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Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski 
 
Proibida a reprodução, total ou parcial, deste conteúdo sem prévia autorização do autor. 1 
 
Sumário 
Sumário ...................................................................................................................................................... 1 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 8 
1 TEORIA DA CONTABILIDADE ............................................................................................................... 9 
1.1 Evolução Histórica da Contabilidade .............................................................................................. 9 
1.2 Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade ............................................................................... 9 
1.2.1 Postulados ................................................................................................................................ 10 
1.2.3 Princípios Contábeis ................................................................................................................. 10 
SEÇÃO I O PRINCÍPIO DA ENTIDADE ......................................................................................................... 11 
SEÇÃO II O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE ............................................................................................... 11 
SEÇÃO III O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE ............................................................................................. 11 
SEÇÃO IV O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL................................................................. 11 
SEÇÃO VI O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA ............................................................................................... 12 
SEÇÃO VII O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA ................................................................................................... 12 
1.2.3 Convenções Contábeis ............................................................................................................. 13 
Exercícios para fazer em casa ................................................................................................................... 14 
Exercício para fazer em Sala (Contabilidade Geral Parte I) ...................................................................... 15 
2 CONTABILIDADE GERAL – PARTE I.................................................................................................... 16 
2.1 A estrutura contábil - Os grupos de contas .................................................................................. 16 
2.1.1 Contas Patrimoniais ................................................................................................................. 16 
2.1.2 Contas de Resultado ................................................................................................................. 17 
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) ...................................................... 17 
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) ...................................................... 18 
2.1.3 Escrituração Contábil na Prática ........................................................................... 18 
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) ...................................................... 23 
2.1.4 Atos e fatos contábeis .............................................................................................................. 25 
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) ...................................................... 25 
Exercícios para resolver em casa: ............................................................................................................ 29 
Exercícios para Fazer em Sala (Contabilidade de Custos) ........................................................................ 31 
3 CONTABILIDADE DE CUSTOS ............................................................................................................ 31 
3.1 O que será estudado? .................................................................................................................. 32 
 Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski 
 
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3.1.1 Conceitos Básicos ..................................................................................................................... 32 
3.1.2 Tipos de custos ......................................................................................................................... 32 
3.2 Principais métodos de custeio (Cobrados no Exame) .................................................................. 33 
3.2.1 Custeio por absorção ............................................................................................................... 33 
3.2.2 Custeio Variável ........................................................................................................................ 33 
3.2.3 Comparativo Custeio por absorção x Custeio Variável ............................................................ 33 
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) ...................................................... 35 
Curiosidades que foram cobradas (Metodologia de Custos) ................................................................... 36 
3.2.4 Método ABC – Custeio Baseado na atividade .......................................................................... 37 
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) ...................................................... 37 
Mais alguns Exercícios para Fazer em Sala .............................................................................................. 38 
Exercícios para resolver em casa.............................................................................................................. 40 
4 CONTABILIDADE GERENCIAL ............................................................................................................ 42 
4.1 Contabilidade Gerencial – Analise de custos ............................................................................... 42 
4.1.1 Exemplo de análise dos custos no Processo de Tomada de decisões ...................................... 42 
4.1.2 Margem de Contribuição ......................................................................................................... 44 
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) ...................................................... 45 
4.1.2 Ponto de Equilíbrio ................................................................................................................... 46 
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) ...................................................... 47 
4.1.2 Margem de Segurança ............................................................................................................. 50 
4.1.3 Margem Líquida ....................................................................................................................... 50 
4.2 Índices de Liquidez ....................................................................................................................... 51 
4.2.1 CCL - Capital Circulante Líquido ............................................................................................... 51 
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) ...................................................... 51 
4.2.1 índices de Liquidez Corrente .................................................................................................... 51 
4.2.2 índices de Liquidez Seca........................................................................................................... 52 
4.2.3 índices de Liquidez Imediata .................................................................................................... 52 
4.2.4 índices de Liquidez Geral .......................................................................................................... 52 
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) ...................................................... 52 
Exercícios para resolver em casa.............................................................................................................. 55 
5 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ........................................................................................................ 56 
5.1 DFC - Demonstrações do Fluxo de Caixa ...................................................................................... 56 
 Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski 
 
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5.1.1 Atividades Operacionais ........................................................................................................... 56 
5.1.2 Atividades de Investimento ...................................................................................................... 56 
5.1.3 Atividades de Financiamento ................................................................................................... 57 
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) ...................................................... 57 
Curiosidades da Norma ............................................................................................................................ 57 
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) ...................................................... 58 
5.1.4 Formas de elaborar a demonstração dos fluxos de caixa ........................................................ 59 
5.1.5 Método Direto .......................................................................................................................... 59 
DFC Método Direto - Exemplo prático de elaboração ............................................................................. 59 
5.1.6 Método Indireto ....................................................................................................................... 63 
DFC Método Indireto - Exemplo prático de elaboração ..................................... 63 
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) ...................................................... 64 
Mais alguns exercícios para praticar em Sala) ......................................................................................... 67 
5.2 DVA – Demonstrações do Valor Adicionado ................................................................................ 70 
5.2.1 Obrigatoriedade .............................................................................................................................. 70 
5.2.2 Definições conforme CPC 09 ........................................................................................................... 70 
Elaboração DVA – Exemplo Prático .......................................................................................................... 71 
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) ...................................................... 73 
5.3 DMPL - Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido.................................................... 77 
DMPL Elaboração - Exemplo prático ........................................................................................................ 78 
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) ...................................................... 79 
Exercícios para praticar em casa .............................................................................................................. 82 
6 Contabilidade Aplicada ao Setor Publico ......................................................................................... 84 
6.1 Conceituação, Objeto e Campo de Aplicação ............................................................................. 84 
6.2 Estrutura do sistema contábil ..................................................................................................... 84 
6.3 Registro contábil ................................................................................................................................ 85 
Formalidades do registro contábil .................................................................................... 85 
(a) Comparabilidade .................................................................................................................. 85 
(b) Compreensibilidade ........................................................................................................... 85 
(c) Confiabilidade ....................................................................................................................... 85 
(d) Fidedignidade ........................................................................................................................ 85 
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(e) Imparcialidade ...................................................................................................................... 85 
(f) Integridade ............................................................................................................................... 85 
(g) Objetividade ........................................................................................................................... 86 
(h) Representatividade ............................................................................................................ 86 
(i) Tempestividade ..................................................................................................................... 86 
(j) Uniformidade ........................................................................................................................... 86 
(k) Utilidade ................................................................................................................................... 86 
(l) Verificabilidade ...................................................................................................................... 86 
(m) Visibilidade ............................................................................................................................ 86 
6.4 Demonstrações Contábeis no setor Público ............................................................................... 86 
Exercícios para praticar em casa .............................................................................................................. 87 
7 CONTABILIDADE GERAL – PARTE II................................................................................................... 88 
7.1 Depreciação .................................................................................................................................. 88 
7.1.1 Quotas Constantes (Método Linear) ........................................................................................ 88 
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) ...................................................... 89 
Mais alguns exercícios - Depreciação (Exercício para Fazer em Sala) ...................................................... 92 
7.2 Critérios de valoração de estoque (Conforme NBC TG 16) .......................................................... 93 
7.2.1 PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair) .................................................................................93 
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) ...................................................... 93 
7.2.2 Custo médio ponderado.................................................................................................................. 95 
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) ...................................................... 95 
7.3 Regimes de Tributação ................................................................................................................. 97 
7.3.1 Lucro Real (Não Cumulativo) .................................................................................................... 97 
7.3.1.1 Exemplo de Cálculo IRPJ e CSLL (Lucro Real) ............................................................................... 97 
7.3.1.2 Ativos e Passivos Diferidos (Lucro Real) ....................................................................................... 98 
Definições conforme a NBCTG 32 ............................................................................................................ 98 
Exemplos de Ativos e Passivos Diferidos.................................................................................................. 98 
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) ...................................................... 99 
7.3.2 Lucro Presumido (Pis/Cofins Cumulativo) .............................................................................. 100 
7.3.4 Exemplo de Cálculo IRPJ e CSLL (Lucro Presumido) ............................................................... 100 
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) .................................................... 103 
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7.3 Impostos a recuperar (Apuração de ICMS) ................................................................................ 104 
7.3.1 Exemplo prático (Apuração de ICMS) .................................................................................... 104 
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) .................................................... 106 
Exercícios para fazer em casa ...................................................................................... 107 
8 PERÍCIA CONTÁBIL .......................................................................................................................... 109 
8.1 Conforme NBC TP 01 NORMA TÉCNICA DE PERÍCIA CONTÁBIL ................................................. 109 
8.1.1 CONCEITO ............................................................................................................................... 109 
8.1.2 LAUDO PERICIAL CONTÁBIL .................................................................................................... 109 
8.1.3 PROCEDIMENTOS ................................................................................................................... 109 
8.1.4 PLANEJAMENTO ..................................................................................................................... 110 
8.1.5 TERMINOLOGIA ...................................................................................................................... 110 
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) .................................................... 112 
9 AUDITORIA ..................................................................................................................................... 118 
9.1 NBC TA – DE AUDITORIA INDEPENDENTE .................................................................................. 118 
CONCEITO ............................................................................................................................................... 118 
9.1.1 Objetivos do auditor............................................................................................................... 118 
9.1.2 Ceticismo profissional ............................................................................................................ 118 
9.1.3 Auditoria de demonstrações contábeis ................................................................................. 118 
9.2 NBC TA 315 – IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RISCOS DE DISTORÇÃO RELEVANTE POR MEIO 
DO ENTENDIMENTO DA ENTIDADE E DO SEU AMBIENTE ..................................................................... 119 
9.2.1 Procedimentos de avaliação de risco e atividades relacionadas ........................................... 119 
9.2.2 Riscos em Auditoria ................................................................................................................ 119 
9.3 NBC TA 530 – AMOSTRAGEM EM AUDITORIA ........................................................................... 120 
9.3.1 Definição da amostra, tamanho e seleção dos itens para teste ............................................ 120 
9.3.2 Tamanho da amostra ............................................................................................................. 120 
9.4 NBC TA 240 – RESPONSABILIDADE DO AUDITOR EM RELAÇÃO A FRAUDE, NO CONTEXTO DA 
AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS. ..................................................................................... 120 
9.4.1 Características da fraude ........................................................................................................ 120 
9.4.2 Comunicações às autoridades reguladoras e de controle ..................................................... 121 
9.5 NBC TA 700 – FORMAÇÃO DA OPINIÃO E EMISSÃO DO RELATÓRIO DO AUDITOR 
INDEPENDENTE SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ................................................................... 121 
9.6 NBC TA 706 – PARÁGRAFOS DE ÊNFASE E PARÁGRAFOS DE OUTROS ASSUNTOS NO RELATÓRIO 
DO AUDITOR INDEPENDENTE ................................................................................................................ 121 
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9.6.1 Parágrafos de ênfase no relatório do auditor independente ................................................ 121 
9.6.2 Parágrafos de outros assuntos no relatório do auditor independente ................................. 122 
9.7 NBC TA 705 – MODIFICAÇÕES NA OPINIÃO DO AUDITOR INDEPENDENTE .............................. 122 
9.7.1 Opinião com ressalva ............................................................................................................. 122 
9.7.2 Opinião adversa...................................................................................................................... 122 
9.7.3 Abstenção de opinião ............................................................................................................. 123 
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) .................................................... 123 
10 CONTABILIADE GERAL – PARTE III .............................................................................................. 128 
10.1 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes .......................................................... 128 
10.1.1 Ativo Contingente .................................................................................................................. 128 
10.1.2 Passivo Contingente ....................................................................................... 128 
10.1.3 Exemplos Retirados da Norma Técnica .................................................................................. 130 
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) ....................................................132 
10.1 NBC TG 15 – Combinação de Negócios. ..................................................................................... 136 
10.1.1 Tipos de Combinações de Negócios. ...................................................................................... 136 
10.1.2 Reconhecimento Contábil na Combinação de Negócios ....................................................... 136 
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) .................................................... 137 
10.1.3 Método de Equivalência Patrimonial ..................................................................................... 138 
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) .................................................... 139 
10.1.3 NBC TG 36 – Demonstrações Consolidadas ........................................................................... 140 
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) .................................................... 141 
10.1.4 NBC TG 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos .......................................................... 142 
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) .................................................... 142 
11 Novos conteúdos – Assuntos novos que podem ser cobrados no Exame 2019.1. .................... 146 
11.1 NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL – ESTRUTURA CONCEITUAL PARA ELABORAÇÃO E 
DIVULGAÇÃO DE RELATÓRIO CONTÁBIL FINANCEIRO ........................................................................... 146 
Atendimentos aos usuário externos: ..................................................................................................... 146 
Finalidades desta Norma: ....................................................................................................................... 146 
11.1.1 Características qualitativas da informação contábil-financeira útil ............................................ 147 
Características qualitativas Fundamentais:............................................................................................ 147 
Relevância .............................................................................................................................................. 147 
Representação fidedigna........................................................................................................................ 148 
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Características qualitativas de melhoria: ............................................................................................... 149 
Comparabilidade .................................................................................................................................... 149 
Verificabilidade....................................................................................................................................... 149 
Tempestividade ...................................................................................................................................... 150 
Compreensibilidade ............................................................................................................................... 150 
11.2 NBC TG 29 (R2) – ATIVO BIOLÓGICO E PRODUTO AGRÍCOLA ........................................................ 151 
11.2.1Mais Definições relacionadas com a área agrícola ...................................................................... 152 
11.2.2 Reconhecimento e mensuração .................................................................................................. 153 
Reconhecimento dos Ativos Biológicos ................................................................................................. 153 
Importante: Vamos entender o que é Valor Justo ................................................................................. 153 
Incapacidade para mensurar de forma confiável o valor justo ............................................................. 154 
Reconhecimento dos Insumos Agrícolas e demais produtos................................................................. 154 
Gabarito.................................................................................................................................................. 158 
Referências ............................................................................................................................................. 159 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski 
 
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INTRODUÇÃO 
Nós do curso preparatório sabemos que a banca que irá aplicar a prova do Exame de Suficiência irá mudar 
novamente para o ano de 2019. A Consulplan que aplicou a prova em 2018 e o CFC (Conselho Federal de 
Contabilidade) não entraram em acordo e por isso não renovaram o contrato para os próximos 5 anos que era 
previsto. Em vista disso no momento que escrevo esse texto, janeiro de 2019, está ocorrendo um processo licitatório 
no formato de pregão para eleger a nova banca que irá aplicar a prova em 2019. Deve-se ressaltar, no entanto, que 
pode ser que a banca vencedora seja a própria Consulplan, que poderá participar normalmente do processo 
licitatório, assim como pode ser também que a antiga banca FBC vença, uma vez que com certeza irá também 
participar do pregão eletrônico. 
Em face do exposto acima, várias perguntas surgem e para sanar essas dúvidas eu coloco aqui a seguir 
as perguntas e as respostas baseadas claro em nossa experiência com cursos preparatórios: 
• Com a mudança da Banca o que pode mudar? 
A maior mudança que ocorrerá, em virtude de nova banca assumir a preparação do Exame, será 
principalmente a forma de elaborar e cobrar os conteúdos. 
• E os conteúdos irão mudar? 
A maioria dos conteúdos cobrados serão aqueles que as bancas antigas já vinham cobrando. Claro que 
conteúdos novos sempre podem aparecer em prova, no entanto, os assuntos novos irão aparecer na mesma 
frequência que apareciam quando a FBC era quem aplicava a prova. Conteúdos que nunca foram cobrados sempre 
surgem em meio a prova, mas se estivermos preparados para realizar as questões com os conteúdos que já foram 
cobrados no passado a chance de aprovação aumenta consideravelmente, uma vez que mais de 50% da prova 
serão conteúdos recorrentes. 
• O que devemos estudar? 
O que deve ser estudado são os assuntos abordados nesse curso, e também algumas leituras 
complementares a respeito de mudanças em normas contábeis, código de ética do profissional contator, etc. 
Então Bora Estudar. Bons estudos!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 TEORIA DA CONTABILIDADE 
 1.1 Evolução Histórica da Contabilidade 
 Como bem se sabe o objeto da contabilidade é o patrimônio, no entanto, é importante estudarmos, ainda que 
brevemente, como ocorreu a evolução patrimonial ao longo da história, bem como a evolução da contabilidade, esta 
última passando por basicamente quatro estágios que segue: 
 
Antiguidade (Empirismo) – Primórdios da humanidade até 1202: Utilização de técnicas rudimentares de controle. 
Era medieval – 1202 até 1494: Período que ficou marcado com o surgimento do método das partidas dobradas; 
Literário (Mundo moderno) – 1494 até 1840:Surgimento dos primeiros livros de contabilidade, período pré – científico; 
Cientifico – 1840 até os dias atuais: Inicia-se com a obra de Francesco Villa. 
 Sem entrar em detalhes a respeito decada uma das fases pelas quais a contabilidade passou ao longo da 
historia, o mais importante pra nós é sabermos que em todos os estágios, desde a antiguidade até os dias atuais, o 
objeto de estudo da contabilidade sempre foi o Patrimônio, desta forma sua maior preocupação, principalmente após 
ser elevada ao nível cientifico, foi evoluir reativamente as necessidades sociais em relação ao patrimônio e assim dar 
suporte a diversas áreas possuidoras de um patrimônio que necessitasse ser controlado. Lopes de Sá resume muito 
bem esta ideia: 
“Todos os ramos do saber humano iniciaram-se em bases empíricas, de simples observações e suposições sobre 
realidades, até que pudessem pela maturidade dos raciocínios alcançarem o nível superior em que se encontram”. 
“A partir da primeira metade do século XIX, portanto, estruturou-se uma vigorosa doutrina que tinha por objetivo 
conhecer as relações que existem entre os acontecimentos da riqueza patrimonial e como explicar o que acontece com 
esta, a partir das referidas relações.” 
“A Contabilidade começou a distinguir-se da escrituração contábil e a ser poderoso instrumento de entendimento para 
o governo das riquezas, assim como para a participação que esta pode ter nos ambientes em que se insere.” 
“O escriturar, contabilmente, passou a ser o que em realidade sempre foi, ou seja, um recurso especial e disciplinado 
para guardar memória de fatos patrimoniais e de evidenciar tais memórias.” 
“O estudo cientifico, todavia, dedicou-se e cada vez mais se dedica, à explicação do que ocorre com a riqueza 
patrimonial em suas muitas transformações, reunindo teorias que se derivaram de teoremas e de um racional conjunto 
de conceitos.” (Antônio Lopes de Sá) 
 Assim nasceram os registros contábeis. Tais registros eram feitos em peças de argila. O “meu” e o “seu” deram, 
na época, a origem dos registros de “débito” e “crédito”. No Egito, o “papiro” deu origem aos livros contábeis, utilizando-
se o sistema baseados em lógica matemática. 
Matematicamente: A = B 
Contabilmente: débito = crédito 
Logicamente: efeito = causa 
 1.2 Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade 
 Tão logo a Contabilidade foi elevada a ciência, houve a necessidade de organizá-la, para tanto criou-se uma 
estrutura a ser seguida pelos profissionais da contabilidade, esta estrutura passou então a ser chamada de Estrutura 
conceitual Básica e é formada hierarquicamente pelos postulados, os princípios e as convenções contábeis. 
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 1.2.1 Postulados 
 Os postulados contábeis, também chamados de "Pilares da Ciência Contábil", podem ser entendidos como 
proposições ou observações da realidade não sujeitas a verificação, mas que devem ser levados em consideração, uma 
vez que tais postulados possuem intrinsecamente a verdade inquestionável. 
 Segundo alguns autores os postulado contábeis são os que seguem: 
➢ Entidade: Caracteriza a personalidade jurídica da empresa, não podendo em hipótese alguma existir a 
confusão patrimonial entre a pessoa física e a pessoa jurídica. 
 
➢ Continuidade: “Postulado Contábil da Continuidade: determina que a entidade é um empreendimento em 
andamento, com intenção de existência indefinida, ou por tempo de duração indeterminado, devendo 
sobreviver aos seus próprios fundadores e ter seu patrimônio avaliado pela sua potencialidade de gerar 
benefícios futuros (lucros), e não pela sua capacidade imediata de ser útil somente à entidade." 
 1.2.3 Princípios Contábeis 
 Dando suporte aos postulados, bem como orientando os profissionais na elaboração das escriturações 
contábeis que posteriormente serão transformadas em informações úteis (demonstrações contábeis), os princípios 
contábeis propriamente ditos, servem também como procedimentos padronizados a serem adotados pelos profissionais 
da área para que os diversos usuários das informações, por meio do conhecimento prévio desses princípios, possam 
fixar padrões de comparabilidade e credibilidade, facilitando com isso a interpretação adequada das informações 
produzidas. 
 Abaixo seguem os princípios contábeis básicos, essenciais ao exercício da Contabilidade, conforme a 
Resolução do CFC n° 750/93 os PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE. 
"O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, 
CONSIDERANDO que a evolução da última década na área da Ciência Contábil reclama a atualização substantiva e 
adjetiva dos Princípios Fundamentais de Contabilidade a que se refere a Resolução CFC 530/81. RESOLVE: 
CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA Art. 1º - Constituem PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE 
CONTABILIDADE (P.F.C.) os enunciados por esta Resolução. 
§ 1º - A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui 
condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). 
§ 2º - Na aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade há situações concretas, a essência das transações 
deve prevalecer sobre seus aspectos formais. 
CAPÍTULO II DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO. 
Art. 2º - Os Princípios Fundamentais de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência 
da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional de nosso País. 
Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o Patrimônio das Entidades. 
Art. 3º - São Princípios Fundamentais de Contabilidade: 
I) o da ENTIDADE; 
II) o da CONTINUIDADE; 
 III) o da OPORTUNIDADE; 
 IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; 
V) o da COMPETÊNCIA e 
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VI) o da PRUDÊNCIA. 
Observação (Princípio da Atualização Monetária foi revogado pela Resolução CFC nº 1.282/10) 
SEÇÃO I O PRINCÍPIO DA ENTIDADE 
Art. 4º - O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia 
patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, 
independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer 
natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde 
com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. 
§ único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de 
patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil. 
SEÇÃO II O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE 
Art. 5º - A CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE, bem como sua vida definida ou provável, devem ser consideradas 
quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas. 
§ 1º - A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos 
passivos, especialmente quando a extinção da ENTIDADE tem prazo determinado, previsto ou previsível. 
§ 2º - A observância do Princípio da CONTINUIDADE é indispensável à correta aplicação do Princípio da 
COMPETÊNCIA, por efeito de se relacionar diretamente à quantificação dos componentes patrimoniais e à formação 
do resultado, e de constituir dado importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado. 
SEÇÃO III O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE 
Art. 6º - O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à integridade do registro do 
patrimônioe das suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta, 
independentemente das causas que as originaram. 
§ único – Como resultado da observância do Princípio da Oportunidade: 
I – desde que tecnicamente estimável, o registro das variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de 
somente existir razoável certeza de sua ocorrência; 
II – o registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos, contemplando os aspectos físicos e monetários; 
III – o registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas no patrimônio da ENTIDADE, em um 
período de tempo determinado, base necessária para gerar informações úteis ao processo decisório da gestão. 
SEÇÃO IV O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL 
Art. 7º - Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações com o mundo 
exterior, expressos a valor presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais 
posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou decomposições no interior da ENTIDADE. 
§ único – Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta: 
I – a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de entrada, considerando-se como 
tais os resultantes do consenso com os agentes externos ou da imposição destes; 
 Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski 
 
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II – uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito ou obrigação não poderão ter alterados seus valores intrínsecos, 
admitindo-se, tão-somente, sua decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a outros 
elementos patrimoniais; 
III – o valor original será mantido enquanto o componente permanecer como parte do patrimônio, inclusive quando da 
saída deste; 
IV – Os Princípios da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA e do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL são compatíveis entre 
si e complementares, dado que o primeiro apenas atualiza e mantém atualizado o valor de entrada; 
V – o uso da moeda do País na tradução do valor dos componentes patrimoniais constitui imperativo de homogeneização 
quantitativa dos mesmos. 
SEÇÃO VI O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA 
Art. 9º - As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre 
simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. 
§ 1º - O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento ou 
diminuição no patrimônio líquido, estabelecendo diretrizes para classificação das mutações patrimoniais, resultantes da 
observância do Princípio da OPORTUNIDADE. 
§ 2º - O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, é consequência natural do respeito ao 
período em que ocorrer sua geração. 
§ 3º - As receitas consideram-se realizadas: 
I – nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-
lo, quer pela investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela fruição de serviços 
por esta prestados; 
II – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento 
concomitante de um ativo de valor igual ou maior; 
III – pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros; IV – no recebimento efetivo 
de doações e subvenções. 
§ 4º - Consideram-se incorridas as despesas: 
I – quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedade; 
II – pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo; 
III – pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo. 
SEÇÃO VII O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA 
Art. 10 – O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior 
para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações 
patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
§ 1º - O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio líquido, quando se 
apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais de Contabilidade. 
§ 2º - Observado o disposto no art. 7º, o Princípio da PRUDÊNCIA somente se aplica às mutações posteriores, 
constituindo-se ordenamento indispensável à correta aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA. 
 Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski 
 
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§ 3º - A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase quando, para definição dos valores relativos às variações 
patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvem incertezas de grau variável. 
Art. 11 – A inobservância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade constitui infração nas alíneas "c", "d" e "e" do 
art. 27 do Decreto-Lei n.º 9.295, de 27 de maio de 1946 e, quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do 
Contabilista. Art. 12 – Revogada a Resolução CFC n.º 530/81, esta Resolução entra em vigor a partir de 1º de janeiro 
de 1994. Brasília, 29 de dezembro de 1993. Contador IVAN CARLOS GATTI Presidente" 
1.2.3 Convenções Contábeis 
 "Dentro da margem de liberdade dos princípios contábeis, as convenções vêm restringir, limitar ou modificar 
parcialmente os conteúdos dos princípios quando da sua aplicação. Assim, as convenções complementam os 
postulados e princípios contábeis. 
 As Convenções são: da Consistência (ou Uniformidade), do Conservadorismo (ou da Prudência), da 
Materialidade (ou Relevância) e da Objetividade. 
➢ Na Convenção da Consistência (Uniformidade), todos os critérios utilizados contabilmente em determinado 
período contábil devem ser mantidos ao longo do tempo para que as demonstrações contábeis dos diversos 
períodos sejam comparáveis entre si, permitindo ao usuário a obtenção de informações úteis e capazes de 
prever tendências futuras. 
➢ Na Convenção do Conservadorismo (Prudência), em caso de dúvidas quanto à valoração de ativos, 
passivos, despesas e receitas, a Contabilidade deverá sempre atribuir os valores menores para ativos e 
receitas e os maiores para passivos e despesas. 
➢ Na Convenção da Materialidade (Relevância), para se evitar desperdício de tempo e dinheiro, deve-se 
registrar na contabilidade apenas os eventos dignos de atenção e na ocasião oportuna. Por exemplo: Os gastos 
com cópias em uma empresa poderiam ser registrados à medida de sua ocorrência, entretanto pela irrelevância 
da operação, a despesa só é apurada no fim do período por diferenças de estoques. 
➢ A Convenção da Objetividade restringe o uso excessivo de liberalismo na escolha de critérios, principalmente 
em se tratando de valor. Assim, por exemplo: Entre um valor documentado e um valor hipotético, deve-se 
escolher o valor documentado." 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski 
 
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Exercícios para fazer em casa 
1) CONSULPLAN - Pref. Ibiraçu - ES 
 
2) 2º Exame de Suficiência de 2011-
 
 
3) CONSULPLAN Pref. Sabará - MG 
 
 
 
 
 
 
 Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski 
 
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Exercício para fazer em Sala (Contabilidade Geral Parte I) 
(2º Exame de 2017) 
 
(1º Exame de 2015) 
 
 
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2 CONTABILIDADE GERAL – PARTE I 
 Como vimos na primeira aula à contabilidade é norteada pelos postulados, princípios e convenções, que fazem 
dela uma ciência baseada em estruturas legais e empíricas, essas estruturas quando colocadas em prática com a 
observância dos preceitos legais, bem como os fundamentos observados e aceitos empiricamente, fazem da Ciência 
Contábil um ramo capaz de organizar fatos contábeis de forma consistente, permitindo desta forma que os diversos 
usuários possam se utilizar das informações contábeis com mais segurança, pois assim os mesmos saberão que o que 
está sendo informado é fidedigno. 
 Nesta aula estudaremos na prática a estrutura contábil e veremos como as transações devem e são 
registradas, afim de melhor entender a nossa profissão de forma cientifica. 
Bom estudo! 
2.1 A estrutura contábil - Os grupos de contas 
 Muitos são os alunos da área contábil que, ao final do curso acadêmico, infelizmente não conseguem realizar 
as escriturações contábeis adequadas. Tal afirmação é sustentada ao analisarmos os resultados dos Exames de 
Suficiência realizados em anos anteriores e ao verificarmos que nas últimas edições do exame mais de 70% dos 
candidatos não foram aprovados. Tendo em vista que mais da metade da prova, ou seja, mais de 50% dela é constituída 
por questões relacionadas a Contabilidade Geral, podemos concluir que este curso preparatório deverá sem dúvida 
alguma dar ênfase, entre outros assuntos, a esta área de conhecimento, levando os alunos a analisarem a contabilidade 
de forma Holística. 
 Por este motivo, esta aula foi elaborada para fazer uma breve introdução prática ao assunto, e assim fazer com 
que todos os alunos desse curso entendam claramente como funciona o fluxo contábil, passando pelo ativo, passivo e 
patrimônio líquido, até chegar às contas de resultado e por fim iremos elaborar a DRE - Demonstração do Resultado do 
Exercício. Tudo isso de forma prática e dinâmica. 
 2.1.1 Contas Patrimoniais 
 As contas patrimoniais, como o próprio nome sugere, são as contas cujo conteúdo possui lançamentos 
escriturados que compõem o Patrimônio da empresa. 
Quais de nós, profissionais e ou estudantes da área contábil, nunca vimos a equação básica que segue? 
Ativo = Passivo + PL (Patrimônio Líquido) 
 Conceitos conforme CFC 
 "Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que 
resultem futuros benefícios econômicos e o seu potencial em contribuir, direta ou indiretamente, para o fluxo de caixa 
ou equivalentes de caixa para a entidade." 
 "Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera 
que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos." 
 "Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos." 
 
 
 
 
 Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski 
 
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Ao verificarmos o exposto acima, podemos dizer então que o Balanço patrimonial é a colocação em prática da 
equação Ativo = Passivo + PL, onde o Ativo é igual ao passivo somado ao PL e este último pode ainda ser representado 
pelo valor líquido que a entidade possui (Capital Próprio) de forma estática, após os ativos liquidarem todos os passivos. 
Em outras palavras, pela simples análise do BP (Balanço Patrimonial) de uma empresa, mais especificamente o PL 
(Patrimônio Líquido), podemos obter importantes informações a respeito dessa empresa, como exemplo, podemos citar 
sua capacidade de pagar seus compromissos caso a mesma entrasse em processo falimentar no momento exato da 
análise, ou seja, o PL estando positivo significa que a empresa possui recursos suficientes para liquidar suas dívidas, 
estando negativo significa que todos os recursos da empresa não serão suficientes para saldar os credores. Esta é a 
análise crítica básica que devemos fazer sempre que analisamos um Balanço. 
 2.1.2 Contas de Resultado 
 São as contas cujo conteúdo possui valores referentes às receitas (Valores das vendas dos produtos ou 
serviços), bem como os custos e as despesas (Sacrifício realizado pela empresa, pra gerar receitas). Obtendo o 
resultado das Receitas menos as Despesas teremos o resultado do exercício, que pode ser positivo (Lucro) ou negativo 
(Prejuízo). 
 Após a apuração do resultado, vale ressaltar que quando este for negativo o valor apurado volta para o PL 
(Patrimônio Líquido) da empresa em forma de Prejuízos Acumulados, ou em caso de o resultado ser positivo a conta 
que será contabilizada no PL será a de Reserva de Lucros. 
 
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) 
(2º Exame de 2017) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski 
 
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Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) 
(1º Exame de 2018 – Consulplan) 
37 
Analise as asserções a seguir. 
I. “Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera 
que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade.” 
PORQUE 
II. “Ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, deve-se atentar para a sua essência subjacente 
e realidade econômica e não apenas para sua forma legal.” 
Assinale a alternativa correta. 
A) As assertivas I e II são falsas. 
B) As assertivas I e II são proposições excludentes. 
C) A assertiva II contraria a ideia expressa na assertiva I. 
D) As duas assertivas são verdadeiras e a segunda afirmativa justifica e complementa a primeira. 
 
2.1.3 Escrituração Contábil na Prática 
 O mais importante para nós, é observar de forma prática como se dá a escrituração contábil. Para tanto, iremos 
agora verificar da forma mais básica possível como se procedem as contabilizações em uma empresa, desde a sua 
abertura, passando pelas contabilizações iniciais até a apuração do resultado de um determinado período com base 
nos dados que segue: 
Abertura da Empresa Modelo LTDA 
Sócio A - 50.000 quotas de R$ 1,00 real cada, totalizando R$ 50.000,00. 
Sócio B - 50.000 quotas de R$ 1,00 real cada, totalizando R$ 50.000,00. 
Capital Social total - R$ 100.000,00 
Capital Subscrito -R$ 100.000,00 
Capital Integralizado - R$ 70.000,00 
Obs. A integralização do Capital social foi feita da seguinte forma: 
50.000,00 - Imóvel que servirá de sede para o empreendimento feita pelo sócio A. 
20.000,00 - Em dinheiro realizada pelo sócio B. 
➢ O restante, ou seja, os R$ 30.000,00 faltantes que o sócio B deverá realizar deve ser feito até o prazo 
determinado em contrato social. A não realização deste valor por parte do sócio B até a data limite imposta em contrato 
poderá implicar a retirada deste sócio do quadro social da empresa e o comprometimento, por parte dos sócios 
restantes, da integralização do valor do capital social ainda não integralizado. 
 Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski 
 
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Escriturações Contábeis a serem feitas conforme contrato social. (1) 
D - Capital Social a Integralizar - "Sócio A" (Patrimônio Líquido) R$ 50.000,00 
D - Capital Social a Integralizar - "Sócio B" (Patrimônio Líquido) R$ 50.000,00 
C - Capital Social Subscrito - "Sócio A" (Patrimônio Líquido) R$ 50.000,00 
C - Capital Social Subscrito - "Sócio B" (Patrimônio Líquido) R$ 50.000,00 
Escriturações Contábeis a serem feitas no momento da integralizaçãodo capital social (Quando da 
transferência dos valores e ou bens por parte dos sócios para a empresa) (2) 
D - Banco Conta movimento (Ativo Circulante) R$ 20.000,00 
D - Imobilizado (Ativo não Circulante) R$ 50.000,00 
C - Capital Social a Integralizar (Patrimônio Líquido) R$ 70.000,00 
 Após estas contabilizações, bem como as efetivas transferências de bens dos sócios para a empresa, a mesma 
estará apta a iniciar suas atividades, uma vez que já possuirá em seu patrimônio um imóvel pronto para o uso, além de 
ter disponível em caixa o valor de R$ 20.000,00. 
Transações realizadas pela empresa após iniciar suas atividades em 01/05/2017, por exemplo. 
➢ 02/05/2017 - Compra de Mercadorias para revenda a prazo pelo valor de R$ 5.000,00 
Nesse valor está incluso ICMS recuperável pelo valor de R$600,00. 
➢ 05/05/2017 - Compra de Mercadorias para revenda a vista pelo valor de R$ 3.000,00 
Nesse valor está incluso ICMS recuperável pelo valor de R$360,00. 
➢ 15/05/2017 - Venda de mercadorias a vista pelo valor de R$ 10.000,00 
Sobre esse valor incide ICMS a uma alíquota de 12%. 
➢ 16/05/2017 - Venda de mercadorias a prazo pelo valor de R$ 5.000,00 
Sobre esse valor incide ICMS a uma alíquota de 12%. 
➢ 31/05/2017 - Pagamento de Pró - Labore ao sócio administrador R$ 2.000,00 
➢ 31/05/2017 – Fazer a apuração dos impostos. 
➢ Estoque final, apurado em 31/05/2015 R$ 1.000,00. 
Como escriturar? 
 Primeiramente vamos fazer a escrituração da parte que irá movimentar exclusivamente as contas patrimoniais, 
que segue: 
Escrituração das Compras de Mercadorias para revenda 
02/05/2017 (3) 
D - Estoques (Ativo Circulante) R$ 4.400,00 
D – ICMS a recuperar (Ativo Circulante) R$ 600,00 
C - Fornecedores (Passivo Circulante) R$ 5.000,00 
 Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski 
 
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05/05/2017 (4) 
D - Estoques (Ativo Circulante) R$ 2.640,00 
D – ICMS a recuperar (Ativo Circulante) R$ 360,00 
C - Banco Conta Movimento (Ativo Circulante) R$ 3.000,00 
Agora vamos escriturar as transações que envolvem além das contas patrimoniais, também as contas de 
resultado, da seguinte forma: 
Escrituração das vendas 
15/05/2017 (5) 
D - Banco Conta Movimento (Ativo Circulante) R$ 10.000,00 
C - Receitas com vendas de Mercadorias (Resultado) R$ 10.000,00 
16/05/2017 (6) 
D - Clientes a receber (Ativo Circulante) R$ 5.000,00 
C - Receitas com vendas de Mercadorias (Resultado) R$ 5.000,00 
Escrituração dos impostos sobre vendas do dia 15/05/2017 (7) 
D – Impostos dobre Faturamento (Resultado) R$ 1.200,00 
C – Impostos a Recolher (Passivo Circulante) R$ 1.200,00 
Escrituração dos impostos sobre vendas do dia 16/05/2017 (8) 
D – Impostos dobre Faturamento (Resultado) R$ 600,00 
C – Impostos a Recolher (Passivo Circulante) R$ 600,00 
Escrituração do pagamento de Pró-Labore (9) 
D - Despesas com Pessoal (Resultado) R$ 2.000,00 
C - Banco Conta Movimento (Ativo Circulante) R$ 2.000,00 
Apuração do ICMS (10) 
D - Impostos a Recolher (Passivo Circulante) R$ 960,00 
C - Impostos a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 960,00 
 
 
 
 
 
 
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Apuração do CMV - Custo da Mercadoria Vendida 
Cálculo utilizando a nossa conhecida equação 
CMV = EI (Estoque inicial) + Compras - EF (Estoque final) 
Informações retiradas do enunciado: 
EI = 0,00 
Compras do período = R$ 7.040,00 
EF = R$ 1.000,00 
CMV = 0,00 + 7.040,00 - 1.000,00 
CMV = R$ 6.040,00 
Escrituração do CMV - Custo das mercadorias Vendidas (Baixa dos estoques) 
31/05/2017 (11) 
D - CMV - Custos das Mercadorias Vendidas (Resultado) R$ 6.040,00 
C - Estoques (Ativo Circulante) R$ 6.040,00 
Razonetes Empresa Modelo LTDA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Débitos Créditos Débitos Créditos Débitos Créditos
(2) 20.000,00 3.000,00 (4) 5.000,00 (3) 10.000,00 (5)
(5) 10.000,00 2.000,00 (9) 5.000,00 (6)
Sd 25.000,00 Sd 5.000,00 Sd 15.000,00
Débitos Créditos Débitos Créditos Débitos Créditos
(6) 5.000,00 (10) 960,00 1.200,00 (7) (7) 1.200,00
600,00 (8) (8) 600,00
Sd 5.000,00 Sd 840,00 Sd 1.800,00
Débitos Créditos Débitos Créditos
(3) 4.400,00 6.040,00 (11) (11) 6.040,00
(4) 2.640,00 Débitos Créditos
50.000,00 (1)
Sd 1.000,00 50.000,00 (1) Sd 6.040,00
Sd 100.000,00
Débitos Créditos Débitos Créditos
(3) 600,00 960,00 (10) (9) 2.000,00
(4) 360,00 Débitos Créditos
(1) 50.000,00 70.000,00 (2)
Sd 0,00 0,00 (1) 50.000,00 Sd 2.000,00
Sd 30.000,00
Débitos Créditos
(2) 50.000,00
Sd 50.000,00
CMV
Despesas Com Pessoal
GRUPO DE CONTAS PATRIMONIAIS GRUPO DE CONTAS DE RESULTADO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
ATIVO PASSIVO RESULTADO
Receita de Vendas
Clientes à Receber ICMS Sobre FaturamentoICMS à Recolher
Banco Conta Movimento
(-) Capital à Integralizar
Capital Subscrito
Imobilizado
Estoques
ICMS à Recuperar
Fornecedores
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Balanço Patrimonial ao final do exercício 
Ativo Passivo e PL 
Ativo Circulante 31.000,00 Passivo Circulante 5.840,00 
 Banco Conta Movimento 25.000,00 Fornecedores 5.000,00 
 Clientes à Receber 5.000,00 ICMS à Recolher 840,00 
 Estoques 1.000,00 Patrimônio Líquido 75.160,00 
 ICMS à Recuperar 0,00 Capital Social Subscrito 100.000,00 
Ativo não circulante 50.000,00 (-) Capital Social a integralizar (30.000,00) 
 Imobilizado 50.000,00 Lucro ou Prejuízos Acumulados 5.160,00 
Total do Ativo 81.000,00 Total do Passivo + PL 81.000,00 
 
 
 
 
DRE - Demonstração do Resultado ao final do Exercício 
Receita Bruta 15.000,00 
 (-) Impostos (1.800,00) 
Receita Líquida 13.200,00 
 (-) CMV (6.040,00 
Lucro Bruto 7.160,00 
 Despesas 2.000,00 
Lucro Líquido 5.160,00 
 
Obs. Notem que após a apuração do resultado do exercício houve a incorporação do resultado do exercício ao 
patrimônio líquido, através da conta contábil "Lucros ou Prejuízos Acumulados". Está transação, nos sistemas contábeis 
comumente utilizados atualmente, é feita de forma simultânea ao período que está sendo analisado, trazendo com isso 
para o balanço patrimonial imediatamente o resultado do exercício e assim possibilitando que o BP mantenha-se sempre 
atualizado. 
 
 
 
 
 
 Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski 
 
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Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) 
(2º Exame de 2017) 
 
 
 (2º Exame de 2017) 
 
 
 
 
 
 Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski 
 
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Como isso já foi cobrado? (Exercício para Fazer em Sala) 
(1º Exame de 2018 - CONSULPLAN) 
 
17 
A empresa Exemplo Ltda. adquiriu para revenda mercadorias no valor de R$ 10.000,00 em maio de 
2017. Os impostos recuperáveis sobre a compra perfazem o total de R$ 1.200,00. Todas as 
mercadorias foram vendidas no mesmo período, ou seja, em maio de 2017, pelo valor de R$ 22.000,00. 
Os impostos sobre as vendas de maio foram de R$ 2.600,00. As comissões e fretes sobre as vendas de 
maio de 2017 foram no valor de R$ 1.000,00. Ao elaborar a Demonstração do Resultado do Período, 
o Lucro Bruto apresentado é de: 
A) R$ 8.400,00. 
B) R$ 9.600,00.C) R$ 10.600,00. 
D) R$ 12.000,00. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.1.4 Atos e fatos contábeis 
"Atos Contábeis: são os atos que não provocam alterações nos elementos do Patrimônio ou do Resultado, portanto 
não interessam a Contabilidade. 
Fatos Contábeis: são os acontecimentos que de alguma forma alteram o patrimônio das entidades, quer sob o aspecto 
qualitativo, quer sob o aspecto quantitativo. Ex.: emissão de cheques, depósitos bancários, compra de veículos, compra 
de materiais. 
Fatos Permutativos: são fatos que alteram o patrimônio da entidade sem alterar o seu patrimônio líquido. Refletem 
trocas entre os elementos patrimoniais. Ex.: - compra de mercadorias à vista (bens por bens); compra de mercadorias 
a prazo (bens por obrigações); recebimento de valor pela quitação de uma duplicata; aumento do capital social com 
lucros acumulados; 
Fatos Modificativos: são aqueles que alteram o patrimônio da entidade e o patrimônio líquido, aumentando (fato 
modificativo aumentativo) ou diminuindo (fato modificativo diminutivo) a riqueza própria do patrimônio. 
Fatos Mistos: são aqueles que combinam fatos contábeis permutativos e modificativos. Podem ser aumentativos ou 
diminutivos, conforme alterem para maior ou menor o patrimônio líquido. 
Alterações qualitativas: Transações que não alteram o Patrimônio Líquido 
Alterações quantitativas: Transações que alteram (aumentam ou diminuem) o Patrimônio Líquido." 
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) 
(1º Exame de 2013) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Mais alguns Exercícios para Fazer em Sala 
(CONSULPLAN - Pref. Sabará - MG) 
 
(2º Exame de 2016) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Mais alguns Exercícios para Fazer em Sala 
(1º Exame de 2018 - Consulplan) 
 
16 
A empresa Exemplo Ltda. obtém um empréstimo bancário em uma instituição financeira, no valor de 
R$ 120.000,00, a ser pago em 120 parcelas de R$ 1.000,00. O primeiro pagamento será efetuado no 
prazo de 30 dias, e os demais seguirão nos meses seguintes. A empresa efetua o registro contábil da 
operação de empréstimo na data da operação. 
 
Qual o efeito do registro contábil na data da operação? 
A) Diminui o Ativo. 
B) Mantém inalterado o Ativo. 
C) Altera o resultado do Exercício. 
D) Mantém inalterado o Patrimônio Líquido da empresa. 
 
(CONSULPLAN - MAPA) 
 
 
 
 
 
 
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Mais alguns Exercícios para Fazer em Sala 
(1º Exame de 2017) 
 
 
(CONSULPLAN - Pref. Imigrantes - ES) 
 
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Exercícios para resolver em casa: 
1) (1º Exame CFC de 2012) Uma sociedade empresária adquiriu mercadorias para revenda por R$5.000,00. Neste 
valor estão incluídos impostos recuperáveis no valor de R$600,00. No mesmo período, a totalidade das mercadorias 
adquiridas foi vendida por R$8.000,00.Sobre o valor da venda, incidiram impostos no montante de R$1.732,00, 
embutidos no preço de venda. A comissão devida aos vendedores, no valor de R$80,00, também foi registrada no 
período. 
Na Demonstração do Resultado do Período, o Lucro Bruto é igual a: 
a) R$1.788,00. 
b) R$1.868,00. 
c) R$3.600,00. 
d) R$6.268,00. 
2) (1º Exame CFC de 2013) Uma sociedade empresária, composta por dois sócios, iniciou suas atividades em 1º.3.2013, 
com as seguintes informações: 
 
✓ O contrato social estabelece que cada sócio integralizará R$50.000,00, até 31.12 do corrente ano. 
✓ Em 15.3.2013, ambos os sócios integralizaram R$30.000,00, cada um. 
✓ O sócio A integralizou a sua parcela de capital em dinheiro, por meio de depósito, diretamente na conta 
bancária da empresa. 
✓ O sócio B integralizou com uma sala comercial e mercadorias para revenda, nos valores de R$25.000,00 e 
R$5.000,00, respectivamente. 
 
Assinale a opção que apresenta os lançamentos para contabilização destes fatos. 
 
a) DÉBITO Capital Social R$60.000,00 
 CRÉDITO Caixa R$30.000,00 
 CRÉDITO Ativo Imobilizado R$25.000,00 
 CRÉDITO Mercadorias para Revenda R$5.000,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) DÉBITO Bancos conta Movimento R$30.000,00 
 CRÉDITO Capital a Integralizar R$30.000,00 
 
 DÉBITO Ativo Imobilizado R$25.000,00 
 DÉBITO Mercadorias para Revenda R$5.000,00 
 CRÉDITO Capital a Integralizar R$30.000,00 
 
c) DÉBITO Capital Social R$100.000,00 
 CRÉDITO Capital a Integralizar R$40.000,00 
 CRÉDITO Caixa R$30.000,00 
 CRÉDITO Ativo Imobilizado R$25.000,00 
 CRÉDITO Mercadorias para Revenda R$5.000,00 
 
 
d) DÉBITO Capital a Integralizar R$100.000,00 
 CRÉDITO Capital Subscrito Sócio A R$50.000,00 
 CRÉDITO Capital Subscrito Sócio B 
 
 R$50.000,00 
 
 DÉBITO Bancos conta Movimento R$30.000,00 
 CRÉDITO Capital a Integralizar R$30.000,00 
 
 DÉBITO Ativo Imobilizado R$25.000,00 
 DÉBITO Mercadorias para Revenda R$5.000,00 
 CRÉDITO Capital a Integralizar R$30.000,00 
 
 
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3) (1º Exame CFC de 2011) 
 
 
 
4) (2º Exame CFC de 2014) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Exercícios para Fazer em Sala (Contabilidade de Custos) 
(2º Exame de 2015) 
 
(2º Exame de 2017) 
 
3 CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 Muitos são os alunos de contabilidade que afirmam ser a Contabilidade de Custos, a área da contabilidade 
mais difícil de ser aplicada e entendida. No entanto, o que ocorre na realidade é que a contabilidade de custos se utiliza 
com maior frequência de cálculos matemáticos, o que talvez explique o fato de muitas pessoas terem dificuldades em 
compreender e aplicar as técnicas necessárias para realizar cálculos e fazer análises quando o assunto é o tema aqui 
exposto. 
 Com o intuito de minimizar as dificuldades, está aula foi preparada para tentar mostrar aos nossos alunos o 
quão possível pode ser resolver um exercício desse tipo e o mais importante, fazer com que vocês não se sintam 
pressionados quando um exercício de Contabilidade de Custos for tema de uma das questões do Exame de Suficiência. 
 A importância em estudar e aprender a contabilidade de custos para realizar a prova, pode ser facilmente 
verificado ao analisarmos as provas anteriores do exame e notarmos que em média 10% das questões que compõe a 
prova estão diretamente relacionadas com o tema que agora será estudado. 
 Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski 
 
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Assim sendo, vamos trabalhar! Bons estudos!3.1 O que será estudado? 
 Muito embora a contabilidade de custos possua em sua bibliografia numerosos estudos acerca do assunto, o 
que será estudado para realizar uma boa prova serão os principais métodos de custeios cobrados, além de resolvermos 
em sala diversos exercícios práticos para que se torne apto a resolver as questões que normalmente são cobradas em 
prova. A seguir um breve resumo do que será estudado nesta aula e na aula de gerencial: 
✓ Cálculo dos produtos acabados e em elaboração 
✓ Custos Fixos 
✓ Custos Variáveis 
✓ Custos Diretos e Indiretos 
✓ Custeio por absorção 
✓ Custeio Variável 
✓ Método ABC 
✓ Análise de Custos 
 3.1.1 Conceitos Básicos 
 Bruni (2008) define a Contabilidade de Custos como o processo ordenado onde são usados todos os princípios 
da contabilidade financeira para registrar os custos de operação de um negócio, coletando os dados financeiros e 
contábeis para se estabelecer os custos de produção. 
 De acordo com Neves e Viceconti (2010) a Contabilidade de Custos, que tinha como função inicial fornecer 
elementos para avaliar estoques e apurar resultados, passou a prestar também mais duas funções de grande 
importância à contabilidade gerencial: a utilização dos dados de custos para auxílio ao controle e para tomada de 
decisões. 
 Como podemos observar a contabilidade de custos pode ser utilizada tanto como controle interno, como 
também pode ser uma poderosa ferramenta gerencial, auxiliando o processo de tomada de decisões. 
 3.1.2 Tipos de custos 
 Levando em consideração que os diversos sistemas de custeio, implementados nas empresas, há muito tempo 
deixaram de ser uma simples ferramenta de controle interno, tudo o que é feito para que os sistemas de custos 
funcionem adequadamente deve seguir padrões previamente estudados. Estes padrões, pesquisados e transformados 
em teorias, dividiram os custos em duas categorias, que abaixo estão listadas: 
Custos Fixos: São os gastos que não variam nos casos de aumento ou diminuição da produção ou atividade; 
Exemplos: Depreciação das máquinas, aluguel do barracão, etc. 
Custos Variáveis: São os gastos que variam de acordo com o aumento ou diminuição da produção ou atividade; 
Exemplos: Matéria Prima, mão de obra direta, etc. 
 Estes dois tipos de custos são ainda subdivididos em Custos Diretos e Indiretos: 
Custos Diretos: Custos que podem ser alocados diretamente aos produtos ou serviços; 
Exemplo: MOD - Mão de Obra Direta, Matéria Prima, Depreciação das máquinas. 
Custos Indiretos: Mão de obra indireta; ferramentas de uso comum na fábrica, Materiais indiretos. 
 Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski 
 
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 3.2 Principais métodos de custeio (Cobrados no Exame) 
 3.2.1 Custeio por absorção 
 É o método de custeio onde todos os bens e serviços produzidos absorvem todos os custos, sejam eles fixos 
ou variáveis. Desta forma no custeio por absorção todos os custos somados e rateados aos diversos produtos ou 
serviços produzem o custo unitário dos mesmos, bem como seu valor total. Para realizar a alocação dos custos indiretos 
e custos fixos para cada unidade produzida ou serviço prestado, este método se utiliza de rateios com bases 
previamente estabelecidas. Depois de realizada a alocação dos custos o valor total aplicado para transformar o produto 
ou realizar o serviço será contabilizado em estoques, no caso das indústrias ou irão compor o valor dos custos dos 
serviços prestados para as empresas prestadoras de serviços. 
 
Foster e Datar (2000) definem: 
“O método de custeio de estoque em que todos os custos, variáveis e fixos, são considerados custos inventariáveis. 
Isto é, o estoque que absorve, realmente, todos os custos de fabricação”. Já Lopes de Sá (1990), afirma que o custeio 
por absorção é “a expressão utilizada para designar o processo de apuração de custos que se baseia em dividir ou 
ratear todos os elementos do custo, de modo que, cada centro ou núcleo absorva ou receba aquilo que lhe cabe por 
cálculo ou atribuição.” 
 
 3.2.2 Custeio Variável 
 Também conhecido como custeio direto, diferentemente do custeio por absorção é o método de custeio que 
consiste em considerar como custo de produção do período apenas os custos variáveis incorridos. Os custos fixos, pelo 
fato de existirem mesmo que não haja produção, são encerrados diretamente contra o resultado do período. Desse 
modo, o custo dos produtos vendidos e os estoques finais de produtos em elaboração e produtos acabados só conterão 
custos variáveis. Outra diferença em relação ao Custeio por Absorção encontra-se na maneira de apresentar a 
demonstração de resultado. No Custeio Variável, a diferença entre o valor de vendas líquidas e a soma do Custo dos 
Produtos Vendidos (que só contém Custos Variáveis) com as Despesas Variáveis (administrativas e de vendas) é 
denominada de Margem de Contribuição. Deduzindo-se desta os Custos Fixos e as Despesas Fixas, obtém-se o Lucro 
Operacional Líquido. 
 3.2.3 Comparativo Custeio por absorção x Custeio Variável 
 
NO CUSTEIO POR ABSORÇÃO: 
 
- Todos os custos de fabricação são considerados como custo do produto; 
- O resultado varia de acordo com a produção; 
- É necessário utilizar métodos de rateio, muitas vezes arbitrários, para atribuir os custos fixos aos produtos; - É possível 
estabelecer o custo total unitário dos produtos; 
- Não identifica a margem de contribuição; 
- Importante para decisões de longo prazo; 
- Não há preocupação pela classificação; 
- Classifica os custos em diretos ou indiretos; 
- Debita o segmento cujo custo está sendo apurado os seus custos diretos e também os custos indiretos através de 
uma taxa de absorção; 
- Os resultados apresentados sofrem influência direta ao volume de produção; 
- É um critério legal, fiscal, externo; 
- Aparentemente, sua filosofia básica alia-se aos preceitos contábeis geralmente aceitos, principalmente aos 
fundamentos do “regime de competência”; 
- Apresenta a Margem Operacional – diferença entre as receitas e os custos diretos e indiretos do segmento estudado; 
 Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski 
 
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- O custeamento por absorção destina-se a auxiliar a gerência no processo de determinação da rentabilidade e de 
avaliação patrimonial; 
 - Como o custeamento por absorção trata dos custos diretos e indiretos de determinado segmento, sem cogitar de 
perquirir se os custos são variáveis ou fixos, apresenta melhor visão para o controle da absorção dos custos da 
capacidade ociosa. 
NO CUSTEIO VARIÁVEL 
- Apenas os custos variáveis são considerados; 
- O resultado varia somente em função das vendas; 
- Não se utilizam métodos de rateio, os custos fixos são considerados como despesa e não como custo do produto; 
- Há um custo unitário parcial, pois considera os custos variáveis; 
- Identifica a margem de contribuição unitária e global; 
- Classifica os custos em fixos e variáveis; 
- Também classifica os custos em diretos e indiretos; 
- Debita o segmento, cujo custo está sendo apurado, apenas os custos que são diretos ao segmento e variáveis em 
relação ao parâmetro escolhido como base; 
- Os resultados apresentados sofrem influência direta do volume de vendas; 
- É um critério administrativo, gerencial interno; 
- Aparentemente, sua filosofia básica contraria os preceitos geralmente aceitos na Contabilidade, principalmente os 
fundamentos do “regime de competência”; 
- Apresenta a Contribuição Margina – diferença entre as receitas e os custos diretos e variáveis do segmento estudado;

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