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CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMETOLOGIA DISCIPLINA: LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS ANA POLIANA DO AMARAL TEIXEIRA (RA:8039530) PORTFÓLIO OBJETIVO: DEMONSTRAR O QUE É A DEFICIÊNCIA AUDITIVA/SURDEZ E REFLETIR SOBRE ELA. BOA VISTA/RR OUTUBRO DE 2019 ANA POLIANA DO AMARAL TEIXEIRA PORTFÓLIO OBJETIVO: DEMONSTRAR O QUE É A DEFICIÊNCIA AUDITIVA/SURDEZ E REFLETIR SOBRE ELA. Trabalho apresentado como requisito de avaliação da disciplina Língua Brasileira de Sinais, do curso de Tecnólogo em Estética e Cosmetologia do Centro Universitário Claretiano Boa Vista/RR. BOA VISTA/RR OUTUBRO DE 2019 ATIVIDADE/PORTFÓLIO Objetivo: Demonstrar o que é a deficiência auditiva/surdez e refletir sobre ela. Descrição da atividade: Com base nas leituras anteriores, responda às questões a seguir: 1) Sabemos que a audição é o meio pelo qual o indivíduo entra em contato com o mundo sonoro e com as estruturas da língua oral, possibilitando, dentre outras coisas, o desenvolvimento da linguagem (PEDROSO, 2013, p. 55). Sendo assim, a audição desempenha as funções de: • Localização e identificação: capacidade de reconhecermos de onde vem um som e qual é a fonte sonora que o está produzindo. • Alerta: capacidade de nos atentarmos para todos os estímulos sonoros que nos rodeiam, como, por exemplo, a buzina de um carro vindo em nossa direção. • Socialização: capacidade de nos relacionarmos, pois é principalmente pela audição que entramos em contato com as outras pessoas. Intelectual: grande parte das informações nos é transmitida por meio do código oral. • Comunicação: a fala é o meio de comunicação mais utilizado pelo homem, e é por meio da audição que a linguagem e a fala se desenvolvem. � Levando em consideração cada uma das funções da audição citadas anteriormente, apresente um exemplo de ações cotidianas na vida de um surdo e compare com a vida de um ouvinte. 2) Leia atentamente a citação a seguir: “A maior parte dos surdos profundos, por exemplo, não exibem uma fala socialmente inteligível. Além disso, em geral, manifestam atraso significativo no desenvolvimento global e dificuldades ligadas a aprendizagem da leitura e da escrita, apresentando-se muitas vezes, apenas parcialmente alfabetizados após anos de escolarização” (MANTELATTO, PEDROSO & DIAS, 2000, n.p.). a) Reflita sobre a consequência de um adulto surdo, que não teve uma escolarização adequada à sua condição linguística, em sua vida profissional para estabelecer as relações por falta de uma língua compartilhada. b) Como a formação educacional pode interferir na sua Inclusão social e profissional? c) Como são minorias, os surdos sempre enfrentam situações discriminatórias na vida social e profissional, apresente exemplos de práticas que poderiam minimizar tais situações discriminatórias no trabalho e na vida. Não esqueçam de que em 95% dos casos de surdez os pais são ouvintes. RESOLUÇÃO DA ATIVIDADE 1) R: Determinadas situações que são bastante simples para os ouvintes podem se tornar grandes desafios para as pessoas com problemas auditivos. Coisas como marcar um exame médico, resolver um problema no banco pode ser tornar algo muito complicado, principalmente pelo fato de que poucas pessoas possuem a habilidade de se comunicar usando a linguagem de sinais. A seguir alguns exemplos de situações cotidianas neste contexto: Localização e Identificação: • Ruído de abrir ou fechar uma porta: Identificamos que há alguém perto de nós; Pela intensidade do som podemos prever se está mais longe ou mais perto. • Ruído de uma torneira aberta: Podemos identificar pela intensidade e proximidade do som em que local estamos (banheiro, cozinha, lavanderia, etc.) Alerta: • Um grito de uma pessoa: Podemos prever que algo errado ou ruim pode estar acontecendo. • Uma sirene de incêndio: Avisa-nos que existe fogo ou perigo por perto ou no local que estamos. Socialização: • Conversa entre um grupo de pessoas: Atrai-nos para conhecer e até mesmo saciar a curiosidade. • Show de música: Em esse tipo de evento se aglomera muita gente e se pode desfrutar da conversa entre amigos e ouvir músicas. Intelectual: • Escutar as notícias pelo rádio: Faz-nos prestar atenção naquilo que estamos ouvindo e gravar em nossa memória fatos que estão acontecendo. • Assistir a uma aula: Ao escutar a voz do professor explicando uma matéria, o cérebro vai assimilando tais conhecimentos. Comunicação: • Atender a uma ligação telefônica: Ao escutar o som da chamada, atender para se comunicar com a pessoa que chama. • Responder a um chamado: Ao escutar a outra pessoa que a chama pelo nome ou por um apelido, para e atende para conversar ou ver o que precisa. 2) a) A maior consequência trazida pela perda parcial ou total da audição está diretamente ligada ao processo de comunicação. O indivíduo surdo perde muito do que acontece à sua volta, principalmente se sua perda for severa ou profunda. Em relação às consequências trazidas pela surdez, apesar de ter fixado a situação das crianças surdas, também podemos citar o caso de adultos e idosos que ao perderem parcialmente ou totalmente a audição, são incompreendidos e até mesmo isolados por seus familiares. Visto que com esta atitude perdem o prazer das conversas e sofrem pelo fato de não responder em tempo hábil às perguntas que lhes são feitas ou por perguntarem outra vez o que não compreenderam. b) A dificuldade de inclusão social que os deficientes auditivos possuem se deve pela falta de estímulo de comunicação entre esses e os demais setores da comunidade. A formação educacional pode interferir na inclusão social e profissional da pessoa surda, pois é através desta formação que o surdo irá aprender a se comunicar através da língua de sinais (libra) e não por leitura labial ou oralização do português, e muitas pessoas não estão capacitadas para a interpretação Apesar da Libras (Língua Brasileira de Sinais) ter sido reconhecida através da Lei n°10.436/2002 e Decreto n°5.626/2005, como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais, ela é um grande passo em meio a uma enorme caminhada destinada aos surdos, uma vez que apesar do reconhecimento jurídico da língua espaço-visual, a inclusão destes indivíduos a locais, setores, campos e ambientes é dada de forma complicada e problematizada. Portanto, a aquisição da língua de sinais como primeira língua ao surdo é a forma de oferecer a ele um meio natural de aquisição linguística, uma vez que não depende da audição para ser adquirida. c) As sugestões a seguir dependem muito da proximidade (amigo, familiar ou colega de trabalho) e da idade em que a pessoa surda se encontra. Mas todas servem para qualquer relação entre pessoas surdas e ouvintes. 1. Aprenda Libras! Saber se comunicar (mesmo que em um nível básico) pela língua materna da comunidade surda é muito importante. Se a pessoa surda for um familiar, torna-se ainda mais fundamental conhecer a Libras para estreitar os laços, trocar ideias, aprender e ensinar, compartilhar a vida. 2. Procure instituições especializadas. No caso de crianças, escolas que considerem o uso e o ensino tanto da Libras quanto do Português. Recursos didáticos, ambientes de aprendizado, dentre tantos outros aspectos da educação, precisam estar em conformidade com as especificidades da surdez. Nestas instituições é importante observar se pessoas surdas ocupam os mais variadoscargos como professores, gestores ou servidores. Se quase todos forem ouvintes, a falta de referência de um adulto surdo pode levar a criança surda a se considerar menos capaz. 3. Em escolas, universidades, palestras e eventos, solicite sempre a presença de um Tradutor e Intérprete da Língua de Sinais. É um direito garantido por lei. 4. Estimule a participação da pessoa surda em grupos de surdos. Existem grupos esportivos, religiosos, dentre tantos outros, aonde a Libras é a primeira língua falada e a maioria dos integrantes é surdo. Nestes grupos é possível que a pessoa surda consiga aperfeiçoar sua comunicação em sinais, troque conhecimento e conheça outras pessoas que são surdas como ela! Esta convivência entre falantes da mesma língua faz toda diferença para o desenvolvimento, autoestima e integração social da pessoa surda. 5. Informe-se sobre os direitos garantidos por lei à pessoas surdas. Embora os efeitos na prática ainda não aconteçam de maneira efetiva, o Brasil, nos últimos anos, teve avanços significativos no campo das políticas públicas voltadas à inclusão social. Destacam-se a Lei n. 10.436 de 2002, que reconhece a Língua Brasileira de Sinais como meio oficial e legal de comunicação e expressão; o Decreto Federal 5626/2005, que regulamenta a lei 10.436 e a Lei n. 12.319 de 2010, que trouxe a regulamentação da profissão de tradutores e intérpretes da língua brasileira de sinais. A Lei n. 10.098 de 2000, embora utilize o termo "deficiente auditivo" e seja mais abrangente, também estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade. 6. Procure materiais e recursos que tenham incorporados a língua de sinais. Embora não tanto quanto é necessário, existem atualmente livros, jogos, filmes e recursos didáticos que incluem a Libras. Estes materiais são muito importantes e benéficos porque frequentemente apresentam representações positivas acerca da surdez, associam Libras e Português e podem ainda aproximar surdos e ouvintes. 7. Considere sempre a experiência da pessoa surda. Se for desenvolver qualquer projeto que tenha como pressupostos acessibilidade e inclusão, procure saber como uma pessoa surda se sente em relação a sua proposta, quais são as possíveis barreiras e sugestões. Sendo ouvintes, nunca saberemos realmente como é ser surdo.