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INTEPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DO DIREITO – EROS GRAU
1-intepretação/aplicação
A interpretação somente seria necessária quando o sentido da norma não fosse claro;
Compreensão: declaração ou revelação do significado da norma;
Interpreta-se não porque a linguagem é confusa ou ambígua, mas porque interpretação e aplicação do direito são uma só operação (Eros Grau);
INTERPRETAR = APLICAR
Implica, portanto, não só na compreensão do texto, mas também na “interpretação” dos fatos;
O interprete interpreta não só os textos normativos, mas também os fatos;
A norma decorre da interpretação da disposição/texto e dos fatos;
A interpretação do direito é constitutiva, e não simplesmente declaratória;
Parte da compreensão dos textos e dos fatos; passa pela produção das normas; finda com a escolha de uma solução para o caso concreto;
Normas jurídicas produzidas e normas jurídicas de decisão (sentença judicial);
A interpretação do direito não é autônoma da aplicação;
É um processo unitário;
A norma é produzida a partir de elementos do texto, e também de elementos do caso (fatos).
2-Texto normativo x Norma jurídica
O texto normativo é elaborado para ser aplicado num determinado caso. 
A norma de decisão é a aplicação (formulação) de uma norma jurídica em dado caso, na forma de sentença;
3-Artes autográficas e Artes alográficas
Na autográfica o autor contribui sozinho para a realização da obra. Romance e pintura.
Artes Alográficas (música, teatro) e artes autográficas (pintura e romance);
No primeiro caso, o intérprete concorre com a formação da obra;
No segundo caso, a obra demanda apenas compreensão, pois já foi completada pelo seu autor;
A interpretação do Direito é alográfica
Interprete autêntico (Kelsen): apenas o Juiz. Realiza todo o processo.
A norma é construída, pelo intérprete, no decorrer do processo de concretização do direito (Eros Grau);
O texto jurídico é matéria que precisa ser trabalhada;
Texto + Fatos = Norma;
A concretização do direito se dá com a norma de decisão; é caminhar do texto da norma para a norma concreta; Peça + Atores = Composição + interprete (cantor, orquestra);
O Direito é alográfico; a sua completude surge com a concretização feita pelo intérprete;
Interpretação: processo intelectivo através do qual, partindo de fórmulas linguísticas contidas nos textos, enunciados, preceitos, disposições, alcançamos a determinação de um conceito normativo;
Opera a sua inserção na vida; desvencilha a norma do texto;
4-Moldura do texto normativo
O intérprete não cria a norma; ele reproduz a norma;
A norma já se encontra potencialmente no invólucro (texto normativo), em estado de potência, mas parcialmente, pois os fatos também contribuem para a definição do seu conteúdo;
Metáfora da Vênus de Milo (Eros Grau); 03 blocos de mármore já possuem, em potência, a estátua da Vênus de Milo;
Uma moldura pode gerar três figuras distintas da mesma obra;
Moldura é do texto e do fato;
Trabalho de interpretação é artesanal;
Não haveria fato verdadeiro: os fatos que importarão serão aqueles percebidos/recebidos pelo intérprete;
Interpretar é concretizar o direito;
Texto normativo (mundo do dever-ser) realidade (mundo do ser). Interpreta-se o texto, o caso e a realidade (momento histórico no qual se opera a interpretação. Contexto de aplicação do direito. 
6-Interpretação é Prudência.
Prudência: saber prático;
Júris prudentia X júris scientia;
Interpretar um texto jurídico é a escolha entre as várias possibilidades corretas, adotando-se a mais adequada;
A problematização dos textos normativos não se dá no campo da ciência, mas da prudência;
Na ciência há questões que ainda não possuem resposta; na prudência, as questões demandam uma resposta dentre as várias existentes;
Existem várias interpretações corretas.
A norma da decisão é a norma jurídica aplicada a um caso concreto. 
A interpretação visa, em última instância, a solução de um caso concreto.

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