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Relatório FAT DEP QUIMICA FINAL (3)

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JACKELINE DA SILVA NEVES
RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO BÁSICO II (DEPENDÊNCIA QUÍMICA)
FEIRA DE SANTANA – BA
2019
FACULDADE ANÍSIO TEIXEIRA
JACKELINE DA SILVA NEVES
RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO BÁSICO II (DEPENDÊNCIA QUÍMICA)
Relatório final de estágio apresentado ao curso de Psicologia, 7 semestre, noturno, da Faculdade Anísio Teixeira, como requisito para aprovação na disciplina Estágio Básico II ministrada pela Prof. Joelma Assis Araújo
FEIRA DE SANTANA – BA
2019
SUMÁRIO
I – APRESENTAÇÃO DO ESTÁGIO	4
II – REFERENCIAL TEÓRICO	5
II.I - Dependência química e abordagem centrada na pessoa: contribuições e desafios em uma comunidade terapêutica	7 
III – DESCRIÇÃO DA INSTITUIÇÃO	9
IV – DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS	10
V – DIÁRIO DE BORDO	13 
VI – CONSIDERAÇÕES FINAIS	17
VII – REFERÊNCIAS	18
	
I – APRESENTAÇÃO DO ESTÁGIO
O objetivo do Estágio em Dependência Química é possibilitar aos estagiários o desenvolvimento das habilidades teórica e prática, analisando o campo de atuação observando as possibilidades de intervenção em um momento oportuno, identificando as necessidades e estabelecendo dinâmicas educativas e preventivas, promovendo uma prática significativa.
A proposta do estágio é proporcionar aos estagiários uma aproximação mais concreta com a comunidade e principalmente a aplicabilidade do conhecimento adquirido durante o curso. As atividades serão supervisionadas e devidamente avaliadas. 
A disciplina de Estágio Básico II Supervisionado em Dependência Química mostra a importância da ação da Psicologia no contexto da dependência química. Atuando na Comunidade terapêutica nova vida. 
II – REFERENCIAL TEÓRICO
II.I – Dependentes químicos em tratamento: um estudo sobre a motivação para mudança.
Atualmente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o uso abusivo de drogas como uma doença crônica e recorrente. Para esta instituição, o uso de drogas constitui um problema de saúde pública, que vêm ultrapassando todas as fronteiras sociais, emocionais, políticas e nacionais, preocupando toda a sociedade (Andretta & Oliveira, 2011).
Segundo dados do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid, 2010), muitos são os fatores que podem motivar o uso de drogas, como: a busca de prazer, amenizar a ansiedade, tensão, medos e até aliviar dores físicas. Quando a utilização dessas substâncias se dá de forma abusiva e repetitiva, sem que haja um controle do consumo, frequentemente instala-se a dependência (Crauss & Abaid, 2012).
Em virtude de ser um problema bastante complexo, no qual estão envolvidas várias dimensões, deve-se entender a dependência química como sendo uma doença biopsicossocial.
Em função disso, os modelos de tratamento necessitam de tipos de intervenções, que incluam diversas estratégias de abordagem do problema, considerando elementos biológicos, psicológicos e sociais (Kaplan et al., 2007). 
Para Figlie, Dunn e Laranjeira (2004), a motivação é vista como um estado de prontidão ou avidez para a mudança, que pode flutuar de um momento (ou situação) para outro e pode ser entendido como uma condição interna influenciada por fatores externos. (Figlie & Dunn 2004).
De acordo com Bittencourt (2009) acrescenta que a motivação pode ser conceituada como alguma coisa que faz uma pessoa agir, ou o processo de estimular uma pessoa a agir. (Bittencourt 2009).
Este modelo considera a prontidão para a mudança como um processo através do qual o indivíduo transita em quatro estágios bem definidos: Pré-contemplação, Contemplação, Ação e Manutenção. O primeiro é um estágio em que não há intenção de mudança, nem mesmo uma crítica a respeito do conflito envolvendo o comportamento-problema. É como se o sujeito estivesse usando a negação como mecanismo de defesa, sendo a existência do problema completamente recusada. (Bittencourt 2009).
A manutenção é o estágio que constitui o grande desafio no processo de mudança. A estabilização do comportamento em foco é a marca deste estágio. É necessário um esforço constante do indivíduo para consolidar os ganhos conquistados nos outros estágios, principalmente no estágio de ação, além de um esforço contínuo para prevenir possíveis lapsos e recaídas. A mudança nunca é concretizada com a ação. Sem um forte compromisso no estágio de manutenção, a pessoa poderá ter recaídas, mais comumente encontradas nos estágios de pré-contemplação e contemplação (Bittencourt, 2009).
Adverte-se, entretanto, que nem sempre um indivíduo que busca tratamento encontra-se no estágio de Ação. Uma pessoa que se interna em uma unidade para o tratamento da dependência Química, mas não se engaja no programa da instituição, não reconhece os problemas oriundos do abuso das substâncias, ou mostra-se ambivalente quanto a manter ou interromper o uso, pode estar mostrando evidências de que se encontra em algum outro estágio que não o de Ação. Por outro lado, o estágio de Manutenção pode e deve ser estimulado por toda a vida, mantendo os ganhos e evitando as recaídas. Trata-se de uma fase difícil, mas crucial no tratamento de qualquer dependência química (Oliveira, Laranjeira, Araújo, Camilo, & Schneider, 2003).
A importância da utilização de técnicas terapêuticas que auxiliem esses pacientes na diminuição da ambivalência, isto é, do conflito entre mudar e permanecer no comportamento atual. As técnicas terapêuticas poderão ajudar os pacientes a progredir em direção aos estágios de ação e de manutenção, uma vez que eles estão em evolução e já discriminam uma possibilidade de mudança. (Andretta, I., & Oliveira, M. S. 2011).
II.I - Dependência química e abordagem centrada na pessoa: contribuições e desafios em uma comunidade terapêutica. 
A Abordagem Centrada na Pessoa foi criada pelo norte-americano Carl Rogers, que desenvolveu sua teoria de 1940 a 1987. Durante mais de 40 anos, Rogers presenciou e escreveu sobre o crescimento humano. Sua teoria teve como ponto de partida a não-diretividade, quando Carl Rogers propõe que o terapeuta saia da posição de especialista e deixe o cliente guiar o próprio processo. A partir dos anos 50, Carl Rogers passa a privilegiar uma atitude mais ativa do psicólogo, que deveria ter o cliente, e não o problema, como foco. Já em sua última fase, ligada à psicoterapia, antes de voltar-se para atividades de grandes grupos, o autor propõe que o foco seja dado à relação terapêutica, dando ênfase à experiência vivida pelo cliente na relação com o terapeuta (Moreira, 2010).
 A Abordagem Centrada na Pessoa se fundamenta na valorização do indivíduo que busca ajuda. A ideia central da abordagem se apoia no conceito de Tendência Atualizante (Rogers & Kinget, 1965/1977), que é uma tendência inata de todo organismo ao crescimento, maturidade e atualização de suas potencialidades. Rogers tinha, então, uma visão positiva do homem. Seu foco eram as potencialidades, e não a doença de seus pacientes. Ele acreditava que, se fossem dadas as condições necessárias para o indivíduo se desenvolver, este caminharia no sentido da maturidade e da socialização. (Moreira,2010).
Segundo Rogers (1961/2009), o papel do psicólogo, dentro desta abordagem, seria o de fornecer estas condições para o crescimento humano e, confiando na capacidade de todo ser humano para descobrir os melhores caminhos para si, colocar-se na posição de um companheiro nesta busca, e não de um guia que direciona o cliente. (Rogers, 1961\2009).
 As condições necessárias e suficientes que Rogers (1961/2009) propõe para um bom processo terapêutico, que promova a mudança de personalidade, são: Empatia: significa penetrar no campo vivencial do outro e perceber sua realidade como ele a percebe, sendo capaz de compreender seus sentimentos, diferenciando a experiência do terapeuta da do cliente. Fazendo com que o cliente se aproxime cada vez mais de sua experiência. (Rogers,1961/2009).
A Comunidade Terapêuticaé: Um tratamento altamente estruturado que emprega sanções e penalidades, privilégios e prestígios determinados pela comunidade como parte de um processo de recuperação. As comunidades terapêuticas fomentam o crescimento pessoal por meio da mudança de comportamentos e atitudes individuais. Essa mudança está ambientada em uma comunidade de residentes e profissionais que trabalham juntos para ajudar a si mesmos e aos outros, tendo como foco a integração individual dentro da comunidade (Ribeiro, Figlie & Laranjeira, 2004, p.475).
A característica mais presente vem da própria doença. São dependentes químicos, ou seja, são dependentes de uma droga de abuso com "consumo sem controle, geralmente associado a problemas sérios para o usuário" (Bourdin, Figlie & Laranjeira, 2004, p.05). 
III – DESCRIÇÃO DA INSTITUIÇÃO
O centro de recuperação nova vida é classificado como comunidade terapêutica está instalada no povoado de Brotas, localidade de Magalhães, em São Gonçalo dos Campos. A entidade não tem fins lucrativos, é de caráter social e sem discriminação de raça, credo político, religioso ou sindical.  
Resgata pessoas das drogas, trabalhando na recuperação, integração e reinserção de dependentes de substâncias psicoativas à família e à sociedade, com responsabilidade e firmada em princípios bíblicos. 
Segue um plano de nove meses como uma gestação em regime de internato. Desenvolve várias atividades individuais e em grupos que tem por objetivo a restauração psicossocial dos residentes. Com atividades de espiritualidade com a finalidade de fortalecer o eu interior dos internos.Tem como objetivo realizar um trabalho de prevenção primaria, aconselhamento, reinserção familiar, recuperar a autoestima e também o prazer de viver, recuperando a saúde mental, física, despertando a sua confiança em Deus, motivando o hábito de ler e escrever, incentivando também a prática do esporte e educação física. Despertando para o trabalho corporal e mental, orientando para o despertar para a valorização familiar, e viver em disciplina comportamental, conquistando recursos financeiros honestamente. Localizado na chácara nova Canaã, fazenda corredor de guedes, S/N - povoado de Brotas. Magalhães – São Gonçalo dos Campos – Ba. 
Conta também com dormitórios, escritório, banheiros feminino e masculino, área para lazer, biblioteca, sala (onde os internos assistem filmes, fazem reuniões religiosas e apresentações), espaço de resfriamento que é utilizado para conservar os alimentos, uma cantina, salas de informática, sala de serviço social, pedagógico, dentista, psicologia, e também possui uma ala feminina.
IV – DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS
No primeiro dia de estágio, as estagiárias conheceram toda a instituição, no segundo dia discutimos temáticas na sala de psicologia e a preceptora Joelma Araújo relatou como seria todo o estágio, tirando possíveis dúvidas. 
No terceiro dia fomos para área externa, para o primeiro contato com os acolhidos, onde a preceptora Joelma promoveu uma apresentação das estagiárias para os acolhidos e dos acolhidos para estagiárias. 
No quarto dia tivemos mais um encontro na sala de psicologia onde discutimos pautas, dúvidas e assistimos um documentário falando sobre dependência química, que foi muito proveitoso para possíveis dúvidas. 
No quinto encontro, observamos a Psicóloga Joelma em um atendimento com o acolhido, feito através de anamnese, podendo assim conhecer o indivíduo e a sua história, tirar dúvidas, e perceber a teoria na prática. 
No sexto encontro, foi chamado mais uma vez o acolhido, dando continuidade na escuta da sua história com perguntas da anamnese e assim realizando o primeiro prontuário, e preenchendo toda anamnese com tudo que foi colhido.
No sétimo encontro fomos ao encontro da preceptora Joelma para entrega do Relatório Parcial.
Já no oitavo encontro, a preceptora Joelma nos entregou os relatórios corrigidos para preparação do relatório final, esclarecendo dúvidas e colhendo nossas opiniões em relação a prática na intervenção que se aproximaria.
No nono encontro último de teorias com a preceptora, tiramos mais dúvidas sobre a prática e discutimos opiniões acerca do que seria feito, já que no próximo seria iniciada a prática com uma das estagiárias.
No décimo encontro foram iniciadas as práticas começando com a estagiária Katriny Oliveira, dando ênfase ao tema proposto por nós de reinserção social, tema que escolhemos para ser abordado nas intervenções práticas, informou aos acolhidos sobre o tema e como seria o decorrer das nossas intervenções, a mesma trouxe e aplicou uma dinâmica quebra-gelo, que foram bolas de assoprar contendo mensagens em cada uma delas, para que cada acolhido ao pegar a sua, estourasse e pudesse ler o que continha como mensagem em voz alta para o grupo, dizendo o que entendeu daquela mensagem. Depois, a mesma propôs aos acolhidos uma reflexão de como queriam estar após 5 anos, como se viam após esse tempo, quais eram as suas expectativas até lá, ressaltou para eles o que esperavam em relação da reinserção social, e depois de ouvi-los com seus relatos, tocou uma música reflexiva de Renato Russo – Mais uma Vez
No décimo primeiro encontro demos continuidade as intervenções práticas com a estagiária Carla Farias, que abordou o tema de prevenção da recaída e manutenção do processo de mudança, onde começará com uma dinâmica quebra-gelo, trazendo uma técnica de relaxamento e trazendo música de relaxamento comandado por exercícios, em seguida foi aberta uma discussão acerca da dinâmica afim de saber como se sentiram durante a mesma, colhendo alguns relatos dos acolhidos e logo em seguida trouxe uma música cheia de mensagem positiva que é O Sol de Jota Quest.
Já no décimo segundo encontro, a vez é da estagiária Jackeline Neves a dar continuidade as intervenções práticas. A mesma escolheu uma dinâmica quebra-gelo, afim de que todos participassem, que funcionava com uma bola que cada um passaria para o outro, dando o depoimento de como estaria sendo essa vivencia durante todo esse tempo que está no nova vida, quais lições aprendeu, e ouviu até agradecimentos entre eles e para as estagiárias também. Foi muito positiva a troca e a escuta das falas de cada um deles. Depois disso foram mencionadas as redes de apoio, frisando cada uma delas, mostrando endereços e informando como cada uma servia e ofertava, onde os mesmos anotaram, já que seria de total avalia nessa reinserção. Logo após, foram citados pontos positivos na reinserção familiar, afim da compreensão de como seria uma reinserção reciproca e positiva entre eles e a família, foram colhidos relatos e esclarecido algumas dúvidas também. Após isso, foi passado um vídeo com uma mensagem de recomeço e de positividade para reinserção, mensagem essa bem reflexiva. E por último foi finalizado com a música Sal da Terra de Beto Guedes música com letra cheia de significados para reinserção falando de amor fé e coragem. Para finalizar a estagiária distribuiu lembrancinhas para cada um deles, com bombons em saquinhos com a mensagem gratidão pela presença e a data da intervenção.
No décimo terceiro encontro demos continuidade as intervenções práticas com temas de comum acordo entre as estagiárias, propostos também pela psicóloga Joelma Araújo, nossa preceptora. E adentramos com mais uma dinâmica quebra-gelo ofertada pela estagiária Carla Farias que propôs aos acolhidos que escrevessem em pedaços de papel o seu nome, e que logo após passasse para seu colega afim de que todos escrevessem mensagens positivas para seu colega, e até as estagiárias participaram recebendo essas mensagens de cada um deles também. Iniciamos algumas situações ainda com o tema reinserção social proposto pela estagiária Katriny Oliveira afim de saber como reagiriam naquelas situações, a mesma trouxe a seguinte situação: Sobre a reinserção familiar “ Em um sábado à noite sair e por volta das 19:00 hrs e as 22:00 hrs os pais começam a ligar para saber onde está, com quem e o que estariafazendo por volta das 01:00 hr quando você retornar seus pais já estavam no portão e comunicam que já estavam prontos para ir atrás de você, como reagiria?” Foram divididos grupos em quartetos para que cada um em comum acordo trouxesse uma resposta de reação a situação, e a maioria das falas trouxeram que estariam acostumados se acontecesse já que seria um cuidado e preocupação da família para com eles.
Já a segunda situação traz a devida reflexão sobre emprego na reinserção: “No seu trabalho é encontrada alguma substância química, e comentam que é seu, até que seu chefe te chama para perguntar se realmente seria seu” como reagiria a tal situação? As repostas em grupos foram que não entenderiam o preconceito para com eles, e que se realmente fosse iria falar a verdade, mas que se não questionariam o fato do preconceito por serem dependentes químicos. 
Depois de ouvir os relatos deles, foi passada algumas músicas de reflexão como: Tempo Perdido de Legião Urbana, e Pais e Filhos também de Legião Urbana, Trem Bala de Ana Viela e o Sol de Jota Quest. 
Finalizamos com um coffee break e escutamos dos acolhidos agradecimentos por nossa passagem e fizemos os nossos também.
No décimo quarto encontro foi o dia de finalização do estágio, na sala de psicologia com a preceptora Joelma, onde nós estagiárias, preenchemos os prontuários dos acolhidos evoluindo como foi cada um deles em nossas intervenções. 
V – DIÁRIO DE BORDO 
No dia 26 de fevereiro de 2019 tivemos a primeira reunião com a nossa preceptora Joelma, na própria faculdade Anísio Teixeira, onde a mesma nos mostra toda a proposta do estágio, incluindo local, intervenções como seríamos avaliadas e tirando nossas possíveis dúvidas.
Já no dia 12 de Março de 2019 fomos conhecer a comunidade nova vida, afim de conhecer todo espaço, tudo que era ofertado lá dentro, e ter um conhecimento mais amplo acerca da comunidade e obtivemos também maiores esclarecimento sobre qualquer dúvida com a preceptora Joelma.
 No dia 19 de Março de 2019 Fomos para área externa, para o primeiro contato com os acolhidos, onde a preceptora Joelma promoveu uma apresentação das estagiárias para os acolhidos e dos acolhidos para estagiárias, sendo muito rico de informações.
No dia 26 de Março de 2019 Tivemos um encontro na sala de psicologia com a preceptora Joelma onde discutimos pautas, dúvidas e assistimos um documentário falando sobre dependência química, que foi muito proveitoso para possíveis dúvidas. 
Já no dia 2 de Abril de 2019 Observamos a Psicóloga Joelma nossa preceptora em um atendimento com um dos acolhidos, feito através de anamnese, podendo assim conhecer o indivíduo e a sua história, tirar dúvidas, para que depois fosse passado para o prontuário, onde nós mesmas faríamos esse prontuário e carimbaríamos e assim foi feito, preenchendo também a anamnese dada por Joelma e percebemos a teoria na prática. 
No dia 9 de Abril de 2019 a preceptora Joelma chamou o acolhido que acompanhei junto com ela para dar continuidade ao atendimento, o qual teria sido interrompido da última vez, sendo assim Isaac foi chamado novamente e demos continuidade a sua escuta, logo após a preceptora Joelma me passou a anamnese para que fosse preenchida com tudo que tinha acompanhado sobre ele até ali com aquela escuta, e assim foi feito, e depois preenchi o prontuário sobre as demandas dadas por Joelma e carimbei e foi uma experiência muito gratificante pra mim!
No dia 16 de Abril de 2019 foi entregue a preceptora Joelma o Relatório Parcial.
Já no dia 23 de Abril de 2019 A preceptora Joelma nos entregou os relatórios corrigidos para preparação do relatório final, esclarecendo dúvidas e colhendo nossas opiniões em relação a prática na intervenção que se aproximaria.
No dia 30 de Abril de 2019 Tivemos o nosso último encontro de teorias com a preceptora, tiramos mais dúvidas sobre a prática e discutimos opiniões acerca do que seria feito, já que no próximo seria iniciaria a prática com uma das estagiárias.
No dia 7 de Maio de 2019 Demos início as intervenções práticas onde abordemos o tema Reinserção social, tema proposto pelos próprios acolhidos no nosso primeiro encontro, percebendo essa “carência” deles e ansiedades resolvemos em comum acordo dar ênfase ao tema. Sendo assim a estagiária Katriny Oliveira estaria à frente dessa intervenção, começando as intervenções práticas e no primeiro momento, comunicando a eles como seria ao decorrer das intervenções. A mesma adentrou com uma dinâmica quebra-gelo proposta por nossa preceptora Joelma, que foi feita da seguinte maneira por Katriny: Distribuiu bolas de assoprar, contendo mensagens de reflexão e positividade para que cada um lesse se quisesse em voz alta e contasse o que entendeu daquela mensagem. Logo após a estagiária pergunta aos acolhidos como eles se veriam daqui a 5 anos, quais seriam os projetos e expectativas para tal, ouvindo cada um que quis falar sobre, e foi muito proveitoso observar falas positivas entre eles. Para finalizar destacou o tema reinserção social trazendo alguns pontos importantes e finalizando com uma música significativa e reflexiva que foi a música: Mais uma vez de Renato Russo.
Já no dia 14 de Maio de 2019 É a vez da estagiária Carla Farias dar continuidade as nossas intervenções práticas trazendo o tema Prevenção de Recaída e Manutenção do Processo de Mudança, onde a mesma começará com a dinâmica quebra-gelo da seguinte forma: Usando uma técnica de relaxamento, colocando uma música relaxante e reflexiva para que eles usassem a imaginação naquele momento, e pudessem se desprender de qualquer pensamento negativo. Logo após ela abre uma discussão acerca do processo de manutenção do processo de mudança com os acolhidos onde foi aprimorado a escuta, onde alguns deles falaram sobre. E para finalizar a mesma colocou a música O sol de Jota Quest como forma de trazer uma mensagem positiva para eles.
No dia 21 de Maio Foi a minha vez estagiária Jackeline Neves dando continuidade as intervenções práticas trazendo os temas: Redes de apoio na reinserção dos acolhidos, e Reinserção familiar.
Comecei também usando a dinâmica quebra-gelo da seguinte forma: Levei uma bola de couro onde cada um ao pegar essa bola, daria um depoimento acerca de tudo que foi experimentado até então na comunidade, apreciado e vivenciado e quais as ressalvas em relação as experiências eles gostariam de falar naquele momento ou outras mais se quisessem trazer, assim cada um passaria para o colega a bola dando continuidade, as demais estagiárias e até a preceptora Joelma participaram também, deixando seus depoimentos. Foi um momento de troca e escuta muito positivo e relevante, onde houveram até agradecimentos, vários sentimentos de gratidão e experiências foram trocados naquele momento. Depois disso, trouxe para eles as redes de apoio disponíveis contendo telefones e endereços para que eles pudessem anotar e se informar para suas reinserções sociais, a partir disso pude pautar sobre reinserção familiar, trazendo alguns pontos positivos para que essa reinserção fosse positiva e reciproca entre eles e a família, obtive escuta de relatos das expectativas deles nesse processo e esclareci algumas dúvidas acerca disso. Depois passei um vídeo recomeçar de Paulo Roberto Gaefke muito positivo e reflexivo para eles nessa reinserção, finalizei com a música Sal da Terra de Beto Guedes, acreditando que a mesma passaria uma mensagem de amor e fé e coragem nesse processo, e na continuidade deles na comunidade e por último distribui lembrancinhas com chocolates dentro dos saquinhos escrito gratidão pela presença, que fiz para eles como forma de gratidão por tudo.
Já no dia 28 de Maio de 2019 Eu e as estagiárias entramos em comum acordo para trazer mais temas de reinserção social, trazendo situações onde os mesmos poderiam contar quais seriam suas reações frente aquelas situações, e a estagiária Carla Farias começou trazendo uma dinâmica quebra-gelo da seguinte forma: Entregou papel em branco para eles, para que assim cadaacolhido escrevesse seu nome dobrasse, e passasse para o colega, e depois ela explicou que cada um escreveria mensagens positivas para o colega e fosse passando, nós estagiárias também participamos dessa dinâmica, e foi uma troca de muitas mensagens positivas e foi muito bacana a dinâmica. Depois disso, a estagiária Katriny Oliveira trouxe as situações de como reagiriam, pedindo que se dividissem em grupos de quartetos para entrarem em acordo para devolutiva em comum acordo. A primeira situação que trouxemos foi: “Em um sábado à noite sair por volta das 19:00 hrs com amigos e as 22:00 hrs seus pais começam a ligar, para saber onde está, com quem e o que está fazendo, as 00:00 hrs quando você retorna, eles estão no portão e dizem que já estavam indo atrás de você, como reagiriam?” Cada grupo trouxe pra nós suas devolutivas e a maioria disseram que entenderiam tal preocupação, até por fatos passados e sabiam que era preocupação de uma família zelosa, e eles tinham que passar confiança pra elas.
Já na situação 2 trouxemos a seguinte: “No seu trabalho, é encontrada algumas substâncias químicas, e surgem conversas que seriam suas, já que é um ex dependente, até que seu chefe te chama para saber se é verdade, como você reagiria a frente a essa situação? As respostas foram que não gostariam de vivenciar esse preconceito, mas que tentariam resolver da melhor maneira se não houvesse culpa no cartório. 
Finalizando com as escutas das situações, passamos mais músicas reflexivas e de mensagens positivas como: Tempo Perdido de Legião Urbana, Pais e Filhos também de Legião Urbana, Trem Bala de Ana Viela e o Sol de Jota Quest com letras no slide de todas elas.
Finalizamos com um coffee break e escutamos dos acolhidos agradecimentos por nossa passagem e fizemos os nossos também, foi de muita maestria todas as intervenções.
No dia 04 de junho de 2019 voltamos a comunidade para que na sala da preceptora Joelma de psicologia, nós estagiárias pudéssemos evoluir os prontuários dos acolhidos relando como se comportaram em nossas intervenções, e nos despedindo e finalizando o estágio.
VI – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluo que foi de extrema importância esse estágio, pude aplicar a teoria perfeitamente na prática, aprendi muito com cada experiência entre as práticas, foi muito gratificante poder contribuir para com os acolhidos. Desde o primeiro dia eu senti que seria de extrema importância e que valeria a pena, e assim foi, melhor até do que esperava, valeu a pena me deslocar para um pouco mais “longe” gastar com transporte e chegar muitas vezes cansada na faculdade, insistir ao meu chefe que deixasse eu me ausentar em um turno nesse dia, e sair um pouco mais cedo. Cada encontro com a preceptora Joelma aumentava a sede de ir mais afundo, essa preceptora maravilhosa que serei eternamente grata por tudo, excelente e comprometida profissional, inclusive pela humanidade com que fomos conduzidas, me sentia à vontade e acolhida por ela, sabia que com ela eu iria mais além. Gratidão Preceptora Joelma, você é 10! Gratidão pela oportunidade e por acreditar em mim. Cada escuta, e cada troca, com os acolhidos me fazia querer ser melhor para eles, buscar mais, me empenhar. Eles eu admirava pela coragem de estarem ali buscando uma mudança gradual de vida, parabenizo o trabalho humanizado de todos os envolvidos da comunidade, parabéns por mudar vidas, pela humanização e empatia. Tive também um novo olhar e perspectiva de vida, me fez amadurecer como estudante e pessoa. Aprendi ainda mais sobre dependência química, e ficamos com as fases de conclusão dos acolhidos, o que foi muito proveitoso. Cada dia foi de extrema importância e inesquecível, sentirei saudades e espero poder voltar um dia, me sinto preparada para os próximos estágios, principalmente no quesito prática.
VII – REFERÊNCIAS
SOUSA, Patricia; RIBEIRO, Lais; MELO, Juliana; MACIEL, Silvana; OLIVEIRA, Marcelo. Dependentes químicos em tratamento: um estudo sobre a motivação para mudança. Temas em Psicol. Vol.21 no.1 Ribeirão Preto jun. 2013.
BRITO, Rafaela; SOUSA, Tiago. Dependência química e abordagem centrada na pessoa: contribuições e desafios em uma comunidade terapêutica. Abordagem gestalt. Val.20 no.1 Goiânia jun. 2014.
PINTO, Marcos. A Abordagem Centrada na Pessoa. 2018. 
CAVALCANTE, LP; FALCÃO, RST; LIMA, HP; MARINHO, AM; MACEDO, JQ; BRAGA, MOREIRA, VA. Rede de Apoio Social ao Dependente Quimico: Ecomapa como instrumental na Assistência em Saúde. V. 13, n. 2, 2012. 
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