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APARTHEID RESUMO E QUESTÕES

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APARTHEID
O primeiro contato da África do Sul (que ainda não era África do Sul pois não tinha sido dividida ainda pelo tratado de Berlim) com europeus foi com os holandeses que ficaram conhecidos com o nome bôeres; eles fundaram duas repúblicas.
Logo após, houve a descoberta de ouro na região, o que despertou a cobiça dos ingleses. Os europeus apenas se preocupavam em explorar recursos naturais e se aproveitar da mão-de-obra nativa.
Os ingleses e bôeres se enfrentaram em uma guerra pelo controle da África do Sul denominada Guerra dos Bôeres (1899-1902), na qual os ingleses também enfrentaram uma tribo nativa chamada Zulu. 
Após três anos, os ingleses derrotaram os bôeres e zulus e declararam a União da África do Sul, sob domínio do Império Britânico.
Criou-se leis para manter as terras e riquezas nas mãos dos colonos brancos, o que beneficiava a Inglaterra e impedia que os nativos enriquecessem, uma estratégia muito velha na história que preza a manutenção da riqueza nas mesmas famílias. Como os nativos não enriqueciam, tinham de continuar trabalhando para os colonos brancos.
Em 1948, o Partido Nacional chegou ao poder, estimulando um sentimento nacionalista e de superioridade da raça branca, oficializou o Apartheid com a criação de leis que segregava a população negra (maioria), como:
Proibição do casamento entre negros e brancos; (1949)
Proibição da propriedade de terra aos negros, não podendo eles residir no mesmo bairro que os brancos e sendo segregados nos bantustões; (1950)
A “Lei do Passe” (1952) obrigava os negros a apresentarem passaporte para se locomoverem pelo território;
É implantada lei que visava a proibição dos movimentos sociais por parte dos negros, além da separação dos serviços públicos para negros e brancos, como escolas, hospitais, praças públicas, estádios, etc. (1952)
Em 1960, setenta manifestantes negros foram mortos em Shaperville. O CNA, organização anti-apartheid, entrou na ilegalidade e seu líder, Nelson Mandela, foi condenado à prisão perpétua. Ainda neste ano, a África do Sul foi excluída da Commonwealth (Comunidade das Nações) e sofreu sanções da ONU. Os protestos contra o regime racista cresceriam e ficariam cada vez mais violentos.
1961 – Independência da áfrica 
Em 1972, a África do Sul foi excluída dos Jogos Olímpicos de Munique, perante a ameaça de boicote geral dos países africanos e, em 1976, uma rebelião no distrito negro de Soweto e em outros municípios, terminaria com 600 mortos. A pressão internacional foi hipócrita, já que durante a Guerra Fria, o apartheid foi visto como muro de contenção ao comunismo e por isso nenhum país tomou uma atitude mais drástica.
Vale ressaltar, que em razão da Guerra Fria, a África do Sul conseguiu certa imparcialidade e afrouxamento das pressões dos Estados capitalistas para o fim do regime. Isso porque, a África do Sul combatia os ideais comunistas em seu território, conseguindo, portanto, apoio do Ocidente. Essa indiferença internacional em relação a esse governo deve-se aos interesses políticos e ideológicos.
Diante do enfraquecimento do regime bipolar com ascensão dos EUA, as ideias humanistas se fortaleceram, pois passou-se a disseminar a noção de que o mundo estava unido em prol de uma causa maior, ou seja, a proteção universal dos direitos humanos.
Em 1972, a África do Sul foi excluída dos Jogos Olímpicos de Munique, perante a ameaça de boicote geral dos países africanos e, em 1976, uma rebelião no distrito negro de Soweto e em outros municípios, terminaria com 600 mortos. A pressão internacional foi hipócrita, já que durante a Guerra Fria, o apartheid foi visto como muro de contenção ao comunismo e por isso nenhum país tomou uma atitude mais drástica.
Assim, no início dos anos 1980 o Partido Nacional se encontrava numa situação de isolamento político e econômico (tanto no âmbito nacional quanto internacional). Dessa forma, com o fim da Guerra Fria, apoiar o Apartheid na África do Sul não se tornava mais viável para os Estados capitalistas, ainda mais devido ao fato de que grande parte deles ratificaram tratados de direitos humanos.
Somente a partir de 1993, então, foi possível perceber os novos rumos da política interna e externa. E, embora essa mudança seja atribuída pela mídia em geral ao governo de Mandela, é preciso salientar que a transição democrática foi um processo que já ocorreu em meados dos anos 1980, sendo mais evidente durante a vigência do governo de De Klerk. Apesar de conservador, durante seu governo ele modificou algumas leis discriminatórias. Ele, por exemplo, validou os partidos banidos durante o regime racial, libertou presos políticos – como Nelson Mandela –, em 1993 autorizou os negros a votarem nas eleições que seriam realizadas no próximo ano e propôs a formulação de uma nova Constituição em conjunto com a oposição. A principal meta do Partido Nacional era consubstanciar alguns projetos de cooperação com o Japão, o Irã, Brasil e Chile, sendo esta a motivação para uma lenta transição política.
QUESTÕES:
1- (UNESP 2010) No início dos anos 1990, o presidente Frederik de Klerk declarou oficialmente o fim do apartheid na África do Sul. Esta política racista
a) prevaleceu durante toda a história independente do país e assegurou o convívio harmonioso de brancos e negros sul-africanos.
b) foi implantada após o final da Segunda Guerra Mundial e prolongou o domínio britânico sobre o país por mais cinquenta anos.
c) vigorou por mais de quarenta anos e foi um dos instrumentos da minoria branca sul-africana para se impor à maioria negra.
d) foi encerrada apesar do amplo apoio internacional e revelou a dificuldade dos africanos de solidificarem suas instituições políticas.
e) determinou o prevalecimento socioeconômico de uma elite mestiça e aprofundou as relações interraciais no país.
2- ENEM 2013) Tendo encarado a besta do passado olho no olho, tendo pedido e recebido perdão e tendo feito correções, viremos agora a página – não para esquecê-lo, mas para não deixá-lo aprisionar-nos para sempre. Avancemos em direção a um futuro glorioso de uma nova sociedade sul-africana, em que as pessoas valham não em razão de irrelevâncias biológicas ou de outros estranhos atributos, mas porque são pessoas de valor infinito criadas à imagem de Deus.
Desmond Tutu, no encerramento da Comissão da Verdade na África do Sul. Disponível em: http://td.camara.leg.br. Acesso em 17 dez. 2012 (adaptado).
No texto, relaciona-se a consolidação da democracia na África do Sul à superação de um legado
a) populista, que favorecia a cooptação de dissidentes políticos.
b) totalitarista, que bloqueava o diálogo com os movimentos sociais.
c) segregacionista, que impedia a universalização da cidadania.
d) estagnacionista, que disseminava a pauperização social.
e) fundamentalista, que engendrava conflitos religiosos.
3- (ENEM 2016) 
O regime do Apartheid adotado de 1948 a 1994 na Africa do Sul fundamentava-se em ações estatais de segregacionismo racial. Na imagem, fuzileiros navais fazem valer a “lei do passe” que regulamentava o(a)
a) concentração fundiária, impedindo os negros de tomar posse legítima do uso da terra. b) boicote econômico, proibindo os negros de consumir produtos ingleses sem resistência armada. c) sincretismo religioso, vetando os ritos sagrados dos negros nas cerimônias oficiais do Estado. d) controle sobre a movimentação, desautorizando os negros a transitar em determinadas áreas das cidades. e) exclusão do mercado de trabalho, negando a população negra o acesso aos bens de consumo.
GABARITO
	1
	2
	3
	C
	C
	D

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