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QUESTÃO SOCIAL
ATIVIDADES
1 – Conceitue o termo expressão da Questão Social. E disserte sobre os seguintes temas: Pobreza, Desigualdade Social e Exclusão Social.
Questão social é um termo que, de maneira sintética, podemos afirmar que tem como significados o grupo de expressões que definem as desigualdades da sociedade.
Vivemos diante de uma grande questão social, que é a relação contraditória entre capital e trabalho historicamente problematizada (NETTO, 2001). Surgem expressões dessa questão social, tais como exclusão social, pobreza, desigualdade social, educação precária, altos índices de violência, desemprego, entre outras. É importante deixar claro que apesar de os termos desigualdade social e pobreza serem usados inúmeras vezes como sinônimos de exclusão social são conceitos distintos apesar de estarem relacionados afinal são frutos da mesma contradição. Surgem expressões dessa questão social, tais como exclusão social, pobreza, desigualdade social, educação precária, altos índices de violência, desemprego, entre outras. 
Sendo assim, as desigualdades sociais são o reflexo de como se dá à distribuição das riquezas tanto materiais quanto simbólicas produzidas e apropriadas em um determinado contexto histórico-social. 
Os conceitos de questão social e desigualdade social estão diretamente relacionados. A desigualdade social sob o capitalismo é um fenômeno que atinge quase todos os países, guardadas suas proporções e dimensões. É desencadeada, principalmente, pela má distribuição de renda, que resulta em piores condições de moradia, saúde, educação, etc. Na verdade, o conceito de desigualdade social engloba vários tipos de desigualdades, incluindo desigualdades de oportunidades de trabalho, desigualdade de escolaridade, de gênero e de acesso à justiça. Portanto, a relação entre questão social e direitos é central na compreensão da desigualdade social.
Já por pobreza se entende que é a falta de condições materiais para subsistência. É “a falta de acesso as necessidades básicas para se ter uma vida digna ou adequada, baseada geralmente em relação a insuficiência de renda dos indivíduos” (VIEIRA, 2010 p. 37). 
Este é um dos maiores problemas do mundo atual que, paradoxalmente, junto a uma incessante onda de inovações se esquece dos menos afortunados e abandonados, postergando-os no tempo. Uma das consequências do capitalismo que não perdoa quem não sabe acompanhar ou simplesmente porque não tiveram condições e oportunidades para adaptar-se.
A pobreza é a situação social e econômica na qual um indivíduo ou um grupo carece de certa forma dos elementos básicos para a subsistência pessoal
A pobreza é uma realidade que pode ser analisada a partir de várias perspectivas. Costuma-se dizer que uma nação é pobre quando a maioria da população não tem suas necessidades básicas atendidas. As necessidades básicas são a água e o alimento, a habitação e os cuidados médicos.
O conceito pobreza é de caráter relativo. Um indivíduo com um tipo de vida pobre em um país rico seria de classe média em um país subdesenvolvido. Neste sentido, mesmo nos países mais avançados existe pobreza, especialmente nas periferias das grandes cidades.
Conforme Vieira (2010) a desigualdade social e a pobreza são dependentes e interagem entre si, pois na medida em que uma se reafirma, reforça o desempenho da outra. 
A exclusão se caracteriza pelas rupturas que designam a máxima exclusão; ausência de recursos mínimos; acesso precário, ou mesmo a falta de acesso a recursos e aos bens de consume básicos; falta de acesso à educação e saúde; mercado de trabalho e condições afetivas e subjetivas dignas. Assim é um processo multidimensional que, segundo Vieira (2009), devem ser consideradas seis dimensões em sua análise: histórica, geográfica, econômica, social, representação social e política. 
O entendimento do processo de exclusão social nos permite desnaturalizar os processos excludentes ou mesmo desmistificar a banalização das desigualdades sociais. É preciso entender que a exclusão social é um reflexo das contradições do sistema de produção vigente, que tem como fundante a exploração e a acumulação privada do capital, fazendo com que o mercado seja o protagonista das relações sociais enquanto marginaliza o próprio homem. 
2 – Qual a relação entre o Serviço Social e a Questão Social?
A questão social contempla um conjunto de fatores socioeconômicos que acabam gerando inúmeras desigualdades sociais, o conceito foi criado no século XIX, diante de uma sociedade que cada vez mais era assolada pela pobreza oriunda do acúmulo de riqueza dos burgueses em detrimento dos salários dos trabalhadores. O serviço social é apontado constantemente como o único responsável pela questão social, porém a solução é muito mais abrangente que isso.
O serviço social é uma profissão de intervenção e uma disciplina acadêmica que promove o desenvolvimento e a mudança social, o empoderamento e, consequentemente, a melhora das condições de vida dos atores sociais. Os princípios de justiça social, dos direitos humanos, da responsabilidade coletiva e do respeito pela diversidade são centrais no trabalho desenvolvido pelos profissionais de serviço social. O serviço social relaciona as pessoas com as estruturas sociais para responder aos desafios da vida e da melhoria do bem-estar da sociedade.
Levando em consideração essa definição de serviço social, fica muito clara a relação entre serviço social e questão social. Porém, quando se afirma ser a questão social objeto do serviço social, é necessário problematizar a questão. A questão social, inerente ao capitalismo, certamente é um foco de atuação do serviço social, seja na academia ou no trabalho prático, sempre visando a melhoria das condições objetivas e subjetivas de vida. Porém, buscar soluções para a questão social sob o capitalismo não é uma tarefa exclusiva do serviço social. As soluções para a questão social na sociedade capitalista demandam atenção de todas as áreas do conhecimento humano.
A questão social está relacionada à uma série de fatores que vão além da mera intervenção do serviço social, a economia, educação, saúde entre outras áreas estão tão ligadas à questão social como o próprio serviço social. Remeter apenas o assistente social como intermediador desses problemas abre um precedente para tornar o serviço social uma mera ferramentas assistencialista sem nenhum cunho social, tal qual fora em seus primórdios, é preciso a mobilização de todos os setores da sociedade para que a questão social seja minimizada ou revertida.
Dessa forma, na contemporaneidade, as demandas se ramificam e se diversificam rapidamente, e exigem dos profissionais um constante aprimoramento, que, de acordo com Minayo (2007, p. 14), “é o caminho do pensamento e a prática exercida na abordagem da realidade” [...], sendo assim, as demandas requerem novos arranjos de uma intervenção investigativa a fim de construir constantemente competências, técnicas, operacionais e políticas mais qualificadas. 
3 – Diferencie as seguintes divisões de trabalho: manufatura e grande indústria. 
A divisão do trabalho na sociedade, isto é, a divisão social do trabalho e a consequente inclusão dos indivíduos a certos ramos de atividades profissionais, é uma característica comum a todas as sociedades. Interessa, no entanto, delimitar a presente análise ao momento em que a troca de mercadorias passa a ser o agente intermediário da articulação de trabalhos diferenciados, oriundos de orbitas distintas da produção. Partimos, pois, da divisão do trabalho tal como se na produção e circulação simples de mercadorias, percorrendo a manufatura, para deixar claro as peculiaridades dessa divisão no interior da sociedade e da produção característica da indústria capitalista. No desenvolvimento do capitalismo apresentam-se classicamente dois níveis fundamentais de desenvolvimento: a manufatura e a grande indústria, que especificam formas determinadas de divisão de trabalho, levando a parcialização do próprio trabalho.
Quando um capitalistareúne na sua fábrica os operários e cada um executa as diferentes operações que criam a mercadoria, ele dá à cooperação simples um caráter todo especial: ele estabelece a divisão do trabalho e a manufatura. A manufatura nada mais é do que um mecanismo de produção cujos órgãos são os seres humanos. 
Embora a manufatura se baseie sempre na divisão do trabalho, ele tem uma dupla origem: em alguns casos, a manufatura reuniu na mesma fábrica os diversos ofícios necessários à produção de uma mercadoria; estes ofícios estavam antes, como todas as atividades artesanais, separados e divididos entre si. Em outros casos, a manufatura dividiu as diferentes operações de um trabalho que antes formavam um todo na produção de uma mercadoria, e juntou-as na mesma fábrica. 
Segundo Marx (1985), na manufatura, o processo de produção nada mais é que uma decomposição da atividade artesanal em suas diversas operações parciais. Seja a atividade manufatureira composta ou simples, sua execução dependente da força, habilidade, rapidez e do trabalhador no manejo do instrumento de trabalho, o processo de trabalho continua sendo artesanal. 
Diferente da forma de trabalho antigo através de cooperação simples, que não alterava a forma individual de trabalho, a manufatura apropria-se da força de trabalho individualmente, mudando totalmente o modo de produzir. A manufatura, ao transformar o trabalhador em executor parcial de uma determinada atividade aleija-o convertendo-o numa anomalia, fomentando artificialmente sua habilidade. Ela divide não só os trabalhos parciais específicos entre os indivíduos, senão o “próprio indivíduo é dividido no motor automático de um trabalho parcial” (MARX, 1985, p. 282). 
A grande indústria elimina a divisão manufatureira do trabalho que torna o ser-humano prisioneiro de uma tarefa parcial, transformando-o no “acessório consciente de uma máquina parcial”. Esse trabalhador coletivo passa a realizar diferentes fases do processo produtivo ou, nos termos contemporâneos, um trabalhador “multifuncional” e “polivalente”.
Diferentemente da manufatura, a grande indústria cria novas mediações entre homem e máquina na mesma medida em que o valor depende da objetivação do tempo de trabalho vivo. Criam-se contradições profundas na valorização do valor. Enquanto a criação de riqueza material não depende necessariamente do trabalho humano, o processo de valorização permanece baseado no tempo cada vez mais escasso de apropriação de mais-valia diante da magnitude necessária para sua auto-expansão.
A finalidade do emprego das máquinas não foi para facilitar os esforços do homem, mas reduzir o trabalho necessário e, assim, ampliar a parcela da jornada de trabalho entregue com valor mais baixo ao capitalista. É um meio peculiar de produção de mais-valia relativa, de exploração do trabalho de modo cada vez mais intensivo (IAMAMOTO, 2000). 
Na manufatura, esse processo se desenvolve e mutila o trabalhador a ponto de reduzi-lo a uma partícula de si mesmo. Na indústria moderna, temos o processo completo, perfeito, que faz da ciência uma força produtiva independente do trabalho e que a recruta para servir ao capital. 
Na manufatura, o enriquecimento do trabalho coletivo e, por isso, do capital, em forças produtivas sociais, realiza-se as custas do empobrecimento da força produtiva do trabalhador individual. 
Enfim, a divisão capitalista do trabalho cria novas necessidades sociais, transforma as relações sociais, a moral, os costumes, a religião, a organização familiar, o lazer etc. Afeta todo o modo de vida e de trabalho da sociedade. 
4 – Quem é o profissional de Serviço Social? Qual objeto, instrumento e produto de seu trabalho?
O Assistente social é proprietário de uma força de trabalho especializada, decorrente de sua formação profissional de nível superior e, enquanto trabalhador assalariado, vende a sua força de trabalho ao empregador, em troca de equivalente expresso na forma de dinheiro. O trabalho concreto realizado pelos profissionais possui uma identidade considerando-se as competências e atribuições privativas do Assistente social previstas na Lei 8662/93, que regulamenta a profissão. Nesse sentido, a organização dos processos de trabalho e/ou das funções públicas em que se inscrevem os Assistentes Sociais terão características particulares em cada esfera de atuação: no Estado, nas empresas capitalistas ou nas entidades privadas não lucrativas. Isso significa dizer que em cada uma das esferas de atuação do Assistente social, o trabalho será realizado com sujeitos específicos, tendo, portanto, “efeitos e significados distintos no processo de reprodução das relações sociais”. 
Como prática profissional, o Assistente Social deve coordenar e executar programas de enfrentamento à pobreza, que assegurem a elevação da auto-estima, o acesso a bens, serviços e renda para segmentos mais vulnerabilizados pela situação de pobreza e exclusão social, desenvolver programas voltados para o atendimento aos grupos de maior risco, realizar e disponibilizar estudos e pesquisas no âmbito das Políticas Sociais.
Quanto às atribuições do assistente social enquanto prática profissional deve coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas e projetos na área de Serviço Social; prestar informações e elaborar pareceres na área de atuação do Serviço Social; planejar, coordenar, executar atividades sócio-educativas; estabelecer parcerias e contatos institucionais; atuar como facilitadora de processos de formação de lideranças e organização comunitária; planejar, coordenar e realizar reuniões e palestras na área de atuação do Serviço Social; elaborar relatórios técnicos e analíticos; treinar, avaliar, supervisionar e orientar estagiários de Serviço Social.
Os instrumentos técnico-operativos utilizados pelo assistente social do Programa Acesso à Cidadania são: folha de produção diária, conversas informais, documentação, Reunião, observação, entrevistas, fichas de cadastro, encaminhamentos, registros, acompanhamento social, relatórios e visitas domiciliares.
Segundo Iamamoto (2000) no sentido de identificar, no trabalho do assistente social, os elementos constitutivos de todo processo de trabalho, afirmar o exercício profissional como trabalho, sendo que os resultados ou produtos do trabalho dos Assistentes Sociais nos diferentes espaços situam-se: no campo da reprodução da força de trabalho, da obtenção das metas de produtividade e rentabilidade das empresas, da viabilização de direitos e prestação de serviços públicos de interesse da coletividade, da educação sociopolítica, afetando hábitos, modos de pensar, comportamentos, prática dos indivíduos sociais em suas múltiplas relações e dimensões da vida cotidiana na produção e reprodução social, tanto em seus componentes de reiteração do instituído, como de criação e reinvenção da vida em sociedade. 
O Serviço Social atualmente está inserido dentro de uma perspectiva dialética, em que se acredita na dinâmica social, onde a sociedade está diversificada e entregue à transformação. É nesta perspectiva que o Serviço Social está procurando se adequar, sendo também dinâmico e criativo para atender as demandas que crescem na medida em que cresce as desigualdades sociais.

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