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Área de Treinamento “O lucro do nosso estudo é tornarmo-nos melhores e mais sábios.” (Michel de Montaigne) Você encontrará, nos próximos capítulos, questões dos últimos 14 anos dos concursos de Residência Médica. As questões da década de 1990 serão utilizadas em um momento oportuno. As questões 2015 serão utilizadas nos simulados online e presenciais Leia cada questão com muita atenção e aproveite ao máximo os comentários. Se necessário, retorne ao texto de sua apostila. Sugerimos que você utilize esta Área de Treinamento fazendo sua autoavaliação a cada 10 (dez) questões. Dessa forma, você poderá traçar um perfi l de rendimento ao fi nal de cada treinamento e obter um diagnóstico preciso de seu desempenho. Estude! E deixe para responder as questões após 72 horas. Fazê-las imediatamente pode causar falsa impressão. O aprendizado da Medicina exige entusiasmo, persistência e de- dicação. Não há fórmula mágica. Renove suas energias e se mantenha cronicamente entusiasmado. Boa sorte! Você será Residente em 2016! Atenciosamente, Dr. Gama Coordenador Acadêmico EST IMULE AGORA SEUS CONHECIM EN TO S EST IMULE AGORA SEUS CONHECIM EN TO S “Todos nós conhecemos pessoas que, em circunstâncias muito difíceis, como no caso de uma doença terminal ou grave incapacidade física, man- têm uma força emocional admirável. Como sua integridade nos inspira! Nada causa impressão mais forte e duradoura no ser humano do que per- ceber que alguém superou o sofrimento, transcendeu as circunstâncias e abriga e expressa valores que inspiram, enobrecem e dão mais sentido à vida.” Os sete hábitos das pessoas altamente efi cazes Stephen R. Covey 9 Questões para Treinamento Pré-operatório SUS-SP – 2014 1. Associação correta entre o risco perioperatório espe- cífi co e a escala ou índice utilizado para sua avaliação: a) renal − Detsky b) nutricional − Goldmann c) cardiológico − Apache II d) pulmonar − Braden e) pulmonar − Torrington e Henderson ACERTEI ERREI DÚVIDA AMP-PR – 2014 2. Paciente masculino, 40 anos, realizando avaliação pré- -operatória para herniorrafi a inguinal esquerda, vem a consulta pré-anestésica com história de diabetes insu- linodependente há 3 anos. Sem outras comorbidades e queixas. São exames complementares pré-operatórios que devem ser solicitados para estes pacientes: a) glicemia de jejum, hemoglobina glicada e raio X de tórax b) eletrocardiograma, glicemia de jejum e espirometria c) ecocardiograma, eletrólitos e hemoglobina glicada d) glicemia de jejum, creatinina e coagulograma e) hemograma, creatinina e eletrocardiograma ACERTEI ERREI DÚVIDA FMABC – 2014 3. Quais as alterações fi siológicas observadas no perfi l gli- cêmico de um indivíduo no estado de jejum prolongado (mais de 48 horas de jejum)? a) glicemia cai, secreção de insulina é suprimida, resul- tando em diminuição na captação de glicose perifé- rica e aumento da glicogenólise, lipólise, proteólise e neoglicogênese b) glicemia é mantida, secreção de insulina é mantida, mas há resistência à sua ação periférica pelo aumento do glu- cagon e pelo estímulo à glicogenólise e neoglicogênese c) glicemia é mantida, secreção de insulina é suprimi- da, resultando em diminuição na captação de glicose periférica e aumento da lipólise e proteólise d) glicemia cai, secreção de insulina é mantida, resultando em aumento dos hormônios contrarregulatórios (gluca- con, cortisol, norepinefrina e GH) e consequentemente aumento da resistência periférica à ação da insulina ACERTEI ERREI DÚVIDA UFPR – Clínica Cirúrgica – 2014 4. Nas primeiras horas do jejum não complicado, a gli- cemia é mantida por: a) glicogenólise hepática e periférica b) gliconeogênese a partir dos aminoácidos c) lipólise e gliconeogênese a partir do glicerol d) degradação dos corpos cetônicos e) gliconeogênese a partir da glutamina ACERTEI ERREI DÚVIDA UFPR – Clínica Cirúrgica – 2014 5. Desnutrição pré-operatória associa-se a maior núme- ro de complicações pós-operatórias. Assim, é impor- tante reconhecer fatores de risco para desnutrição no período pré-operatório. Qual dos seguintes pacientes apresenta maior risco de estar desnutrido? a) paciente com 70 anos com diverticulite aguda há 2 dias b) paciente com 32 anos que sofreu politrauma há 24 horas c) paciente com 65 anos com úlcera hemorrágica d) paciente com 63 anos com plano de gastrectomia por câncer gástrico, internado há 15 dias, com pneumonia aspirativa e) paciente com 55 anos com diagnóstico de câncer de mama há 10 dias ACERTEI ERREI DÚVIDA Cirurgia geral | volume 1 | Questões para treinamento SJT Residência Médica - 2015128 UFG – Clínica Cirúrgica – 2014 6. Qual é a melhor opção de profilaxia medicamentosa para um paciente cirúrgico, do sexo masculino, com 90 kg, considerado de alto risco para desenvolvimen- to de trombose venosa profunda? a) dalteparina 15.000 UI, via subcutânea, uma vez / dia b) enoxaparina 40 mg, via subcutânea, uma vez / dia c) heparina 5.000 UI, via subcutânea, uma vez / dia d) nadroparina 2.850 UI, via subcutânea, uma vez / dia ACERTEI ERREI DÚVIDA UFG – Clínica Cirúrgica – 2014 7. Paciente do sexo masculino teve diagnóstico de póli- po séssil de 1,5 centímetros de diâmetro em sigmoi- de. Foi submetido a cirurgia cardíaca há cinco meses, com colocação de bioprótese valvar. Faz uso contínuo de warfarin, com INR de 3,2. As recomendações para a realização de polipectomia endoscópica incluem: a) interromper o uso de warfarin por um período míni- mo de três dias e, se INR estiver abaixo de 2, realizar a polipectomia endoscópica com antibioticoprofilaxia administrada meia hora antes do procedimento b) reduzir a dose do warfarin pela metade e associar a aspirina na dose de 80 mg por cinco dias e, se INR estiver abaixo de 2,5, realizar a polipectomia e ini- ciar antibiótico oral seis horas antes do procedimen- to e mantê-lo até o 5º dia após o procedimento c) prescrever, por três dias, ácido vanoleico e, 30 mi- nutos antes do procedimento, associação venosa de ampicilina e gentaminina; se INR estiver abaixo de 3, realizar a polipectomia com bisturi de argônio, se- guida da administração de 1 grama de amoxacilina d) manter o warfarin em dose plena, desde que INR se mantenha em 3,2, e devido à baixa incidência de complicações sépticas, associar antibiótico no pós- -operatório caso o paciente apresente sinais de bac- teremia, como calafrios, febre e taquicardia ACERTEI ERREI DÚVIDA UFPI – Clínica Cirúrgica – 2014 8. Na avaliação pré-operatória de homem de 55 anos com hérnia umbilical, encontrou-se baixos níveis de transaminase e uma relação aspartato/alanina tran- saminase (AST/ALT) maior que 2. Isto sugere: a) hepatite alcoólica b) hepatite A c) hepatite B d) hepatite C e) cirrose ACERTEI ERREI DÚVIDA UFPI – Clínica Cirúrgica – 2014 9. Sobre o uso de antibioticoprofilaxia em cirurgia, po- de-se afirmar: a) nunca deve ser realizado em cirurgias limpas, a fim de se evitar resistência bacteriana b) deve ser administrado sempre em dose única e antes da incisão da pele c) a melhor indicação é para as cirurgias classe II (po- tencialmente contaminada) d) nas cirurgias classe III, a cefazolina é o antibiótico de eleição e) nas cirurgias por vídeo, não há justificativa para seu uso ACERTEI ERREI DÚVIDA UFRN – Clínica Cirúrgica – 2014 10. Para reverter a anticoagulação causada pelo uso da he- parina, utilizam-se: a) infusão de antitrombina III e plasma fresco b) vitamina K e plasma fresco c) plasma fresco e sulfato de protamina d) ácido épsilon aminocaproico e sulfato de protamina ACERTEI ERREI DÚVIDA UNESP – Clínica Cirúrgica – 2014 11. Assinale aalternativa correta sobre os anticoagulantes. a) as heparinas de baixo peso molecular atuam sobre o fator XIIa e têm risco de sangramento mais elevados do que as heparinas não fracionadas b) as heparinas de baixo peso molecular atuam sobre a antitrombina III e têm risco de sangramento menor do que as heparinas não fracionadas c) as heparinas de baixo peso molecular atuam sobre o fator VII e têm risco de sangramento igual ao das heparinas não fracionadas d) as heparinas de baixo peso molecular atuam sobre o fator V e têm risco de sangramento mais elevado do que as heparinas não fracionadas e) as heparinas de baixo peso molecular atuam sobre o fator Xa e têm risco de sangramento similar ao das heparinas não fracionadas ACERTEI ERREI DÚVIDA AMP – Clínica Cirúrgica – 2014 12. Paciente masculino, 40 anos, realizando avaliação pré- -operatória para herniorrafia inguinal esquerda, vem a consulta pré-anestésica com história de diabetes insu- lino dependente há 3 anos. Sem outras comorbidades e queixas. É medida perioperatória a ser adotada a este paciente: a) suspensão da insulina de longa duração e substituição por doses menores de insulina de ação intermediária b) infusão de solução glicosada com insulina de longa du- ração a partir do início do procedimento cirúrgico c) insulina de ação intermediária em infusão contínua e solução fisiológica 0,9% d) infusão de insulina de ação intermediária na manhã da cirurgia e) infusão de solução de glicose hipertônica e hidratação adequada ACERTEI ERREI DÚVIDA 9 Pré-operatório 129 SURCE – Clínica Cirúrgica – 2014 13. Paciente, 37 anos, com quadro de hipertensão grave, refratária, em uso de três medicações com controle par- cial, investiga nódulo suprarrenal. Exames laboratoriais: hemoglobina: normal; sódio: normal; potássio: normal; catecolaminas séricas: elevadas; catecolaminas urinárias: elevadas. Foi indicada cirurgia para remoção do nódulo. Qual dos seguintes anti-hipertensivos deve ser iniciado duas semanas antes da cirurgia para efetivamente dimi- nuir a mortalidade perioperatória? a) alfabloqueador b) betabloqueador c) epironolactona d) furosemida ACERTEI ERREI DÚVIDA UERJ – Clínica Cirúrgica – 2014 14. Uma das causas de plaquetopenia secundária à dimi- nuição da produção plaquetária pela medula óssea, que pode estar associada a maior incidência de com- plicações hemorrágicas em pacientes cirúrgicos é: a) intoxicação alcoólica aguda b) trombocitopenia idiopática c) hipertensão portal d) linfoma ACERTEI ERREI DÚVIDA PUC-PR – Clínica Cirúrgica – 2014 15. Em relação à terapia nutricional enteral (TNE), terapia nutricional parenteral (TNP) e complicações relacio- nadas à nutroterapia, assinale a alternativa CORRETA. a) pacientes que serão submetidos a cirurgias de grande porte de cabeça e pescoço (laringectomia e faringecto- mia); cirurgia de grande porte para tratamento de cân- cer e pacientes politraumatizados não se benefi ciam com o uso de imunonutrientes no pré-operatório b) a TNE deve ser utilizada sempre que o paciente não pode, não deve ou não quer deglutir e quando o uso do trato gastrointestinal tem a função preservada. Porém ela só pode ser indicada e iniciada se o pa- ciente estiver estável hemodinamicamente c) a via de administração da TNP é exclusivamente fei- ta por acesso venoso central. O acesso periférico é contra indicação absoluta para TNP pelo alto risco de fl ebite e desencadeamento de processo infeccioso d) a monitorização laboratorial do paciente em TNP deve ser feita somente após o sétimo dia de uso de TNP, pois somente a partir deste período que os dis- túrbios hidroeletrolíticos são signifi cativos e) um dos sintomas e sinais clínicos das carências de micronutrientes secundários à desnutrição em pa- cientes submetidos a jejum prolongado é a hipovita- minose D que tem como manifestação clínica prin- cipal a xeroft almia ACERTEI ERREI DÚVIDA PUC-PR – Clínica Cirúrgica – 2014 16. Sobre terapia nutricional no paciente cirúrgico, são, feitas as seguintes assertivas: I. A calorimetria indireta permite o cálculo preciso da necessidade calórica. II. As fórmulas enterais poliméricas são constituídas por aminoácidos ou oligopeptídeos, monossaca- rídeos e triglicerídeos. III. Aminoácidos, carboidratos e lipídios são nutrien- tes que habitualmente compõem as soluções de nutrição parenteral. Está/Estão correta(s) a(s) afi rmativa(s): a) I, apenas b) II, apenas c) I e III, apenas d) II e III, apenas e) I, II e III ACERTEI ERREI DÚVIDA Hospital Nª Sª das Graças – Clínica Cirúrgica – 2014 17. Em relação à avaliação pré-operatória é incorreto afi r- mar que: a) pacientes saudáveis, com menos de 40 anos, subme- tidos a procedimentos eletivos geralmente não ne- cessitam nenhum exame pré-operatório b) paciente com doença sistêmica grave, com limitação da função, porém não incapacitante são classifi cados como ASA IV c) a suspensão do tabagismo, por pelo menos 4 a 8 se- manas, diminui o risco de complicações pulmonares d) as complicações cardíacas são a principal causa de óbi- to após anestesia e procedimento cirúrgico em geral e) paciente com cardiopatia hipertrófi ca vai realizar co- lecistectomia laparoscópica têm indicação de profi la- xia para endocardite bacteriana com amoxacilina 2 g via oral uma hora antes do procedimento ACERTEI ERREI DÚVIDA Unifi cado-MG – Clínica Cirúrgica – 2014 18. Em relação às condutas no perioperatório de tireoidec- tomia em paciente com diagnóstico de hipertireoidis- mo, assinale a afi rmativa errada: a) manter o uso de soluções iodadas por via oral no pré- -operatório pode reduzir o fl uxo sanguíneo, a friabili- dade e o sangramento da tireoide no pré-operatório b) está contraindicado o uso de iodo por via oral no pré-operatório de tireoidectomia em paciente com bócio nodular tóxico c) na presença de tireotoxicose, é necessário adminis- trar drogas antitireoidianas, betabloqueadores e gli- cocorticoides antes da tireoidectomia d) soluções iodadas e tionamida devem ser mantidas por, pelo menos, cinco dias após a tireoidectomia ACERTEI ERREI DÚVIDA Cirurgia geral | volume 1 | Questões para treinamento SJT Residência Médica - 2015130 Unificado-MG – Clínica Cirúrgica – 2014 19. Pacientes com distúrbios de coagulação são, frequente- mente, um desafio para o cirurgião. A avaliação e o con- trole pré, per e pós-operatórios desses pacientes incluem, além da história e de exame clínicos, uma série de testes complementares. Sobre a coagulação é correto afirmar: a) o tempo de protrombina mede a função do fator VII e da via intrínseca da coagulação b) o tempo da trombopalstina parcial ativado detecta ní- veis baixos dos fatores das vias extrínsecas e comum c) a warfarina bloqueia a síntese dos fatores dependentes da vitamina K (fatores VIII, IX, XI da coagulação) d) a tromboelastografia pode avaliar a hipercoagulabi- lidade, a hipocoagulabilidade, a função plaquetária e a fibrinólise ACERTEI ERREI DÚVIDA Unificado-MG – Clínica Cirúrgica – 2014 20. Paciente H. D. P. de 55 anos, sexo masculino, publici- tário, estava em uso de warfarina em doses adequadas, com RNI mantido em torno de 2,0 quando apresentou dor abdominal aguda. Ao exame foi encontrado ab- dome em tábua e a radiografia simples de abdome e tórax confirmou pneumoperitônio. Em relação a este caso assinale a afirmativa correta: a) a administração de plasma fresco congelado possibi- lita a operação de urgência b) a droga deve ser suspensa e o paciente ser operado tão logo o RNI chegue a valores abaixo de 1,5 c) a relação custo-benefício justifica uma cirurgia de ur- gência sem necessidade de condutas adicionaisd) deve-se administrar vit K e aguardar a diminuição do RNI para 1,5 antes de operar ACERTEI ERREI DÚVIDA Unificado-MG – Clínica Cirúrgica – 2014 21. K. P. S., 70 anos, sexo masculino, empresário, fazia con- trole de hipertensão arterial e usava AAS há vários anos, quando foi diagnosticada neoplasia gástrica. No prepa- ro para a cirurgia, foi detectada piora da doença corona- riana prévia. Em relação às possíveis condutas para este paciente listadas abaixo, assinale a afirmativa errada: a) em caso de coloração de stent a cirurgia oncológica pode ser efetuada após sete dias b) o uso de AAS não é contraindicação para a coloração de stent c) o uso de betabloqueador deve ser incentivado por ocasião da cirurgia oncológica d) se for realizada a revascularização miocárdica, a cirurgia oncológica deve ser protelada por, pelo menos, 30 dias ACERTEI ERREI DÚVIDA AMP – 2013 22. Em relação à avaliação pré-operatória do paciente ci- rúrgico qual a alternativa correta? a) a creatinina sérica superior a 2 mg/dL é um dos crité- rios para identificação de risco cardíaco em pacientes que serão submetidos a cirurgias não cardíacas b) o objetivo da avaliação pré-operatória é identificar uma doença não diagnosticada pela história e exame físico c) o tipo da cirurgia e a idade do paciente não balizam a escolha dos exames complementares pré-operatórios, estes devem ser rotineiros d) o raio X de tórax deve ser solicitado em pacientes aci- ma de 55 anos independentemente de serem tabagis- tas ou não e) dos métodos de estratificação do risco cardíaco o mais adequado é o da Sociedade Americana de Anestesiologia ACERTEI ERREI DÚVIDA AMP – 2013 23. Qual das seguintes alternativas está errada? a) pacientes com anemia normovolêmica, sem risco car- díaco significativo ou que tenham perspectiva de per- da sanguínea transoperatória relevante, podem ser operados sem transfusão, se níveis de hemoglobina estiverem maiores que 6 ou 7 g/dL b) o paciente pode ser submetido a qualquer tipo de cirurgia se a contagem de plaquetas estiver acima de 50.000/mm3 c) em caso de necessidade de heparinização pré-opera- tória, devemos suspendê-la 6 horas antes e reiniciar 12 horas após a intervenção d) o uso do filtro de veia cava inferior deve ser conside- rado, em pacientes com trombose venosa profunda ou tromboembolismo pulmonar, que estiverem em anticoagulação por menos que 15 dias e) entre os fatores de risco para tromboembolismo veno- so estão: câncer, idade, obesidade, síndrome nefrótica, doença inflamatória intestinal, uso de estrogênio e dis- função cardíaca ACERTEI ERREI DÚVIDA Santa Casa-SP – Medicina Intensiva – 2013 24. Sobre o manejo perioperatório podemos afirmar: a) pacientes em pós-operatório de prótese do quadril po- dem receber tromboprofilaxia com aspirina de forma isolada b) pacientes com hemoglobina glicosilada acima de 7,0% deverão ter a cirurgia eletiva adiada c) a cessação do tabagismo em período pré-operatório não reduz a incidência de complicações cirúrgicas d) pacientes com hipotireoidismo subclínico deverão ter a cirurgia eletiva adiada pelo risco elevado de hi- potermia, hipotensão e depressão miocárdica e) cirurgia ortopédica, prostática, intraperitoneal e en- darterectomia de carótidas apresentam risco cardio- vascular intrínseco intermediário ACERTEI ERREI DÚVIDA Unificado-MG – 2013 25. S. D. S. M., 62 anos, sexo masculino, funcionário público foi submetido à hepatectomia parcial para tratamento de tumor maligno de fígado. Antes da indução anestési- ca recebeu 1 g de cefazolina como antibioticoprofi-laxia. No transcorrer do ato operatório teve intercorrência com sangramento de cerca de 1.200 mL. Em relação a este caso assinale a afirmativa CORRETA: 9 Pré-operatório 131 a) a antibioticoprofi laxia visa também evitar infecções do trato respiratório e urinária b) não havia necessidade de antibiótico profi lático por se tratar de cirurgia limpa c) pelo risco aumentado de infecção neste tipo de ope- ração deveria ser feita associação de antibióticos d) tem indicação de repique da dose, independente- mente da meia-vida da droga e do tempo cirúrgico ACERTEI ERREI DÚVIDA Unifi cado-MG – 2013 26. T. M. F., 55 anos, sexo feminino, será submetida a duo- denopancreatectomia cefálica, devido à presença de adenocarcinoma de cabeça do pâncreas. É portadora de varizes de membros inferiores. Em relação à profi la- xia para tromboembolismo pulmonar, assinale a ME- LHOR opção, dentre as abaixo: a) deve-se utilizar enoxaparina por via subcutânea, na dose de 20 mg, de 24 em 24 horas b) deve-se utilizar enoxaparina por via subcutânea, na dose de 40 mg, de 24 em 24 horas associada a meias de compressão pneumática dos membros inferiores no per e pós-operatório c) deve-se utilizar heparina não fracionada, por via sub- cutânea, na dose de 5.000 UI, de 12 em 12 horas d) deve-se utilizar meias de compressão pneumática dos membros inferiores no pré-operatório ACERTEI ERREI DÚVIDA SES-RJ – 2013 27. Sobre o preparo pré-operatório do paciente com pro- posta de ressecção cirúrgica de feocromocitoma é correto afi rmar: a) o uso de insulina é frequentemente necessário, ten- do em vista o efeito hiperglicemiante da liberação de catecolaminas pelo tumor b) algum preparo especial somente está indicado para tumores maiores do que 5 cm c) o feocromocitoma extra-adrenal não necessita de pre- paro pré-operatório específi co d) o uso de α-bloqueadores adrenérgicos deve prece- der o uso dos β-bloqueadores adrenérgicos ACERTEI ERREI DÚVIDA SES-RJ – 2013 28. Dos parâmetros abaixo, o mais importante na avalia- ção pré-operatória da função hepática é: a) tempo parcial de tromboplastia b) tempo de protrombina c) dosagem do fator VIII da coagulação d) transaminases hepáticas ACERTEI ERREI DÚVIDA SES-RJ – 2013 29. A respeito da avaliação pré-operatória e dos princípios operatórios é correto afi rmar, exceto: a) um nível pré-operatório de creatinina = 2,0 mg/dL é um fator de risco independente de complicações cardíacas b) albumina sérica < 3 g/dL é fator de risco para com- plicações respiratórias como insufi ciência respiratória pós-operatória c) no paciente portador de patologia hepática, baixos níveis de transaminases e uma relação aspartato/alanina tran- saminase (AST/ALT) > 2 sugerem a hepatite alcoólica d) nas prescrições pós-operatórias de pacientes diabéti- cos devem estar incluídos testes de glicemia capilar e uso de insulina de curta duração orientado pelos va- lores da glicemia. A hidratação venosa com solução glicosada é contraindicada nestes pacientes ACERTEI ERREI DÚVIDA SES-RJ – 2013 30. Sobre a avaliação perioperatória do sistema hemato- lógico é correto afi rmar, exceto: a) até 30% de perda rápida da volemia provavelmente não requer transfusão sanguínea nos indivíduos previa- mente sadios b) nas cirurgias abdominais de grande porte, recomen- da-se transfusão de plaquetas naqueles pacientes com plaquetometria < 70.000/mm³ c) a heparinização sistêmica, em doses anticoagulantes, pode ser suspensa por 6 horas antes do procedimento cirúrgico e reiniciada 12 horas após, no pós-operatório d) os pacientes que estiverem em anticoagulação por me- nos de duas semanas devido a uma embolia pulmonar devem ser considerados para a colocação de um fi ltro de veia cava inferior, antes da operação ACERTEI ERREI DÚVIDA SES-RJ – 2013 31. Sobre o risco de tromboembolismo em pacientes ci- rúrgicos, sua profi laxia e estratégias de prevenções, podemos afi rmar, exceto: a) o uso subcutâneo de heparina não fracionada, em doses profi láticas, não é capaz de induzir trombocitopenia b) em uma cirurgiade urgência em um paciente que faz uso de heparina não fracionada em doses antico- agulantes, o efeito desta droga pode ser neutraliza- da usando-se sulfato de protamina na dose de 1 mg para cada 100 unidades de heparina c) as heparinas de baixo peso molecular (HBPM) pos- suem atividade antifator Xa e não acarretam prolon- gamento de PTTa (tempo de tromboplastina parcial ativada). Comparadas às heparinas não fracionadas, as HBPM possuem menor afi nidade pelas proteínas plasmáticas, ocasionando uma meia-vida mais longa d) um paciente, sexo masculino, 45 anos, sem comorbida- des, que será submetido à gastrectomia total devido a adenocarcinoma gástrico é classifi cado como de risco alto devendo fazer uso profi lático de heparina não fracionada, por via subcutânea, de 8 em 8 horas, além de compressão pneumática intermitente e deambulação precoce ACERTEI ERREI DÚVIDA Cirurgia geral | volume 1 | Questões para treinamento SJT Residência Médica - 2015132 SES-RJ – 2013 32. Sobre a avaliação do estado nutricional dos pacientes cirúrgicos é correto afirmar, exceto: a) nota-se um aumento relativo da água corporal e a di- minuição de gordura e massa magra total nos pacien- tes desnutridos b) na triagem nutricional segundo a ESPEN – Sociedade Europeia para Nutrição Clínica e Metabolismo (NRS- 2002) um escore maior = a 3 indica paciente em risco, devendo-se, dessa maneira, ser intuitivo um plano nutricional conforme as necessidades do paciente c) a perda não intencional de mais de 7,5% em 3 meses sugere desnutrição grave d) a avaliação subjetiva global (Detsky e cols.) aborda alterações funcionais como modificação da ingestão alimentar e presença de sintomas gastrointestinais, além de considerar valores de exames laboratoriais, como a dosagem sérica de albumina ACERTEI ERREI DÚVIDA SES-RJ – 2013 33. Com relação à avaliação bioquímica do estado nutricio- nal dos pacientes cirúrgicos é correto afirmar, exceto: a) a albumina possui longo período de meia-vida sérica, assim como grande reserva corporal, o que determina uma má correlação com processos agudos que levam à desnutrição b) a pré-albumina, assim como albumina, leva semanas para seus níveis séricos reduzidos, não sendo, dessa forma, um bom marcador para processos agudos que levam à desnutrição c) a transferrina sérica reflete bem alterações agudas do estado nutricional, tendo em vista sua meia-vida cur- ta e sua baixa reserva corporal d) o índice creatinina/estatura é utilizado para o cálculo da massa muscular. Sua determinação deve ser feita me- diante coleta de urina de 24 h, por três dias consecutivos ACERTEI ERREI DÚVIDA SES-RJ – 2013 34. São alterações metabólicas consequentes do jejum, exceto: a) queda dos níveis séricos de insulina e aumento dos níveis séricos de glucagon b) elevação das catecolaminas e aumento da excreção urinária de potássio c) os estoques hepáticos de glicogênio são capazes de suprir as necessidades energéticas do jejum por uma semana aproximadamente, sendo a gliconeogênese iniciada em fases tardias do jejum prolongado d) com o prolongamento do jejum, a excreção urinária de amônia aumenta e passa a ser a forma de excre- ção nitrogenada mais comum ACERTEI ERREI DÚVIDA SES-RJ – 2013 35. Sobre a classificação de risco cardiológico dos pacien- tes cirúrgicos proposta por Goldman e cols., é correto afirmar: a) infarto agudo do miocárdio há mais de 3 meses não altera a classificação de Goldman b) o índice de Goldman classifica o risco de pacientes que se submeterão a cirurgias cardíacas, não se pres- tando para aqueles que se submeterão a outras cirur- gias, como as do aparelho digestivo, por exemplo c) o tipo da cirurgia (eletiva ou urgência) a qual o pacien- te se submeterá é critério relevante na classificação de Goldman d) exames laboratoriais da função renal e transaminases he- páticas não são considerados na avaliação de Goldman ACERTEI ERREI DÚVIDA FADESP – 2013 36. O tratamento cirúrgico desafia a hemostasia, e o ris- co do sangramento não depende apenas de alterações hemostáticas preexistentes, mas também da extensão, localização e do tipo de procedimento que será reali- zado. Como exame de laboratório pré-operatório, por não prever sangramento cirúrgico anormal, não deve ser solicitado, como rotina, a dosagem do tempo de: a) protrombina b) sangramento c) tromboplastina parcial d) tromboplastina parcial ativada ACERTEI ERREI DÚVIDA UFRN – Clínica Cirúrgica – 2013 37. Uma paciente de 52 anos, hipertensa, diabética, por- tadora de artrite reumatoide, em uso de propranolol, metformina, insulina NPH e prednisona 20 mg/dia, há 6 meses, será submetida a uma colecistectomia. Em re- lação a esse caso, é correto afirmar: a) os corticosteroides devem ser suspensos na véspera da cirurgia, pois sua manutenção no transoperatório está relacionado a maior incidência de sangramento digestivo e insuficiência renal b) os anti-hipertensivos devem ser mantidos no perío- do pré-operatório, com exceção dos betabloqueado- res, pois o seu uso pode bloquear a resposta simpáti- ca ao trauma c) o ajuste dos medicamentos é desnecessário, pois to- dos podem ser utilizados no período transoperatório d) a reintrodução da metformina e da insulina NPH só deve acontecer quando a aceitação da dieta oral for adequada ACERTEI ERREI DÚVIDA UFT – Clínica Cirúrgica – 2013 38. Com relação à avaliação clínica pré-operatória, são con- siderados parâmetros clínicos e de exames complemen- tares para a estratificação do risco de morte e compli- cações cardíacas pós-operatórias. Para esta avaliação, utiliza-se os critérios contidos nas tabelas de: 9 Pré-operatório 133 a) ASA (American Society of Anesthesiology) e Goldman b) ASA (American Society of Anesthesiology) e Detsky c) Goldman e Detsky d) NAS (National Academy of Sciences) e Goldman e) NAS (National Academy of Sciences) e Detsky ACERTEI ERREI DÚVIDA ICC-CE – 2013 39. Anormalidades da coagulação podem estar presentes no paciente cirúrgico, sendo os defeitos adquiridos mais comuns do que os congênitos. Em relação a estas anormalidades assinale a opção INCORRETA: a) a varfarina causa prolongamento do tempo de pro- trombina b) a varfarina causa leve aumento do tempo parcial de tromboplastina ativado c) a defi ciência de vitamina K prolonga o tempo de pro- trombina d) a insufi ciência renal e uremia leva a decréscimo na agregação e adesividade plaquetária e) a heparina causa alteração de todos os testes de coagu- lação, sendo o tempo de protrombina mais sensível ACERTEI ERREI DÚVIDA UFMA – 2013 40. Assinale a alternativa incorreta em relação ao tabagis- mo e dos resultados perioperatórios: a) em pacientes cirúrgicos não cardíacos, o tabagismo está associado a um acréscimo de aproximadamente 40% no risco de mortalidade em 30 dias e um risco de 30- 100% de maior morbidade, incluindo infecção do sítio cirúrgico, pneumonia, intubação não planejada, parada cardíaca, infarto do miocárdio e choque séptico b) o tabagismo determina piora na atividade fagocítica e bactericida dos neutrófi los e macrófagos, resultando em uma reduzida capacidade de controle da contami- nação bacteriana da ferida operatória, determinando maior predisposição à infecção de sítio cirúrgico c) o tabagismo altera a função das células infl amatórias, determinando uma degradação do tecido conectivo devido a uma excessiva liberação de proteases, asso- ciada a uma redução na liberação de fatores inibido- res de proteases d) o tabagismo determina um efeito vasoconstrictor dele- tério permanente e não reversível, após sua interrupção (cessar de fumar) no fl uxo sanguíneo periférico, oxige- nação e metabolismoanaeróbio; favorecendo o surgi- mento de hipóxia, necrose e infecção de sítio cirúrgico e) a resposta infl amatória é reversível dentro de 3 a 4 semanas após a interrupção do tabagismo, com o re- torno à normalidade da função das células infl amató- rias, liberação de enzimas proteolíticas e mecanismos oxidativos, porém a resposta proliferativa parece não ser reversível (função do fi broblasto, regeneração epi- dérmica, síntese e degradação do colágeno) ACERTEI ERREI DÚVIDA UFPE – 2013 41. Um homem de 59 anos, obeso e hipertenso, deverá ser submetido a uma intervenção cirúrgica de grande porte sobre o trato digestivo. A avaliação pré-operatória clas- sifi cou o caso como ASA IV. Considerando que a clas- sifi cação da Sociedade Americana de Anestesiologia é universalmente aceita, assinale a alternativa incorreta: a) excelente avaliador do risco cirúrgico b) a avaliação leva em conta apenas as características do paciente c) é um bom preditor de mortalidade d) estratifi ca o estado físico do paciente ACERTEI ERREI DÚVIDA UFPR – Clínica Cirúrgica – 2013 42. Sobre a transfusão de sangue, assinale a alternativa correta: a) a diluição normovolêmica aguda reduz a necessidade de sangue, por reaproveitá-lo do campo cirúrgico b) pacientes com grandes tumores abdominais se benefi - ciam da recuperação do sangue do campo operatório c) um coagulograma normal indica ausência de doen- ças da coagulação do sangue d) paciente renal crônico não deve se submeter a cirurgias eletivas se tiver taxa de hemoglobina inferior a 7 g/dL e) a pressão arterial se mantém estável em paciente adulto que perdeu 1.000 mL de sangue com infusão de 3.000 mL de solução fi siológica ACERTEI ERREI DÚVIDA UERJ – Clínica Cirúrgica – 2013 43. Segundo os critérios de Child-Turcotte-Pugh, no pa- ciente cirrótico sem encefalopatia, mas com ascite leve controlada, bilirrubina de 2,7 mg/dL, albumina de 2,9 g/dL e tempo de protrombina (valor de referência = 14 s) de 17 segundos, seu total de pontos e sua classifi ca- ção são, respectivamente: a) 5 – classe A b) 6 – classe A c) 8 – classe B d) 9 – classe B ACERTEI ERREI DÚVIDA UFPI – Clínica Cirúrgica – 2013 44. A terapia nutricional no pré e pós-operatório com a fi nalidade de diminuir o risco cirúrgico está indicada no caso de: a) perda de peso superior a 10% nos últimos 6 meses b) a albumina sérica ser inferior a 4,0 g/dL c) o IMC ser inferior a 20 d) neoplasia com evolução superior há 1 ano e) pacientes com acalasia de esôfago ACERTEI ERREI DÚVIDA Cirurgia geral | volume 1 | Questões para treinamento SJT Residência Médica - 2015134 UFPI – Clínica Cirúrgica – 2013 45. A avaliação nutricional é a interpretação conjunta de vários parâmetros, permitindo a obtenção de um diag- nóstico preciso. Baseando-se, assim, na anamnese e no exame físico do paciente, NÃO se utiliza para avaliação do estado nutricional: a) proteína carreadora do retinol b) albumina c) alfafetoproteína d) transferrina e) pré-albumina ACERTEI ERREI DÚVIDA UFPI – Clínica Cirúrgica – 2013 46. Constitui recomendação pré-operatória: a) solicitar raio X de tórax em PA e perfil para tabagista crônico (mais de 10 cigarros/dia) do sexo masculino com 52 anos de idade e que apresenta dispneia aos esforços moderados b) suspender o cigarro por duas semanas no pré-operatório c) em pacientes com hepatite crônica sem cirrose que irão submeter-se a cirurgia eletiva, geralmente a cirurgia é considerada de alto risco d) paciente diabético em uso de insulina NPH 20 UI pela manhã e 15 UI à noite, administrar 10 UI à noite na véspera da cirurgia e 10 UI na manhã da cirurgia e) o paciente com histórico de uso de esteroides (< 5 mg dia) pode necessitar de uma suplementação para uma suposta resposta adrenal anormal ao estresse periope- ratório ACERTEI ERREI DÚVIDA Hospital Nª Sª das Graças – Clínica Cirúrgica – 2013 47. Paciente do sexo masculino de 64 anos, apresenta hérnia inguinal esquerda sintomática. É portador de hipertensão arterial sistêmica controlada com inibidor da enzima de conversão da angiotensina e diurético. Trabalha na bolsa de valores e realiza caminhadas de 30 minutos em dias alternados. Qual é a classificação de ASA (Sociedade Americana de Anestesilogia) deste paciente: a) ASA 1 b) ASA 2 c) ASA 3 d) ASA 3E e) ASA 4E ACERTEI ERREI DÚVIDA UFSC – 2012 48. Na avaliação pulmonar pré-operatória, é CORRETO afirmar que: a) a pressão parcial de oxigênio (PO2) no sangue arte- rial é o melhor indicador de ventilação alveolar b) idealmente se deve suspender o uso do tabaco, nos ta- bagistas, uma semana antes do procedimento cirúrgico c) os parâmetros espirométricos mais importantes são o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), a capacidade vital forçada (CVF) e a relação VEF1/CVF d) a chance do desenvolvimento de parada cardíaca no período perioperatório é a mesma quando se com- para população de asmáticos com de não asmáticos e) a capacidade de tolerância ao exercício físico tem im- portância na avaliação da doença pulmonar obstru- tiva crônica, mas não se correlaciona com os riscos pós-operatórios ACERTEI ERREI DÚVIDA SUS-SP – 2012 49. Uma paciente de 45 anos de idade, portadora de he- patite C e cirrose, será submetida a colecistectomia de hepatite C e cirrose, será submetida a colecistectomia eletiva, para tratamento de litíase biliar sintomática. Melhor indicador de mortalidade perioperatória: a) carga viral b) MELD c) aspecto do fígado na tomografia d) classificação de Child-Pugh e) aspecto dos cálculos na ultrassonografia ACERTEI ERREI DÚVIDA SES-RJ – 2012 50. Homem de 51 anos prepara-se para cirurgia de hérnia inguinal esquerda. Ele é tabagista, diabético e hiper- tenso. Faz uso regular de losartan e hidroclorotiazida para controle da pressão arterial e de metformina para controle glicêmico. Apresenta-se em bom estado geral, PA 120/84 mmHg, FR 16 irpm, FC 80 bpm, sem arrit- mias. A revisão laboratorial mostra glicemia de jejum de 185 mg/dL e função renal normal. A radiografia de tórax e eletrocardiograma encontram-se sem altera- ções. Sua classificação de risco anestésico (ASA) é: a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 ACERTEI ERREI DÚVIDA SES-RJ – 2012 51. Com relação ao preparo pré-operatório do paciente ci- rúrgico em uso regular de medicamentos é correto afir- mar, EXCETO: a) o lítio e os medicamentos antidepressivos tricíclicos devem ser descontinuados duas semanas antes das cirurgias eletivas b) os hormônios tireodianos devem ser mantidos antes e após as cirurgias eletivas c) o AAS interfere de forma irreversível na função pla- quetária e deve ser suspenso 7 a 10 dias antes das ci- rurgias eletivas d) as biguanidas ou sulfonilureias devem ser suspensas antes das cirurgias eletivas sendo a glicemia contro- lada com insulina regular ou soro glicosado, confor- me necessidade ACERTEI ERREI DÚVIDA 9 Pré-operatório 135 SES-RJ – 2012 52. Paciente masculino, 45 anos, não tabagista, sem comor- bidades e sem fatores de risco adicionais para fenôme- nos tromboembólicos, será submetido a colectomia direita devido à adenocarcinoma de cólon ascendente. A respeito da tromboprofi laxia deste paciente, podemos afi rmar, EXCETO: a) a prevenção é a chave para a redução da morbimor- talidade no tromboembolismo venoso e sua relação custo-benefício já foi repetidamente demonstrada, sendo efi caz e segura, com poucos efeitos colaterais b) a tromboprofi laxia tem como objetivo, nesse pacien- te, tanto a prevenção da trombose venosa profunda quanto do tromboembolismo pulmonar c) trata-se de um paciente de risco moderado de apresen- tar tromboembolismo venoso,sendo indicadas medi- das não farmacológicas e heparina não fracionada ou de baixo peso molecular, em doses profi láticas d) a tromboprofi laxia farmacológica é indicada para esse paciente e uma das opções seria a heparina não fracionada, 5.000 UI, no subcutâneo, de 8 em 8 ho- ras, iniciada 12 horas antes da cirurgia e mantida en- quanto durar o risco de fenômeno tromboembólico ACERTEI ERREI DÚVIDA UERJ – 2012 53. No repouso masculino está sendo reavaliado um alcoóla- tra com possível indicação de laparotomia exploradora. Ele sofre de cirrose hepática e tem ascite moderada a gra- ve, mas não há evidências de encefalopatia. A bioquími- ca sanguínea revela bilirrubina de 2,5 mg/dL, albumina de 3,8 g/dL e tempo de protrombina prolongado em 5 seg (INR aproximadamente de 1,9). O somatório de pontos alcançado, à luz da classifi cação de Child-Pugh, é de: a) 6 b) 7 c) 8 d) 9 ACERTEI ERREI DÚVIDA Santa Casa-BH – 2012 54. No preparo pré-operatório do paciente com icterícia obstrutiva não está indicada: a) administração de vitamina K b) antibioticoterapia c) hidratação com solução glicosada d) heparinização profi lática para tromboembolismo ACERTEI ERREI DÚVIDA Unifi cado-MG – 2012 55. L.B.D., sexo feminino, 60 anos, cabeleireira, está em tra- tamento de tromboembolismo pulmonar há dois meses e em uso de varfarin. Ela deverá ser submetida a trata- mento cirúrgico de câncer de cólon esquerdo. Em rela- ção a este caso, assinale a afi rmativa CORRETA: a) o ato cirúrgico deverá ser protelado por mais quatro me- ses para completar o tratamento do tromboembolismo b) o varfarin deve ser mantido até a véspera da cirurgia, pois esta paciente é de altíssimo risco para eventos tromboembólicos c) o varfarin deve ser reiniciado no pós-operatório imediato d) o varfarin deve ser suspenso 5 dias antes da operação e iniciado o uso de heparina não fracionada por via endovenosa ou heparina de baixo peso molecular por via subcutânea ACERTEI ERREI DÚVIDA UFPR – 2012 56. Durante seu estágio em cirurgia, você foi acompanhar, no centro cirúrgico, a tireoidectomia total por carcinoma pa- pilífero de uma mulher, 27 anos, sem comorbidades, ASA I e IMC 21 kg/m². Durante a indução anestésica, o cirur- gião pede ao anestesista a administração endovenosa de 1 g de cefazolina como antibioticoprofi laxia. Qual a inter- pretação correta a ser feita referente à medida tomada? a) indicação inadequada que eleva custos e aumenta ris- cos de efeitos colaterais e aparecimento de bactérias denominadas resistentes b) indicação precisa, pois, apesar da inexistência de fato- res de risco para infecção de sítio cirúrgico, é caso de câncer e haverá manipulação do esôfago e traqueia c) indicação precisa, mas escolha errônea do antibiótico, por não cobrir anaeróbios presentes no esôfago d) indicação precisa, mas escolha errônea do início do an- tibiótico, que deveria ter sido iniciado 24 horas antes da operação e) indicação precisa, pois haverá a necessidade de coloca- ção de dreno tubular para aspiração pós-operatória ACERTEI ERREI DÚVIDA UFPR – 2012 57. O método mais apropriado para a identifi cação de um paciente com potencial para desenvolver uma diátese hemorrágica é: a) obter exames de sangue baseados em incidências inter- nacionais b) verifi car o seu tempo de sangramento c) fazer uma história e exame físico completo d) fazer um hemograma e) verifi car o tempo de retração do coágulo ACERTEI ERREI DÚVIDA ICC-CE – 2012 58. Em relação aos cuidados pré-operatórios de pacientes diabéticos é correto afi rmar: a) o uso de hipoglicemiantes orais deve ser suspenso 36 a 48 horas antes da cirurugia b) pacientes em uso de clorpropamida devem manter a medicação em doses habituais até o dia da cirurgia c) a substituição de hipoglicemiantes orais por insulina deve ser instituída 48 horas antes da cirurgia Cirurgia geral | volume 1 | Questões para treinamento SJT Residência Médica - 2015136 d) pacientes em uso de insulina de longa duração devem substituir seu uso por insulina regular 48 horas antes da cirurgia e) as preparações de insulina de ação curta (regular) geralmente são suspensas a partir do início do jejum ACERTEI ERREI DÚVIDA ICC-CE – 2012 59. Não representa fator de risco aumentado para trombo- embolia venosa: a) utilização de tela de Marlex para correção de hérnias b) lúpus eritomatoso sistêmico c) síndrome nefrótica d) uso de anticoncepcional oral e) doença inflamatória intestinal ACERTEI ERREI DÚVIDA AMP – 2012 60. Conforme a classificação da Sociedade Americana de Anestesistas (ASA), paciente com doença sistêmica gra- ve, que limita atividades, mas não o deixa incapacitado: a) V b) IV c) III d) II e) I ACERTEI ERREI DÚVIDA SUS-SP – 2012 61. Um paciente de 45 anos do sexo masculino tem hérnia inguinal direita e será submetido a correção cirúrgica com tela. Não é hipertenso nem diabético. Não faz uso habitual de nenhuma medicação. Nunca foi interna- do. Nega outras morbidades. Exames pré-operatórios que devem ser solicitados: a) hemograma, coagulograma, eletrocardiograma e ra- diografia de tórax b) eletrocardiograma e radiografia de tórax c) hemograma e função renal d) hemograma e coagulograma e) hemograma, coagulograma e eletrocardiograma ACERTEI ERREI DÚVIDA SES-SC – 2012 62. Em relação às recomendações para exames de avaliação pré-operatória, assinale a alternativa CORRETA: a) o eletrocardiograma deve ser solicitado para todos os pacientes cirúrgicos, independente do tipo de cirurgia b) a indicação de solicitação da radiografia do tórax em pacientes tabagistas é relativa c) a glicemia deve ser solicitada para pacientes de 20 a 40 anos devido ao risco de diabete melito tipo 1 d) a hemoglobina deve ser solicitada em todas as cirur- gias com anestesia local, mesmo com perda sanguí- nea desprezível e) o exame qualitativo de urina deve ser solicitado para todos os pacientes diabéticos, hipertensos, etilistas pesados e tabagistas ACERTEI ERREI DÚVIDA SES-CE – 2011 63. Distúrbio de coagulação é rotineiramente pesquisado em pacientes que se submeterão, principalmente, a ci- rurgias de grande porte. Acerca do assunto, assinale a alternativa correta: a) as plaquetas aderem rapidamente ao colágeno suben- dotelial exposto e a proteínas da membrana basal b) a presença de vitamina K e do fator de Von Willebrand é importante para o sucesso na adesão plaquetária c) a denominada prostaglandina A2 é um importan- te agregador plaquetário d) a hemostasia se inicia com a interação entre a parede do vaso e os fatores da coagulação e) com a liberação de adenosina trifosfato pelas plaquetas ocorre maior adesão plaquetária ACERTEI ERREI DÚVIDA IMPARH – 2011 64. Qual das opções abaixo NÃO representa uma situação onde há indicação de transfusão de plaquetas? a) paciente apresentando contagem de plaquetas recente (dentro das 24 horas) < 10.000/mm3 b) paciente apresentando contagem de plaquetas recente (dentro das 24 horas) < 50.000/mm3 com um proce- dimento cirúrgico planejado c) profilaxia na púrpura trombocitopênica idiopática d) sangramento microvascular evidente e queda rápida na plaquetometria ACERTEI ERREI DÚVIDA Hospital Albert Einstein – 2011 65. Um homem de 58 anos deverá ser submetido a ressec- ção prostática por robótica. O paciente refere que dois familiares seus de primeiro grau já apresentaram si- nais de tromboembolismo pulmonar em intervenções cirúrgicas ablativas de próstata. Assinale a alternativa que NÃO expressa dosagem plasmática importante para a configuração de estado de hipercoagulabilidade: a) fator X da coagulação b) proteína C c) proteína Sd) antitrombina III e) anticorpos antifosfolípides ACERTEI ERREI DÚVIDA Cruz Vermelha-PR – 2011 66. Paciente masculino de 52 anos com índice de massa corporal de 23, será submetido à colecistectomia por vídeo, eletivamente. Na sua história clínica consta- tou-se que o mesmo faz atividade esportiva três vezes por semana há mais de 10 anos, não é tabagista e não toma medicações de forma contínua. Qual das alter- nativas abaixo relaciona os exames laboratoriais pré- -operatórios mais coerentes? 9 Pré-operatório 137 a) hemograma, sódio, potássio, ureia, creatinina, glicemia, coagulograma completo b) hemograma, parcial de urina, glicemia e creatinina c) glicemia, coagulograma, creatinina, ureia d) hemograma, creatinina, ureia e) hemograma, creatinina, ureia, glicemia e coagulograma ACERTEI ERREI DÚVIDA SUS-SP – 2011 67. A respeito da avaliação pré-operatória é INCORRETO afi rmar que: a) o objetivo principal da avaliação pré-operatória é de- tectar e corrigir as alterações eventualmente presen- tes, antes de realizar a operação b) os exames de rotina não baseados em avaliação e sus- peita clínica trazem pouca ajuda no cuidado e prepa- ro pré-operatório c) os exames laboratoriais e de imagem são os melhores métodos para se identifi car os fatores de risco d) a solicitação de exames exige que o médico tenha co- nhecimento de sensibilidade, especifi cidade, riscos, custo e relevância clínica e) a avaliação do risco no pré-operatório auxilia na decisão pelo melhor procedimento para se obter o maior benefício com o menor risco ACERTEI ERREI DÚVIDA UFSC – 2011 68. Em relação à avaliação nutricional do paciente cirúr- gico, qual dos itens abaixo não contribui para o cálcu- lo do gasto energético basal: a) idade b) sexo c) altura d) peso e) atividade metabólica ACERTEI ERREI DÚVIDA CREMESP – 2011 69. A respeito dos distúrbios de coagulação no paciente cirúrgico é correto afi rmar: a) em pacientes que serão submetidos à cirurgia eletiva, o uso de ácido acetilsalicílico (AAS) deve ser suspen- so pelo menos 15 dias antes da cirurgia b) pacientes com icterícia obstrutiva prolongada não se benefi ciam com o uso de vitamina K c) a reposição de plasma fresco congelado é a melhor forma de corrigir rapidamente as alterações de coa- gulação associadas ao uso de anticoagulante oral d) a vitamina K reverte rapidamente as alterações de coagulação associadas à cirrose hepática e) a principal causa de sangramento nos pacientes po- litransfundidos é a coagulopatia de consumo ACERTEI ERREI DÚVIDA USP-RP – 2010 70. Considerando-se a meia-vida da proteína, a dosagem sérica de albumina, como parâmetro de controle da efi cácia da terapêutica nutricional, deve ser realizada em intervalos de: a) 7 dias b) 10 dias c) 120 dias d) 21 dias ACERTEI ERREI DÚVIDA FMJ – 2010 71. Mulher de 54 anos, fumante, diabética, hipertensa, em uso de valsartana/hidroclorotiazida 160 /12,5 mg, fazen- do dieta hipossódica com restrição de açúcar e portado- ra de colelitíase, necessita colecistectomia laparoscópica. BEG, PA: 125/80, FC: 80 bat/min, rítmico. Glicemia 95 mg e sem alterações de Na+ e K+. Raio X de tórax: normal. Sua classifi cação de risco anestésico (ASA) é: a) ASA 1 b) ASA 2 c) ASA 3 d) ASA 4 e) ASA 5 ACERTEI ERREI DÚVIDA FESP – 2010 72. Em pacientes desnutridos, a adequação do regime nu- tricional pode ser avaliada pela dosagem de proteínas plasmáticas. Das proteínas abaixo, a que é mais sensí- vel por apresentar uma meia-vida mais curta é: a) pré-albumina b) transferrina c) globulina d) albumina ACERTEI ERREI DÚVIDA FESP – 2010 73. Um paciente de 57 anos, portador de hipertensão con- trolada, encontra-se em pré-operatório de colectomia direita. A sua classifi cação, segundo a American Socie- ty of Anesthesiologists (ASA) é: a) I b) II c) III d) IV ACERTEI ERREI DÚVIDA SUS-BA – 2010 74. Defi ne-se como transfusão maciça, como sendo a: a) reposição de, pelo menos, uma volemia em um inter- valo de até 24 horas b) reposição de, pelo menos, uma volemia, em um inter- valo de até 12 horas c) administração de mais de 4 unidades de concentrado de hemácias em curto período de tempo Cirurgia geral | volume 1 | Questões para treinamento SJT Residência Médica - 2015138 d) administração de mais de 6 unidades de concentrado de hemácias em curto período de tempo e) administração de mais de 8 unidades de concentrado de hemácias em curto período de tempo ACERTEI ERREI DÚVIDA Hospital Universitário Evangélico de Curitiba – 2010 75. Na avaliação nutricional do paciente cirúrgico, assina- le qual dos seguintes parâmetros não tem importância: a) impedanciometria b) dosagem da albumina sérica c) dosagem da transferrina sérica d) medida da prega cutânea do tríceps e) peso ACERTEI ERREI DÚVIDA UEL – 2010 76. O plasma fresco congelado tem sua melhor indicação na: a) hipovolemia como expansor plasmático b) trombocitopenia causada pela heparina c) disfunção plaquetária com sangramento d) na recuperação da pressão coloidosmótica e) deficiência de fatores de coagulação ACERTEI ERREI DÚVIDA Unificado-MG – 2010 77. Paciente do sexo feminino, 68 anos, apresenta HAS de 160 x 110 mmHg, DM tipo 1 e angina estável. Indicado tratamento cirúrgico para colecistolitíase sintomática não complicada. Em relação ao pré-operatório dessa paciente podemos afirmar, exceto: a) ela é mais categorizada como ASA 2 b) raio X de tórax, hemograma e provas de função renal são exames que devem ser solicitados c) para definição de seu risco cardíaco, deveriam ser soli- citados, dentre outros: ECG e gasometria arterial d) a presença de angina instável ou de infarto do miocár- dio recente (ocorrido nos últimos 3 meses antes da ava- liação), deveria contraindicar ou adiar o procedimento ACERTEI ERREI DÚVIDA Unificado-MG – 2010 78. Paciente do sexo masculino, 55 anos, sem fatores de ris- co adicional para complicações tromboembólicas, deve- rá ser submetido a gastrectomia subtotal no tratamento de carcinoma gástrico distal. Em relação à indicação de tromboprofilaxia podemos afirmar, exceto: a) a relação custo-benefício da tromboprofilaxia, em ca- sos como esse, já foi repetidamente demonstrada b) trata-se de um paciente de risco moderado de apre- sentar tromboembolismo venoso c) a tromboprofilaxia tem como objetivo, nesse pacien- te, a prevenção de trombose venosa profunda, mas também de tromboembolismo pulmonar d) a melhor estratégia para a tromboprofilaxia, neste caso, seria o emprego de heparina não fracionada 5.000 UI SC de 8 em 8 horas ACERTEI ERREI DÚVIDA IJF – 2010 79. São indicações gerais de suporte nutricional, EXCETO: a) ingestão oral inferior a 50% das necessidades energéticas totais b) duração do jejum superior a 7 dias de inanição c) valor da albumina sérica < 3,5 g/100 mL medida na ausência de um estado inflamatório d) perda superior a 10% do peso corporal quando da inter- nação ACERTEI ERREI DÚVIDA SES-SC – 2010 80. É considerada uma contraindicação formal para a trans- fusão de plaquetas: a) coagulação intravascular disseminada b) púrpura trombocitopênica trombótica c) púrpura trombocitopênica imunológica d) plaquetopenia secundária à leptospirose e) plaquetopenia secundária à meningococcemia ACERTEI ERREI DÚVIDA SES-SC – 2010 81. Na avaliação pré-operatória é importante conhecer con- dições pre-existentes que possam interferir na completa recuperação do paciente. Medicações que o paciente in- gere podem alterar o curso de um procedimento opera- tório, desde que não sejam suspensas antecipadamente. Assim sendo, assinale a alternativacorreta em relação ao ácido acetilsalicílico. a) não há necessidade de se preocupar com isso, pois as consequências da administração do ácido acetilsali- cílico são desprezíveis na coagulação sanguínea b) o ácido acetilsalicílico não necessita ser suspenso ante- cipadamente em pacientes candidatos à cirurgia eleti- va, pois atua na via extrínseca da cascata de coagulação c) se, em sua opinião, ele necessitar ser suspenso previa- mente e não houver tempo para isso, eventuais efeitos colaterais podem ser controlados com a administra- ção intravenosa de vitamina K d) no paciente que o utiliza diariamente e que precisa ser operado e não interrompe a sua administração, mesmo com o número de plaquetas normais, pode acontecer sangramento por distúrbio de coagulação, pois há inibição seletiva da via de formação do trom- boxano pela droga e) a obtenção da contagem de plaquetas no pré-ope- ratório é importante, pois se o número de plaquetas estiver dentro dos valores normais pode-se operar o paciente sem risco de sangramento, sem a necessi- dade de suspensão prévia da droga ACERTEI ERREI DÚVIDA HPM-MG – Endoscopia – 2009 82. Qual das alternativas abaixo não faz parte do grupo de alto risco de tromboembolismo venoso no pós-operatório: 9 Pré-operatório 139 a) Clínica Cirúrgica em paciente com mais de 40 anos de idade e história de tromboembolismo venoso profun- do e embolia pulmonar b) cirurgia pélvica ou abdominal extensa para patologia maligna c) grande cirurgia ortopédica dos membros inferiores d) Clínica Cirúrgica em paciente com mais de 40 anos de idade e com duração maior de 30 minutos ACERTEI ERREI DÚVIDA UFSC – Medicina Intensiva – 2009 83. Em relação ao sistema de classifi cação de risco anestési- co da Associação Americana de Anestesia (ASA), pode- mos afi rmar: a) pacientes com classifi cação ASA-V apresentam total normalidade fi siológica b) quanto maior o número na classifi cação, menor o ris- co para procedimentos anestésicos/cirúrgicos c) pacientes com classifi cação ASA-III ou ASA-IV não podem ser submetidos a cirurgia, mesmo de urgên- cia, pelo elevado risco de óbito transoperatório d) os pacientes classifi cados como ASA-II são aqueles com distúrbio fi siológico leve a moderado, controla- do. Sem comprometimento da atividade normal. O risco de óbito na cirurgia é baixo (< 5%) e) pacientes com classifi cação ASA-I não apresentam distúrbios fi siológicos, mas podem apresentar dis- túrbios bioquímicos e/ou psiquiátricos ACERTEI ERREI DÚVIDA UFRJ – 2009 84. Dorival, 68 anos, em pré-operatório de carcinoma bem diferenciado localizado no colo esquerdo. His- tória de colonoscopia há dez anos, com remoção de pólipo de 1 cm de diâmetro. Seu irmão mais velho foi operado de câncer no colo aos 80 anos. Tem história prévia de trombose venosa profunda fêmoro-poplítea direita há 10 anos após fratura de ossos da perna e imobilização com aparelho gessado. O ecodoppler venoso recente mostra total recanalização do sistema venoso profundo direito, com discreto refl uxo na veia femoral superfi cial. A heparina de baixo peso mole- cular deverá ser utilizada em dose: a) profi lática, após o procedimento cirúrgico e manuten- ção por 24 horas b) plena, 12 horas antes do procedimento cirúrgico até alta hospitalar c) plena, 12 horas após o procedimento cirúrgico até deambulação d) profi lática, 12 horas antes do procedimento cirúrgi- co e a cada 24 horas até deambulação ACERTEI ERREI DÚVIDA UFRN – 2009 85. A profi laxia para tromboembolismo pulmonar, reco- mendada a um paciente de 20 anos que será submeti- do a uma apendicectomia, é: a) heparina subcutânea b) deambulação precoce c) heparina intravenosa d) compressão pneumática intermitente ACERTEI ERREI DÚVIDA UFF – 2008 86. Com relação à avaliação do estado nutricional de um paciente, assinale a afi rmativa ERRADA: a) a avaliação da reserva lipídica pode ser feita utilizan- do-se a medição da espessura de pregas cutâneas b) a linfocitometria é utilizada correntemente para avaliar a imunocompetência de um paciente c) o grau de catabolismo proteico é determinado pela perda urinária de nitrogênio ureico em 24 horas d) na avaliação simplifi cada do grau de desnutrição de um paciente, níveis de albumina sérica entre 2,5 e 3 g/dL sugerem um quadro de desnutrição leve ACERTEI ERREI DÚVIDA HSPM – São Paulo – 2007 87. Melhor forma de avaliar o risco de sangramento no pré- -operatório de cirurgia eletiva: a) TP b) história clínica c) coagulograma completo d) contagem de plaqueta e) TS ACERTEI ERREI DÚVIDA HSPM – São Paulo – 2007 88. Um paciente apresenta neoplasia não obstrutiva de antro gástrico. No pré-operatório desenvolve quadro compatível com trombose venosa profunda em perna direita. Conduta mais apropriada para a situação: a) suspender a cirurgia, iniciando tratamento com heparina endovenosa até que haja sinais de recuperação do fl uxo venoso ao ecodoppler, substituindo-se então a heparina endovenosa por subcutânea e procedendo-se à cirurgia b) manter a programação cirúrgica devido à obstrução gástrica, independente da manifestação paraneoplá- sica, valendo-se de outros meios de profi laxia como, por exemplo, enfaixamento dos membros e deam- bulação precoce c) suspender a cirurgia, iniciar tratamento com hepari- na endovenosa, e só operar após remissão do quadro agudo, revertendo a heparinização com protamina ou aguardando 12 horas, mantendo heparinização subcutânea no pós-operatório d) manter a programação cirúrgica, iniciando tratamen- to com heparina subcutânea para evitar sangramento pós-operatório, administrando dicumarínicos assim que o paciente for realimentado por via oral e) suspender a cirurgia, iniciando heparinização endove- nosa e colocação de fi ltro de cava, revertendo a hepari- nização com protamina logo após a colocação do fi ltro e procedendo à cirurgia, com utilização de heparina subcutânea no pós-operatório ACERTEI ERREI DÚVIDA Cirurgia geral | volume 1 | Questões para treinamento SJT Residência Médica - 2015140 IPSMG – 2007 89. Uma terapia nutricional agressiva em pacientes caqué- ticos pode levar a consequências clínicas adversas co- nhecidas como síndrome de realimentação. Sobre essa síndrome e seu tratamento é incorreto afirmar que: a) a reposição calórica deve ser em torno de 15 a 20 kcal/ kg sendo 100 g de carboidratos e 1,5 g de proteína por quilo por dia b) hiperfosfatemia severa pode ocorrer em poucas horas após o início da terapia nutricional c) insuficiência cardíaca congestiva e taquiarritmias ven- triculares podem ocorrer mais frequentemente duran- te a primeira semana de realimentação d) potássio e magnésio, embora permaneçam normais ou próximos do normal durante o período de des- nutrição, podem apresentar queda rápida durante a realimentação ACERTEI ERREI DÚVIDA CREMESP – 2007 90. No pré-operatório, atenção especial deve ser dada aos me- dicamentos em uso. Os anticoagulantes merecem especial consideração. Com relação aos cuidados para reverter as alterações na coagulação associadas ao uso de anticoagu- lantes, pode-se afirmar que a: a) reversão do efeito da heparina pode ser obtida com a reposição de vitamina K b) reversão do efeito dos derivados da varfarina pode ser obtida com protamina c) transfusão de plaquetas corrige o distúrbio provocado pela heparina d) reversão do efeito da heparina pode ser obtida com a administração de protamina e) transfusão de plaquetas corrige o distúrbio provoca- do pelos derivados da varfarina ACERTEI ERREI DÚVIDA FESP – 2007 91. Um dos procedimentos operatórios não cardíacos em que ocorre risco elevado de complicação cardíaca(> 5%) é: a) enxerto aortobifemoral b) operação para catarata c) linfadenectomia cervical radical d) prótese completa de cabeça de fêmur ACERTEI ERREI DÚVIDA FESP – 2007 92. O índice de massa corporal é calculado pela fórmula: a) peso (kg) / {estatura em metros}² b) {massa proteica somática}³ / peso (kg) c) massa proteica visceral / {peso em kg}² d) estatura em metros / {massa proteica somática}³ ACERTEI ERREI DÚVIDA FESP – 2007 93. Em um paciente cirúrgico o nível da glicemia acima do qual pode ocorrer comprometimento da função imune, com possibilidade aumentada de complicações pós-ope- ratórias é, em mg/dL, de: a) 126 b) 140 c) 250 d) 320 ACERTEI ERREI DÚVIDA AMIRGS – 2005 94. O uso de ácido acetilsalicílico (AAS) é muito frequente, tanto como analgésico quanto como profilático, nas do- enças vasculares cerebral e cardíaca, o que eleva o risco de hemorragias em cirurgias eletivas. Quanto tempo antes de uma cirurgia eletiva deve-se suspender o uso de AAS? a) não existe necessidade de suspender o uso de AAS b) não é preciso suspendê-lo, basta diminuir a dosagem diária para 50% do que vinha sendo usada c) deve ser suspenso 48 horas antes da cirurgia d) deve ser suspenso 7 dias antes da cirurgia e) deve ser suspenso 30 dias antes da cirurgia ACERTEI ERREI DÚVIDA IPSMG – 2005 95. A respeito dos aspectos nutricionais dos pacientes cirúr- gicos é incorreto afirmar que: a) a melhor via de nutrição, sempre que possível, é a denominada oral b) o início da nutrição enteral precoce (início em 24 a 72 horas após a cirurgia), no pós-operatório de ci- rurgias gástricas, esofágicas e pancreáticas, tem sido associado a menor taxa de complicações infecciosas c) pacientes portadores de tumores malignos do trato digestivo, ainda que desnutridos, não devem receber nutrição parenteral total no pós-operatório d) proteínas devem ser oferecidas na quantidade de 1 a 2 gramas por quilo, ao dia, no pós-operatório ACERTEI ERREI DÚVIDA FESP – 2005 96. Atualmente o fator determinante na decisão de trans- fusão de concentrado de hemácias para um paciente é: a) o valor do hematócrito b) o quadro clínico c) o nível de hemoglobina d) a perfusão periférica ACERTEI ERREI DÚVIDA FESP – 2005 97. Pacientes em preparo pré-operatório, que apresen- tam anemia, devem ter o volume de hemácias reposto até a hemoglobina atingir um nível mínimo de segu- rança, antes de submetê-los à cirurgia sob anestesia geral. Este nível de hemoglobina corresponde a: Acertei Errei Dúvida Calcule a sua porcentagem: % % % Se você acertou 75% ou mais, parabéns. Se você acertou menos de 50%, retome o texto e reveja as questões. Caso persistam dúvidas, faça contato com o plantão de dúvidas em nosso site: www.sjteducacaomedica.com.br 9 Pré-operatório 141 a) 8 g/dL b) 10 g/dL c) 12 g/dL d) 14 g/dL ACERTEI ERREI DÚVIDA UFPE – 2005 98. Com relação à avaliação pré-operatória do paciente cirúrgico, podemos afi rmar que: a) a classifi cação da American Society of Anesthesiologists (ASA) é específi ca para a avaliação do risco cardíaco b) a classifi cação de ASA se baseia em parâmetros clínicos e laboratoriais c) a classifi cação de Goldman é específi ca para risco pulmonar d) a classe III de Goldman (13-25 pontos) determina um risco de complicações cardiológicas em torno de 14% ACERTEI ERREI DÚVIDA UFF – 2005 99. A ação do ácido acetilsalicílico se dá por: a) aumento da agregação plaquetária b) inibição da fosfodiesterase; bloqueio à captação de adenosina c) ausência de ação direta sobre o metabolismo do áci- do araquidônico d) inibição irreversível da cicloxigenase, difi cultando a formação do tromboxano AII e) atuação sobre os receptores de ADP presentes na su- perfície plaquetária ACERTEI ERREI DÚVIDA Fundação João Goulart – Rio de Janeiro – 2005 100. A droga fundamental utilizada no preparo pré-opera- tório do paciente com feocromocitoma, com o objeti- vo de se evitar intercorrência clínica grave durante a excisão da lesão é: a) lidocaína b) propranolol c) nitroprussiato d) fenoxibenzamina ACERTEI ERREI DÚVIDA Prefeitura de Niterói – 2002 101. Dentre as indicações de transfusão de plasma fresco congelado, a que pode ser considerada sem fundamen- tação clínica é: a) coagulação intravascular disseminada b) defi ciência congênita de antitrombina III c) transfusão maciça em paciente sem coagulopatia clínica d) redução dos níveis de plasminogênio ou antiplasmina ACERTEI ERREI DÚVIDA UNICAMP – 2001 102. Em transfusão maciça de sangue, o evento menos provável de ocorrer é: a) trombocitopenia b) hipercalcemia c) defi ciência de fatores da coagulação d) desvio para a esquerda na curva de dissociação da hemoglobina e) hipotermia ACERTEI ERREI DÚVIDA USP-SP – 2000 103. Qual é o parâmetro mais importante na avaliação pré-operatória da reserva funcional hepática? a) tempo de protrombina b) tempo parcial de tromboplastina c) albuminemia d) bilirrubina e) transaminases ACERTEI ERREI DÚVIDA 1. As escalas de Detsky e Goldmann são utilizadas para avaliação do risco de complicações cardíacas. A escala de Apache II é utilizada com o objetivo de prognosticar pacientes críticos, como por exemplo, pacientes com pancreatite aguda grave. A avaliação de risco para complicação pulmonar pós- operatória mais utilizada na prática clínica é baseada na escala de risco elaborada por Torrington & Henderson e que utiliza as variáveis abaixo: Classifi cação da escala de Torrington & Henderson (1988) Fatores clínicos Pontua-ção 1. Localização cirúrgica: abdominal alta/torácica 2 2. Idade acima de 65 anos 1 3. Estado Nutricional – Distrófi co 1 4. Histórico pulmonar Tabagismo atual/Doença pulmonar 1 Tosse + Expectoração/brocoespasmo/hemoptise 1 5. Espirometria CVF < 50% do previsto ou VEF1/CVF: 65- 75% 1 50- 65% 2 < 50% 3 Risco baixo de 0 a 3 pontos; risco moderado de 4 a 6 pontos; ris- co alto de 7 a 12 pontos A escala de Braden é utilizada para avaliação do risco de úlce- ras de pressão. Resposta e. 2. Este paciente diabético de 40 anos com diagnóstico defi nido a três anos, fi ca confi gurado como diabetes tipo I, ou seja, in- sulinodependente. Pelo tempo de doença pode se prever que complicações crônicas ainda não serão relevantes neste pa- ciente (geralmente após cinco anos, estas são mais prováveis), 10 Questões para Treinamento Pré-operatório diferente do paciente diabético tipo 2, para o qual a idade do diagnóstico não corresponde ao tempo de doença. O paciente diabético é do ponto de vista cirúrgico, um paciente especial, uma vez que complicações metabólicas e risco infeccioso são mais previsíveis, sendo assim, uma avaliação pré-operatória mais ampla se torna necessária. A avaliação do controle me- tabólico incluindo glicemia de jejum, hemoglobina glicada, avaliação da função renal (creatinina e/ou clearance de creati- nina), avaliação cardiológica (ECG, como exame básico, mas se diabético crônico de muitos anos de evolução, uma avalia- ção mais apurada, incluindo ecocardiograma, teste ergomé- trico e cintilografi a cardíaca, caso haja alteração no teste de esforço, podem ser necessários em cirurgias mais complexas) e avaliação neurológica (em doentes crônicos) com objetivo principal de detectar a presença de neuropatia autonômica, complicação comumente encontrada sobretudo em pacien- tes com longa duração de diabetes. A presença de hipotensão postural e a frequência cardíaca fi xa, são alguns sinais que po- dem advertir quanto à presença do comprometimento auto- nômico do coração. Neste caso em questão, além do controle metabólico, hemograma, creatininae ECG defi nirão de forma adequada o risco cirúrgico deste paciente. Resposta e. 3. Depois de algumas horas em jejum, os níveis de insulina caem enquanto os do glucagon aumentam, determinando uma rápida utilização dos parcos recursos de glicogênio armazenado pelo organismo, especialmente no fígado. Os níveis séricos do hor- mônio do crescimento também se elevam caso haja hipoglice- mia ou diminuição de circulação de ácidos graxos livres. Como a reserva de glicogênio é pequena e se exaure em pouco tempo, a gliconeogênese passa a ser vital, pois o sistema nervoso central e as células sanguíneas são altamente dependentes da glicose para suas atividades metabólicas durante o período inicial do jejum não adaptado.Assim, o fígado converterá aminoácidos e glicerol (resultante da quebra dos triglicerídeos armazenados em glicerol e ácidos graxos) em glicose. Esse fenômeno parece 10 Pré-operatório 143 ter regulação central envolvendo uma maior secreção de ACTH pela hipófi se e consequentemente aumento da secreção do cor- tisol pela suprarrenal. O cortisol, associado à queda da insulina e ao aumento dos hormônios tireoidianos e adrenérgicos, de- termina uma mobilização das proteínas musculares que passam a fornecer, através de reações catabólicas, aminoácidos na cor- rente sanguínea (particularmente alanina e glutamina). A queda dos níveis de insulina, associado ao aumento do glucagon, leva a níveis aumentados de AMP cíclico no tecido adiposo, resul- tando em estímulo à lípase hormônio-sensitiva para quebrar a molécula do triglicerídeo em glicerol e ácido graxo. Esses ácidos graxos serão particularmente importantes no fornecimento de energia ao fígado para as reações da gliconeogênese hepática. Também serão a fonte de energia para os órgãos nesse processo de adaptação à escassez de glicose. Com o prolongamento do jejum, progressivamente o cérebro passa a consumir mais cor- pos cetônicos e menos glicose. Nessa fase, a excreção urinária de amônia formada no rim pela transaminação da glutamina aumenta e passa a ser a forma de excreção nitrogenada mais co- mum. Resposta a. 4. O comentário da questão anterior deixa claro a resposta a esta pergunta: glicogenólise hepática e periférica. Resposta a. 5. Esta é uma pergunta que basta o bom senso para acertá- -la, mas que obviamente fi ca muito clara também do ponto de vista científi co. Câncer do aparelho digestivo se marca de anorexia, perda ponderal progressiva, desnutrição ao longo da evolução. O paciente da opção D provavelmente evoluiu com pneumonia aspirativa em decorrência do grave com- prometimento do seu estado geral; os demais pacientes todos têm doença aguda, e a paciente da opção E, com câncer de mama não justifi ca risco maior de desnutrição, uma vez que apesar de tratar-se de carcinoma, este não se marca de ano- rexia e/ou perda ponderal relevante, exceto, na fase fi nal de sua evolução. É claro, que os pacientes das opções A, B e C, com doenças agudas e benignas, se complicarem na evolução deverão ser avaliados quanto ao risco de desnutrição aguda. A desnutrição aguda é bastante frequente em doentes cirúrgi- cos, e muitas vezes seu diagnóstico é negligenciado. É comum em pós-operatório eletivo complicado, no trauma, em infecção e em situações críticas que comprometem a vida durante o pré ou o pós-operatório. Ao exame clínico, o paciente pode apresen- tar-se com suas reservas de tecido adiposo e proteínas normais, o que falseia a impressão de desnutrição, infere um diagnóstico errado e negligencia a preocupação com o estado nutricional. Nesses pacientes, é comum o edema, uma fragilidade a infec- ções e má cicatrização. A saída de dois ou três fi os ao se puxar um tufo dos cabelos é um indicativo de provável desnutrição. Da mesma forma que na desnutrição crônica, há também queda da albumina sérica e de linfócitos periféricos, além de anergia a tes- tes de sensibilidade cutâneos. A forma mista geralmente aconte- ce em pacientes crônicos submetidos a uma agressão cirúrgica, sendo, por conseguinte, uma condição muito grave e associada a altos índices de mortalidade. Resposta d. 6. O capítulo 2 de sua apostila facilita sua resposta. Fique atento às tabelas a seguir: Profi laxia medicamentosa da TVP com heparina não-fracionada* Risco moderado 5.000 UI por via subcutânea de 12/12 horas, iniciando-se 2 horas antes da cirurgia Risco alto 5.000 UI por via subcutânea de 8/8 horas, iniciando-se 12 horas antes da cirurgia (*) Mantendo-se as administrações enquanto perdurar o risco de TVP (sete a dez dias). (**) O 8° Consenso American College of Chest Physicans, preconiza 2 horas antes se anestesia geral e 2h após se bloqueio. Profi laxia medicamentosa da TVP com heparinas de baixo peso molecular em dose única diária* Droga Risco moderado Risco alto Enoxaparina 2.000 UI (= 20 mg) 4.000 UI (= 40 mg) Nadroparina 2.850 UI 5.700 UI Dalteparina 2.500 UI 5.000 UI *Mantendo-se as administrações enquanto perdurar o risco de TVP (sete a dez dias). Resposta b. 7. É um procedimento cirúrgico, não tem sentido facilitar ris- co de sangramento inadequado, o warfarin obrigatoriamente deve ser suspenso três a cinco dias antes do procedimento, estando o INR abaixo de 2 (valor de referência 1.20), está au- torizado realizar o procedimento. É procedimento cruento na mucosa do intestino grosso em um paciente portador de prótese cardíaca, logo, a recomendação de antibioticoprofi la- xia é mandatória. Qual o melhor antibiótico? cefalosporinas de segunda e terceira geração, ou cafazolina mais metronida- zol, ou metronidazol combinado com um aminoglicosídeo, são opções adequadas. Resposta a. 8. Mais uma vez reforço que a sua apostila está pronta para lhe fornecer as respostas. Na avaliação pré-operatória de um pa- ciente cuja avaliação do perfi l hepático evidencia AST/ALT > 2, (elevação máxima de 500UI) o diagnóstico mais provável é hepatite alcoólica, cujo diagnóstico deve ser reforçado pela his- tória clínica e avaliação quanto à indicação de biópsia hepática. A cirurgia deve ser postergada até que o quadro agudo esteja sob controle. Resposta a. 9. A profi laxia antimicrobiana não está indicada nas cirur- gias limpas se o paciente não apresenta fatores de risco ou se o procedimento não envolve a colocação de próteses de qualquer natureza. Consideram-se pacientes de risco aque- les portadores de três ou mais diagnósticos, aqueles cujas operações são de duração provável acima de 2 horas e aque- les submetidos a intervenções abdominais: a associação de quaisquer um dos fatores torna-os candidatos à profi laxia antimicrobiana. De modo prático, estabeleceu-se que o mo- mento ideal para administração do antimicrobiano é quando o anestesista induz a anestesia; a via ideal é a intravenosa, que permite conhecer a dose aplicada, bem como o tempo de Cirurgia geral | volume 1 | Gabarito comentado SJT Residência Médica - 2015144 meia-vida do medicamento, em função da sua farmacociné- tica; a dose inicial deve ser plena terapêutica, respeitando-se os níveis tóxicos do antimicrobiano selecionado. Diversos estudos têm demonstrado que a utilização de antimicrobia- no em dose única, na maioria dos casos, é suficiente como profilaxia da infecção da ferida cirúrgica. Uma segunda dose é suficiente como profilaxia da infecção da ferida cirúrgica. Uma segunda dose é suficiente quando o procedimento ci- rúrgico se estende por mais de 3 horas ou período superior a duas vezes a meia-vida do antimicrobiano utilizado. Nas cirurgias classe III (cirurgias contaminadas, que incluem as cirurgias colorrretais, laparotomia exploradora sem diagnósti- co de certeza, laparotomia exploradora por trauma abdominal e traumatismos ósseos e de partes moles), a cefazolina isolada não tem aplicabilidade; as cefalosporinas de segunda e terceira geração são