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ENSINO E APRENDIZAGEM DE LIBRAS COM L1 L2
FLÁVIA DA SILVA ROCHA
ORIENTADORA: DANIELA GONÇALVES OLIVEIRA
INTRODUÇÃO
O presente trabalho nos traz conhecimentos sobre a Língua Brasileira de Sinais- LIBRAS, que através dos movimentos sociais organizados e da própria comunidade surda, depois de muitas lutas conseguiram que fosse reconhecida como língua.
O artigo também traz algumas respectivas informações sobre inclusão que é um fator muito discutido na atualidade.
Antes da escola inclusiva Paulo Freire falava em liberdade e igualdade pra uma qualidade de trabalho melhor, e isto já nos remetia a inclusão.
A libras é a primeira língua para o surdo, ou seja, a L1, o professor da sala de aula regular precisa rever suas metodologias de ensino, para obter melhores resultados.
A escola inclusiva bilingue oferece duas línguas: a L1 que é a Libras e a L2 que é a língua portuguesa do Brasil.
O ENSINO DA LIBRAS
Crianças surdas, assim como crianças ouvintes, precisam ter o conhecimento de sua própria língua, pois sem este conhecimento fica muito difícil das crianças surdas avançarem de uma maneira significativa nem em relação a libras nem do aprendizado do português escrito, que é a nossa língua oficial, seja nos aspectos relativos a leitura ou a compreensão de textos.
O ensino de libras não deve ser feito somente em salas multidisciplinares, deve ser incluído também em salas de aulas regulares para que haja a interação entre ouvintes e surdos, este ensino também deve ocorrer em ensino superior e cursos preparatórios e demais.
Além destes fatores citados, o ensino de libras pode ocorrer em duas situações: na primeira, os educandos surdos que aprendem libras como primeira língua (L1) e na segunda são os educandos ouvintes que aprendem libras como segunda língua (L2).
ENSINO DE LIBRAS COMO L1 E/OU L2
Dentro deste repertorio que é utilizado para a educação de libras, tem-se:
Datilogia e sinais específicos para objetos
Cinema com recurso didático
Produção pictórica 
Jogos educativos 
Ressalta-se que um dos desafios do professor de libras é pensar em metodologias que comtemplem o aspecto viso espacial das línguas de sinais. 
Assim, adota ferramentas como uso de aparelhos de projeção e vídeos para que seja possível comtemplar esses aspectos.
Pois desta forma, além da sinalização em libras temos: encenações, movimentos corporais faciais e alguns outros recursos que são utilizados para melhorar o ensino aprendizagem do surdo.
 Já a segunda língua, a L2, é qualquer língua aprendida após a primeira língua ou a língua materna que é a L1. 
 Não é necessariamente uma língua que está sendo numerada na ordem que se é.
O desafio de ensinar crianças ouvintes e com uma língua que elas nunca tiveram contato, se tornou um grande passo na educação, porem de uma maneira tímida. 
 Brincadeiras lúdicas também ajudam neste aprendizado, é uma maneira diferenciada de se aprender uma nova língua, e esta modalidade é muito usada em educação infantil, onde a maioria do aprendizado é em torno de brincadeiras, contos, teatros, filmes etc.
 A língua de sinais, na maioria dos casos, é um novo mundo para os alunos ouvintes dentro do espaço educacional.
 Gesser (2012) afirma que para muitos alunos ouvintes seria mais fácil se a libras fosse uma versão sinalizada do português.
O ENSINO DE LIBRAS NAS ESCOLAS
Nas escolas para surdos, o ensino de línguas é considerado importante, pois está ligado na construção da identidade surda e no empoderamento da comunidade surda.
Porem ao olhar a realidade brasileira, é possível observar que a maioria das escolas de surdos não tem ensino de língua de sinais, a L1, pois frequentemente se pensa que ele não é necessário pois já existe comunicação em língua de sinais em outras disciplinas.
Algumas escolas ainda têm a filosofia do oralismo, por conta da tradição desta filosofia ou comunicação total. 
A libras deve ser inserida como uma disciplina obrigatória nos cursos de formação de professores, assim como já está acontecendo atualmente, em nível médio e superior de ensino, tanto nas instituições públicas como nas privadas.
A escola deve apresentar alternativas voltadas as necessidades linguísticas do surdo, promovendo assim estratégias que permitam a aquisição e o desenvolvimento da língua de sinais como primeira língua.
LIBRAS- SINAIS DE INCLUSÃO
Quando se fala em inclusão nos referimos a pessoas com deficiência, seja no ambiente de trabalho, no círculo familiar ou no ambiente escolar.
Ainda há controvérsias sobre a inclusão do aluno surdo no ensino regular. 
A cada ano crescem as matrículas de alunos com algum tipo de deficiência, inclusive a surdez, nas escolas regulares.
A meta da inclusão dos surdos é colocar a crianças em condições sociais com interações com crianças ouvintes, explorando assim ao máximo as suas condições socio-cognitivos para o acesso aos bens culturais.
Alguns professores se sentem inseguros e não aptos a receberem alunos surdos em sala de aula.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a inclusão escolar, as escolas têm o dever de matricular todos os alunos, e o governo deve garantir que haja um suporte neste processo, para que os profissionais que atuam na mesma estejam preparados para o atendimento a todos os educandos.
Além de reconhecer o papel do intérprete como um mediador no processo de ensino aprendizagem do aluno surdo, no ensino de libras como L1 e L2.
Também se torna necessário a formação contínua de professores e disponibilização de recursos para o ensino dos conteúdos curriculares das disciplinas e permitir assim que o surdo consiga adquirir o bilinguismo.
É necessário para que haja uma inclusão, que se mantenham os alunos sempre atualizados e inteirados sobre assuntos como língua de sinais, libras e deficiência auditiva.
REFERÊNCIAS
ALBRES, Neiva de Aquino, Ensino de libras: Aspectos históricos e sociais para a formação didática de professores. Curitiba: Appris, 2016. 
BASSO, Idavania Maria de Souza; STROBEL, Karin Lilian; Massuti, Mara. Metodologia do ensino de libras- L1. Florianópolis: UFSC, 2009. Acesso em: nov. 2019.
BRASIL. Lei no 10.436 de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. Diário oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF. Disponível em: Acesso em: 15 de NOV. 2019.
GESSER, Audrey - Método de ensino em Libras como L2 – Florianópolis: UFSC, 2010.
GESSER, A. O ouvinte e a surdez: sobre ensinar e aprender a Libras. I. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.
OLIVEIRA, Marta Kohl de, Vygotsky: Aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio histórico. São Paulo: Scipione, 1995. 
QUADROS, Ronice M. de.; KARNOPP, Lodenir B. Língua de Sinais Brasileira: Estudos linguísticos. Porto Alegre: Artmed, 2004. 
SKLIAR, C. B. A educação para surdos entre a pedagogia especial e as políticas para as diferenças. Anais do Seminário: Desafios e Possibilidades na educação bilíngue para surdos, 21 a 23 de julho. Rio de Janeiro: Ed. Lítera Maciel Ltda, p. 32-47.
SOUTO, et al – Conceito de língua estrangeira, língua segunda, língua adicional, língua de herança, língua franca e língua transnacional – philologus: rio de janeiro, 2014

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