Buscar

TRABALHO EM GRUPO 6 SEMESTRE

Prévia do material em texto

Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
curso: Pedagogia
 6ºsemetre
Disciplinas integradoras:
 Organização e Didática nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental Avaliação da Aprendizagem e Ação Docente
Ensino de Ciências Naturais e Saúde Infantil
Prática Pedagógica Interdisciplinar: Ensinar e Aprender na Educação de Jovens e Adultos (ONLINE)
Educação de Jovens e Adultos Seminário Interdisciplinar VI
Estágio Curricular Obrigatório I: Educação Infantil
Professores:
Jackeline Rodrigues Gonçalves Guerreiro Mari Clair Moro Nascimento
Mirela Ramos Moimaz
Juliana Bicalho de Carvalho Barrios Vilze Vidotte Costa
Natalia Germano Gejão Dias
Natália Gomes dos Santos/Vilze Vidotte Costa
Corumbá-MS
Outubro/2018
PRODUÇÃO TEXTUAL EM GRUPO
Acadêmicos:
Elaine gomes Monteiro Decenzo – 2121957202
Laura Jaqueline da Costa Silva – 0913556306
Marily Nascimento Padre – 0248400706
Ivone dos Santos Romero - 0920624806
Keuly Ariane Miranda – 0934516406
Ana Lúcia de Lourdes Afonso de Abreu – 0923228906
Kamila Stefani Ribeiro Silva - 09612923
Temática Interdisciplinar
“Organização do Espaço Educativo nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental”
Corumbá-MS
Outubro/2018
SUMÁRIO
	1
	Introdução................................................................................................
	4
	2
	Desenvolvimento....................................................................................
	5
	2.1
	As Finalidades da BNCC.........................................................................
	5
	2.2
	Fundamentos Legais e Pedagógicos......................................................
	5
	2.3
	BNCC nos anos iniciais do Ensino Fundamental....................................
	8
	2.4
	O papel do professor...............................................................................
	9
	3
	Considerações Finais.............................................................................
	10
	4
	Referências Bibliográficas.....................................................................
	11
1 - INTRODUÇÃO 
Este trabalho tem como objetivo a reflexão acerca dos fundamentos teóricos e legais que norteiam a Base Nacional Comum Curricular –BNC, para o trabalho pedagógico a ser desenvolvido nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
Prevista na Constituição de 1988, na LDB de 1996 e no Plano Nacional de Educação de 2014, a BNCC foi preparada por especialistas de cada área do conhecimento, com a valiosa participação crítica e propositiva de profissionais de ensino e da sociedade civil. Em abril de 2017, considerando as versões anteriores do documento, o Ministério da Educação (MEC) concluiu a sistematização e encaminhou a terceira e última versão ao Conselho Nacional de Educação (CNE). 
A BNCC pôde então receber novas sugestões para seu aprimoramento, por meio das audiências públicas realizadas nas cinco regiões do País, com participação ampla da sociedade. O objetivo da BNCC é sinalizar percursos de aprendizagem e desenvolvimento dos estudantes ao longo da Educação Básica, compreendida pela Educação Infantil, Ensino Fundamental, anos iniciais e finais, e Ensino Médio.
No dia 22 de dezembro de 2017 foi publicada a Resolução CNE/CP nº 2, que institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular a ser respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas modalidades no âmbito da Educação Básica.  Lembrando que a BNCC aprovada se refere à Educação Infantil e ao Ensino Fundamental, sendo que a Base do Ensino Médio será objeto de elaboração e deliberação posteriores.
Desde que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do ensino infantil e fundamental foi aprovada em dezembro de 2017, Estados e Municípios brasileiros promovem debates com a comunidade escolar para definir o currículo a ser aplicado. O desafio é transformar as competências e os campos de experiência do documento em projetos curriculares que estejam de acordo com a realidade das escolas de todo o País. Ao mesmo tempo, os colégios, em especial os particulares, acompanham o movimento e analisam se seus currículos estão dentro das exigências do documento.
2- DESENVOLVIMENTO 
2.1 - As Finalidades da BNCC
A Base Nacional Comum Curricular é um documento que determina as competências (gerais e específicas), as habilidades e as aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver durante cada etapa da educação básica. A BNCC também determina que essas competências, habilidades e conteúdos devem ser os mesmos, independentemente de onde as crianças, os adolescentes e os jovens moram ou estudam.
A criação de uma Base Nacional Comum Curricular tem o objetivo de garantir aos estudantes o direito de aprender um conjunto fundamental de conhecimentos e habilidades comuns – de norte a sul, nas escolas públicas e privadas, urbanas e rurais de todo o país. Dessa forma, espera-se reduzir as desigualdades educacionais existentes no Brasil, nivelando e, o mais importante, elevando a qualidade do ensino.
A Base também tem como objetivo formar estudantes com habilidades e conhecimentos considerados essenciais para o século XXI, incentivando a modernização dos recursos e das práticas pedagógicas e promovendo a atualização do corpo docente das instituições de ensino.
A Base não deve ser vista como um currículo, mas como um conjunto de orientações que irá nortear as equipes pedagógicas na elaboração dos currículos locais. Esse documento deve ser seguido tanto por escolas públicas quanto particulares.
Em especial a BNCC detalha os objetivos de aprendizagem para a educação infantil (crianças de 0 a 5 anos) e ensino fundamental (1º ao 9º ano). No caso do fundamental, separa as metas de aprendizagem por disciplina: Linguagens, Matemática, Geografia, História e Ciências.
2.2 - Os Fundamentos Legais e Pedagógicos que embasam a BNCC
A criação de uma base comum para a Educação Básica está prevista desde 1988, a no Art. 210, Capítulo III - Da Educação, da Cultura e do Desporto. Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) reforçou a sua necessidade, mas somente em 2014 a criação da Base Nacional Comum Curricular foi definida como meta pelo Plano Nacional de Educação (PNE).
Gráfico 1: Evolução do BNCC
Fonte: http://movimentopelabase.org.br
Cronologia
Junho de 2015:
O Ministério da Educação (MEC) anuncia a construção de uma Base Nacional Comum Curricular que servirá para nortear os currículos das escolas de todo país.
Setembro de 2015:
Especialistas de 35 universidades elaboram uma versão preliminar do documento. No mesmo mês foi aberta uma consulta pública sobre o texto, que foi encerrada em março de 2016, com cerca de 12 milhões de contribuições.
Maio de 2016:
É divulgada a 2ª versão da Base e contribuições são incorporadas ao texto. Também foram ajustadas, principalmente, História e Português.
Junho de 2016:
De junho a agosto, o MEC realiza seminários estaduais para discutir a segunda versão do texto.
Abril de 2017:
O MEC divulga o que era para ser a 3ª e última versão da BNCC da educação infantil e do ensino fundamental e encaminha o texto para o CNE. A Base para o Ensino Médio, que também deveria ter sido divulgada, não ficou pronta. Esse documento só deverá ser divulgado em 2018.
Dezembro de 2017
CNE aprova o texto da Base Nacional Comum. O pleno do Conselho é composto por 24 membros. O texto da BNCC foi aprovado com 19 votos a favor e 3 contra. O presidente do CNE fez um voto simbólico e um dos conselheiros estava ausente por motivos de saúde.
A BNCC indica também que as decisões pedagógicas devem estar orientadas para o desenvolvimento de competências. Por meio da indicação clara do que os alunos devem “saber” (considerando a constituição de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores) e, sobretudo, do que devem “saber fazer” (considerando a mobilização desses conhecimentos,habilidades, atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho), a explicitação das competências oferece referências para o fortalecimento de ações que assegurem as aprendizagens essenciais definidas na BNCC.
A BNCC está orientada pelos princípios éticos, políticos e estéticos que visam à formação humana integral e à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva, como fundamentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN).
COMO É HOJE? 
Principais Pontos: As escolas constroem seus currículos de acordo com diretrizes do Conselho Nacional de Educação (CNE), de conselhos estaduais e municipais. Agora, o currículo deverá seguir orientações da BNCC.
Antecipação da alfabetização: Os alunos do ensino fundamental devem ser alfabetizados até o final do 2º ano e o aprofundamento desse processo deve ser feito ao longo dos anos seguintes. Essa definição contraria o estabelecido no Plano Nacional de Educação (PNE), que coloca a alfabetização até o fim do 3º ano. A Base explica melhor o que espera da alfabetização e reorganiza os eixos do processo como “Oralidade”, “Análise linguística/ Semiótica", “Leitura/escuta", “Produção de textos”. A progressão da educação infantil para o ensino fundamental também fica mais clara e o texto também explicita quais elementos da educação infantil servem como base para o letramento.
Orientação sexual e gênero: O CNE acatou a sugestão do MEC excluiu da BNCC os termos relacionados à questão de gênero e orientação sexual. O Conselho emitirá orientações específicas sobre o tema posteriormente. No parecer, a justificativa é que “a temática ‘gênero’ foi objeto de muitas controvérsias durante os debates públicos da BNCC. Neste sentido, entende-se que o CNE deve, em resposta às demandas sociais, aprofundar os debates".
Educação Infantil: A etapa que até pouco tempo não estava incluída na educação básica ganha contornos claros pela primeira vez. O texto referente a ela tenta valorizar aspectos como a brincadeira e a criança como protagonista de seu desenvolvimento. Também haverá maior clareza em relação à progressão de aprendizagem e o que deve ser desenvolvido em cada faixa etária.
Ensino religioso: A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da educação brasileira determina que a oferta do ensino religioso é obrigatória, mas a matrícula facultativa. A Base traz as diretrizes para o ensino desse tema nas escolas, adotando uma abordagem inter-religiosa, norteada por princípios éticos. O CNE determina que o órgão vai deliberar se o ensino religioso terá tratamento como área do conhecimento ou como componente curricular da área de Ciências Humanas, no ensino fundamental.
Tecnologia: Após a reivindicação de educadores a Base incluiu habilidades relacionadas às novas tecnologias. Na área de Língua Portuguesa, por exemplo, os alunos devem aprender a analisar textos que circulam nas redes sociais, blogs, entre outros. E trabalhar diferentes tipos de linguagens como gifs, memes, fanfics, vídeos, playlists. Eles também devem aprender a identificar informações confiáveis e notícias falsas.
2.3 - A BNCC acerca dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental
A Base de Educação Infantil tem a maior parte do texto dedicada ao que é essencial para cada corte etário. De maneira sucinta, o texto dá indícios sobre essas questões. Nela, aparecem questões fundamentais. Por exemplo, ela diz que cada professor precisa observar, registrar e fazer um acompanhamento muito de perto das aprendizagens, das aproximações das crianças e como elas vivem todas as propostas a partir dos campos de experiência e dos objetivos de aprendizagem.
O que muda na Educação Infantil com a BNCC
A grande mudança proposta pela BNCC na Educação Infantil está na definição de seis direitos fundamentais para as crianças de 0 a 5 anos:
Conviver;
Brincar;
Participar;
Explorar;
Expressar;
Conhecer-se.
 É preciso se dedicar muito mais para pensar no espaço que as crianças vão brincar e interagir. Durante esses momentos, [o professor] tem poucas intervenções, sendo apenas aquelas que ajudam as crianças a resolverem seus conflitos e que precisam do apoio do professor. Ele precisa pensar boas perguntas que incitem o pensamento e a troca. É uma Educação Infantil que está alinhada ao jeito das crianças estarem no mundo e se desenvolverem e que, fundamentalmente, confia nas competências das crianças aprenderem e se desenvolverem.
2.4 - O papel do professor na Educação Infantil
De um modo geral, é um papel que abandona aquela ideia de um professor que sabe o começo, o meio e o fim das propostas, essa visão conteudista. O primeiro desafio que a Base nos traz é que o professor é uma pessoa que apoia a criança, garante condições espaciais, materiais e emocionais. Ao tirar o protagonismo do professor e o colocar na criança, o que importa é muito mais o processo. Nunca vamos saber qual vai ser o fim, já que ele fica na mão das crianças. Ele precisa estar aberto às questões de mundo, visões, questionamentos e curiosidades. É um professor coadjuvante e coparticipante que garante, através de uma boa organização de espaços e materiais, a exploração das crianças. Não quer dizer que ele não tenha um papel, mas que ele precisa estar atento, fazer anotações, observar, pensar novas organizações de espaço e materiais, novos apoios emocionais que até então não tinha identificado de maneira a possibilitar novas aprendizagens.
3- CONSIDERAÇÕES FINAIS
As mudanças na educação para 2018 têm potencial de ajudar na redução da desigualdade do ensino. No entanto, dependerão também da qualidade da implementação por parte dos municípios. Essa deverá ser feita por meio do engajamento de toda a comunidade: alunos, famílias e sociedade.
As mudanças na educação infantil para 2018 devem começar a ser implantadas, na prática, a partir de 2019. Espera-se que cerca de 60% do conteúdo seja baseado nelas, e o restante, definido pelos currículos das redes e escolas. De acordo com o MEC, serão liberados generosos recurso financeiro aos municípios e estados, a fim de auxiliar o início da implementação da base já em 2018.
Como é possível perceber, é muito importante que a escola vá além dos conteúdos básicos e efetive uma proposta voltada para uma formação humana com cidadania e ética. Para isso, é necessário adaptar e inserir temas conectados às necessidades da sociedade atual no contexto educacional.
Os impactos da BNCC na Educação Infantil serão profundos e positivos, especialmente no que diz respeito à normalização dos assuntos ministrados. Dessa forma, o ensino tende a se tornar mais humanizado e mais relacionado com as demandas das gerações atuais.
Próximos passos: A BNCC foi encaminhada para homologação do ministro da Educação. O Conselho estabelece que o documento deva ser colocado em prática até no máximo o início do ano letivo de 2020. Cinco anos após esse prazo, o documento deve passar por uma revisão. Já as avaliações e exames em larga escala, como o Enem, terão um ano para se alinhar à BNCC.
4- REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Constituição Federal de 1998.
www.basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base: Acesso em 25/09/2018
www.inep.gov.br/: Acesso em 25/09/2018
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm- lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996> Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Acesso em 28/09/2018.
www.portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-educacao/base-nacional-comum-curricular-bncc: Acesso em 30/09/2018
 www.oglobo.globo.com: Acesso em 30/09/2018

Continue navegando