Cascara sagrada

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Cáscara sagrada
Rhamnus purshiana 
Identificação
NOMENCLATURA BOTÂNICA 
Rhamnus purshiana DC
SINONÍMIA BOTÂNICA 
Frangula purshiana (DC.) A. Gray
FAMÍLIA 
Rhamnaceae 
NOMENCLATURA POPULAR
Cáscara sagrada 
Foto da planta 
A - Aspecto geral da planta Rhamnus purshiana 
B – Casca do caule 
C – Folhas e flores 
D – Folhas e frutos 
Aspectos botânicos 
Planta da família Rhamnaceae. Possui folhas elípticas e caducas. Possui casca rugosa de cor escura. Flores branco-esverdeadas, que aparecem na primavera, dando origem a frutos negros e globosos.É original das montanhas rochosas dos Estados Unidos. Cresce à sombra nas florestas de coníferas e pode ser encontrada desde o Norte dos Estados Unidos até a Colômbia, atingindo de 06 a 18 m de altura.As cascas são retiradas dos ramos grossos e do tronco entre abril e agosto, e secas em seguida.
Histórico: Conhecida dos índios, que já a utilizavam como purgativa e tônica, antes da descoberta das Américas, vindo daí sua denominação de cáscara sagrada, dado pelos conquistadores espanhóis. Foi descrita botanicamente em 1.814.
Composição da cáscara sagrada 
A cáscara sagrada contém resinas, taninos e lipídios, mas o principal ativo é a antraquinona, que contém glicosídeos. Quando são ingeridos, eles passam ilesos pelo estômago, seguindo para o intestino. Lá, os glicosídeos são capazes de estimular as contrações musculares, conhecido como peristaltismo, o que ajuda a movimentar as fezes pelo intestino.
Usos populares / tradicionais
Muitos registros do uso medicinal de R. purshiana têm mostrado que a espécie é utilizada desde a antiguidade por povos nativos americanos, como remédio laxativo ou purgativo leve no tratamento da constipação. Norton e Gill (1981), também relataram a utilização universal da espécie como laxante por nativos norte- americanos, por exemplo, os Chinook . Os Okanagan-Colville, habitantes pré- colombianos do Canadá e Estados Unidos da América, utilizavam a espécie como laxante, para o tratamento de reumatismo e artrite, bem como remédio depurativo. Os Makah utilizavam como curativo em feridas.
Características organolépticas
Odor característico, levemente aromático. Sabor amargo, nauseante e persistente.
Partes utilizadas
Cascas do caule e dos ramos grossos. A casca da árvore não pode ser utilizada imediatamente após a colheita, devendo sofrer um processo de envelhecimento de pelo menos um ano, ou em estufas a 100o C por uma hora;
Princípios ativos: Derivados antracênicos (principalmente emodina), derivados livres, heterosídeos hidrolisáveis e estáveis, cascarosídeos A, B, C e D, princípios amargos, ramnotoxina, amido, açúcares, gorduras e esteróis, taninos, óleos voláteis e resinas;
Informações adicionais
Uso: via oral
Alegações: constipação intestinal 
Contra indicações: não deve ser usado por pessoas com obstrução intestinal, refluxo, inflamação intestinal aguda (doença de Crohn), colite, apendicite ou dor abdominal de origem desconhecida, pacientes com histórico de pólipo intestinal.Não utilizar na lactação, gravidez e menores de 12 anos.
Efeitos adversos: Pode ocorrer desconforto no trato gastrointestinal, principalmente em pacientes com cólon irritável, além de mudança de coloração da urina.
Apresentações comercializadas
Interação 
Medicamentos que são conhecidos por interagir com a cáscara sagrada são laxantes estimulantes, anticoagulantes, diuréticos, corticosteroides, digoxina e quaisquer medicamentos orais.A cáscara sagrada não deve ser combinada com cavalinha, alcaçuz, ervas que contenham glicosídeos cardíacos ou ervas e suplementos que contenham cromo.
Artigo
https://www.mundoboaforma.com.br/cascara-sagrada-o-que-e-para-que-serve-indicacao-e-como-tomar/
Nesse artigo evidenciou que a cáscara sagrada é usada há muitos séculos como uma planta medicinal. Seu uso é feito a partir da casca seca, porque a fresca faz mal e costuma provocar náuseas e vômitos.
Ela contém vitamina B, cálcio, potássio e manganês e também produtos químicos chamados antraquinonas, que não têm atividade no estômago, mas quando chegam ao cólon têm a capacidade de provocar os movimentos intestinais para aliviar a constipação. Justamente por esse efeito, a cáscara sagrada ganhou popularidade.
Além evidenciar sua capacidade de combater o câncer, tratar algumas doenças do fígado, melhorar o sono e até promover um cabelo e pele mais bonitos.
Artigo
Um estudo realizado em 2010 com animais evidenciou que a emodina presente na planta ajudou a tratar danos no fígado. Os animais demonstraram algum grau de proteção do fígado depois de receber uma terapia com uma quantidade específica de emodina, que efetivamente reverteu a toxidade do fígado provocada por uma medicação específica.
Artigo
http://revistafacesa.senaaires.com.br/index.php/revisa/article/download/28/23
Estudos realizados em diferentes regiões do mundo revelam que o uso da Cáscara Sagrada, além de ser antigo, é crescente nos dias de hoje. Devido ao efeito laxante ser agressivo e agir di- retamente na mucosa intestinal, a Cáscara sagrada pode causar diarreia severa e fortes dores abdominais.
Essa perda de água e nutrientes acontece de forma abrupta, que resulta em graves deficiências de líquidos, desequilíbrio eletrolítico, vitamínico e mineral em grande escala para o indivíduo, prejudicando um indivíduo antes saudável, já que a constipação é descrita como um estado das funções intestinais e não é caracterizada como doença. A constipação leve pode ser tratada com métodos nutricionais que além de serem eficazes, são mais baratos e sem efeitos colaterais.
Referências bibliográficas 
https://www.for.gov.bc.ca/hfd/library/documents/treebook/cascara.htm
https://www.mayoclinic.org/drugs-supplements/laxative-oral-route/before-using/drg-20070683
https://www.drugs.com/npc/cascara.html