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5 - 2021 HIAE Complicação mais frequentemente associada à intubação orotraqueal de urgência, em doentes críticos: A) Barotrauma. B) Aspiração. C) Pneumotórax. D) Fístula traqueoesofágica. E) Intubação esofágica. A intubação orotraqueal é possivelmente causadora de complicações, desde o momento da laringoscopia até o período após o posicionamento do tubo e do início da ventilação mecânica. A complicação mais comum é a simples dor de garganta, mas entre as possibilidades mais graves também existe o risco de hipoxemia, alterações hemodinâmicas, broncoaspiração, broncoespasmo e trauma das vias aéreas. E especificamente nas intubações de urgência? Nesse caso, existe risco ainda maior de hipoxemia por preoxigenação inadequada, instabilidade hemodinâmica, traumatismo da boca ou das vias aéreas, todos agravados por múltiplas tentativas de intubação. Além disso, a abordagem de doentes críticos tem como característica o desconhecimento ou pouco controle sobre o último horário de alimentação do paciente, aumentando muito o risco de broncoaspiração. Ora temos inúmeras possibilidades de complicações, mas como responder qual delas é a mais frequente? Isso depende inteiramente da referência utilizada. Existe mais de um estudo realizado a respeito da frequência de complicações associadas à IOT, e a complicação mais frequentemente observada na maioria das referências é a HIPOXEMIA, e não a aspiração, embora esta última seja também uma preocupação. A equipe MEDGRUPO discordou do gabarito da questão, visto que não há referência específica que justifique a aspiração como complicação MAIS FREQUENTE do que as outras. Após pedido de recurso, a banca acertadamente anulou a questão. 12 - 2021 UNICAMP O bloqueador neuromuscular indicado para intubação em sequência rápida em paciente com estômago cheio é: A) Pancurônio. B) Atracurio. C) Succinilcolina. D) Vecurônio. Questão sobre intubação de sequência rápida! Em situações emergenciais ou quando o paciente se apresenta com estômago cheio, o risco de aspiração é alto. Dessa forma não podemos ventilar com a máscara, já que podemos promover o enchimento do estômago com ar, levando a uma provável regurgitação que pode ser seguida de broncoaspiração. Nesses casos, faremos a indução por SEQUÊNCIA RÁPIDA. Logo após a pré-oxigenação sem ventilação e a indução venosa, pode-se pressionar a cartilagem cricoide para evitar o refluxo (manobra de Sellick). Rapidamente será feito um bloqueador neuromuscular de ação curta e, para isso, o bloqueado de escolha será a succinilcolina. Por fim, a intubação orotraqueal é realizada. Só após inflarmos o cuff, a cartilagem cricoide deverá ser liberada. Portanto, como vimos, o bloqueador neuromuscular a ser utilizado é a succinilcolina. Gabarito: letra C. 13 - 2021 IAMSPE Os princípios de pré-operatório e avaliação do paciente cirúrgico são essenciais para o sucesso do ato cirúrgico. Sendo assim, assinale a alternativa correta. A) A tricotomia deverá ser feita no quarto, antes de o paciente ser levado ao centro cirúrgico. B) O paciente deverá ter, no mínimo, 8 h de jejum, inclusive para água (não devendo, assim, tomar os medicamentos de uso contínuo, como, por exemplo, os anti-hipertensivos). C) O uso de estrogênio tem sido associado a um aumento do risco de tromboembolismo e, provavelmente, deverá ser interrompido por um período de quatro semanas anteriormente à operação. D) Não é necessário suspender nenhum dos seguintes medicamentos herbáceos: alho; ginseng; ginkgo biloba; e valeriana. E) A preparação mecânica do intestino com antibióticos orais traz benefícios e diminui o risco de infecção pós-operatória. Vamos avaliar as alternativas: A- Incorreta. Quando indicada, a tricotomia deve ser realizada ainda na sala cirúrgica, após a indução anestésica, utilizando-se tricótomos. B- Incorreta. Atualmente a tendência é um jejum limitado. Liquidos claros, enriquecidos com carboidratos podem ser fornecidos até duas horas antes do procedimento. C- Correta. O uso de estrogênio é sabidamente associado a um risco aumentado de eventos tromboembólicos e, portanto, sempre que possível, devem ser suspensos quatro semanas antes da cirurgia. Para procedimentos de curta duração e baixo risco, eles podem até ser continuados, mas, para as cirurgias em geral, ele provavelmente deverá ser interrompido. Repara que esta alternativa utiliza a palavra "provavelmente" e não "sempre". D) Incorreto. Devemos suspender os medicamentos herbáceos sete dias antes da cirurgia. E) Incorreta. O extrato de alho: potencial de aumentar o risco de sangramento, principalmente quando associado a antiagregantes plaquetários. Interromper pelo menos sete dias antes; Ginseng: Hipoglicemia, aumenta o risco de sangramento. Interromper pelo menos sete dias antes; Ginkgo biloba: Aumenta o risco de sangramento, principalmente quando associado a outro antiagregante. Interromper pelo menos 36 horas antes; Valeriana: Aumenta o efeito sedativo dos anestésicos; síndrome da retirada semelhante a benzodiazepínicos. Não temos dados específicos sobre o tempo de suspensão. Gabarito letra C. 17 - 2021 UNIFESP Homem, 49 anos de idade, em uso de beta-bloqueador será submetido a colecistectomia eletiva. Antes do ato cirúrgico, a conduta correta quanto à medicação deve ser: A) mantê-la até o dia da cirurgia. B) suspendê-la uma semana antes da cirurgia. C) reduzi-la para metade da dose usual uma semana antes da cirurgia. D) substituí-la por antagonistas dos canais de cálcio. Os betabloqueadores estão associados a uma redução nos eventos cardíacos adversos, no entanto, as evidencias não demonstram uma redução na mortalidade geral, algumas vezes, mostram justamente o contrário. Eles aumentam a frequência de AVC não fatal e risco de morte, sendo hipotensão e bradicardica os mecanismos provavelmente envolvidos. Para o paciente que utiliza a medicação de naneira crônica, ela deve ser mantida no perioperatório. Gabarito letra A. 24 - 2021 USP - SP Mulher de 28 anos de idade está no Pronto-Socorro com diagnóstico de pielonefrite obstrutiva. Será submetida à passagem de cateter duplo-J. Tem medida de pressão arterial em 110/70 mmHg; frequência respiratória de 25 ipm, frequência cardíaca em 120 bpm e está sonolenta. Qual hipnótico NÃO deve ser utilizado na indução da anestesia geral com manobra de sequência de intubação rápida desta paciente? A) Etomidato. B) Cetamina. C) Midazolam. D) Propofol. Essa é uma questão polêmica e que acabou sendo corretamente anulada pela banca após pedido de recurso. Vamos entender?a) Incorreta: o etomidato é um bom indutor, não causando repercussão no sistema cardiovacular. Sua desvantagem é a dor à injeção, o que não é um impeditivo. b) Correta: a cetamina pode elevar a frequência cardíaca da nossa paciente ainda mais. Além disso, não promove relaxamento muscular nem controla a dor visceral.c) Incorreta: o midazolam também é um bom indutor para este caso, com mínimo efeito cardiovascular.d) Incorreta: o propofol é um ótimo indutor, de curta duração e pode ser usado em anestesia venosa total. Cuidado deve ser tomado em pacientes hipotensos ou coronariopatas, nenhum deles é o caso da nossa paciente.Por esse motivo, conclui-se que a melhor resposta seria a letra B, e não a D. No final das contas, a banca preferiu anular e distribuir o ponto para todos. 52 - 2021 SCMBH Os exames pré-cirúrgicos devem sempre ser: A) Solicitados somente se houver dúvidas quanto ao procedimento. B) Discutidos com a equipe que irá participar da cirurgia. C) Solicitados, mas basta uma avaliação do anestesista para a realização do procedimento. D) Reavaliados quanto à sua necessidade antes do procedimento. Vamos analisar as alternativas:Solicitados somente se houver dúvidas quanto ao procedimento: Incorreto. os exames pré-operatórios devem ser solicitados de acordo com as comorbidades do paciente e particularidades de cada cirurgia.Discutidos com a equipe que irá participar da cirurgia: Correta. A responsabilidade de avaliação dos exames pré- operatório é do cirurgião, sendo necessário discutí-loscom a equipe que participará na cirurgia.Solicitados, mas basta uma avaliação do anestesista para a realização do procedimento: Incorreta. Os exames devem ser avaliados, principalmente, pelo cirurgião assistente, não devendo recair a responsabilidade desses apenas sobre o anestesista.Reavaliados quanto à sua necessidade antes do procedimento: Incorreto. Devem ser reavaliados em consulta, com antecedência em relação ao dia da cirurgia.Resposta " Discutidos com a equipe que irá participar da cirurgia" 70 - 2021 PSU - MG Paciente de 59 anos, sexo feminino, sem comorbidades, será submetida a ressecção de lesão sugestiva de melanoma na região do tórax. Foi realizada anestesia local com lidocaína a 1%. Após cerca de uma hora da administração do anestésico local a paciente queixou-se de dor no local da cirurgia. Considerando as informações acima, assinale a alternativa que apresenta a explicação MAIS PROVÁVEL para a ocorrência de dor neste caso. A) O pKa da lidocaína justifica o fato de sua duração de ação ser limitada B) A limitada ligação proteica da lidocaína reduz o tempo de duração de sua ação C) O local da cirurgia está provavelmente inflamado dificultando a penetração do anestésico D) O anestésico local deve estar com o prazo de validade vencido Paciente que foi submetida a procedimento cirúrgico com a realização de anestesia local, lidocaína a 1% e, após cerca de uma hora queixou-se de dor no local da cirurgia. Antes de analizarmos as alternativas, vamos lembrar que o tempo de duração da ação da lidocaina gira em torno de 30-120 minutos. No caso, uma hora após o procediemento, se considerarmos que o procediemento durou pelo menos 20 minutos, o esperado é justamento o ocorrido. Analisando as alternativas: A- Incorreta. O pKa de um anestésico é o pH em que este se encontra metade em sua forma ionizada (hidrossolúvel) e metade em sua forma não ionizada (lipossolúvel, que é a forma que os anestésicos precisam estar para atravessar a membrana celular); o pKa da substância não limita a DURAÇÃO da ação, mas sim se a substância agirá ou não no local. B- Correta. Além das características proteicas, devemos lembrar também do uso de vasoconstrictor, que tem como um dos efeitos aumentar o tempo de duração do anestésico local. C- Incorreta. Não houve nenhum problema de penetração. O procedimento foi realizado sem nenhuma intercorrência. D- Incorreta. Como vimos, a lidocaína cumpriu com o seu papel e não deve estar com o prazo de validade vencido. Gabarito letra B. 74 - 2021 UFMA Paciente do sexo feminino, 38 anos de idade, com massa corpórea de 111 kg, apresenta-se para excisão cirúrgica de feocromocitoma, para a qual já recebeu um curso de 14 dias de fenoxibenzamina. A programação é realizar anestesia epidural e geral combinadas. O agente MENOS aconselhado para manutenção da anestesia é: A) Desflurano B) Isoflurano C) Propofol D) Sevoflurano A questão foi anulada, visto que o desflurano é uma droga segura, segundo os livros de anestesiologia, embora seu grande efeito adverso seja liberação transitória de catecolaminas, com aumento na frequência cardíaca e na pressão arterial. Essa situação seria indesejada durante a remoção do feocromocitoma, neoplasia originada na medula adrenal, com grande potencial de liberação de catecolaminas. Como esse paciente foi preparado com alfa-bloqueio por 14 dias com fenoxibenzamina, o risco de eventos adversos diminui. Vale lembrar que a fenoxibenzamina não é comercializada no brasil, dificultando ainda mais a vida do candidato. Resposta: letra A. 78 - 2021 HCPA Para que grupo de pacientes, dentre os abaixo, as provas de coagulação estão indicadas como exame pré-operatório? A) Para hipertensos B) Para hepatopatas C) Para o grupo com indicação de cirurgia abdominal D) Para o grupo com idade > 70 anos Vamos analisar as alternativas tendo como base as sugestões de testes pré-operatórios do Sabiston 20a edição? a) Falsa. Hipertensos têm indicação de ECG, hemograma completo, eletrólitos, ureia / creatinina e glicemia. b) Verdadeira. Em hepatopatas, devemos solicitar ECG, hemograma completo, eletrólitos, ureia / creatinina e glicemia e provas de função hepática (TGO, TGP, albumina e coagulograma). c) Falsa. Esse grupo possui indicação apenas de ECG, hemograma completo, eletrólitos, ureia / creatinina e glicemia. d) Falsa. Esse grupo possui indicação apenas de ECG, hemograma completo, eletrólitos, ureia / creatinina e glicemia. Portanto, gabarito letra B. 79 - 2021 HCPA Assinale a alternativa que contempla uma ação perioperatória prevista nos programas de recuperação precoce, também chamados de ERAS/ACERTO. A) Analgesia por cateter peridural em cirurgias abdominais videolaparoscópicas. B) Reposição hídrica vigorosa. C) Administração de maltodextrina (50 g, por via oral) 2 horas antes da cirurgia. D) Analgesia baseada em opioides. O Projeto ACERTO (Aceleração da Recuperação Total Pós-Operatória) realizou em 2005 uma revisão bibliográfica sobre cuidados perioperatórios e firmou alguns cuidados importantes sobre questões nutricionais na recuperação do paciente cirúrgico. Já o ERAS (Enchanced Revocery Afeter Surgery) é um projeto europeu com os mesmos fins e que serviu de base para o ACERTO. Sobre o jejum pré-operatório, definiu-se que ele não deve ser prolongado: para a maioria dos pacientes candidatos a procedimentos eletivos, recomenda-se jejum de sólidos de 6-8h antes da indução anestésica, sendo que líquidos contendo carboidratos (maltodextrina) devem ser ingeridos até 2h antes da anestesia, exceto para casos de retardo no esvaziamento esofágico ou gástrico, ou em procedimentos de emergência. Cabe ressaltar que nem todo protocolo de recuperação pós-operatória recomenda essa medida, mas veremos que, de fato, essa será a melhor resposta (C CORRETA). A analgesia com cateter peridural é considerada a maneira mais eficaz de se promover analgesia pós-operatória, mas seu uso em videocirurgia permanece controverso por conta do atraso na alta pós-operatória que poderia acontecer logo no 1o dia (A INCORRETA). A terapia volêmica deve focar em manter a euvolemia. Da mesma forma que a hipovolemia deve ser evitada, devemos evitar também a hidratação volêmica agressiva (B INCORRETA). Diferentemente de regimes centrados em opioides, o manejo da dor do ERAS foca no emprego de dois ou mais medicamentos analgésicos não opioides, bem como em técnicas para minimizar ou eliminar o uso de medicamentos opioides no perioperatório, o que afasta potenciais efeitos colaterais dessa classe, como náusea, vômito, prurido, sedação, insuficiência respiratória, íleo paralítico e retenção urinária (D INCORRETA). Resposta: letra C. 93 - 2021 UNITAU Um paciente com ferimento corto-contuso no dedo indicador e no médio da mão direita, com sangramento ativo. Para a realização desta sutura, você solicita um anestésico local para a infiltração troncular. A técnica de enfermagem que está na sala de sutura informa sobre a disponibilidade de lidocaína, com e sem epinefrina, e bupivacaína, com e sem epinefrina. Dentre as alternativas abaixo, qual está correta sobre o uso de anestésicos locais? A) A dose do anestésico local com epinefrina é menor que a dose do mesmo anestésico sem epinefrina, pelo risco de intoxicação pelo vasoconstritor. B) A bupivacaína é preferencialmente indicada, comparada à lidocaína, apesar de causar mais a retenção urinária aguda. C) A dose de bupivacaína que pode ser utilizada neste caso é de 10 a 15 mg/kg, dependendo da adição de epinefrina, nos pacientes diabéticos. D) A dose de lidocaína que pode ser utilizada neste caso varia de 7 a 10 mg/kg, dependendo da adição de epinefrina, nos pacientes com insuficiência renal crônica dialítica. E) Independentemente da sua preferência, não devemos utilizar a associação do vasoconstritor nesta situação. O conhecimento do uso de anestésicos locais deve ser assunto de domínio de qualquer médico nos atendimentos em pronto socorro. A dose do anestésico local sem epinefrina é menor que a dose do mesmo anestésico com epinefrina. O uso do vasoconstritorreduz a velocidade de absorção do anestésico local, melhorando a qualidade do bloqueio. A bupivacaína apresenta uma potência anestésica quatro vezes maior do que os demais anestésicos locais, porém tem início de ação mais longo que a lidocaína, por exemplo, por isso não é preferencialmente utilizada nesse caso. A dose máxima recomendada de bupivacaína é de 2 mg/Kg para pacientes adultos e a dose máxima total não deve exceder 90 mg. As contraindicações do uso da lidocaína são bloqueio cardíaco, segundo ou terceiro grau (sem marcapasso), reação adversa grave à droga aos anestésicos locais lidocaína ou amida, tratamento concomitante com agente antiarrítmico de classe I e hepatopatia grave. Nesse caso, independente da preferência, não devemos utilizar o vasoconstritor por se tratar de extremidade, com risco de necrose local. 121 - 2021 FAMERP Paciente será submetido a uma cirurgia para correção de uma hérnia inguinal no lado direito. Antes da indução anestésica, seguindo a lista de verificação de segurança cirúrgica desenvolvida pela OMS, deve ser confirmado: A) Identificação do paciente, análise dos pontos importantes da recuperação pós-operatória e passos críticos da cirurgia. B) Revisão da correta esterilização dos instrumentais, passos críticos da cirurgia, confirmação da cirurgia a ser realizada e local da cirurgia. C) Identificação do paciente, confirmação da cirurgia a ser realizada, termo de consentimento e sítio cirúrgico correto da cirurgia. D) Verificação se antibioticoprofilaxia foi realizada, avaliação de via aérea difícil e confirmação de todos os profissionais que participarão da cirurgia. A Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica (LVSC) foi desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que instituiu quatro pilares para a assistência cirúrgica segura: (1) prevenção de infecção de sítio cirúrgico; (2) segurança em anestesia; (3) melhoria do trabalho em equipe e comunicação e (4) mensuração do cuidado por meio de indicadores de processos e resultados da assistência cirúrgica. Esses pilares foram transformados em itens a serem colocados em prática através do uso do checklist na sala cirúrgica. Antes da indução anestésica, deve-se: (1) confirmar a identificação do paciente, do sítio cirúrgico, do procedimento e do consentimento informado; (2) demarcar o sítio cirúrgico; (3) verificar a segurança anestésica; (4) verificar alergias conhecidas; (5) verificar a avaliação de vias aéreas e risco de aspiração e (6) verificar a avaliação de risco de perda sanguínea. Antes da incisão cirúrgica, deve-se: (1) identificar todos os membros da equipe; (2) confirmar verbalmente a identidade do paciente, o sítio cirúrgico e o procedimento; (3) verificar a previsão de eventos críticos; (4) prever etapas críticas, possíveis eventos críticos, duração da cirurgia e perda sanguínea; (5) revisar eventuais complicações anestésicas; (6) confirmar verbalmente a revisão das condições de esterilização, equipamentos e infraestrutura; (7) verificar a realização da profilaxia antimicrobiana e (8) verificar exames de imagem. Antes do paciente deixar a sala cirúrgica, deve-se: (1) confirmar o nome do procedimento; (2) verificar a correta contagem de instrumentais, compressas e agulhas; (3) confirmar a identificação da amostra; (4) documentar problemas com equipamentos e (5) rever as medidas para a recuperação pós-operatória. Resposta: letra C. 124 - 2021 UAM Um paciente é trazido ao hospital com múltiplos ferimentos cortantes em braços e pernas, após ter tentado pular um muro protegido por arame farpado. Você vai realizar a sutura desses ferimentos no Pronto Socorro sob anestesia local com lidocaína 2% sem vasoconstritor. O paciente pesa 80 kg. Qual é o volume máximo desse anestésico que você pode empregar nessas suturas? A) 15 mL. B) 28 mL. C) 40 mL. D) 36 mL. A dose máxima de lidocaína 2% sem vasoconstritor é de 7mg/kg, ou seja, 7 x 80, portanto, 560 mg. Em 1 mL de lidocaína 2% temos 20 mg. Logo, para obter 560 mg, necessitamos de 28 mL. Gabarito: letra B. 131 - 2021 REVALIDA - USP SP Homem de 42 anos de idade relatando dor e distensão abdominal há um dia com náuseas e vômitos. Nega eliminação de flatos ou evacuações. Antecedentes patológicos: Hipertensão arterial sistêmica leve e controlada, tabagista 10 anos-maço e etilista social. Antecedentes cirúrgicos: pós-operatório tardio de laparotomia exploradora supraumbilical por ferimento por arma de fogo sem necessidade de ressecção intestinal. Ao exame abdominal: cicatriz mediana supraumbilical, distendido, difusamente doloroso à palpação, sem sinais de peritonite, descompressão brusca ausente, abaulamento em região inguinal esquerda, acima do ligamento inguinal, medindo 3 x 4 cm, com aumento durante manobra de Valsalva e não redutível. Toque retal: ausência de fezes em ampola retal, sem lesões obstrutivas tocáveis. Restante do exame clínico sem alterações. Utilizando a classificação da American Society of Anesthesiology (ASA) qual é a classificação para este paciente e seu diagnóstico sindrômico: A) ASA I e abdome agudo obstrutivo B) ASA II e abdome agudo inflamatório C) ASA II e abdome agudo obstrutivo D) ASA III e abdome agudo inflamatório Questão que aborda dois importantes temas para prova de cirurgia: ASA e abdome agudo. A Banca nos pede a alternativa correta. Vamos lá! A) Incorreta. O paciente em questão é portador de hipertensão arterial sistêmica controlada, ou seja, doença sistêmica leve compensada que não impõe limitação funcional, logo, trata-se de ASA II, mesmo que não fosse portador de HAS não poderia ser ASA I pelo fato de ser tabagista e etilista social. B) Incorreta. Apesar de se tratar de um paciente ASA II, o diagnóstico sindrômico está incorreto. Note que o paciente em questão apresenta distensão abdominal, náuseas, vômitos e parada de eliminação de gases e fezes, ou seja, nossa primeira hipótese diagnóstica deve ser abdome agudo obstrutivo. C) Correta. Paciente com doença sistêmica controlada não limitante, ou seja, ASA II. Diagnóstico sindrômico de abdome agudo obstrutivo, apresenta hérnia inguinal encarcerada, não redutível, à esquerda, além de história de cirurgia abdominal prévia, dado que deve ser considerado quando pensarmos na hipótese de obstrução por bridas ou aderências, principal causa de obstrução em adultos. D) Incorreta. ASA III se caracteriza por doença sistêmica leve COM limitação funcional significativa, como DM e HAS não controladas, IAM, AVE e AIT há mais de três meses. O diagnóstico sindrômico também está incorreto pois trata-se de um abdome agudo obstrutivo. Resposta: letra C. 144 - 2021 SCMMA A hipertermia maligna é uma condição rara, que tem seu tratamento preconizado pela alternativa: A) Flumazenil. B) Naloxone. C) Dantrolene. D) Amiodarona. A hipertermia maligna pode ser definida como uma crise hipermetabólica potencialmente fatal manifestada durante ou após exposição a determinados anestésicos,que ocorre apenas em indivíduos suscetíveis! Os agentes envolvidos são os anestésicos halogenados nalados (halotano, enflurano, isoflurano, desflurano e sevoflurano) e os relaxantes musculares despolarizantes (succinilcolina e suxametionina). Além das medidas de suporte, o tratamento da síndrome deve ser feito com dantrolene venoso, um relaxante muscular que bloqueia cerca de 75% das contrações musculares. Gabarito letra C. 145 - 2021 IOVALE A toxicidade ao sistema nervoso central pela administração de anestésicos locais é : A) reduzida devido à diminuição da ligação dessas drogas às proteínas plasmáticas. B) relacionada a efeitos excitatórios resultantes, frequentemente, das baixas concentrações plasmáticas dessas drogas. C) caracterizada por efeitos excitatórios se as drogas forem lipofílicas e estiverem em altas concentrações plasmáticas. D) manifestada, por exemplo, por convulsão, sendo que o limiar convulsivo pode ser aumentado pela administração de benzodiazepínicos. Vamos analisar as alternativas: A) Incorreta. Seu poder anestésico e capacidade de toxicidade são MAIORES quando não ligados às proteínasplasmáticas. B) Incorreta. A toxicidade ocorre devido altas concentrações plasmáticas, inclusive ocorrendo após injeção inadvertida da medicação no meio intravascular. C) Incorreta. Para que os anestésicos locais cruzem a membrana celular e consigam bloquear os canais de sódio de dentro para fora (mecanismo de ação da medicação) elas todas precisam ser lipofílicas. Uma observação: qualquer medicação anestésica local é INIBITÓRIA, entretanto, chamamos algumas manifestações de efeitos excitatórios, tais como as convulsões. Mas lembrem-se: até mesmo as convulsões traduzem uma manifestação depressora do sistema nervoso central! D) Correta. A utilização dos benzodiazepínicos (como o midazolam) e tiopental nos pacientes com convulsões por intoxicação por anestésicos locais visa aumentar o limiar convulsivo e prevenir sua recorrência. Outras medidas importantes do tratamento são suporte ventilatório e administração de oxigênio. Gabarito: letra D. 147 - 2021 SCO Qual a droga de escolha para o tratamento de Hipertermia Maligna? A) Naloxone. B) Dantrolene. C) Flumazenil. D) Gluconato de cálcio. A hipertermia maligna é uma desordem rara do músculo esquelético de caráter autossômico dominante que pode ocorrer após a exposição a determinados agentes anestésicos, bloqueadores musculares (succinilcolina) e agentes inalatórios halogenados (halotano, sevoflurano e isoflurano). O quadro é caracterizado por saída maciça de cálcio do retículo citoplasmático do miócito, resultando em contração muscular intensa, gerando calor e hipertermia, rigidez muscular mantida e uma série de distúrbios metabólicos, como hipercalemia, rabdomiólise, mioglobinúria, acidose metabólica e hipercalcemia. Um achado bem precoce é o aumento no CO2 expirado, que é resistente a aumento do volume-minuto. Frente a um quadro suspeito, o anestesista deve suspender a cirurgia (ou trocar o agente anestésico se a suspensão não for possível) e infundir dantrolene, um potente relaxante muscular, na dose de ataque de 2,5 mg/kg em bolus seguido de nova dose a cada 5 minutos e, a partir de então, 1 a 2 mg/kg/h até haver desaparecimento dos sintomas. Além disso, precisamos hiperventilar o paciente com FiO2 de 100%, controlar arritmias ou distúrbios eletrolíticos e ácido-básicos, promover débito urinário elevado com furosemida ou manitol e empregar cobertores térmicos, compressas com gelo e infusão de líquidos parenterais frios para controle de temperatura. Naloxone é o antídoto para quadros de intoxicação por opioide. O flumazenil "entra" na intoxicação por benzodiazepínicos. Gluconato de cálcio pode ser usado tanto na hipocalcemia, quanto na hipercalemia (pois protege o cardiomiócito dos efeitos deletérios de níveis séricos elevados de potássio). Resposta: letra B. 149 - 2021 SCO Na avaliação pré-anestésica, em um doente em que é possível visualizar apenas o palato duro, recebe a classificação de Mallampati em: A) II. B) III. C) IV. D) V. A classificação de Mallampati correlaciona a abertura da boca com o tamanho da língua. Com o paciente sentado e com o pescoço em posição neutra, solicitamos que ele abra a sua boca o máximo possível e execute o movimento de protrusão de sua língua. Observamos as estruturas da faringe e da boca que são evidentes, conforme você observa no esquema em anexo. Os pacientes considerados classe I e classe II são fáceis de intubar; os indivíduos classe III apresentam uma intubação difícil e os pacientes classe IV tem uma intubação muito difícil. Quando conseguimos visualizar apenas o palato duro, o paciente é classificado como Mallampati IV. Resposta: letra C. 168 - 2021 SEMAD Sobre a solicitação de exames pré-operatórios é correto afirmar que: A) Os fatores de coagulação, como o tempo de protrombina (TP), a relação normalizada internacional (INR, do inglês international normalized ratio) e o tempo de tromboplastina parcial (TTP), são realizados em todos os pacientes que deverão realizar cirurgias porte II. B) A glicemia pré-operatória de rotina é um conceito importante e é solicitada em todos os pacientes que farão cirurgia porte II, em função da relação entre níveis elevados de glicose no sangue e infecções do sítio cirúrgico (ISCs) pois os níveis de hemoglobina A 1C se correlacionem com infecções pós-operatórias. C) Eletrocardiogramas não são rotineiramente realizados, mas estão justificados para pacientes acima dos 50 anos de idade, para os que serão submetidos a cirurgias vasculares e para os pacientes com história de hipertensão, cardiopatia, doença respiratória significativa, disfunção renal e diabetes mellitus. D) As radiografias de tórax são realizadas como rotina em todos os pacientes que serão operados no território brasileiro por ser área endêmica de tuberculose. E) O rastreamento por swab nasal de rotina é usado para identificar portadores de Streptococcus Beta hemolíticos e penumococcos. O resultado pode orientar medidas de descontaminação, como a aplicação intranasal de pomadas antimicrobianas e a higiene local com lavagens com clorexidina a 2% por 5 dias antes da cirurgia. Vamos as assertivas: - Letra A: incorreta: testes de hemostasia pré-operatórios de rotina NÃO são recomendados. Se a história, o exame físico e a história familiar não sugerirem a presença de um distúrbio hemorrágico, nenhum teste laboratorial adicional será necessário. Se a avaliação sugerir a presença de um distúrbio hemorrágico, testes de triagem apropriados devem ser realizados, incluindo tempo de protrombina (TP), tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) e contagem de plaquetas. Anormalidades significativas inesperadas do PT ou PTT são incomuns. Os defeitos de coagulação hereditários são bastante raros. Por exemplo, a incidência de hemofilia A e B entre os homens é 1: 5000 e 1: 30.000, respectivamente. - Letra B: incorreta. A medição de rotina da glicose no sangue NÃO é recomendada para pacientes saudáveis. Resultados inesperados de glicose no sangue anormais não costumam influenciar o manejo perioperatório. Como exemplo, um estudo avaliou o benefício dos testes laboratoriais de rotina em 1.010 pacientes presumivelmente saudáveis submetidos à colecistectomia. Oito pacientes tiveram aumentos inesperados na glicose sérica pré-operatória; apenas um desses pacientes desenvolveu hiperglicemia pós-operatória significativa, e isso não foi reconhecido até que a nutrição parenteral total foi iniciada. Nenhum paciente neste estudo se beneficiou da medição pré-operatória de rotina da glicose sérica. Além disso, a frequência das anormalidades da glicose aumenta com a idade; quase 25% dos pacientes com mais de 60 anos tiveram um valor anormal em um relatório. A maioria dos estudos controlados não encontrou uma relação entre risco operatório e diabetes, exceto em pacientes submetidos à cirurgia vascular ou cirurgia de revascularização do miocárdio. Enquanto o índice de risco cardíaco revisado identificou o diabetes como um fator de risco para complicações cardíacas pós-operatórias, apenas os pacientes com diabetes tratados com insulina estavam em risco. - Letra C: correta. Tanto a AHA quando a European Society of Cardiology NÃO sugerem solicitar um eletrocardiograma (ECG) para pacientes assintomáticos submetidos a procedimentos cirúrgicos de baixo risco. Os ECGs têm baixa probabilidade de alterar o manejo perioperatório na ausência de doença cardíaca conhecida. A prevalência de ECGs anormais aumenta com a idade. Anormalidades importantes no ECG em pacientes com menos de 45 / 50 anos sem doença cardíaca » conhecida são muito raras. As diretrizes ACC / AHA de 2014 recomendam um ECG pré- operatório de 12 derivações em repouso para pacientes com doença arterial coronariana conhecida, arritmia significativa, doença arterial periférica, doença cerebrovascular ou outra doença cardíaca estrutural significativa, exceto para aqueles submetidos a cirurgia de baixo risco (risco de maior evento cardíaco adverso <1%). Um ECG de repouso pré- operatório também pode ser considerado para pacientes assintomáticos submetidos a cirurgia com risco elevado(risco de evento cardíaco adverso maior ≥1%). - Letra D: incorreta. As radiografias de tórax pré-operatórias de rotina não não indicadas na ausência de fatores de risco! De acordo com a recomendação do American College of Physicians (ACP), radiografias de tórax devem ser solicitadas apenas em pacientes com doença cardiopulmonar e aqueles com mais de 50 anos de idade submetidos a cirurgia de aneurisma de aorta abdominal ou cirurgia abdominal superior / torácica. A radiografia de tórax póstero-anterior e lateral também é sugerida pela American Heart Association para pacientes com obesidade grave (IMC ≥40 kg / m2). Nesses pacientes, a radiografia de tórax pode indicar insuficiência cardíaca não diagnosticada, aumento da câmara cardíaca ou vascularização pulmonar anormal sugestiva de hipertensão pulmonar, justificando investigação cardiovascular adicional. A justificativa do quadro de tuberculose endêmico é totalmente errônea. - Letra E: incorreta. Não há diretrizes que suportem este tipo de rastreio de forma padronizada para todos os pacientes, pois a contaminação e o desenvolvimento de complicações advindas deste tipo de bactéria não são esperados no pós-operatório. Os grupos de risco, como grávidas, cirróticos, imunossupressos podem ter esta pesquisa indicada. Resposta: letra C. 178 - 2021 UNIMED - RJ Paciente obeso será submetido a gastroplastia redutora foi classificado no pré-operatório como Mallampati classe 4 e, portanto, deverá ter no centro cirúrgico o seguinte equipamento disponível: A) Cistoscópio para RTU B) Ultra som para punção profunda C) Broncofibroscópio D) Eco transesofágico Quando o palato mole não é totalmente visível, o paciente deve ser classificado como Mallampati grau IV. Nesse caso, está indicada a solicitação de um broncoscopista (anestesista, pneumologista ou cirurgião torácico) em sala para caso a intubação não seja possível pelo método tradicional. Resposta: letra C. 181 - 2021 INTO A classificação da Sociedade Americana de Anestesioliogia (ASA) tem sido amplamente utilizada na estratificação de pacientes no pré-operatório. Dos pacientes listados a seguir, aquele que não poderia ser enquadrado como ASA II é: A) Homem com diabetes Mellitus não insulinodependente sem lesão de órgãos alvo e HbA1c de 6,5% B) Homem hipertenso com boa adesão terapêutica e níveis pressóricos controlados C) Paciente obeso com IMC > 40kg/m2 D) Mulher grávida E) Anêmico com hemoglobina de 13 g/Dl A classificação de ASA é utilizada na avaliação pré-operatória, sendo um preditor sensível de morbidade e mortalidade operatória, embora não seja tão eficaz quando se trata de prever complicações cardiovasculares. Vamos relembrar como ela funciona: ASA I - Paciente saudável, sem nenhuma doença ou distúrbio. ASA II - Paciente com doença sistêmica leve que não resulta em limitação funcional. Ex: diabetes mellitus sem complicações, hipertensão arterial bem controlada, gestação, anemia, obesidade graus I e II... ASA III - Paciente com doença sistêmica grave, resultando em dano funcional. Ex: diabetes com complicações vasculares, hipertensão mal controlada, obesidade mórbida ( IMC > 40 kg/m2), abuso ou dependência de álcool, DPOC... ASA IV - Paciente com doença sistêmica grave que é uma ameaça à vida. Ex: IAM com < 3 meses, disfunção valvar grave, sepse, DPOC agudizado... ASA V - Paciente moribundo (não se espera que sobreviva com ou sem a operação). Ex: ruptura de aneurisma de aorta. ASA VI - Morte cerebral declarada (retirada de órgãos para transplante). Como podemos perceber, a presença de um IMC > 40 kg/m2 é classificada como ASA III. Resposta: letra C. 194 - 2021 FESO O mecanismo de ação dos anestésicos locais é: A) Bloqueador do canal de cálcio. B) Bloqueio dos receptores opióides. C) Bloqueio do GABA. D) Bloqueio do canal de sódio. E) Bloqueio do receptor NMDA. Essas drogas bloqueiam os canais de Na+, impedindo a propagação do impulso nervoso. No entanto, para realizar seu efeito, elas precisam bloquear esses canais pelo lado de dentro da célula. Ou seja precisam penetrar a barreira lipídica. Gabarito letra D. 195 - 2021 FESO A anestesia peridural associada à anestesia geral facilita o pós-operatório de cirurgia abdominal. A despeito desta qualidade, esta técnica tem limitações e efeitos colaterais que podem interferir em determinados períodos do período pós-operatório. Entre os seus efeitos destaca-se: A) O aumento do consumo de analgésicos no pós-operatório. B) A redução do risco de intoxicação por anestésico local. C) A melhora da analgesia pós-operatória. D) O aumento da resposta adrenérgica. E) Aumento do íleo. Vamos avalair as altrnativas: A e D- Incorretas e C correta: muito pelo contrário. Com o bloqueio no neuroeixo realizado pela anestesia peridural, a REMIT é menos intensa. Além disso, podemos manter um cateter peridural, repicando a anestesia. B- Incorreta: os anestésicos locais são utilizados neste bloqueio, com isso o risco acaba sendo aumentado. E- Incorreta: como a REMIT é menos intensa, o período e o risco de um íleo no pós operatório serão menores. Gabarito letra C. 205 - 2021 HEVV Mulher de 35 anos será submetida à colecistectomia videolaparoscópica eletiva devido à colecistite crônica calculosa. Na avaliação pré-operatória desta paciente, que não apresenta outros sintomas, exceto dor abdominal após ingesta alimentar, qual das alternativas abaixo está correta? A) Rotina laboratorial pré-operatória não reduz risco de complicações perioperatórias. B) História clínica direcionada a sangramentos não prediz sangramento cirúrgico. C) Realização de eletrocardiograma pré-operatório está sempre indicado. D) Introdução pré-operatória de um betabloqueador reduz o risco de complicações cardíacas perioperatórias. E) Introdução pré-operatória de um inibidor da enzima de conversão da angiotensina (I-ECA) reduz o risco de complicações cardíacas perioperatórias. A questão faz algumas afirmativas sobre o pré-operatório de uma mulher jovem que será submetida à uma colecistetomia videolaparoscópica eletiva e deseja saber qual é a correta. A - Correta: a solicitação de múltiplos exames pré-operatórios caros e detalhados na busca por doenças não diagnosticadas não é custo-efetiva nem reduz o risco de complicações perioperatórias e não deve ser realizada de rotina. B - Incorreta: um bom preparo pré-operatório deve ser realizado durante uma consulta específica através de anamese e exame físico direcionados, solicitação de exames quando necessários e uma revisão de sistemas guiada pelas doenças de base. Ou seja, a anamnese e o exame físico têm como objetivo detectar problemas (como uma história de sangramento) que possam requerer maiores investigações ou serem abordados antes do ato cirúrgico. C - Incorreta: segundo a última edição do Sabiston, considerando cirurgias simples em pacientes sem comorbidades, a realização de eletrocardiograma pré-operatório está indicada apenas em pacientes acima de 55 anos ou para homens acima de 45 anos. D - Incorreta: os betabloqueadores estão associados a uma redução dos eventos cardíacos adversos, porém são considerados apenas em pacientes com três ou mais fatores de risco (DM, IC, doença arterial coronariana, insuficiência renal e história de AVE). E - Incorreta: os IECA podem provocar instabilidade hemodinâmica na indução anestésica, devido ao bloqueio do eixo renina-angiotensina-aldosterona. Dessa forma, é rotina de algumas instituições suspendê-lo no dia do procedimento. Resposta: letra A. 214 - 2021 HECI Homem de 65 anos apresenta queda da própria altura e é levado ao Pronto Atendimento. É portador de hipertensão arterial sistêmica e fibrilação atrial. Faz uso irregular de hidroclorotiazida, enalapril, anlodipino, clonidina e rivaroxabana. Ao exame físico, PA: 226X122mmHg, FC: 102bpm, FR: 22ipm. Apresenta-se sonolento, abre os olhos e verbaliza ao chamado e obedece aos comandos. Apresenta redução da força no dimidio esquerdo. Sem outras anormalidades. Após 4 dias de permanência no CTI, o paciente apresentou rebaixamento do nível da consciência, e foiindicada a intubação orotraqueal por sequência rápida. Assinale a alternativa que apresenta a prescrição MAIS ADEQUADA para a sequência rápida nesse paciente: A) Fentanil, etomidato e rocurônio. B) Fentanil, midazolam e succinilcolina. C) Lidocaína, propofol e rocurônio. D) Quetamina e succinilcolina. Esse paciente foi vítima de hemorragia intraparenquimatosa (perceba a imagem hiperdensa no hemisfério cerebral direito) e, após estabilização no CTI por alguns dias, voltou a apresentar rebaixamento do nível de consciência. Em primeiro lugar, devemos considerar que o paciente foi minimamente estabilizado durante o período internado na Terapia Intensiva (sua PA, por exemplo, já deveria estar em níveis satisfatórios). Agora, o que deve ter causado esse rebaixamento do nível de consciência? Bom, uma série de condições devem ser consideradas (sepse, distúrbios eletrolíticos), mas concorda que devemos pensar, obrigatoriamente, em hipertensão intracraniana até que se prove o contrário? Trata-se de uma condição grave e que pode ter relação com o quadro hemorrágico... Nessas situações, devemos ter muito cuidado com as drogas que utilizaremos na sequência rápida de intubação e na manutenção da sedação. Devemos evitar, por exemplo, medicações que reduzam a PA (lembre-se que a pressão de perfusão cerebral depende dessa variável: PPC = PAM - PIC; PIC = pressão intracraniana). O etomidato é uma droga tradicionalmente empregada na indução anestésica de indivíduos hipotensos, justamente por não causar ou agravar a hipotensão (ele possui “efeito neutro” na PA, o que é útil no contexto desse paciente). Embora o fentanil promova hipotensão, seu uso é indicado pois reduz o reflexo glótico causado pela laringoscopia (e, consequentemente, o aumento da PIC), desde que o paciente se encontre hiper ou normotenso. O bloqueador neuromuscular de escolha na hipertensão intracraniana é a succinilcolina, mas o rocurônio também pode ser usado, já que não promove aumento da PIC. Em relação às outras drogas citadas: 1) LIDOCAÍNA: não há grandes estudos que comprovem sua eficácia e segurança no contexto de elevação da PIC; 2) MIDAZOLAM: está relacionado à hipotensão arterial e, portanto, deve ser evitado; 3) QUETAMINA: seu uso em pacientes com hipertensão intracraniana não é consensual, pois pode aumentar a PIC. Uma frase interessante que encontramos em uma referência americana: “as evidências que indicam seu uso na hipertensão intracraniana são fracas, mas aquelas que sugerem malefícios nesse contexto são ainda mais fracas”. Resumindo: se houver outra opção melhor, deixamos a quetamina de lado... Vale ressaltar que ela não deve ser usada em indivíduos hipertensos porque pode elevar ainda mais os níveis tensionais. Bom, analisando as alternativas, concluímos que a melhor opção realmente é a alternativa A. Resposta: letra A. 225 - 2021 UESPI Na utilização da lidocaína como anestésico local, para prevenir a toxicidade, devemos evitar utilização acima da dose máxima, que seria: A) 0,5mg/Kg sem vasoconstritor e 1mg/Kg com vasoconstritor. B) 1mg/Kg sem vasoconstritor e 2mg/Kg com vasoconstritor. C) 3mg/Kg sem vasoconstritor e 5mg/Kg com vasoconstritor. D) 5mg/Kg sem vasoconstritor e 7mg/Kg com vasoconstritor. E) 7mg/Kg sem vasoconstritor e 10mg/Kg com vasoconstritor. A lidocaína é um anestésico local da classe das amidas, sendo o mais comumente utilizado para infiltração local. A dose não deve exceder o seguinte: - Sem vasoconstrictor: 4-5 mg / kg (0,4-0,5 mL / kg de lidocaína a 1%, dose total máxima: 300 mg [30 mL de lidocaína a 1%]). - Com vasoconstrictor:7 mg / kg (0,7 mL / kg de lidocaína 1%, dose total máxima: 500 mg [50 mL de lidocaína a 1%]). Resposta: letra D. 226 - 2021 HEDA Qual das seguintes alternativas é uma contra indicação ao uso de succinilcolina ? A) queimaduras agudas B) insuficiencia renal aguda C) história de arteriopatia coronariana D) sepse E) asma Questão mal feita e que deveria ter sido anulada. A succinilcolina (Quelicin®) é um bloqueador neuromuscular despolarizante que atua bloqueando os receptores de acetilcolina na fenda sináptica. Essa droga deve ser evitada em grandes queimados por precipitar a hipercalemia. Entre seus outros efeitos adversos, descatam-se a rabdomiólise e parada cardíaca em pacientes susceptíveis. Além disso, a succinilcolina é contraindicada em casos de infecções abdominais graves, traumatismo raquimedular e insuficiência renal grave por depender dos rins para sua eliminação. Vale lembrar também que, junto com o halotano, é um dos agentes mais associados à hipertermia maligna. A resposta liberada pela banca foi letra B, e mesmo após o recurso, manteve o gabarito. 230 - 2021 REVALIDA UFMT Cuidados perioperatórios são fundamentais para acelerar a recuperação do paciente. Em relação ao Projeto ACERTO, qual medida é adequada? A) O jejum pré-operatório prolongado promove redução da atividade inflamatória. B) O controle adequado da hidratação reduz a frequência de náuseas e vômitos. C) Devem-se utilizar altas doses de opioides para melhor controle da dor. D) A utilização de drenos abdominais no pós-operatório reduz complicações. A questão faz algumas afirmativas sobre o projeto ACERTO (ACEleração da REcuperação TOtal pós-operatória), que é um programa que visa acelerar a recuperação de pacientes cirúrgicos, e deseja saber qual é a correta. A - Incorreta: o projeto ACERTO não indica jejum pré-operatório prolongado, mas sim jejum de 6-8 horas para sólidos e prescrição de 200 ml de bebida com carboidrato de 2 a 6 horas antes da operação. B - Correta: advoga a favor da redução dos fluidos endovenosos para o máximo de 30 ml/kg/dia. Além disso, sugere a medicação preventiva de náuseas e vômitos em pacientes com risco moderado ou alto. C - Incorreta: defende a analgesia preventiva com analgésicos não opiáceos (AINE, dipirona e paracetamol) e cateter peridural. D - Incorreta: o projeto preconiza o uso racional de drenos, indicando em situações específicas, como cirurgias com elevado risco de fístula (pancreatectomias e cirurgias de reto baixo). Resposta: letra B. 237 - 2021 UNIRG Um paciente de 30 anos necessita de uma abordagem cirúrgica devido a uma hérnia inguinal. Não apresenta histórico de comorbidades, cirurgias ou internações prévias. Ao exame físico, bom estado geral, corado, hidratado, acianótico, anictérico. ACV: RCR, 2T, BNF, sem sopros FC 76 bpm. AR: murmúrio vesicular fisiológico presente bilateralmente, sem ruídos adventícios; FR 14 irpm. ABD: RHA presentes, flácido, sem massas ou visceromegalias. Região inguinal: presença de hérnia inguinal à direita, redutível, sem sinais flogísticos. Nos demais sistemas, nada digno de nota. Frente a esse quadro, seria necessário solicitar quais exames complementares pré-operatórios: A) Não há necessidade de exames complementares. B) Hemograma, glicemia de jejum, coagulograma, eletrocardiograma, creatinina, RX de tórax. C) Hemograma, coagulograma, eletrocardiograma, creatinina, RX de tórax. D) Eletrocardiograma, RX de tórax. Os exames complementares pré-operatórios deverão ser solicitados em casos selecionados, pois apenas uma minoria dos pacientes irá se beneficiar dos exames solicitados de “rotina”. Seguindo essa lógica, não há necessidade de solicitar exames complementares para pacientes com idade < 45 anos, sem comorbidades, que serão submetidos à cirurgia de baixo risco como abordagem de hérnia inguinal. Resposta: letra A. 238 - 2021 FHSTE Sobre os anestésicos locais, considere as afirmativas: I - Podem ser utilizados em qualquer lugar do corpo, independentemente de dose ou presença de vasoconstritor em sua composição. II - Lidocaína e Bupivacaína são amidas. III - Podem estar associados a vasoconstritor, o que pode permitir maior aplicação do mesmo, quando indicado. IV - A sua aplicação em tecidos infectados e com grande quantidade de pus não altera sua eficiência. Estão corretas as alternativas: A) Somente III B) I e IV C) II e III D) III e IV A questão faz algumas afirmativas sobre os anestésicos locais (AL) e deseja saber quaisestão corretas. I - Incorreta: os anestésicos locais com vasoconstritores são contraindicados nas extremidades devido ao risco de necrose isquêmica. II - Correta: existem dois grupos de anestésicos locais: as AMINOAMINAS (lidocaína, bupivacaína, ropivacaína) e os AMINOÉSTERES (tetracaína, benzocaína, procaína). III - Correta: quanto mais rápido o anestésico é retirado pela vascularização local, mais efêmero será seu efeito, principalmente em relação aos seus efeitos adversos. Assim, é comum a associação de vasoconstritores, que diminuem a absorção local do anestésico, aumentando o tempo de duração da anestesia. IV - Incorreta: os AL precisam ficar na sua forma não ionizada (lipossolúvel) para atravessar a membrana celular e realizarem seu efeito. Para isso, o pH dos tecidos sofre influência a eficiência dos anestésicos: áreas ácidas, como abscessos, deixam os AL em sua forma ionizada (hidrossolúvel), dificultando a anestesia nesses sítios. Resposta: letra C. 244 - 2021 IOG Homem, 35 anos, procura consulta médica para realizar avaliação perioperatória, pois está em programação de realizar herniorrafia inguinal. Faz 5 atividade física de moderada intensidade regularmente, não possui antecedentes patológicos e não faz uso de medicações crônicas. Não há alteração ao exame físico. A conduta correta, quanto à solicitação de exames complementares para avaliação de risco cirúrgico, é: A) Solicitar radiografia de tórax, hemograma completo e função renal apenas. B) Solicitar eletrocardiograma, radiografia de torax e função renal apenas. C) Solicitar eletrocardiograma, radiografia de tórax, hemograma completo e função renal. D) Não solicitar nenhum exame. E) Solicitar eletrocardiograma, hemograma completo e função renal apenas. Os exames complementares deverão ser solicitados em casos selecionados. Nos indivíduos assintomáticos, devemos pedir exames pré-operatórios somente em determinadas circunstâncias, tendo como base a idade do paciente, o tipo de ato cirúrgico e alterações evidenciadas na história ou exame clínico. Seguem os principais exames pré- operatórios em cirurgias de baixo risco, em pacientes sem comorbidades: - Idade < 45 anos: nenhum exame. - Idade entre 45-54 anos: ECG caso sexo masculino. - Idade entre 55- 69 anos: ECG, hemograma e plaquetas. - Idade > 70 anos: ECG, hemograma e plaquetas, eletrólitos, creatinina, ureia e glicemia. - Tabagismo independente da faixa etária: ECG. - Mulher em idade reprodutiva: beta-hCG urinário na manhã da cirurgia. Portanto, nesse paciente, não é necessário solicitar nenhum exame. Resposta: letra D. 255 - 2021 HOB - DF Na avaliação pré-operatória de pacientes com problemas cardiovasculares, alguns exames cardiológicos costumam ser requisitados, como é o caso da eletrocardiografia, da radiografia de tórax, do teste ergométrico, da ecodopplercardiografia, dentre outros mais que possam vir a ser úteis. No que concerne à ecodopplercardiografia, é INCORRETO afirmar: A) É um exame não invasivo, baseado no uso do ultrassom. B) Propicia informações complementares quanto à função ventricular sistólica. C) O seu uso é recomendado no perioperatório apenas quando há alguma certeza clínica. D) Não é um exame essencial. A utilização do ecocardiograma pré-operatório deve ser considerada em pacientes com suspeita clínica de outras valvopatias, especialmente, quando não há diagnóstico prévio ou existe descompensação clínica vigente. Lembrando que é um exame não invasivo, no qual se utiliza um aparelho de ultrassonografia que inclusive pode ser portátil. Apesar de trazer informações úteis da função cardíaca, ele não é considerado essencial nos pacientes portadores de problemas cardiovasculares de forma geral. Resposta: letra C. 256 - 2021 CCG São sinais e sintomas da primeira fase da intoxicação pela lidocaína: A) Cianose e dispneia, gosto metalico B) Prurido, eritema e edema C) Angioedema, eritema e cianose D) Zumbido, gosto metálico, parestesia perioral O quadro clínico de intoxicação por anestésico local depende da concentração plasmática e da velocidade com que se estabelece essa concentração. Os principais achados na intoxicação por lidocaína incluem dormência da língua e lábios, gosto metálico, distúrbios visuais, desorientação, zumbido, fala arrastada, convulsões e até colapso cardiovascular. Resposta: letra D. 258 - 2021 HEVV Paciente de 32 anos apresenta quadro clínico de apendicite aguda e é submetido à apendicectomia videolaparoscópica. Durante o ato anestésico, apresenta taquicardia, labilidade pressórica, sudorese, rigidez de membros inferiores e hipertemia progressiva. O diagnóstico deste paciente foi de hipertemia maligna. Qual medicação deve ser administrada? A) Atropina. B) Dantrolene. C) Flumazenil. D) Naloxona. E) Midazolan. A hipertermia maligna se manifesta clinicamente como uma crise hipermetabólica quando um indivíduo suscetível é exposto a um anestésico volátil ou succinilcolina. Nesses casos, recomenda-se rápida administração de dantrolene. Deve ser administrada uma dose de ataque de 2,5 mg / kg IV rapidamente através de uma veia de grande calibre. Posteriormente, deve-se administrar doses subsequentes de 1 mg / kg IV até que os sinais agudos comecem a diminuir. Até 10 mg / kg IV podem raramente ser necessários em alguns pacientes, especialmente homens musculosos. Resposta: letra B. 260 - 2021 HEVV De acordo com a classificação da Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA Classification), que categorizou as comorbidades pré-operatórias dos pacientes, paciente com doença sistêmica grave, que resulta em comprometimento funcional, cujos exemplos são diabetes mellitus com complicações vasculares, infarto do miocárdio prévio e hipertensão não controlada, é classificado como: A) ASA II. B) ASA III. C) ASA IV. D) ASA V. E) ASA VI. Segue abaixo a Classificação da Sociedade Americana de Anestesiologia: ASA I: - Um paciente normal e saudável. - Saudável, não fumante, nenhum ou uso mínimo de álcool. ASA II: - Um paciente com doença sistêmica leve. - Doenças leves apenas sem limitações funcionais substantivas. - Fumante atual, etilista social, gravidez, obesidade (30 < IMC < 40 kg/m2), diabetes mellitus ou hipertensão bem controlada, doença pulmonar leve. ASA III: - Um paciente com doença sistêmica grave. - Limitações funcionais substantivas ou uma ou mais doenças moderadas a graves. - Diabetes mellitus ou hipertensão mal controlada, DPOC, obesidade mórbida (IMC ≥ 40 kg/m2), hepatite ativa, dependência ou abuso de álcool, marca-passo implantado, redução moderada da fração de ejeção, submetido a diálise regularmente programada, PCA prematuro do bebê <60 semanas, história (> 3 meses) de IAM, AVC, AIT ou DAC / stents. ASA IV: - Paciente com doença sistêmica grave que é uma ameaça constante à vida. - IAM, AVC, AIT ou DAC / stents recentes (<3 meses), isquemia cardíaca contínua ou disfunção valvar grave, redução grave da fração de ejeção, sepse. ASA V: - Um paciente moribundo do qual não se espera que sobreviva sem a operação. - Aneurisma abdominal / torácico rompido, trauma maciço, sangramento intracraniano com efeito de massa, intestino isquêmico em face de patologia cardíaca significativa ou disfunção de múltiplos órgãos / sistemas. ASA VI: - Um paciente declarado com morte cerebral cujos órgãos estão sendo removidos para fins de doador. Resposta: letra B. 274 - 2021 HPP Paciente de 61 anos apresenta-se para avaliação pré-anestésica para cirurgia de colecistectomia videolaparoscópica. Após exame físico e anamnese, o anestesiologista conclui que a paciente é obesa, hipertensa controlada, com valores pressóricos normais durante o exame e asmática com última crise há 3 meses. Está em uso de losartana e seretide. Nega histórico anestésico prévio, nega alergias. Segundo a classificação do estado físico preconizada pela Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA), como essa paciente seria classificada? A) ASA I B) ASA II C) ASA III D) ASA IV Estamos diante de uma paciente obesa, hipertensa controlada e asma sob controle clínico. Vamos analisar as alternativassobre qual classificação de risco cirúrgico da American Society of Anesthesiologists: Letra A: Incorreta. ASA I - Paciente saudável (sem comorbidades). Letra B: Correta. ASA II - comorbidades sob controle e sem limitações funcionais. Letra C: Incorreta. ASA III - paciente com comorbidades mal controladas ou com limitação funcional. Letra D: Incorreta. ASA IV - paciente com comorbidades incapacitantes (alreração sistêmica grave). Resposta Letra B. 275 - 2021 IHOA Adulto jovem de 27 anos com diagnóstico de colelitíase é submetido a colecistectomia por videolaparoscopia. No ato anestésico é percebida labilidade pressórica, taquicardia e ridigez de membros inferiores, além de hipertermia progressiva. Qual medicação deve ser administrada para reversão do quadro: A) atropina B) dantrolene C) naloxolona D) biperideno Estamos diante de um caso de hipertermia maligna, quadro clínico caracterizado por hipercapnia, rigidez muscular generalizada (principalmente do músculo masseter), taquicardia sinusal, hipertermia e mioglobinúria, que pode ocorrer logo após a indução anestésica ou a qualquer momento durante a fase de manutenção. A administração de dantrolene assim que houver essa suspeita diagnóstica é essencial para reversão do quadro. Resposta: letra B. 298 - 2021 SUS - RR Sobre a hipertermia maligna, assinale a alternativa correta. A) Está relacionada à administração de agentes anestésicos halogenados ou succinilcolina. B) O quadro clínico mais comum é febre alta e hipotonia muscular. C) Transtornos associados incluem alcalose metabólica e hipercapnia. D) A suscetibilidade é herdada de acordo com um padrão recessivo autossômico. A história de temperatura elevada já descarta a letra B, que fala em hipotermia. Será mesmo um choque séptico com febre? Nada disso! Estamos diante de um quadro de hipertermia maligna, uma desordem rara do músculo esquelético de caráter autossômico dominante que pode ocorrer após a exposição a determinados agentes anestésicos, bloqueadores musculares (succinilcolina) e agentes inalatórios halogenados (halotano, sevoflurano e isoflurano). O quadro é caracterizado por saída maciça de cálcio do retículo citoplasmático do miócito, resultando em contração muscular intensa, gerando calor e hipertermia, rigidez muscular mantida e uma série de distúrbios metabólicos, como hipercalemia, rabdomiólise, mioglobinúria, acidose metabólica e hipercalcemia. Um achado consistente e bem precoce é o aumento no CO2 expirado, que é resistente a aumento do volume-minuto. Frente a um quadro suspeito, o anestesista deve suspender a cirurgia (ou trocar o agente anestésico se a suspensão não for possível) e infundir dantrolene, um potente relaxante muscular, na dose de ataque de 2,5 mg/kg em bolus seguido de nova dose a cada 5 minutos e, a partir de então, 1 a 2 mg/kg/h até haver desaparecimento dos sintomas. Além disso, precisamos hiperventilar o paciente com FiO2 de 100%, controlar arritmias ou distúrbios eletrolíticos e ácido-básicos, promover débito urinário elevado com furosemida ou manitol e empregar cobertores térmicos, compressas com gelo e infusão de líquidos parenterais frios para controle de temperatura. Resposta: letra A. 300 - 2021 HAC - PR Segundo sistema de classificação da American Society of Anesthesiologists (ASA), paciente que apresenta pelo menos uma doença grave, pouco controlada ou em estágio final; possível risco de morte; angina instável, DPOC sintomática, ICC sintomática, insuficiência hepatorrenal é classificado como: (McAneny D. Preparo pré operatório. In DOHERTY, G. M. Current Diagnóstico e Tratamento. Porto Alegre: AMGH. 2017) A) ASA I B) ASA II C) ASA III D) ASA IV E) ASA V A American Society of Anestesiology (ASA) desenvolveu um sistema de classificação para risco pré-operatório muito tradicional, mas que sozinho não necessariamente diz com precisão se um paciente pode ser liberado ou não para determinado procedimento. Funciona assim: ASA I - Nenhum distúrbio orgânico, psiquiátrico, fisiológico ou bioquímico (paciente saudável, não tabagista, sem consumo de álcool ou com consumo apenas leve); ASA II - Paciente com doença sistêmica leve (hipertensão arterial sistêmica bem controlada; diabetes mellitus sem complicações vasculares; anemia; IMC entre 30 e 40; gestação; tabagismo; consumo social de álcool; doença pulmonar leve); ASA III - Paciente com doença sistêmica grave (doenças que impõem limitação funcional significativa, mas não são incapacitantes - diabetes mellitus com complicação vascular ou mal controlado; história de IAM > 3 meses; história de doença coronária com uso de stent > 3 meses; história de AVE ou AIT > 3 meses; angina pectoris estável, hipertensão arterial não controlada; redução moderada da fração de ejeção; marca-passo implantado; insuficiência renal crônica em diálise; IMC > 40; hepatite crônica; abuso ou dependência de álcool; DPOC); ASA IV - Paciente com doença sistêmica grave que representa ameaça constante à vida (história de IAM < 3 meses; doença coronária com uso de stent < 3 meses; história de AVE ou AIV < 3 meses; angina instável; disfunção valvar grave; redução grave da fração de ejeção; sepse; CIVD; doença renal aguda; doença renal em estágio terminal não dialisando regularmente; DPOC agudizado); ASA V - Paciente moribundo, não é esperado que sobreviva com ou sem a cirurgia proposta (rotura de aneurisma aórtico; politrauma; hemorragia intracraniana com efeito de massa; isquemia intestinal na vigência de patologia cardíaca significativa ou de disfunção sistêmica de múltiplos órgãos); ASA VI - Paciente em morte cerebral, que será operado para retirada de órgão para doação; Paciente com doença grave, pouco controlada ou em estágio final e com possível risco de morte é melhor classificado como ASA IV. Resposta: letra D. 305 - 2021 HV - AL É o estado de hipermetabolismo e injúria muscular associado à administração de agentes anestésicos halogenados. Pode ser reconhecido por aumento na atividade do sistema nervoso simpático, rigidez muscular e febre alta: A) Anafilaxia. B) Febre do Nilo Ocidental. C) Hipertemia Maligna. D) Rabdomiólise Idiopática. Qual a condição que devemos imediatamente pensar diante de um quadro de rigidez muscular associada a hipertermia após a administração de agentes anestésicos halogenados? Hipertermia maligna (letra C)! Anafilaxia (letra A) e rabdomiólise idiopática (letra D) cursam com sinais e sintomas distintos que são desencadeados por outros fatores. Febre do Nilo Ocidental é uma infecção viral (letra B). Resposta: letra C. 311 - 2021 HAC - PR Assinale V [verdadeiro] ou F [falso] sobre hipertermia maligna: [ ] A hipertermia maligna é uma doença rara, hereditária, caracterizada pela contração muscular intensa; resulta de excesso de liberação de sódio do retículo sarcoplasmático e grande aumento de sódio intracelular no músculo esquelético, devido à incapacidade do sódio para ser reabsorvido. [ ] Os vapores anestésicos mais modernos, sevoflurano e desflurano, são mais frequentemente associados como desencadeadores da hipertermia maligna [ ] As manifestações clínicas iniciais da hipertermia maligna incluem taquicardia inexplicada e acidose respiratória, mas a elevação de temperatura é o primeiro achado [ ] O tratamento preferencial é o dantroleno intramuscular. O dantroleno é fornecido como pó e requer vários minutos para que seja misturado em uma solução intravenosa utilizável (Sanford T. J. Anestesia. In DOHERTY, G. M. Current Diagnóstico e Tratamento. Porto Alegre: AMGH. 2017) A) V, V, V, V B) F, V, V, V C) F, F, F, F D) F, V, V, F E) V, F, F, V A questão faz algumas afirmativas sobre a hipertermia maligna e deseja saber quais são verdadeiras e quais são falsas. 1 - Falsa: a hipertemia maligna é uma doença rara, com padrão autossômico dominante, caracterizada pelo aumento da concentração de CÁLCIO mioplasmático e, em pacientes predispostos, ocorre liberação anormal deste íon e ativação prolongada dos filamentos musculares, com consequente rigidez e hipermetabolismo. A quebra excessiva de moléculas de ATPgera calor excessivo, morte de miócitos e rabdomiólise. 2 - Falsa: a hipertermia maligna pode ser definida como uma crise hipermetabólica potencialmente fatal manifestada durante ou após exposição a determinados anestésicos halogenados (halotano, isoflurano, desflurano e sevoflurano) e os relaxantes musculares despolarizantes (succinilcolina e suxametionina). Dentre eles, o halotano e a succinilcolina são os agentes mais frequentes associados como desencadeadores da doença. 3 - Falsa: as múltiplas manifestações clínicas da hipertermia maligna incluem taquicardia, arritmias, elevações da temperatura e acidose mista. A elevação do gás carbônico expirado (ETCO2) acima de 5 mmHg pode indicar hipertermia maligna e deve ser investigada, pois é sinal precoce de instalação da mesma. 4 - Falsa: o tratamento, além das medidas de suporte, é feito com dantrolene VENOSO, um relaxante muscular que bloqueia cerca de 75% das contrações musculares. O dantrolene é feito na dose de 1 a 2,5 mg/kg EV em bólus, que pode ser repetida a cada 5 minutos até melhora dos sintomas ou até a dose máxima de 10 mg/kg. Resposta: letra C. 312 - 2021 FUBOG A ação do Anestésico Local (AL) depende de fatores como a capacidade de ligação às proteínas plasmáticas e aos tecidos (receptores) onde a droga vai atuar, a capacidade de atravessar a membrana celular dos neurônios e o pH do tecido em que se espera a ação da droga (relação pH e pKa do AL). A alternativa em que a ação do AL ocorre de forma rápida é: (considerar pKa, ionização, lipossolubilidade e ligações proteicas, respectivamente) A) Bupivacaína / pKa 8,1 / ionização 83 / lipossolubilidade 3420 / ligações proteicas 95. B) Lidocaína / pKa 7,9 / ionização 76 / lipossolubilidade 366 / ligações proteicas 64. C) Etidocaína / pKa 7,7 / ionização 66 / lipossolubilidade 7317 / ligações proteicas 94. D) Mepivacaína / pKa 7,6 / ionização 61 / lipossolubilidade 130 / ligações proteicas 77. Um Anestésico Local (AL) pode ser definido como uma droga que bloqueia reversivelmente a transmissão do impulso nervoso na região em que foi aplicada, sem afetar o nível de consciência. De maneira geral, os ALs ligam-se aos canais de sódio voltagem-dependente no estado inativado, impedindo a subsequente ativação do canal e o grande influxo transitório de sódio associado à despolarização da membrana. Desta maneira, impedem que se haja potencial de ação e o estímulo nervoso não é propagado. Os ALs podem ser administrados de inúmeras maneiras, como bloqueios no neuroeixo (peridural ou subaracnóideo), bloqueios de nervos periféricos, em infiltrações no subcutâneo e topicamente, para dessensibilizar uma pequena área cutânea por um curto período de tempo. A pergunta foi sobre e, de maneira absurda, você teria que conhecer a tabela em anexo. Desse modo, chegamos a resposta: letra D. 323 - 2021 FHEMIG Paciente de 25 anos de idade, portador de hérnia umbilical, será submetido a tratamento cirúrgico. Em seu preparo pré-operatório, é fundamental que seja realizado(a): A) Radiografia do tórax. B) Eletrocardiograma. C) Dosagem de glicemia em jejum. D) Anamnese e exame físico detalhados. Os exames complementares deverão ser solicitados não sendo mais recomendada a realização de “rotina”, pois apenas uma minoria dos pacientes irá se beneficiar. Em indivíduos jovens (> 45 anos) sem comorbidades e que vão se submeter a procedimentos de baixo risco, muitas vezes não existe a necessidade da realização de exame complementar algum, sendo suficiente a anamneses e o exame físico detalhados. Resposta: letra D. 335 - 2021 FUBOG A utilização da oxigenoterapia busca melhorar a oxigenação dos tecidos periféricos dos pacientes, entretanto, deve ser aplicada com critério. A alternativa cujo conteúdo NÃO corresponde às particularidades desse tratamento é: A) Suplementação com vitamina E é viável na redução da toxicidade do oxigênio. B) Só poderá ser usado quando houver evidência ou risco de oxigenação de tecido inadequada, como PaQ2 < 40 mmHg. C) Contribuição do oxigênio para a fisiopatologia. D) Estímulo da vasoconstrição periférica. A questão deseja saber a afirmativa errada a respeito de oxigenioterapia. Vamos a elas! A) Suplementação com vitamina E é viável pois é uma molécula antioxidante que pode prevenir a formação de espécies reativas e radicais livres. B) A oxigenioterapia deve ser utilizada em pacientes com hipoxemia ou risco de evolução para a mesma. O objetivo é manter a SpO2 > 90-94% e PaO2 > 60-70 mmHg. C) De fato, o oxigênio contribui para fisiopatologia de muitas condições, como por exemplo, a cicatrização de feridas. D) O oxigênio é reconhecidamente um estimulador da vasoconstrição periférica, apesar do exato mecanismo para este evento ser ainda desconhecido. É interessante lembrar que, na vasculatura pulmonar, a relação dos níveis tensionais de O2 e o tônus vascular é inversa ao dito anteriormente: é a HIPÓXIA que causa vasoconstrição. Resposta: letra B. 340 - 2021 HEDA Paciente de 25 anos de idade, portador de hérnia umbilical, será submetido a tratamento cirúrgico. Em seu preparo pré-operatório, é fundamental que seja realizado(a): A) Coagulogram e hemograma B) Radiografia do tórax. C) Eletrocardiograma. D) Dosagem de glicemia em jejum. E) Anamnese e exame físico detalhados. Diante de um paciente do sexo masculino, com menos de 50 anos e sem qualquer comorbidade que será submetido a uma cirurgia de baixo risco, não há necessidade de qualquer exame complementar no pré-operatório. Portanto, a conduta correta deve ser realização apenas de anamnese e exame físico bem detalhados. Gabarito: letra E. 346 - 2021 AMS - APUCARANA Durante a avaliação pré-anestésica, um paciente sentado, olhando em posição horizontal, com a boca aberta projetando a língua ao máximo (teste de Mallampati) apresenta palato mole, fauce, úvula e pilares visíveis: Segundo a classificação de Samsoon e Young este paciente apresenta: A) Classe I. B) Classe II. C) Classe III. D) Classe IV. Em 1987, Samsoon e Young estabeleceram quatro classes para o teste de Mallampati: - Classe I: palato mole, úvula, fauce e pilares visíveis. - Classe II: palato mole, úvula e fauce visíveis. - Classe III: palato mole e base da úvula visíveis. Preditor de via aérea difícil. - Classe IV: apenas palato duro visíveis. Preditor de via aérea difícil. Resposta: letra A. 347 - 2021 AMS - APUCARANA A aspiração é definida como a inalação do conteúdo da orofaringe ou do estômago para o aparelho respiratório, além das cordas vocais. Ocorre em aproximadamente quatro pacientes para cada 10.000 anestesias e constituem importante causa de morbimortalidade durante a anestesia geral. Em relação à anestesia e aspiração considere as afirmativas abaixo: I- As cirurgias de emergência, particularmente o trauma e cirurgias abdominais, têm risco de aspiração significativamente mais elevado quando comparadas com as cirurgias eletivas, tanto em adultos quanto em crianças. II- A probabilidade de aspiração pode ser reduzida pela técnica anestésica de intubação acordado ou indução e intubação traqueal de sequência rápida, com a utilização da manobra de Sellick. III- Íleo paralítico, gestação, dor, stress, obesidade e tabagismo são considerados fatores predisponentes para aspiração pulmonar. Assinale a alternativa correta: A) As afirmativas I e II estão corretas. B) As afirmativas I e III estão corretas. C) As afirmativas II e III estão corretas. D) Todas as afirmativas estão corretas. Vamos analisar as assertivas: I - Correta. Nas cirurgias de emergência, a intubação, em geral, é realizada em pacientes que não estavam previamente de jejum, ou seja, pacientes com o estômago contendo conteúdo alimentar, por este motivo, o risco de aspiração no cenário de emergência é bem aumentado em relação às cirurgias eletivas. II - Correta. Em pacientes inconscientes, a oclusão do esôfago pela compressão da cartilagem cricoide (Manobra de Sellick), realizada pelo polegar e pelo indicador, é útil para evitar a aspiração. Outra maneira de evitar esta complicação é realizando a intubação com opaciente acordado. III - Incorreta. Embora muitos destes fatores estejam associados a um maior retardo do esvaziamento gástrico, não há esta relação bem estabelecida com o aumento do risco de aspiração pulmonar. Corretas: I e II. Gabarito: letra A. 348 - 2021 AMS - APUCARANA Os protocolos de recuperação otimizada após as operações (ERAS) têm as suas bases na cirurgia colônica, através das primeiras diretrizes publicadas em 2012. Desde então, tal prática difundiu-se pelo mundo, principalmente em virtude de melhorias nos resultados cirúrgicos associadas à economia de recursos. Em relação aos benefícios esperados após a implementação desse protocolo, assinale a alternativa incorreta: A) A anemia do paciente cirúrgico deve ser investigada e corrigida, reduzindo assim o risco de fístulas e infecções nas anastomoses. B) A perda de peso não intencional de 5 a 10% aumenta o risco de complicações, sendo necessária a suplementação oral 7 a 10 dias da cirurgia. C) Os pacientes que recebem orientações no pré-operatório não apresentaram redução da ansiedade quanto à anestesia, cirurgia e dor pós-operatória. D) A cessação do tabagismo e do etilismo no pré-operatório reduz as complicações intra e pós-operatórias. Vamos às alternativas: - Letra A: correta. A anemia no paciente cirúrgico pode ser causada por perda aguda ou crônica, deficiência de vitaminas B9 ou B12, doença crônica relacionada ou não com o motivo da cirurgia. Essas causas devem ser investigadas e corrigidas. Recomenda-se a suplementação oral 7 a 10 dias antes da cirurgia, visando reduzir a prevalência de infecções e de fístulas nas anastomoses. - Letra B: correta. A suplementação oral 7 a 10 dias antes da cirurgia nos pacientes com perda ponderal não intencional de 5-10% ou mais reduz a prevalência de infecções e fístulas nas anastomoses. - Letra C: incorreta. Os pacientes que recebem orientações no pré-operatório apresentam redução da ansiedade quanto à anestesia, cirurgia e dor pós-operatória e maior satisfação quanto à experiência cirúrgica. Além disso, observa-se impacto positivo sobre tempo de internação e resultados pós-operatórios. - Letra D: correta. Estudos demonstram que cerca de 4 semanas de abstinência do etilismo e tabagismo parecem reduzir complicações intra e pós-operatórias. O tabagismo dificulta a cicatrização de feridas. O etilismo aumenta a morbidade pós-operatória e o risco de infecções. Resposta: letra C.
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