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Paciente com Transtorno de Ansiedade

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PACIENTE COM TRANSTORNO DE ANSIEDADE
Prof. Ramon Silva Silveira da Fonseca
ramondafonseca@outlook.com
Transtorno de Ansiedade de Separação
Mutismo Seletivo
Fobia Específica
Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)
Transtorno de Pânico
Agorafobia
Transtorno de Ansiedade Generalizada
Transtorno de Ansiedade Induzido por Substância/Medicamento
Transtorno de Ansiedade Devido a Outra Condição Médica
Outro Transtorno de Ansiedade Especificado 
Transtorno de Ansiedade Não Especificado 
Transtornos de Ansiedade DSM V
	Os transtornos de ansiedade incluem transtornos que compartilham características de medo e ansiedade excessivos e perturbações comportamentais relacionados. Medo é a resposta emocional a ameaça iminente real ou percebida, enquanto ansiedade é a antecipação de ameaça futura.
	Obviamente, esses dois estados se sobrepõem, mas também se diferenciam, com o medo sendo com mais frequência associado a períodos de excitabilidade autonômica aumentada, necessária para luta ou fuga, pensamentos de perigo imediato e comportamentos de fuga, e a ansiedade sendo mais frequentemente associada a tensão muscular e vigilância em preparação para perigo futuro e comportamentos de cautela ou esquiva. Às vezes, o nível de medo ou ansiedade é reduzido por comportamentos constantes de esquiva.
	Os ataques de pânico se destacam dentro dos transtornos de ansiedade como um tipo particular de resposta ao medo. Não estão limitados aos transtornos de ansiedade e também podem ser vistos em outros transtornos mentais.
Transtornos de Ansiedade
	No transtorno de ansiedade social (fobia social), o indivíduo é temeroso, ansioso ou se esquiva de interações e situações sociais que envolvem a possibilidade de ser avaliado. Estão inclusas situações sociais como encontrar-se com pessoas que não são familiares, situações em que o indivíduo pode ser observado comendo ou bebendo e situações de desempenho diante de outras pessoas. A ideação cognitiva associada é a de ser avaliado negativamente pelos demais, ficar embaraçado, ser humilhado ou rejeitado ou ofender os outros. 
Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social) 300.23 (F40.10)
Critérios Diagnósticos 
A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de uma ou mais situações sociais em que o indivíduo é exposto a possível avaliação por outras pessoas. Exemplos incluem interações sociais (p. ex., manter uma conversa, encontrar pessoas que não são familiares), ser observado (p. ex., comendo ou bebendo) e situações de desempenho diante de outros (p. ex., proferir palestras). Nota: Em crianças, a ansiedade deve ocorrer em contextos que envolvem seus pares, e não apenas em interações com adultos. 
Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social) 300.23 (F40.10)
O indivíduo teme agir de forma a demonstrar sintomas de ansiedade que serão avaliados negativamente (i.e., será humilhante ou constrangedor; provocará a rejeição ou ofenderá a outros).
As situações sociais quase sempre provocam medo ou ansiedade. Nota: Em crianças, o medo ou ansiedade pode ser expresso chorando, com ataques de raiva, imobilidade, comportamento de agarrar-se, encolhendo-se ou fracassando em falar em situações sociais. 
 As situações sociais são evitadas ou suportadas com intenso medo ou ansiedade.
Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social) 300.23 (F40.10)
O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça real apresentada pela situação social e o contexto sociocultural.
O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando mais de seis meses.
O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. 
Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social) 300.23 (F40.10)
O medo, ansiedade ou esquiva não é consequência dos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou de outra condição médica.
O medo, ansiedade ou esquiva não é mais bem explicado pelos sintomas de outro transtorno mental, como transtorno de pânico, transtorno dismórfico corporal ou transtorno do espectro autista.
Se outra condição médica (p. ex., doença de Parkinson, obesidade, desfiguração por queimaduras ou ferimentos) está presente, o medo, ansiedade ou esquiva é claramente não relacionado ou é excessivo. 
Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social) 300.23 (F40.10)
	No transtorno de pânico, o indivíduo experimenta ataques de pânico inesperados recorrentes e está persistentemente apreensivo ou preocupado com a possibilidade de sofrer novos ataques de pânico ou alterações desadaptativas em seu comportamento devido aos ataques de pânico (p. ex., esquiva de exercícios ou de locais que não são familiares). Os ataques de pânico são ataques abruptos de medo intenso ou desconforto intenso que atingem um pico em poucos minutos, acompanhados de sintomas físicos e/ou cognitivos. Os ataques de pânico com sintomas limitados incluem menos de quatro sintomas. 
Transtorno de Pânico 300.01 (f41.0)
	Os ataques podem ser esperados, como em resposta a um objeto ou situação normalmente temido, ou inesperados, significando que o ataque não ocorre por uma razão aparente. Eles funcionam como um marcador e fator prognóstico para a gravidade do diagnóstico, curso e comorbidade com uma gama de transtornos, incluindo, mas não limitados, os transtornos de ansiedade (p. ex., transtornos por uso de substância, transtornos depressivos e psicóticos). O ataque de pânico pode, portanto, ser usado como um especificador descritivo para qualquer transtorno de ansiedade, como também para outros transtornos mentais.
Transtorno de Pânico 300.01 (f41.0)
Critérios Diagnósticos
A. Ataques de pânico recorrentes e inesperados. Um ataque de pânico é um surto abrupto de medo intenso ou desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual ocorrem quatro (ou mais) dos seguintes sintomas: Nota: O surto abrupto pode ocorrer a partir de um estado calmo ou de um estado ansioso.
Palpitações, coração acelerado, taquicardia.
Sudorese.
Tremores ou abalos. 
Transtorno de Pânico 300.01 (f41.0)
Sensações de falta de ar ou sufocamento.
Sensações de asfixia.
Dor ou desconforto torácico.
Náusea ou desconforto abdominal.
Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio.
Calafrios ou ondas de calor. 
Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento).
Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (sensação de estar distanciado de si mesmo).
Medo de perder o controle ou “enlouquecer”.
Medo de morrer.
Transtorno de Pânico 300.01 (f41.0)
B. Pelo menos um dos ataques foi seguido de um mês (ou mais) de uma ou de ambas as seguintes características:
 1. Apreensão ou preocupação persistente acerca de ataques de pânico adicionais ou sobre suas conseqüências (p. ex., perder o controle, ter um ataque cardíaco, “enlouquecer”).
2. Uma mudança desadaptativa significativa no comportamento relacionada aos ataques (p. ex., comportamentos que têm por finalidade evitar ter ataques de pânico, como a esquiva de exercícios ou situações desconhecidas). 
Transtorno de Pânico 300.01 (f41.0)
A perturbação não é consequência dos efeitos psicológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou de outra condição médica (p. ex., hipertireoidismo, doenças cardiopulmonares).
 A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental (p. ex., os ataques de pânico não ocorrem apenas em resposta a situações sociais temidas, como no transtorno de ansiedade social; em resposta a objetos ou situações fóbicas circunscritas, como na fobia específica; em resposta a obsessões, como no transtorno obsessivo-compulsivo; em resposta à evocação de eventos traumáticos, como no transtorno de estresse pós-traumático; ou em resposta à separação de figuras de apego, como no transtorno de ansiedade de separação).
Transtorno de Pânico 300.01 (f41.0)
	As características principais do transtorno de ansiedade generalizada são ansiedade e preocupação persistentes e excessivas acerca de váriosdomínios, incluindo desempenho no trabalho e escolar, que o indivíduo encontra dificuldade em controlar. Além disso, são experimentados sintomas físicos, incluindo inquietação ou sensação de “nervos à flor da pele"; fatigabilidade; dificuldade de concentração ou "ter brancos"; irritabilidade; tensão muscular; e perturbação do sono. 
Transtorno de Ansiedade Generalizada
300.02 (F41.1) 
Critérios Diagnósticos
Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos seis meses, com diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou profissional).
O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.
A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes seis sintomas (com pelo menos alguns deles presentes na maioria dos dias nos últimos seis meses). 
Transtorno de Ansiedade Generalizada
300.02 (F41.1) 
Nota: Apenas um item é exigido para crianças.
Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele.
Fatigabilidade.
Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na mente.
Irritabilidade.
Tensão muscular.
Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto).
Transtorno de Ansiedade Generalizada
300.02 (F41.1) 
D. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra condição médica (p. ex., hipertireoidismo). 
Transtorno de Ansiedade Generalizada
300.02 (F41.1) 
F. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental (p. ex., ansiedade ou preocupação quanto a ter ataques de pânico no transtorno de pânico, avaliação negativa no transtorno de ansiedade social [fobia social], contaminação ou outras obsessões no transtorno obsessivo-compulsivo, separação das figuras de apego no transtorno de ansiedade de separação, lembranças de eventos traumáticos no transtorno de estresse póstraumático, ganho de peso na anorexia nervosa, queixas físicas no transtorno de sintomas somáticos, percepção de problemas na aparência no transtorno dismórfico corporal, ter uma doença séria no transtorno de ansiedade de doença ou o conteúdo de crenças delirantes na esquizofrenia ou transtorno delirante).
Transtorno de Ansiedade Generalizada
300.02 (F41.1) 
		A pessoa fóbica luta com os conflitos emocionais internos e a ansiedade, tentando reprimir seus pensamentos e impulsos pertubadores.
		Quando essa repressao falha, ela desloca seu conflito para um lugar ou situação no mundo externo e tenta confinar susa ansiedade a essa situação.
		Assim, a situação externa representa, simbólicamente, seus conflitos psicológicos internos; se ela conseguir evitar essa situação, oderá diminuir sua ansiedade e evitar a possibilidade de um ataque de pánico.
		
		A evitação é a essência da fobia
Psicopatologia e Psicodinâmica
		O típico paciente fóbico tenta vencer o seu medo. À medida que faz isso, as mudanças na simbolização ou deslocamento resultam na substituição das antigas fonias por novas. Os novos síntomas poderão ser menos aflitivos para opaciente ou poderão envolver um maior ganho secundário, mas eles continuarão a objetivar a evitação do mesmo conflito básico.
Psicopatologia e Psicodinâmica
		A psicodinámica dos traços de caráter fóbico é similar àquela dos síntomas fóbicos.
		Em ambas, o paciente evita uma situação que representa uma fonte de ansiedade, porém, no caráter fóbico, normalmente o medo é incosnciente e a evitação, explicada como um problema de gosto ou preferência.
Traços do caráter fóbico
		Deslocamento e simbolização
		O paciente desviará sua atenção de um conflito emocional para o ambiente em que esse conflito ocorre.
		O deslocamento também poderá estar baseado em alguma conexão acidental entre o conflito emocional e determinado lugar ou situação.
Mecanismos de defesa
		Projeção
		 O paciente fóbico nega muito mais o mundo interior das emoções do que o mundo exterior da percepção.
		Ele desloca a sua ansiedade para o ambiente e projeta seus impulsos nos outros, mas raramente nas pessoas importantes para ele.
Mecanismos de defesa
		Evitação
		 A utilização defensiva da evitação é a principal caracterísitca do fóbico. As defesas auxiliares da simbolização, do deslocamento e da racionalização servem para posibilitar a evitação.
Mecanismos de defesa
		Parceiro fóbico
		 O modo que o paciente tem da ansiedade é altamente contagioso, sobretudo para as pessoas com tendencia fóbicas.
		Se a paciente melhorar com o tratamento, o parceiro poderá vir a ser um grande obstáculo à terapia à medida que suas fobias latentes se manifestam.
Mecanismos de defesa
		Comportamento contrafóbico
		 Enquanto a pessoa fóbica evita a situação externa, o indivíduo contrafóbico aceita o perigo real como um desafio, vencendo seu medo inconsciente.
Mecanismos de defesa
		O paciente com transtorno de ansiedade é responsivo a varias abordagens terapéuticas. Isso é válido para todos os trantornos de ansiedade.
		A TCC, a psicoterapia psicodinámica e uso criterioso de medicação, todos representam potencialmente uma parte do tratamento eficaz do paciente ansioso.
CONCLUSÃO
Bons estudos!

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