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Completação - 3º Bimestre

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Completação
3º Bimestre – Técnico de Petróleo e Gás
FUNDAMENTOS DE COMPLETAÇÃO DE POÇOS
2
O trabalho de levantamento sísmico permite estimar o contorno das estruturas rochosas no subsolo.
3
Tendo-se o contorno estimado das estruturas rochosas, pode-se selecionar locais nos quais há chance de se encontrar petróleo.
4
A completação de um poço inicia-se após a conclusão dos serviços de perfuração.
A completação de poços é o conjunto de serviços que permitem colocar e manter o poço em condições seguras e eficientes de operação ou de abandono.
Como será visto a seguir, cada poço apresenta características individuais e, portanto, demanda projetos de completação individuais. 
Foco da completação: do reservatório até a cabeça do poço.
5
Neste mapa pode-se ver poços com finalidades diferentes:
POÇO PRODUTOR
Utilizado para produzir petróleo (óleo ou gás)
6
POÇO INJETOR
Utilizado para injetar água (ou outro fluído) para manter a energia do reservatório (= pressão)
Neste mapa pode-se ver poços com finalidades diferentes:
7
Quanto à localização, os poços podem ser:
Terrestres (onshore)
“Completação Seca”
Marítimos (offshore)
“Completação Molhada ou Seca ”
- Água rasa (Shallow water) - 0 até 300 m 
- Água profunda (Deepwater) - 300 até 1500 m 
- Água ultra-profunda (Ultra Deepwater) - acima de 1500 m
molhada
8
Evolução das completações de poços no Brasil:
9
Quanto à direção, um poço pode ser:
Multilateral
10
POÇOS DIRECIONAIS
 KOP (KICK OFF POINT): pontos a partir dos quais começa o ganho ou perda de inclinação.
BUILD UP
DROP OFF: trecho do poço onde há perda de inclinação. 
TRECHO SLANT: trecho com inclinação constante do poço.
DOG LEG: mede a taxa de ganho ou perda de inclinação a partir da vertical.
BUILD UP: trecho do poço onde há ganho de inclinação.
11
Quanto à finalidade, um poço pode ser:
1 – EXPLORATÓRIO PIONEIRO - visa verificar a existência de hidrocarbonetos (óleo e/ou gás) em uma ou mais acumulações de uma nova área exploratória 
2 - EXPLORATÓRIO ESTRATIGRAFICO – visa adquirir informações sobre a coluna estratigráfica numa área nova e obter outras informações geológicas 
3 - EXPLORATÓRIO DE EXTENSAO - visa delimitar o tamanho de uma acumulação de HCs em um reservatório descoberto por um poço do tipo 1
4 - EXPLORATÓRIO PIONEIRO ADJACENTE - visa testar a ocorrência de HCs em uma área adjacente próxima a uma descoberta feita por um poço do tipo 1
5 - EXPLORATÓRIO PARA JAZIDA MAIS RASA - visa testar a ocorrência HCs em rochas mais rasas do que as já descobertas numa determinada área
6 - EXPLORATÓRIO PARA JAZIDA MAIS PROFUNDA - análogo ao anterior, só que para jazidas mais profundas
12
Quanto à finalidade, um poço pode ser:
7 – EXPLOTATÓRIO DE PRODUÇÃO: DESENVOLVIMENTO - visa drenar (explotar) uma ou mais jazidas de um campo. É usualmente chamado de poço produtor ou de desenvolvimento.
8 - INJECAO - destinado à injeção de fluidos (água, gás, CO2, vapor e outros) visando melhorar a recuperação dos HCs ou a manter a energia do reservatório.
9 – ESPECIAIS - visa permitir uma operação específica que não se enquadra nas situações anteriormente definidas. Exemplo: produção ou descarte de água, controle de blow-out, experimentais, treinamento ou outros fins.
Os poços das finalidades 1 a 6, a princípio, não são completados pois visam aquisição de informações. Na maioria das vezes são abandonados após atingidos seus objetivos.
13
Reclassificação de poços:
Após concluída a perfuração e avaliação do poço, o mesmo pode sofrer uma reclassificação, para caracterizar qual resultado o poço efetivamente atingiu:
Planeja-se o poço de acordo com a necessidade
[ exemplos: 3-RJS-5000 / 7-AAA-5000-BCS ]
Executa-se o poço
De acordo com os resultados, o poço pode ser reclassificado
- DESCOBRIDOR DE CAMPO
- DESCOBRIDOR DE NOVA JAZIDA
- PRODUTOR COMERCIAL
- PRODUTOR SUB-COMERCIAL
- PORTADOR DE PETRÓLEO
- SECO
- ABANDONADO
14
Completar significa finalizar um poço que teve sua perfuração concluída. 
Como visto anteriormente, os poços podem ser perfurados de diferentes modos e em diferentes pontos do reservatório para atender diversas finalidades. Consequentemente, cada poço apresenta características específicas e demanda projetos de completação específicos.
Os mesmos tipos de equipamentos, serviços e operações realizados numa completação podem também ser feitos em fases posteriores da vida operacional do poço. São os serviços ditos “de manutenção” ou “de restauração” (workover operations).
Já o último pacote de operações feitas num poço visam executar seu abandono definitivo, o que ocorre quando não se vislumbra nenhuma utilidade futura para o poço. Isso pode, inclusive, ocorrer logo após a perfuração do poço. 
As operações de completação deverão deixar o poço com os equipamentos necessários para cumprir o objetivo que dele se espera, atendendo critérios técnicos, econômicos e de segurança operacional.
15
Deve-se buscar uma completação de forma a:
- não danificar o reservatório (isto é, não prejudicar sua permeabilidade)
- maximizar a produção ou a injeção do poço (vazões)
- minimizar os custos da intervenção
- torná-la a mais permanente possível, de forma que não sejam necessárias intervenções posteriores devido à problemas mecânicos
- executá-la da forma mais simples possível
Alguns critérios técnicos a serem atendidos:
Alguns critérios de segurança a serem atendidos:
- durante todo ciclo de vida de um poço (perfuração, avaliação, completação, produção e restauração) deverá haver, necessariamente, no mínimo, dois conjuntos simultâneos de barreiras de segurança entre a formação produtora e a superfície
- a única exceção a essa regra é para poços seguramente não-surgentes
16
Alguns critérios econômicos a serem atendidos:
O investimento necessário à completação de um poço depende:
- da localização do poço (mar / terra) e infra-estrutura para o escoamento da produção
- do(s) reservatório(s):
	- número de zonas produtoras
	- mecanismo de produção do(s) reservatório(s)
	- potencial de produção / injeção (vazões)
	- necessidade de contenção de areia ou de estimulações
- da finalidade do poço: 
	- produção de óleo e/ou gás
	- injeção de água, gás, polímero, ...
- do método de elevação (surgente, gaslift, BCS, bombeio mecânico, ...)
- da geometria de poço (vertical, direcional, horizontal ou multilateral)
17
Poço perfurado e abandonado, aguardando para ser completado
Poço deve ser abandonado com barreiras para evitar que haja vazamento de fluidos até a superfície ou até o fundo do mar.
Essas barreiras são o próprio fluído de perfuração e os tampões de cimento.
A capa de corrosão (corrosion cap) serve para proteger a cabeça do poço e evitar contaminação do fluido de perfuração, o que altera suas propriedades.
18
COMPONENTES BÁSICOS DE UM POÇO
19
Desenho esquemático de um poço equipado para produção:
20
ZONA DE INTERESSE (formação/reservatório): rocha-reservatório que contém os fluidos de interesse em seus poros, podendo ser ou HCs ou água. 
21
REVESTIMENTO: tubulação de aço que mantém a integridade física do poço. Fica permanentemente instalado no poço.
CIMENTO: serve para ancorar o revestimento nas paredes do poço e isolar diversas zonas permo-porosas com fluidos, evitando que haja troca de fluidos entre elas.
22
CANHONEADOS: perfurações feitas por disparo de cargas explosivas e que atravessam o revestimento, o cimento e a rocha, colocando em comunicação a formação e o poço e permitindo o fluxo de fluídos entre ambos. 
23
LINER: revestimento aplicado somente na porção final do poço. Por ser curto traz redução de custos. Fica ancorado pelo liner hanger e cimentado.
Liner hanger
SAPATA: porção final do revestimento.
24
REVESTIMENTOS DE PRODUÇÃO: são aqueles que se tem contato ao intervir num poço, sendo submetidos aos esforços e desgastes decorrentes das operações de intervenção.
O liner é um revestimento de produção
25
ANULAR: é o espaço vazio entreduas tubulações. O usual é usar esse termo para designar o espaço vazio entre o revestimento de produção e a coluna que estiver dentro dele, seja ela uma coluna de trabalho ou de produção.
26
OBTURADOR (packer): componente que veda o anular, isolando hidraulicamente a parte acima da parte de baixo com anéis de vedação feitos de borracha.
Possui garras para prendê-lo no revestimento.
É montado na coluna de produção.
27
COLUNA DE PRODUÇÃO (COP ou tubing): tubulação de aço instalada no poço para permitir o fluxo de fluídos em seu interior. Pode ser removida a qualquer momento.
É na COP que são montados todos os equipamentos necessários para a operação do poço: sistema de bombeio, packer, válvulas, etc.
28
CABEÇA DE POÇO: componente ancorado firmemente ao solo. Sustenta o peso dos revestimentos e do tubing e recebe a Árvore de Natal.
ÁRVORE DE NATAL: conjunto de válvulas que regula a saída ou entrada de fluidos no interior da COP e do anular durante a vida operacional do poço. Já durante intervenções no poço pode ou não ser retirada. 
29
CLASSIFICAÇÕES DA COMPLETAÇÃO DE POÇOS
30
Quanto à condição do poço na zona de interesse, a completação pode ser:
A POÇO ABERTO: nenhum revestimento é colocado em frente à zona de interesse
REVESTIDO: com canhoneio convencional (A) ou liner rasgado (B) ou tubo telado e empacotamento com areia (C)
cimento
areia (*)
(*) – serve para reter partículas da formação e evitar que entrem no poço.
A
B
C
vazio
31
Quanto ao número de zonas explotadas, a completação pode ser:
Simples
(um só intervalo produz)
Seletiva
(dois intervalos, mas só um produzindo na única coluna)
Dupla
(cada intervalo produz numa coluna exclusiva)
32
Em seguida à pesquisa da cimentação, e após eventual correção da mesma, o poço será canhoneado para produção.
Uma ferramente chamada canhão (gun) é descida no poço para abrir vários furos no revestimento em frente à zona de interesse.
Um perfil CCL é descido em conjunto com o canhão para garantir a exata profundidade dos disparos. No caso ao lado, a zona de interesse é a zona portadora de óleo.
33
 A operação de canhoneio tem por finalidade colocar a formação produtora em contato com o interior do poço revestido, através da perfuração do revestimento, do cimento e da formação com potentes cargas explosivas.
	Com isso, os fluidos contidos na rocha terão um caminho para fluir para dentro do poço (somente quando a pressão hidrostática em frente aos furos permitir isso).
Canhoneados
(túneis cônicos)
34
Detalhe de uma carga explosiva
detonador
liner cônico
explosivo principal
container
cordão de detonação
canhão
O liner cônico é o projétil que perfura o revestimento, o cimento e a formação.
35
 As cargas são dispostas e alojadas de forma conveniente no interior dos canhões.
Essa disposição é feita de modo alternado ao redor do diâmetro do canhão e ao longo do seu comprimento. 
A chamada densidade de tiros é a quantidade de cargas colocadas por unidade de comprimento do canhão.
Valores usuais:
 4 jt/ft (jet/foot – jatos/pé)
 12 jt/ft
Quanto maior a densidade de tiros, maior o número de furos feitos no revestimento por unidade de comprimento.
Exemplo de disposição de cargas com defasagem de 90 graus.
36
Detonação
 São projetadas para produzir jatos de metal “líquido” de alta energia, gerando pressões da ordem de 4.000.000 psi e velocidades de 6.000 m/s.
A penetração do jato varia entre 10” e 30”, dependendo do tipo de canhão.
Processo de Detonação
Jato
Slug
16
1
0,5
37
Canhoneado
Revestimento
Cimento
Detritos da carga
Zona compactada c/ permeabilidade reduzida (crashed zone)
Detritos removidos
Zona compactada permanece
Após o disparo e antes de haver produção
Após algum tempo de produção ocorre a limpeza dos furos
38
Influência da densidade de tiros e penetração na produtividade
Comparação:
A produtividade de um 1 ft de comprimento de poço aberto com diâmtro de 8 ½” 
equivale à 
produtividade de um canhoneio de 8 tiros/ft, 90º fase, 12” de penetração com também 1 ft de comprimento.
39
Técnicas de Canhoneio
CONVENCIONAL A CABO:
Neste tipo o canhão é descido com cabo elétrico por dentro do revestimento, ainda sem a presença da coluna de produção.
Um perfil CCL é descido em conjunto com o canhão para garantir a exata profundidade dos disparos.
Como o poço está amortecido, não ocorre limpeza dos detritos dos canhoneados, já que o FC os empurra para a formação.
Após o serviço o canhão é retirado e pode ser imediatamente reutilizado após manutenção e recarga dos explosivos.
revest.
40
TCP (Tubing Conveyed Perforating)
O canhão é descido montado (isto é, enroscado) na própria coluna de produção.
A COP é descida com o poço ainda todo revestido, o que aumenta a segurança das operações.
Permite que a operação de canhoneio seja feita com “pressão negativa” (under-balance*), de modo que o poço entra em produção imediatamente após o disparo, limpando os furos de cada canhoneado, o que os deixa com menor restrição ao fluxo. 
O canhão fica preso à coluna e só é retirado se houver um troca de coluna no futuro.
(*) – pressão do fluido menor que a pressão da formação
revest.
tubing
packer
Técnicas de Canhoneio
41
THROUGH TUBING
O canhão é descido com cabo elétrico por dentro da COP. A presença da COP é aumenta a segurança das operações.
Permite o recanhoneio de um trecho já canhoneado ou a ampliação de um canhoneio ou mesmo que uma outra zona seja aberta ao fluxo sem a necessidade de retirar a coluna de produção, gerando economia de custo e de tempo.
Por ter o canhão mais fino, tem menor poder penetrante. Não sendo indicado para canhonear nas completações, só em restaurações (workover).
revest.
tubing
packer
Técnicas de Canhoneio
42

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