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Quem é o doador universal? O tipo O- é considerado doador universal Quem é o receptor universal? AB+ é o receptor universal O que são hemocomponentes? Hemocomponentes são obtidos através de processos físicos e são eles: concentrado de hemácias, plasma fresco congelado, concentrado de plaquetas e crioprecipitado O que são hemoderivados? Hemoderivados são fabricados através da industrialização do plasma e são eles: albumina, imunoglobulinas e fatores da coagulação (Fator VII, Fator VIII, Fator IX, além dos complexos protombínicos). Qual o objetivo de irradiar os hemocomponentes? O objetivo da irradiação de sangue é a prevenção da doença do enxerto contra hospedeiro pós-transfusional (DECH-AT). Em linguagem não médica, o “enxerto” refere-se ao sangue transfusionado e o “hospedeiro” é o paciente que recebeu a transfusão. Na transfusão de sangue não irradiado, os linfócitos T, presentes tanto no concentrado de hemácias como no de plaquetas, passam a se proliferar. Assim, as próprias células T ou mecanismos secundários atacam as células do receptor, determinando o surgimento da DECH-AT. Não há cura para essa doença. No entanto é possível preveni-la, eliminando as células T dos componentes do sangue através da irradiação, antes de ocorrer a transfusão. O que instituiu a Portaria nº 2.712/ 2013? Esta Portaria redefine o regulamento técnico de procedimentos hemoterápicos. DO SANGUE E SEUS COMPONENTES; Da Doação de Sangue; Da Coleta de Sangue do Doador; Da Preparação de Componentes Sanguíneos; Do Controle de Qualidade dos Componentes Sanguíneos; Dos Exames de Qualificação no Sangue do Doador; Da Rotulagem do Sangue do Doador; Da Conservação do Sangue e Componentes; Da Doação de Componentes por Aférese; Da Transfusão Sanguínea; Do Ato Transfusional; Das Reações Transfusionais; Do Sangue Autólogo; Dos Registros; Dos Princípios Gerais do Sistema da Qualidade; Da Infraestrutura; da Biossegurança; Do Descarte de Resíduos; Do Transporte; Dos Contratos, Convênios e Termos de Compromissos... O que instituiu a RDC n° 34/ 2014? Art. 1º Fica aprovado o Regulamento Sanitário que estabelece os requisitos de boas práticas para serviços de hemoterapia que desenvolvam atividades relacionadas ao ciclo produtivo do sangue e para serviços de saúde que realizem procedimentos transfusionais, incluindo captação de doadores, coleta, processamento, testagem, controle de qualidade e proteção ao doador e ao receptor, armazenamento, distribuição, transporte e transfusão em todo o território nacional, nos termos desta Resolução. Art. 2° Esta Resolução possui o objetivo de estabelecer os requisitos de boas práticas a serem cumpridas pelos serviços de hemoterapia que desenvolvam atividades relacionadas ao ciclo produtivo do sangue e componentes e serviços de saúde que realizem procedimentos transfusionais, a fim de que seja garantida a qualidade dos processos e produtos, a redução dos riscos sanitários e a segurança transfusional. O que instituiu a Portaria n. 158/2016? Redefine o regulamento técnico de procedimentos hemoterápicos. Art. 2º O regulamento técnico de que trata esta Portaria tem o objetivo de regulamentar a atividade hemoterápica no País, de acordo com os princípios e diretrizes da Política Nacional de Sangue, Componentes e Derivados, no que se refere à captação, proteção ao doador e ao receptor, coleta, processamento, estocagem, distribuição e transfusão do sangue, de seus componentes e derivados, originados do sangue humano venoso e arterial, para diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças. O que é o CICLO DO SANGUE? É o processo sistemático que abrange as atividades de captação e seleção do doador, triagem clínico-epidemiológica, coleta de sangue, triagem laboratorial das amostras de sangue, processamento, armazenamento, transporte e distribuição e procedimentos transfusionais e de hemovigilância. Quais os tipos de modalidades de transfusão? Programada, Eletiva, Urgência e Emergência. - DE ACORDO COM A RDC Nº 1353 DE 13 DE JUNHO DE 2011: - As transfusões devem ser realizadas preferencialmente no período diurno; - Toda transfusão de sangue traz em si um risco ao receptor, seja imediato ou tardio, devendo, portanto, ser criteriosamente indicada. - TRANSFUSÃO PROGRAMADA- É aquela agendada para determinado dia e hora. - As amostras para a realização das provas pré-transfusionais devem ser coletadas no máximo 72 horas antes da transfusão. - Exemplo: reservas. - TRANSFUSÃO DE ROTINA - O hospital avisa o banco de sangue que tem uma transfusão para ser realizada em determinado horário (dentro do prazo de 24 horas). - TRANSFUSÃO DE URGÊNCIA - É aquelaque deve ser realizada dentro das 03 horas após a solicitação. - Neste período de 03 horas está o tempo que o hospital demora para coletar as amostras, os testes pré-transfusionais e a liberação da bolsa aos hospitais. - Mesmo sabendo que as solicitações de urgência podem ser liberadas até três horas após a solicitação, ao banco de sangue deverá sempre fazer o possível para liberar estas bolsascom maior rapidez, pois em muitos casos, uma situação de urgência pode se tornar uma situação de emergência. - Nestes casos, concluir primeiramente a tipagem do receptor e a retipagem das bolsas, pois se a transfusão se tornar de emergência pelo menos o receptor e as bolsas serão ABO / Rh compatíveis, evitando assim utilizar as bolsas “O” Negativo do banco de sangue. – TRANSFUSÃO DEEMERGÊNCIA - É aquela que o retardo na administração da transfusão pode acarretar risco para a vida do paciente. Neste tipo de transfusão não é possível realizar todas as provas pré-transfusionais antes do início da transfusão. Quais os cuidados de enfermagem em cada fase da transfusão? Etapa pré – transfusional; • Etapa transfusional; • Etapa pós – transfusional. Normas Gerais para Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem na Hemotransfusão Compete ao Enfermeiro Atentar para o tempo de início da transfusão, após o recebimento do material na unidade, conforme indicado a seguir. Eritrócitos e Concentrados de Hemácias: o tempo de infusão de cada unidade deve ser de 60 a 120 minutos em pacientes adultos. Em pacientes pediátricos, não exceder a velocidade de infusão de 20- 30ml/kg/hora. Concentrado de Plaquetas: o tempo de infusão da dose deve ser de aproximadamente 30 minutos em pacientes adultos ou pediátricos, não exceder a velocidade de infusão de 20-30ml/kg/hora; e Plasma Fresco Congelado: o tempo máximo de infusão deve ser de uma hora. As competências dos enfermeiros são divididas em 3 etapas: antes da transfusão, durante e após esse procedimento. Pré-procedimento Sempre que possível, garantir a assinatura do Termo de Consentimento pelo paciente ou familiar/responsável. Verificar a permeabilidade da punção, o calibre do cateter, a presença de infiltração e os sinais de infecção para garantir a disponibilidade do acesso. Confirmar obrigatoriamente a identificação do receptor, do rótulo da bolsa, dos dados da etiqueta de liberação, a validade do produto, a realização de inspeção visual da bolsa (cor e integridade) e a temperatura por meio de dupla checagem (Enfermeiro e Técnico de Enfermagem) para segurança do receptor. Garantir que os sinais vitais sejam aferidos e registrados para analisá-los. Garantir acesso venoso adequado, exclusivo, e equipo com filtro sanguíneo. Prescrever os cuidados de enfermagem relacionados ao procedimento. Intraprocedimento Confirmar, novamente, a identificação do receptor, confrontando com a identificação na pulseira e o rótulo do insumo a ser infundido. Verificar duas vezes o rótulo da bolsa de sangue ou hemoderivado para se assegurar de que o grupo e o tipo Rh estão de acordo com o registro de compatibilidade. Verificar se o número e o tipo – indicados no rótulo do sangue, ou do hemoderivado, e no prontuário do paciente – estão corretos, confirmando-se, mais uma vez e em voz alta, o nome completo do paciente. Verificar o conteúdo da bolsa quanto a bolhas de ar e qualquer alteração no aspecto e nacor do sangue ou do hemoderivado (as bolhas de ar podem indicar crescimento bacteriano; a coloração anormal ou a turvação podem ser sinais de hemólise). Assegurar que a transfusão seja iniciada nos 30 minutos após a remoção da bolsa do refrigerador do banco de sangue. A transfusão deve ser monitorada durante todo seu transcurso, e o tempo máximo de infusão não deve ultrapassar 4 (quatro) horas. Durante os 10 (dez) primeiros minutos da transfusão, o profissional que a instalou deve permanecer à beira do leito do paciente, acompanhando o procedimento. Nos primeiros 15 (quinze) minutos, deve-se infundir o insumo lentamente, sem ultrapassar a 5 ml/min. Observar, rigorosamente, o paciente quanto aos efeitos adversos da transfusão e, na negativa, aumentar a velocidade do fluxo. Garantir o monitoramento dos sinais vitais em intervalos regulares, comparando-os. Deve-se interromper a transfusão imediatamente e comunicar ao médico caso haja qualquer sinal de reação adversa, tais como: inquietação, urticária, náuseas, vômitos, dor nas costas ou no tronco, falta de ar, hematúria, febre ou calafrios. Nos casos de intercorrência com interrupção da infusão, encaminhar a bolsa para análise. Recomenda-se a prescrição da troca do equipo de sangue a cada duas unidades transfundidas, a fim de minimizar riscos de contaminação bacteriana. Pós-procedimento: Garantir que os sinais vitais sejam aferidos e compará-los com as medições de referência. Descartar adequadamente o material utilizado e assegurar que todos os procedimentos técnicos, administrativos, de limpeza, desinfecção e gerenciamento de resíduos sejam executados em conformidade com os preceitos legais e os critérios técnicos cientificamente comprovados, os quais devem estar descritos em procedimentos operacionais padrão (POP) e documentados nos registros dos respectivos setores de atividades. Todas as atividades desenvolvidas pelo serviço de hemoterapia devem ser registradas e documentadas de forma a garantir a rastreabilidade dos processos e dos produtos, desde a obtenção até o destino final, incluindo-se a identificação do profissional que realizou o procedimento. Deve-se constar obrigatoriamente: data; horário de início e término; sinais vitais no início e no término; origem e identificação das bolsas dos hemocomponentes transfundidos; identificação do profissional que a realizou; e registro de reações adversas, quando for o caso. Monitorar o paciente quanto à resposta e à eficácia do procedimento. Quais os sintomas clássicos das REAÇões TRANSFUSIONAis? Os sintomas de reação transfusional incluem: dor nas costas; sangue na urina; calafrios; tontura ou desmaio; febre; dor no flanco; rubor na pele Como se classificam quanto ao tempo de ocorrência? INCIDENTES TRANSFUSIONAIS - são agravos ocorridos durante ou após a transfusão sanguínea, e a ela relacionados. INCIDENTE TRANSFUSIONAL IMEDIATO - aquele que ocorre durante a transfusão ou em até 24 h após. INCIDENTE TRANSFUSIONAL TARDIO - aquele que ocorre após 24 h da transfusão realizada. Como se classificam quanto a gravidade? Grave (choque Anafilática, cardiogênico...) Prurido, urticária, eritema, pápulas, rouquidão, tosse, broncoespamo, hipotensão e choque São três os tipos: Hipovolêmico. Cardiogênico. Circulatório ou distributivo ou vasogênico, sendo três subtipos: Séptico. Neurogênico. Anafilático. Qual a conduta de enfermagem em caso de reação transfusional? CONDUTA CLÍNICA Interromper imediatamente a transfusão e comunicar o médico responsável pela transfusão; Manter acesso venoso com solução salina a 0,9%; Verificar sinais vitais e observar o estado cardiorrespiratório; Verificar todos os registros, formulários e identificação do receptor. Verificar à beira do leito, se o hemocomponente foi corretamente administrado ao paciente desejado; Avaliar se ocorreu a reação e classificá-la, a fim de adequar a conduta específica; Manter o equipo e a bolsa intactos e encaminhar este material ao serviço de hemoterapia; Avaliar a possibilidade de reação hemolítica, TRALI, anafilaxia, e sepse relacionada à transfusão, situações nas quais são necessárias condutas de urgência; Se existir a possibilidade de algumas destas reações supracitadas, coletar e enviar uma amostra pós-transfusional junto com a bolsa e os equipos (garantir a não-contaminação dos equipos) ao serviço de hemoterapia, assim como amostra de sangue e/ou urina para o laboratório clinico quando indicado pelo médico; Registrar as ações no prontuário do paciente. NOTA 1: As amostras devem ser colhidas preferencialmente de outro acesso que não aquele utilizado para a transfusão. NOTA 2: Em casos de reação urticariforme ou sobrecarga circulatória, não é necessária a coleta de amostra pós transfusional.
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