosófico.
De Homine: fala sobre as paixões humanas e sua inclinação natural que pode levar à promoção da guerra.
Jean Jacques Rousseua
Filósofo mais popular durante a Revolução Francesa, Jean Jacques Rousseau (nasceu em Genebra, Suíça, no dia 28 de junho de 1712) foi um dos princípais influenciadores da formação do pensamento político e educacional moderno. Foi o mais radical e popular dos filósofos que participaram do movimento intelectual do século XVIII – o Iluminismo.
Foi um filósofo social, teórico político e escritor suíço. Foi considerado um dos principais filósofos do Iluminismo e um precursor do Romantismo. Suas ideias influenciaram a Revolução Francesa. Em sua obra mais importante "O Contrato Social" desenvolveu sua concepção de que a soberania reside no povo. Para ele o Estado só é legítimo, porque o povo deu poder a ele. 
*Obras e Ideias de Rousseua:
°Discurso Sobre a Desigualdade (1755): A contestação da sociedade tal como estava organizada foi também o tema de seu novo trabalho, onde Rousseau reforça a teoria já levantada, reafirmando: O homem é naturalmente bom. É só devido às instituições que se torna mau. Não faz objeção à desigualdade natural, originada da idade, saúde e inteligência, Mas ataca a desigualdade resultante de privilégios. Para desfazer o mal, basta abandonar a civilização. Quando alimentado, em paz com a natureza e amigo dos semelhantes, o homem é naturalmente bom.
°Julie ou A Nova Heloísa (1761): Em Julie ou a Nova Heloísa, Rousseau exalta o direito da paixão, mesmo ilegítima, contra a hipocrisia da sociedade. Exalta as delícias da virtude, o prazer da renúncia, a poesia das montanhas, florestas e lagos, Só o ambiente campestre pode purificar o amor e libertá-lo da corrupção social. O livro é recebido com arrebatamento. A natureza entra na moda desencadeando uma paixão por toda a Europa. É a primeira manifestação do Romantismo.
°Contrato Social (1762): O Contrato Social é uma utopia política, que propõe um estado ideal, resultante de consenso e que garanta os direitos de todos os cidadãos. Um plano para a reconstrução das relações sociais da humanidade. Seu princípio básico se mantém. Em estado natural, os homens são iguais: os males só surgem depois que certos homens resolvem demarcar pedaços de terra dizendo: “Essa terra é minha”. A única esperança de garantir os direitos de cada um está na organização de uma sociedade civil, na qual esses direitos sejam cedidos a toda a comunidade, igualmente. Isso poderia ser feito por meio de um contrato estabelecido entre os vários membros do grupo.
Tudo isso, não significa que a liberdade do indivíduo seja aniquilada, ao contrário, a sujeição ao Estado tem o efeito de fortalecer a liberdade autêntica. Ao falar em Estado, Rousseau não se refere ao governo, mas a uma organização política que exprima a vontade geral. O governo é simplesmente o agente executivo do Estado. Além disso, a comunidade pode estabelecer ou destituir um governo, sempre que o desejar.
°Émile ou da Educação (1762): A obra Émile é uma utopia pedagógica, na qual, em forma de romance, Rousseau imagina o herói como uma criança completamente isolada do meio social, que não recebe nenhuma influência da civilização. Seu professor não tenta ensinar-lhe virtude alguma, mas trata de preservar-lhe a pureza do instinto contra as possíveis insinuações do vício. Guiado apenas por sua necessidade interior, Émile vai fazendo suas opções e escolhe tudo que realmente precisa. Não descobrirá outra ciência senão aquela que ele próprio quiser, por curiosidade e espírito de iniciativa.
*Características Gerais da teoria de Rousseau:
Para ele o poder emana do povo. O povo é soberano, a vontade geral representa o poder de um estado. Rousseau dedicou-se particularmente a desafiar a posição de Thomas Hobbes acerca do estado de natureza. De acordo com Rousseau, Hobbes simplesmente apropriou-se de pessoas civilizadas e as imaginou em uma situação em que não há sociedade. Para Rousseau, o experimento não é legítimo, uma vez que tais pessoas, sendo educadas na sociedade, carregam consigo os valores, as estruturas e a forma de agir. O autor preferia a ideia de um estado de natureza como um estado de liberdade verdadeira, em que as pessoas não fossem boas ou más, mas vistas como uma folha em branco, o conflito em estado de natureza não é tão acentuado quanto em sociedade. Defendeuainda que, a sociedade moderna, e especialmente as posses, destroem o estado de natureza de verdadeira liberdade, gerando conflitos que de outra forma, embora possam existir pontualmente, não seriam severos.O Estado de Natureza: Somos seres que nascemos livres e iguais pela condição única e exclusivamente da razão, seres dotados de razão. Nascemos numa condição animal por instinto, e vivemos numa condição básica de natureza, até que seja necessário ao homem criar instrumentos para alterá-la. Homem é piedoso e bom para o outro. 
Rousseau acreditava que a concepção de natureza humana era boa e selvagem, que indivíduos vivem isolados, vivendo do que a natureza os fornece, conflitos são inexistentes nessa concepção. O Estado Civel é criado quando a desigualde se instala (estado de guerra). Tira a liberdade natural do homem e seu direito de fazer o que bem querer, mas o fornece liberdade civil e propriedade de tudo que possui. O contrato é feito pela vontade geral, o que é comum aos interesses de todos, escolhe-se um governante que não é soberano, mas representa a soberania popular. Para ele existe apenas o poder legislativo, o criador das leis.
O homem nasce bom, a sociedade é que o corrompe!
Charles-Louis de Secondat (Montesquieu)
Famoso por sua teoria da separação dos poderes, hoje adotada por quase todas as constituições do mundo, Charles-Louis de Secondat, mais conhecido por Montesquieu, devido ao seu título de nobreza, barão de La Brède e de Montesquieu, foi um filósofo politico francês de formação iluminista e importante critico da monarquia absolutista, bem como do clero católico.
Sua obra mais importante foi o tratado politico O Espírito das Leis, de 1748. Nesta obra Montesquieu defende um sistema de governo constitucional, a separação dos poderes, a preservação das liberdades civis, manutenção da lei e o fim da escravidão. Apresentou ainda a ideia de que as instituições politicas representam aspectos geográficos e sociais de cada comunidade, um conceito inovador para a época.
*Teorias de Montesquieu:
Em sua teoria constitucional, Montesquieu definiu três principais formas de governo: republicano, monárquico e despótico. Governos republicanos poderiam variar de acordo com a extensão dos direitos de seus cidadãos, sendo dois os tipos mais característicos, as republicas democráticas, nas quais cidadania é mais ampla, e as republicas aristocráticas, nas quais a cidadania é restringida em algum medida. Em diferentes épocas, regiões e estruturas sociais, as republicas variam entre estes dois polos. Os regimes monárquicos por outro lado são, como o nome estabelece, regidas por um monarca. Se existe um conjunto de leis que restringe a autoridade do governante, o regime é considerado uma monarquia. Se não existe um conjunto de leis restringindo a autoridade do governante, o regime é considerado despótico.
Por trás de cada sistema político existe um princípio que direciona o comportamento dos indivíduos que vivem sob aquele regime. Estes princípios podem nos auxiliar a entender sob qual regime uma sociedade vive. Para os regimes despóticos, o princípio é o medo do governante, na ausência deste um regime despótico não perdurará, pois sem medo os indivíduos se levantarão contra o governante. No caso das monarquias o amor pela honra é o princípio que dirige o comportamento da sociedade. E no caso das republicas democráticas este princípio é o amor à virtude. Uma sociedade na qual não exista amor à virtude nunca será capaz de estabelecer uma republica democrática, da mesma forma que um regime monárquico não persistirá se não houver amor à honra.
Montesquieu rejeitou a ideia de liberdade como auto-governo coletivo. Rejeitou também a ideia de que liberdade significaria ausência de restrições. Para o autor, estas duas posições são hostis à liberdade política. Ainda, a liberdade seria possível, embora não garantida, apenas em sistemas monárquicos e repúblicas, nunca em sistemas despóticos.
*Modelo de liberdade política:
O modelo de liberdade politica apresentada por Montesquieu, dependeria de dois elementos:
1. A separação dos poderes: Mesmo em uma república, se não há separação de poderes, a liberdade não pode ser garantida, pois a separação de poderes em diferentes esferas independentes permite que um poder restrinja tentativas de outros poderes de infringir a liberdade dos indivíduos.
2. Um conjunto apropriado de leis civis e criminais para garantir a segurança pessoal: Liberdade de pensamento, expressão e associação, além da eliminação da escravidão, seriam os elementos fundamentais deste conjunto. Montesquieu incluía ainda, o direito a um julgamento justo, a presunção da inocência e a proporcionalidade na severidade das penas.
*Características Gerais da teoria de Montesquieu:
Para Montesquieu quem tem poder possui razão, logo é capaz de fazer as leis. O Estado de Natureza do Homem para Montesquieu é o homem a procura de sua sobrevivência, busva pela paz. O homem se preocupa com a necessidade de sua sobrevivência e reprodução. A concepção de natureza daria através do medo, os homens temem e o medo os impede de atacar uns aos outros, fazendo com que cada um se sinta inferior em relação ao outro.
O melhor estado civíl para ele seria o moderador, que conseguiria equilibrar os três poderes: legislativo, executivo e judiciário. Um poder controla o outro, gerando estabilidade política.Acabar com o estado de guerra gerado por uma desigualdade. O contrato seria criado quando um homem tem mais que o outro, assim estaura-se o estado de guerra. O medo recíproco entre os homens levam a união dos mesmos gerando a sociedade.

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