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Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação ESTUDOS DE USUÁRIOS Olá! Meu nome é Tamie Aline Lança. Atuo como bibliotecária na Biblioteca da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FDRP-USP), onde sou responsável principalmente pelos serviços de atendimento ao usuário. Sou formada em Biblioteconomia e Ciência da Informação e mestranda em Ciência da Informação, ambos pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), onde atuei profissionalmente também, por dois anos, no atendimento da Biblioteca Comunitária (BCo). Tenho curso de educação continuada em Informação Jurídica, devido minha atuação na área. Minhas pesquisas contemplam repositórios digitais, preservação digital e métricas científicas, especialmente bibliometria. É com prazer que compartilho minhas experiências acadêmicas e profissionais com você, com forte intenção de colaborar na construção do seu conhecimento! E-mail: tamie@usp.br Claretiano – Centro Universitário Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000 cead@claretiano.edu.br Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006 claretiano.edu.br/batatais Tamie Aline Lança Batatais Claretiano 2018 ESTUDOS DE USUÁRIOS © Ação Educacional Claretiana, 2017 – Batatais (SP) Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do autor e da Ação Educacional Claretiana. CORPO TÉCNICO EDITORIAL DO MATERIAL DIDÁTICO MEDIACIONAL Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves Preparação: Aline de Fátima Guedes • Camila Maria Nardi Matos • Carolina de Andrade Baviera • Cátia Aparecida Ribeiro • Dandara Louise Vieira Matavelli • Elaine Aparecida de Lima Moraes • Josiane Marchiori Martins • Lidiane Maria Magalini • Luciana A. Mani Adami • Luciana dos Santos Sançana de Melo • Patrícia Alves Veronez Montera • Raquel Baptista Meneses Frata • Simone Rodrigues de Oliveira Revisão: Eduardo Henrique Marinheiro • Filipi Andrade de Deus Silveira • Rafael Antonio Morotti • Rodrigo Ferreira Daverni • Vanessa Vergani Machado Projeto gráfico, diagramação e capa: Bruno do Carmo Bulgarelli • Joice Cristina Micai • Lúcia Maria de Sousa Ferrão • Luis Antônio Guimarães Toloi • Raphael Fantacini de Oliveira • Tamires Botta Murakami Videoaula: André Luís Menari Pereira • Bruna Giovanaz • Marilene Baviera • Renan de Omote Cardoso Bibliotecária: Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11 DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) 020.7 L238e Lança, Tamie Aline Estudos de usuários / Tamie Aline Lança – Batatais, SP : Claretiano, 2018. 142 p. ISBN: 978-85-8377-551-5 1. Estudos de usuários da informação. 2. Produtos e serviços de informação. 3. Necessidade de informação. 4. Busca de informação. 5. Uso de informação. 6. Capacitação do usuário. I. Estudos de usuários. CDD 020.7 INFORMAÇÕES GERAIS Cursos: Graduação Título: Estudos de usuários Versão: fev./2018 Formato: 15x21 cm Páginas: 142 páginas SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................9 2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS .................................................................................12 3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE ...................................................................19 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................................20 5. E-REFERÊNCIAS .....................................................................................................20 UNIDADE 1 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO 1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................26 2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA .................................................................27 2.1. CONTEXTO ATUAL DA ÁREA DA INFORMAÇÃO ........................................27 2.2. NECESSIDADES, BUSCA E USO DA INFORMAÇÃO ....................................30 2.3. CARACTERÍSTICAS E TIPOS DE USUÁRIOS .................................................42 3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ....................................................................46 3.1. SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO ....................................................................46 3.2. NECESSIDADES, BUSCA E USO DA INFORMAÇÃO ....................................47 3.3. CARACTERÍSTICAS E TIPOS DE USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO .................48 4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................49 5. CONSIDERAÇÕES ..................................................................................................51 6. E-REFERÊNCIAS .....................................................................................................51 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..........................................................................52 UNIDADE 2 – ESTUDOS DE USUÁRIOS 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................56 2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA .................................................................57 2.1. DEFINIÇÃO, CARACTERÍSTICAS E HISTÓRICO DOS ESTUDOS DE USUÁRIOS .... 57 2.2. PRINCÍPIOS, PROPÓSITOS GERAIS OU OBJETIVOS DOS ESTUDOS DE USUÁRIOS ......................................................................................................64 2.3. ORIENTAÇÃO E TIPOLOGIAS DOS ESTUDOS DE USUÁRIOS ....................69 3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ....................................................................76 3.4. DEFINIÇÃO, CARACTERÍSTICAS E HISTÓRICO DOS ESTUDOS DE USUÁRIOS ... 76 3.5. PRINCÍPIOS, PROPÓSITOS GERAIS OU OBJETIVOS DOS ESTUDOS DE USUÁRIOS ......................................................................................................77 3.6. ORIENTAÇÃO E TIPOLOGIAS DOS ESTUDOS DE USUÁRIOS.....................78 4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................78 5. CONSIDERAÇÕES ..................................................................................................81 6. E-REFERÊNCIAS .....................................................................................................81 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..........................................................................82 UNIDADE 3 – MODELOS TEÓRICOS E APLICAÇÃO DOS ESTUDOS DE USUÁRIOS 1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................85 2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA .................................................................86 2.1. MODELOS TEÓRICOS PARA O DESENVOLVIMENTO DOS ESTUDOS DE USUÁRIOS .....................................................................................................86 2.2. PLANEJAMENTO E APLICAÇÃO DE ESTUDOS DE USUÁRIOS ...................93 2.3. PESQUISAS, VARIÁVEIS, AMOSTRA E COLETA DE DADOS PARA ESTUDOS DE USUÁRIOS ................................................................................................97 3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ....................................................................109 3.1. MODELOS TEÓRICOS PARA O DESENVOLVIMENTO DE ESTUDOS DE USUÁRIOS ......................................................................................................1093.2. PLANEJAMENTO E APLICAÇÃO DOS ESTUDOS DE USUÁRIOS ................110 3.3. PESQUISAS, VARIÁVEIS, AMOSTRA E COLETA DE DADOS PARA ESTUDOS DE USUÁRIOS ................................................................................................111 4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................112 5. CONSIDERAÇÕES ..................................................................................................114 6. E-REFERÊNCIAS .....................................................................................................114 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..........................................................................114 UNIDADE 4 – OS ESTUDOS DE USUÁRIOS COMO INSTRUMENTOS DE GESTÃO E O PAPEL DO BIBLIOTECÁRIO NA CAPACITAÇÃO DO USUÁRIO 1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................119 2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA .................................................................120 2.1. ESTUDOS DE USUÁRIOS COMO INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO ..........................................................................................................120 2.2. O PAPEL DO BIBLIOTECÁRIO .......................................................................123 2.3. CAPACITAÇÃO DO USUÁRIO DA INFORMAÇÃO ........................................127 3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ....................................................................134 3.1. ESTUDOS DE USUÁRIOS COMO INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO ..........................................................................................................134 3.2. O PAPEL DO BIBLIOTECÁRIO .......................................................................135 3.3. CAPACITAÇÃO DO USUÁRIO DA INFORMAÇÃO ........................................136 4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................137 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................139 6. E-REFERÊNCIAS .....................................................................................................141 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..........................................................................141 7 CONTEÚDO INTRODUTÓRIO Conteúdo ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– A disciplina “Estudos de usuários” visa compreender a complexidade do cotidiano profissional e, principalmente, refletir a respeito de como diagnosticar os usuários e as comunidades usuárias da informação, em suas mais diferentes constituições culturais, científicas e sociais, para uso de serviços de informação física ou virtual. Apresentar o panorama sobre estudos de usuários: objetivos, tipologias e orientações metodológicas. Contexto e características do usuário da informação, suas necessidades e demandas no acesso, apropriação e uso da informação em diferentes contextos institucionais. Teoria e prática da competência informacional e formação de usuários. Conceitos e perspectivas para estudo de usuários e de comunidades e suas características. O usuário da informação e a atuação do bibliotecário. O processo de busca da informação. Capacitação de usuários presenciais e a distância. Métodos e procedimentos de avaliação de programas de capacitação de usuários da informação. A disciplina objetiva desenvolver competências técnicas e gerenciais que propiciem a compreensão do usuário como base para a concepção de serviços e produtos de informação nas múltiplas unidades de informação. –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– Bibliografia Básica CASARIN, H. C. S. (org.). Estudos de usuário da informação. Brasília: Thesaurus, 2014. CUNHA, M. B.; AMARAL, S. A.; DANTAS, E. B. Manual de estudo de usuários da informação. São Paulo: Atlas, 2015. DIAS, M. M. K.; PIRES, D. Usos e usuários da informação. São Carlos: EDUFSCar, 2004. Bibliografia Complementar CHOO, C. W. Como ficamos sabendo: um modelo de uso da informação. In: A organização do conhecimento: como as organizações usam a informação para criar significado, construir conhecimento e tomar decisões. São Paulo: Senac São Paulo, 2003. p. 63-120. 8 © ESTUDOS DE USUÁRIOS CONTEÚDO INTRODUTÓRIO GONÇALVES, A. L. F. Gestão da informação na perspectiva do usuário: subsídios para uma política em bibliotecas universitárias. Rio de Janeiro: Intertexto, 2013. SOUTO, L. F. (Org.). Gestão da informação na perspectiva do usuário: práticas e reflexões. Rio de Janeiro: Interciência, 2014. VIEIRA, R. Introdução à teoria geral da Biblioteconomia. Rio de Janeiro: Interciência, 2014. E-Referência FIGUEIREDO, N. M. Estudo de uso e usuários da informação. Brasília: Ibict, 1994. Disponível em: <http://livroaberto.ibict.br/handle/1/452>. Acesso em: 20 nov. 2017. É importante saber: –––––––––––––––––––––––––––––––– Esta obra está dividida, para fins didáticos, em duas partes: Conteúdo Básico de Referência (CBR): é o referencial teórico e prático que deverá ser assimilado para aquisição das competências, habilidades e atitudes necessárias à prática profissional. Portanto, no CBR, estão condensados os principais conceitos, os princípios, os postulados, as teses, as regras, os procedimentos e o fundamento ontológico (o que é?) e etiológico (qual sua origem?) referentes a um campo de saber. Conteúdo Digital Integrador (CDI): são conteúdos preexistentes, previamente selecionados nas Bibliotecas Virtuais Universitárias conveniadas ou disponibilizados em sites acadêmicos confiáveis. São chamados “Conteúdos Digitais Integradores” porque são imprescindíveis para o aprofundamento do Conteúdo Básico de Referência. Juntos, não apenas privilegiam a convergência de mídias (vídeos complementares) e a leitura de “navegação” (hipertexto), como também garantem a abrangência, a densidade e a profundidade dos temas estudados. Portanto, são conteúdos de estudo obrigatórios, para efeito de avaliação. –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 9© ESTUDOS DE USUÁRIOS CONTEÚDO INTRODUTÓRIO 1. INTRODUÇÃO Prezado aluno, seja bem-vindo! Iniciaremos o estudo da obra Estudos de usuários, por meio da qual você obterá o embasamento teórico da sua futura profissão e para as atividades que virão. Esse conteúdo proporciona o posicionamento crítico de um futuro bibliotecário, cujo trabalho deverá considerar as demandas dos diversos atores sociais que interagem nas unidades de informação e em toda a sociedade da informação, na qual vivemos hoje. A informação é importantíssima para que as atividades profissionais evoluam. A explosão de informações que hoje se apresenta em vários recursos informacionais precisa ser acompanhada e avaliada pelo profissional da informação. Mesmo que os usuários possam pesquisar em várias bases de dados ou buscar informações em diversos serviços on-line, eles ainda necessitam da ajuda dos bibliotecários para saber qual o melhor recurso em cada caso e para aprender a sintetizar suas formulações de busca da melhor maneira. Os usuários sabem pouco sobre como manipular a informação de maneira efetiva. Isso pode ser visto claramente na atuação profissional dos bibliotecários, em todos os tipos de unidades de informação. Diante disso, é necessário que o bibliotecário estimule os usuários a usar os recursos disponíveis de modo efetivo e com senso crítico, pois os novos recursos eletrônicos modificaram profundamente as áreas da Ciência da Informação. As facilidades geradas pelos meios digitais e a familiaridade com as novas tecnologias fazem supor que os usuários estejam preparados 10 © ESTUDOS DE USUÁRIOS CONTEÚDO INTRODUTÓRIO para utilizar esses novos produtos e serviços; porém, a realidade nem sempre é essa. O que são estudosde usuários? Inicialmente, devemos refletir: o que você entende por usuários da informação? A Biblioteconomia e Ciência da Informação lidam com todo tipo de informação, e os seus profissionais estão presentes nos processos de geração, disseminação, recuperação, gerenciamento, conservação e utilização da informação. Todos esses processos devem ser desenvolvidos com foco no usuário. Todas as pessoas, de forma individual ou coletiva, fazem uso da informação. Assim, é essencial que ela seja acessada; caso contrário é como se não existisse. Sendo assim, precisamos compreender os usuários para oferecer-lhes a informação de que necessitam. Para isso, são desenvolvidos os estudos de usuários. Eles têm como objetivo estudar as características e necessidades dos usuários, tanto gerais quanto dos processos de busca e uso da informação, analisando-as e estruturando-as, para que sejam plenamente desenvolvidos os produtos e serviços de informação. Uma vez que os usuários consigam acessar a informação e com isso resolver seus problemas, supriremos sua necessidade de informação, teremos usuários satisfeitos, auxiliando no seu desenvolvimento individual e, consequentemente, coletivo, pois o indivíduo bem informado contribui para uma sociedade bem informada e consciente. Estudos de usuários estão se tornando cada vez mais frequentes devido à enorme contribuição que representam para o planejamento e implementação de produtos e serviços. Sendo assim, podemos considerar, como finalidades dos estudos 11© ESTUDOS DE USUÁRIOS CONTEÚDO INTRODUTÓRIO de usuários: a identificação de necessidades de informação dos usuários, a satisfação dos usuários, a avaliação dos produtos e serviços de informação e o planejamento das ações e gestão da unidade de informação. Como veremos ao longo da disciplina, os estudos orientados a usuários examinam também as necessidades e preferências psicológicas e cognitivas do indivíduo, num contexto mais qualitativo e subjetivo, e como elas afetam os padrões de procura e de uso da informação. Veremos também que os estudos de usuários são muito mais abrangente do que parecem, com diversas facetas, sendo muito importantes para a gestão e o sucesso das unidades de informação em que você pode vir a atuar, que vão desde bibliotecas até empresas, tradicionais e virtuais. Na Unidade 1, analisaremos o contexto atual da nossa área e como a sociedade da informação nos impacta diretamente. Conheceremos os processos de necessidade, busca e uso da informação, indispensáveis para desenvolver os estudos de usuários. Conheceremos também as características dos usuários da informação e como eles podem ser classificados em diferentes tipos. Na Unidade 2, adentraremos nos estudos de usuários, conhecendo suas definições e características. Então, faremos um breve histórico dos estudos ao longo do tempo, observando como seu foco foi mudando, desde quando surgiram as primeiras reflexões sobre os estudos (chamados “levantamentos bibliográficos”), até os dias atuais, que focam as ferramentas da Web 2.0, redes sociais, entre outros. Em seguida, estudaremos as orientações e tipologias dos estudos de usuários. 12 © ESTUDOS DE USUÁRIOS CONTEÚDO INTRODUTÓRIO Na Unidade 3, conheceremos os principais modelos teóricos para o desenvolvimento de estudos de usuários. Finalmente, entraremos na prática, percorrendo as etapas e procedimentos para o planejamento e realização dos estudos de usuários, conhecendo conceitos e tipos de variáveis e amostras, e as diferentes técnicas de coleta de dados utilizadas. Na Unidade 4, compreenderemos por que os estudos de usuário são importantes instrumentos de planejamento e gestão das unidades de informação, Então, entenderemos melhor o papel do bibliotecário na formação do usuário, com ênfase no bibliotecário de referência, conhecendo algumas de suas funções e principalmente a atividade de capacitação dos usuários, tanto presencial quanto virtual. No Conteúdo Digital Integrador propomos diferentes tipos de materiais, como artigos, trabalhos de eventos e relatórios. Esses materiais trazem o conhecimento da prática dos estudos de usuários. Além disso, é muito importante na nossa área familiarizar-se com as produções científicas, tanto para formação acadêmica quanto profissional. Vamos iniciar esse desafio? Convido você a percorrer as unidades de estudo, lembrando a grande responsabilidade profissional de trabalhar pela evolução dos seus futuros usuários da informação e de toda a Biblioteconomia e a Ciência da Informação. 2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida e precisa das definições conceituais, possibilitando um bom 13© ESTUDOS DE USUÁRIOS CONTEÚDO INTRODUTÓRIO domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de conhecimento dos temas tratados. 1) Amostra: qualquer subconjunto de uma população. Uma amostra confiável é calculada matematicamente. Pesquisamos na amostra e inferimos conhecimento para o todo. Esse método é mais simples e rápido, e requer menos investimentos de recursos do que a realização do censo (CUNHA; AMARAL; DANTAS, 2015). 2) Capacitação informacional do usuário: educação do usuário (CUNHA; CAVALCANTI, 2008); instrumentalização do usuário para acessar a informação, comunicá-la e gerar novas informações, ou seja, para reconhecer fontes de informação adequadas, utilizar as fontes com coerência e ter conhecimento para preparar, redigir e apresentar documentos técnicos e científicos (DIAS; PIRES, 2004). 3) Competência informacional: alfabetização informacional do usuário (CUNHA; CAVALCANTI, 2008); contempla reconhecer a necessidade de informação, formular questões baseadas nas necessidades informacionais, identificar as potenciais fontes de informação, desenvolver estratégias eficientes de busca, acessar a informação com sucesso, saber avaliar a informação recuperada, saber organizar a informação recuperada para aplicação prática e saber integrar a nova informação ao corpo de conhecimentos já existentes (MELO; MELO, 2012). 4) Comunidade de usuários: conjunto de usuários reais e potenciais que frequentam a unidade de informação (DIAS; PIRES, 2004). 14 © ESTUDOS DE USUÁRIOS CONTEÚDO INTRODUTÓRIO 5) Estudos de usuários: “todos os tipos de estudos das necessidades, desejos, demandas, expectativas, atitudes, comportamentos e demais práticas no uso da informação pelo usuário” (CUNHA; AMARAL; DANTAS, 2015, p. 36); pesquisa para levantar o que as pessoas necessitam em matéria de informação ou se estão satisfeitas e sendo atendidas adequadamente, incluindo também a investigação de como e para que a informação é usada pelos usuários (CUNHA; CAVALCANTI, 2008). 6) Gestão: conjunto de ferramentas junto a uma adequada visão e compreensão do negócio em si; observa e modela a realidade, criando suas leis e conceitos para o sucesso da unidade de informação (RAMOS, 1996). 7) Informação: (1) “fenômeno humano que envolve indivíduos transmitindo e recebendo mensagens no contexto de suas ações” (MACHLUO apud CAPURRO; HJORLAND, 2007, p. 161); (2) “registro de um conhecimento para utilização posterior” (CUNHA; CAVALCANTI, 2008, p. 201); (3) “é o dado já lapidado, isto é, com sentido, de modo que traga alguma mudança ao indivíduo que o adquiriu”; (4) “pode ser entendida como um recurso dissipador das incertezas” (SILVA, 2008, p. 3-4) Entre muitas definições, nesta disciplina consideramos que informação é o que pode responder questões importantes relacionadas às atividades dos usuários. 8) Interdisciplinaridade: “interação entre duas ou mais disciplinas e que pode ir da simples comunicação de ideias até a integração mútua dos conceitos dirigentes, da epistemologia, metodologia, procedimentos, dados e daorganização da pesquisa e do ensino a eles relacionados” 15© ESTUDOS DE USUÁRIOS CONTEÚDO INTRODUTÓRIO (CUNHA; CAVALCANTI, 2008, p. 210); intercâmbio e enriquecimento mútuo entre as disciplinas, com o objetivo de superar o isolacionismo e a independência das disciplinas (BICALHO; OLIVEIRA, 2011). 9) Método científico: expressão lógica do raciocínio associada à formulação de argumentos convincentes apresentados. Tem por finalidade informar, descrever ou persuadir um fato (CUNHA; AMARAL; DANTAS, 2015); “processo sistemático de aquisição de conhecimento que segue uma série de passos interdependentes” (CUNHA; CAVALCANTI, 2008, p. 248). 10) Metodologia: trata-se da apresentação adequada e justificada dos métodos, técnicas e instrumentos operativos que devem ser utilizados para as buscas relativas às indagações da investigação (CUNHA; AMARAL; DANTAS, 2015). 11) Modelo teórico: uma generalização concebida a partir da percepção de padrões, que é a chave para prever comportamentos futuros (CUNHA; AMARAL; DANTAS, 2015). 12) Necessidade de informação: “informação necessária ao desempenho adequado das atividades de um indivíduo ou grupo de indivíduos” (CUNHA; CAVALCANTI, 2008, p. 257); falha ou deficiência no conhecimento de alguma questão (CHOO, 2003). 13) Planejamento estratégico: processo racional, político, social e organizacional, de longo prazo, que propicia definir uma evolução futura, facilitando tomada de decisões. Por se tratar de um processo cíclico, são realizadas periodicamente análises da consistência do plano estratégico adotado (BARRETO, 1997). 16 © ESTUDOS DE USUÁRIOS CONTEÚDO INTRODUTÓRIO 14) Planejamento: processo contínuo e dinâmico que consiste em um conjunto de ações intencionais, integradas, coordenadas e orientadas para tornar realidade um objetivo futuro, possibilitando tomar decisões antecipadamente (SAMPAIO, 2008). 15) Produto de informação: insumo que resulta de atividades ou processos ligados à informação; fontes de informação, impressas e eletrônicas, metodologias, programas de computador, incluindo insumos de prospecção, tradução, personalização, manutenção e desenvolvimento de softwares e de sistemas de informação. A concepção de serviços na maioria das vezes não se separa da noção de produto, sobretudo quando a instituição se utiliza da web como meio para divulgar e oferecer serviços de informação (RABELLO; CAIADO, 2014). Produto cuja função é facilitar ao usuário de um sistema obter informação (CUNHA; CAVALCANTI, 2008). 16) Profissional da informação: aquele que se dedica à informação, o que implica atualização, capacidade de pesquisa e de manuseio de suportes variados, tendo sempre em vista as demandas informacionais do usuário (TARGINO, 2000); profissional que coleta, processa e difunde a informação, mediador da informação (CUNHA; CAVALCANTI, 2008). 17) Programa de capacitação do usuário da informação: conjunto de ações com objetivo de promover a interação usuário-unidade de informação, por meio da capacitação dos usuários na utilização de recursos e serviços de informação, da forma mais eficiente e eficaz (DIAS; PIRES, 2004). 17© ESTUDOS DE USUÁRIOS CONTEÚDO INTRODUTÓRIO 18) Serviço de informação: setor que tem como função básica fornecer informação relativa aos respectivos acervos e torná-los acessíveis aos usuários, serviço de referência (CUNHA; CAVALCANTI, 2008); serviço que visa reduzir o tempo necessário para que usuários tenham acesso à informação que necessitam para atingir seus objetivos pessoais, educacionais ou de trabalho (ATKINSON, 1996 apud VALLS; VERGUEIRO, 1998). 19) Sistema de informação: sistema que tem como matéria-prima a informação; definido como um conjunto de componentes inter-relacionados que armazena, recupera, processa, distribui e filtra a informação para gerar conhecimento (SILVA, 2008). 20) Sociedade da informação: complexa rede profissionalizada de produção e uso da informação, pela qual a informação passa a ser um fenômeno global que afeta sua dinâmica (SILVA, 2008), caracterizada pelas tecnologias de informação e seus impactos globais (CAPURRO; HJORLAND, 2007), sendo pós-modernista, mobilizada pela informação e pelo consumo. 21) Técnica: modo de fazer alguma coisa; conjunto de procedimentos detalhados, necessários para executar uma arte ou aplicar uma ciência (CUNHA; CAVALCANTI, 2008). 22) Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs): equipamentos de hardware e software que promovem comunicação de dados, a partir de sistemas informativos inteligentes; tudo aquilo com que se pode obter, armazenar, tratar, comunicar e disponibilizar informação digitalizada (CASTILHO, 2015). 18 © ESTUDOS DE USUÁRIOS CONTEÚDO INTRODUTÓRIO 23) Unidade de Informação: unidade que coleta, trata, organiza, disponibiliza e oferece produtos e serviços de informação, independentemente do suporte (VIEIRA, 2014); "entidade encarregada de adquirir, processar, armazenar e disseminar informações, com o objetivo de satisfazer as necessidades dos usuários" (CUNHA; CAVALCANTI, 2008, p. 370). As bibliotecas são unidades de informação. 24) Usabilidade: facilidade com que as pessoas podem usar uma ferramenta ou um sistema para realizar uma tarefa; é parâmetro principal para o desenvolvimento de boas interfaces e determinante de sua qualidade (SANTOS; COSTA, 2012). 25) Uso da informação: “obtenção da informação a partir de uma fonte de informação” (CUNHA; CAVALCANTI, 2008, p. 372), o uso depende da provisão e acessibilidade da biblioteca ou serviço de informação (FIGUEIREDO, 1994 http://portaldeperiodicos.eci. ufmg.br/index.php/pci/article/view/609). 26) Usuário da Informação: “pessoa que utiliza os serviços da unidade de informação no próprio local ou por meio da retirada por empréstimos, ou pela solicitação de serviços” (CUNHA; CAVALCANTI, 2008, p. 373); toda pessoa que frequenta e/ou utiliza, ou possa vir a fazê- lo (no caso dos usuários potenciais), os produtos e serviços da unidade de informação. 27) Variável de pesquisa: grandeza que varia ao longo do tempo ou de caso a caso. O contrário dela é a constante de pesquisa, que não varia (CUNHA; AMARAL; DANTAS, 2015). 19© ESTUDOS DE USUÁRIOS CONTEÚDO INTRODUTÓRIO 3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE O Esquema a seguir possibilita uma visão geral dos conceitos mais importantes deste estudo. Figura 1 Esquema de conceitos-chave de Estudos de Usuários. 20 © ESTUDOS DE USUÁRIOS CONTEÚDO INTRODUTÓRIO 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARRETO, A. R. et al. Visão estratégica do serviço de informação: planejando o futuro. In: Gestão de unidades de informação: manual. Curitiba: Tecpar; Brasília: IBCT, 1997. CHOO, C. W. Como ficamos sabendo: um modelo de uso da informação. In: A organização do conhecimento: como as organizações usam a informação para criar significado, construir conhecimento e tomar decisões. São Paulo: Senac São Paulo, 2003. p. 63-120. CUNHA, M. B.; AMARAL, S. A.; DANTAS, E. B. Manual de estudo de usuários da informação. São Paulo: Atlas, 2015. CUNHA, M. B.; CAVALCANTI, C. R. O. Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia. Brasília: Briquet de Lemos, 2008. DIAS, M. M. K.; PIRES, D. Usos e usuários da informação. São Carlos: EDUFSCar, 2004. FIGUEIREDO, N. M. Metodologias para a promoção do uso da informação: técnicas aplicadas particularmente em bibliotecas universitárias e especializadas. São Paulo: Nobel, 1990. FLANAGAN, J. C. A técnica do incidente crítico. Arquivo Brasileiro de Psicologia Aplicada, v. 25, n. 2, p. 99-141, abr./jun. 1973. GONÇALVES, A. L. F. Gestão da informação na perspectiva do usuário: subsídios para uma política em bibliotecas universitárias. Rio de Janeiro: Intertexto, 2013. VIEIRA, R. Introdução à teoria geral da biblioteconomia.Rio de Janeiro: Interciência, 2014. 5. E-REFERÊNCIAS BICALHO, L. M.; OLIVEIRA, M. Aspectos conceituais da multidisciplinaridade e da interdisciplinaridade. Encontros Bibli: revista eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação, v. 16, n. 32, p. 1-26, out. 2011. Disponível em: <https://periodicos.ufsc. br/index.php/eb/article/view/1518-2924.2011v16n32p1>. Acesso em: 20 nov. 2017. BUCKLAND, M. Information as thing. Journal of the American Society of Information Science, v. 42, n. 5, p. 351-360, jun. 1991. Disponível em: <http://people.ischool. berkeley.edu/~buckland/thing.html>. Acesso em: 20 nov. 2017. CAPURRO, R.; HJORLAND, B. O Conceito de informação. Perspectivas em Ciência da Informação, v. 12, n. 1, p. 148-207, jan./abr. 2007. Disponível em: <http:// 21© ESTUDOS DE USUÁRIOS CONTEÚDO INTRODUTÓRIO portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/pci/article/view/54/47>. Acesso em: 20 nov. 2017. CARVALHO, F. C. Educação e estudos de usuários em bibliotecas universitárias brasileiras: abordagem centrada nas competências em informação. Brasília: Universidade de Brasília, 2008. (Dissertação de Mestrado). Disponível em: <http:// repositorio.unb.br/handle/10482/1697>. Acesso em: 20 nov. 2017. CASTILHO, L. B. 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Sistemas de informação em bibliotecas: o comportamento dos usuários e bibliotecários frente às novas tecnologias de informação. RDBCI: Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, v. 5, n. 2, p. 1-24, fev. 2008. Disponível em: <https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rdbci/article/view/2010>. Acesso em: 20 nov. 2017. TARGINO, M. G. Quem é o profissional da informação? Transinformação, v. 12, n. 2, p. 61-69, jul./dez. 2000. Disponível em: <http://periodicos.puc-campinas.edu.br/seer/ index.php/transinfo/article/view/1531/1505>. Acesso em: 20 nov. 2017. VALLS, V. M.; VERGUEIRO, W. C. S. A gestão da qualidade em serviços de informação no Brasil: uma revisão da literatura. Perspectivas em Ciência da Informação, v. 3, n. 1, jan./jun. 1998. Disponível em: <http://portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/pci/ article/view/609>. Acesso em: 20 nov. 2017. 23 UNIDADE 1 USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO Objetivos • Compreender o contexto dos usuários da informação. • Entender os processos de necessidade, uso e busca da informação e seus fluxos. • Conhecer as características e os tipos de usuários da informação. Conteúdos • Contexto atual da área da informação. • Necessidade, busca e uso da informação. • Usuários da informação. Orientações para o estudo da unidade Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir: 1) Não se limite ao conteúdo deste Caderno de Referência de Conteúdo; você estará treinando para sua futura profissão de bibliotecário ao buscar mais informações em sites confiáveis e/ou nas referências bibliográficas, apresentadas ao final de cada unidade. Lembre-se de que, na modalidade EaD, o engajamento pessoal é um fator determinante para o seu crescimento intelectual. 24 © ESTUDOS DE USUÁRIOS UNIDADE 1 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO 2) Busque identificar os principais conceitos apresentados; você verá como a sociedade da informação quebrou diversos paradigmas e está presente em todas as nossas atividades. 3) Não deixe de recorrer aos materiais complementares descritos no Conteúdo Digital Integrador. 4) Sugerimos a leitura do artigo indicado a seguir, que trata da avalição da usabilidade de um ambiente digital. Assim, você conhecerá um estudo de usuário na prática. Se você reler o texto ao final da nossa disciplina, saberá reconhecer os elementos, método e técnicas apresentados. • CAFÉ, L. C.; MUÑOZ, I. K.; LEITE, F. C. L. Usabilidade na recuperação da informação em acesso aberto: estudo da interação de usuários da pós-graduação com o Repositório Institucional da Universidade de Brasília. Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação e Biblioteconomia, v. 10, n. 2, p. 32-46, 2015. Disponível em: <http://www.okara.ufpb.br/ ojs/index.php/pbcib/article/view/24907/13634>. Acesso em: 20 nov. 2017. 5) Como leitura complementar, de caráter acadêmico e social, indicamos a leitura a seguir, que contribuirá para o entendimento da disciplina, para conhecimento do método e também para sua formação como cidadão, pois aborda as questões de gênero. • CARIBÉ, R. C. V.; PINTO, A. A.; DIOGENES, F. C. B. Necessidades de informação do gênero mulher no Distrito Federal, Brasil: resultados de um survey. RDBCI: Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, v. 13, n. 2, p. 418-436, 25© ESTUDOS DE USUÁRIOS UNIDADE 1 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO maio/ago. 2015. Disponível em: <http://periodicos. sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rdbci/article/ view/8635039/339>. Acesso em: 26 out. 2017. 6) Para conhecer mais sobre o trabalho e a vida de Carol Kuhlthau, referência na temática, acesse sua página na Escola de Comunicação e Informação RUTGERS. • RUTGERS – SCHOOL OF COMMUNICATION AND INFORMATION. Carol Kuhlthau. Disponível em: <http://wp.comminfo.rutgers.edu/ckuhlthau/ information-search-process/>. Acesso em: 20 nov. 2017. 7) Para aprofundar seus estudos sobre web semântica e web pragmática, leia o seguinte artigo: • MOTA, D. A. R.; KOBASHI, N. Y. Web semântica e web pragmática: discussão crítica sobre versionamento na web e limites conceituais. Tendências da Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação, v. 9, n. 2, set./ dez. 2016. Disponível em: <http://inseer.ibict.br/ ancib/index.php/tpbci/article/view/267/361>. Acesso em: 20 nov. 2017. 8) Sugerimos a leitura do artigo a seguir, que discorre so- bre a metacognição de busca da informação. Ele am- pliará ainda mais seu entendimento sobre a temática: • DAL’EVEDOVE, P. R.; NEVES, D. A. B.; FUJITA, M. S. L. A metacognição de usuários no processo de busca da informação em catálogo coletivo de bibliotecauniversitária. Perspectivas em Ciência da Informação, v. 19, n. 4, p. 25-42, 2014. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/117894>. Acesso em: 20 nov. 2017. 26 © ESTUDOS DE USUÁRIOS UNIDADE 1 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO 9) Como leitura complementar indicamos o artigo a se- guir, que trata dos aspectos estudados na Unidade 1 juntamente com uma aplicação prática: • KAFURE, I.; PEREIRA, J. L. B. Aspectos emocionais e cognitivos do usuário na interação com a informação: um estudo de caso no Laboratório de Inovações Tecnológicas para Ambientes de Experiência (ITAE). Perspectivas em Ciência da Informação, v. 21, n. 3, p. 222-239, set. 2016. Disponível em: <http:// portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/pci/ article/view/2546>. Acesso em: 20 nov. 2017. 1. INTRODUÇÃO Vamos começar nossa primeira unidade de estudo. Nela entraremos no contexto da sociedade da informação, que vivemos hoje. Esse nome deve-se à explosão informacional ocorrida com os avanços das tecnologias de informação e comunicação (TICs), que revolucionou os padrões de transmissão da informação, no que tange a quantidade e velocidade. Nesse cenário estão inseridos os usuários da informação, que podem ser cada um de nós. Estudaremos suas características, tipos, necessidades e demandas no acesso, apropriação e uso da informação, descobrindo que esses processos têm níveis físicos, cognitivos e psicológicos. Veremos que todas as atividades desenvolvidas nas unidades de informação devem ser focadas no usuário, desde a criação (como a informação é gerida e disponibilizada para que seja acessada pelo usuário) até a educação e competência informacional do usuário, para a recuperação da informação. 27© ESTUDOS DE USUÁRIOS UNIDADE 1 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO Dessa forma, atenderemos as necessidades do usuário e teremos sucesso como profissionais da informação. 2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma sucinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão integral, é necessário o aprofundamento pelo estudo do Conteúdo Digital Integrador e das bibliografias complementares. 2.1. CONTEXTO ATUAL DA ÁREA DA INFORMAÇÃO Em que contexto estamos inseridos como usuários da informação? A informação é o aspecto crucial para o estado atual da sociedade, a denominada sociedade da informação, que surgiu com a globalização. A informação e seu fluxo, para qual o mundo adaptou-se, é a chave da transformação de todas os meios ao longo do tempo. Hoje estamos conectados de uma maneira incrível que o tempo e o espaço já não podem ser medidos como antes. Rompemos fronteiras, podemos estar presentes sem de fato estar, o tempo corre cada vez mais veloz, assim como o fluxo de informações. Esse é um aspecto interessante da reflexão: temos a impressão de que o tempo passa cada vez mais rápido e o mesmo acontece com os fluxos de informação, que contam com tecnologias cada vez melhores para torná-los possíveis. Por sua vez, o avanço rápido das tecnologias é possível porque a informação está cada vez mais dinâmica, veloz e disponível. 28 © ESTUDOS DE USUÁRIOS UNIDADE 1 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO Na sociedade da informação, as tecnologias de informação e comunicação (TICs) devem ser atualizadas cada vez mais rapidamente, acompanhando o crescimento da informação em formato digital. Nesse sentido, é importante a mudança de suporte da informação, do físico para o virtual. Ela alterou o modelo de manipulação – geração, armazenamento e recuperação – da informação e levou à criação das bibliotecas digitais, fatores decisivos para o novo paradigma (RIECKEN, 2006). Assim, a sociedade pós-moderna foi substituída pela sociedade da informação, caracterizada pelo conceito de redes. Os avanços tecnológicos visam facilitar as atividades humanas. Contudo, é necessário analisar os impactos sociais da crescente influência tecnológica, principalmente das TICs, e ser críticos quanto a eles, uma vez que alteraram a noção de tempo e de espaço. Não é simples analisar os impactos das novas tecnologias, pois quando se consegue compreender uma configuração, esta já está ultrapassada, tamanha a velocidade das mudanças. Além das questões sociais, faz-se necessário analisar questões éticas e teóricas, pois a tecnologia é apenas parte de um esquema composto de um método de análise e representação e um ponto de vista do qual se pretende analisar. Veremos que os usuários estão sujeitos a essas mesmas questões. As TICs transformaram as práticas das bibliotecas e dos centros de informação. Novos ambientes trouxeram novos desafios e grandes impactos, principalmente no que diz respeito aos usuários e aos acervos. Além da informação em formato digital crescer exponencialmente, ocorreu a chamada “desmaterialização do suporte” (SOUZA; ALMEIDA; BARACHO, 2013), o que provocou uma enorme mudança no contexto das bibliotecas. Antes as bibliotecas eram estáticas e preocupadas em preservar o acervo físico; atualmente, precisam gerir o 29© ESTUDOS DE USUÁRIOS UNIDADE 1 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO acervo digital, que fornece acesso atemporal e de qualquer lugar do mundo via web. A mudança também revolucionou o trabalho dos bibliotecários. Antes, eles tinham a missão de organizar e preservar o suporte físico; hoje, devem gerir e preservar os materiais digitais, e promover o acesso dos usuários a eles. Além disso, devem lidar com todos os aspectos relacionados à informação (tecnológicos, sociais, éticos), tornando-se cientistas da informação. A Ciência da Informação tem rápida e constante transformação, pois acompanha a evolução tecnológica. Assim é possível distinguir diferentes fases dela. Barreto (2002), por exemplo, divide a área em três períodos, indicando os principais focos de estudo e prática em cada época. No primeiro período, que compreende desde a sua criação (1945) até 1980, chamado de Tempo de Gerência da Informação, em que era necessário lidar com a explosão informacional, desenvolvendo-se os sistemas de classificação, indexação, tesauros etc. O Tempo da Relação Informação e Conhecimento é o subsequente (1980 a 1995), quando se passou a observar a ação da informação na coletividade, numa vertente mais social e cognitiva, e não somente técnica. No último tempo (a partir de 1990 até os dias atuais), foram desenvolvidos os primeiros softwares que permitiram a configuração da internet e sua popularização, sendo chamado de Tempo do Conhecimento Interativo. Nesse momento, as TICs transformaram a criação e gestão do conhecimento, assim como os processos comunicacionais, modificando a noção de tempo e espaço por meio da realidade em rede. 30 © ESTUDOS DE USUÁRIOS UNIDADE 1 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO Nesse contexto estão inseridos os usuários da informação, sobre os quais desenvolveremos nosso estudo. No vídeo complementar indicado a seguir, comentaremos um pouco mais esse contexto, com base em alguns teóricos da área. No próximo tópico, analisaremos as necessidades, processos de busca e usos da informação. Vídeo complementar ––––––––––––––––––––––––––––––– Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar. • Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique no ícone Videoaula, localizado na barra superior. Em seguida, selecione o nível de seu curso (Biblioteconomia), a categoria (Disciplinar) e o tipo de vídeo (Complementar). Por fim, clique no nome da disciplina para abrir a lista de vídeos. • Para assistir ao vídeo pelo seu CD, clique no botão “Vídeos” e selecione: Estudos de Usuários – Vídeos Complementares – Complementar 1. –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– Com as leituras propostas no Tópico 3.1, você vai conhecer mais a fundo as características da sociedade da informação.Elas são indispensáveis para sua evolução como profissional da informação e como cidadão. Antes de prosseguir para o próximo assunto, leia os textos indicados, procurando assimilar o conteúdo estudado. 2.2. NECESSIDADES, BUSCA E USO DA INFORMAÇÃO O que é informação? Segundo Capurro e Hjorland (2007), a informação é definida de acordo com as necessidades dos 31© ESTUDOS DE USUÁRIOS UNIDADE 1 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO grupos-alvo: não de modo universal ou individualista, mas de modo coletivo ou particular. Então, "informação é o que pode responder questões importantes relacionadas às atividades do grupo-alvo". (CAPURRO; HJORLAND, 2007, p. 187). Capurro é um grande teórico contemporâneo, principalmente no que tange a epistemologia da Ciência da Informação; portanto, recomendamos a leitura de seus trabalhos. Sendo assim, o valor da informação não é medido pela importância do assunto ou autor e sim pelo quanto satisfaz as necessidades e expectativas do usuário (inserido em um contexto organizacional ou social que influencia nas suas demandas). Barreto (2002) define os termos “informação” e “conhecimento” por meio de fluxos. Esses fluxos possuem dois extremos, que são a criação da informação – fatos, ideias e imagens transmutam-se da mente do autor para uma inscrição de informação – e a realidade – que é a assimilação, apropriação da informação pelo indivíduo. Entre os dois extremos, no centro do fluxo, encontram-se os sistemas de armazenamento e recuperação da informação. A Figura 1 apresenta o sistema de armazenamento e recuperação da informação. 32 © ESTUDOS DE USUÁRIOS UNIDADE 1 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO Fonte: Barreto (2002, p. 70). Figura 1 Sistema de armazenamento e recuperação da informação. A partir do fluxo é possível diferir, de forma geral, os papéis da Biblioteconomia e da Ciência da Informação: • Biblioteconomia: trabalha com o fluxo interno no tratamento, armazenamento e recuperação, ou seja, atividades práticas • Ciência da Informação: estuda os fluxos externos, que dizem respeito à ação mediadora entre informação e conhecimento, que acontece no indivíduo, composto pela criação e assimilação da informação, algo que "transcende o conceito de uso da informação" (BARRETO, 2002, p. 70). As definições dos termos “informação” e “conhecimento” são inúmeras, basta uma pequena busca para encontramos diversos autores da epistemologia, de diferentes vertentes, com estudos sobre esses conceitos. Para prosseguirmos, é necessário ter em mente primordialmente que informação é o que responde às questões dos usuários, o que faz sentido a eles. Não devemos 33© ESTUDOS DE USUÁRIOS UNIDADE 1 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO esquecer que os usuários são nossos clientes e que devemos desenvolver nossas atividades sempre com focos neles. Diversos fatores devem ser levados em conta ao analisar o comportamento dos usuários em relação à informação (DIAS; PIRES, 2004): a formação, o treinamento na utilização das fontes, o acesso a essas fontes, o tempo de que dispõem para buscar a informação, o conhecimento de línguas, a sociabilidade, a posição profissional, entre outros. Esses fatores podem ser divididos em: • variáveis internas: personalidade, incertezas, memória, aprendizagem, predisposição para a busca, experiência, idade e todos os demais fatores que vem do usuário. • variáveis externas: informações objetivas, local de trabalho, grupos de referência, comunicações induzidas, frente de pesquisa, entre outros. O usuário é um ser humano, ou seja, um ser complexo, composto de elementos físicos, cognitivos, emocionais e situacionais, que determinam seus comportamentos. De maneira geral, os estudos sobre necessidade e uso da informação são úteis para entender como os usuários buscam a informação. Vejamos, então, como funcionam as necessidades de informação. Necessidades de informação Os estudos de usuários podem voltar-se às necessidades de informação, seu uso e acesso. O aspecto menos desenvolvido é o das necessidades porque, além da ser difícil conceituar esse termo, repleto de significados, para avaliar a necessidade 34 © ESTUDOS DE USUÁRIOS UNIDADE 1 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO é preciso entrar em áreas como a Psicologia e Sociologia, que estudam profundamente o comportamento humano (DIAS; PIRES, 2004). A necessidade de informação pode ser definida como uma falha ou deficiência no conhecimento de alguma questão, que pode ser traduzida em perguntas e buscas em uma fonte de informação. Também pode ser entendida como o que o usuário precisa ter para desenvolver seu trabalho ou estudo (DIAS; PIRES, 2004). A informação encontrada deve fazer sentido para satisfazer a necessidade do usuário – lembremos da definição de informação de Capurro e Hjorland (2007), na abertura deste tópico. As necessidades devem ser analisadas no contexto do usuário, seja nas bibliotecas, no ambiente organizacional ou social em que ele estiver inserido. Le Coadic (1996 apud DIAS; PIRES, 2004) dividiu as necessidades de informação de acordo com suas funções. São elas: 1) do conhecimento, ou seja, desejo de saber; 2) da ação, que vem de necessidades exigidas para realizar uma atividade humana, profissional ou pessoal, ou seja, desencadear uma ação; 3) da necessidade humana, no sentido de satisfazer uma necessidade básica específica; 4) dos desejos, que são as necessidades mais profundas; 5) das demandas, expressão do indivíduo, indicado a um uso em potencial, associado as suas habilidades; 6) do uso, que é definido como o que o usuário utiliza de fato. 35© ESTUDOS DE USUÁRIOS UNIDADE 1 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO Em resumo, as necessidades podem ser psicológicas, emocionais ou cognitivas. Leia com atenção a obra de Choo (2003), presente na bibliografia complementar, pois os estudos apresentados são realmente interessantes! Elas sofrem influências físicas, socioculturais e político- econômicas. Nossa preocupação como profissionais da informação é entender as necessidades dos indivíduos, compreender o significado que fazem da informação e, consequentemente, do uso, para sermos capazes de criar sistemas, produtos e serviços de informação mais eficientes. Ou seja: o estudo de comportamentos e a análise das necessidades de informação dos usuários permite avaliar e criar condições para criar ou melhorar os serviços oferecidos na unidade de informação, para que atendam plenamente as necessidades dos usuários. Antes de conhecermos o processo de busca da informação, segue uma citação de Choo (2003, p. 66), que ilustra nosso aprendizado até aqui e inicia o assunto que veremos nos próximos tópicos: [...] a informação e o insight nascem no coração e na mente dos indivíduos, e a busca e o uso da informação são um processo dinâmico e socialmente desordenado que se desdobra em camadas de contingências cognitivas, emocionais e situacionais. Necessidades e uso são processos interdependentes que determinam o comportamento do usuário (DIAS; PIRES, 2004). Conheceremos agora o processo de busca da informação. 36 © ESTUDOS DE USUÁRIOS UNIDADE 1 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO Busca da informação A busca da informação é uma etapa da construção do conhecimento. Ocorre quando o usuário reconhece sua necessidade de informação e quer expandir seu estado atual. Lembre-se do fluxograma já apresentado (Figura 1). Cada um de nós tem sua forma de buscar informação, que varia de acordo com nossas características, formação e experiências, entre outros fatores. Há diversos modelos de busca da informação, por ser um processo complexo e influenciado por fatores cognitivos, emocionais e sociais. Ela depende também das necessidades, em que os usuários canalizam sua atenção, revelando incertezas, gostos e aversões(CHOO, 2003). Apesar disso, foram observados alguns padrões comuns a cada tipo de usuário, o que tornou possível desenvolver modelos de busca. Choo (2003) apresenta dois modelos, que veremos resumidamente a seguir. O primeiro modelo é o da educadora e pesquisadora norte-americana Carol Collier Kuhlthau. Ela criou, em 1991, o Information Search Process (ISP), ou Processo de Busca da Informação. A pesquisadora percebeu padrões em um estudo dos comportamentos de busca entre usuários de bibliotecas e estudantes universitários. Identificou o processo de busca em seis estágios, influenciados por três campos de experiência: emocional, cognitivo e físico (Quadro 1). Conheceremos seu modelo teórico completo na Unidade 3. 37© ESTUDOS DE USUÁRIOS UNIDADE 1 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO Quadro 1 Processo de Busca de Informação. Estágios Descrição Campo de experiência / Sentimentos INICIAÇÃO Usuário reconhece a necessidade de informação; pode discutir possíveis tópicos com outras pessoas. Insegurança, apreensão. SELEÇÃO Usuário identifica um campo ou tema a ser investigado. Otimismo, prontidão para buscar. EXPLORAÇÃO Usuário expande seu entendimento do tema, o que pode gerar mais dúvidas. Confusão e dúvida. FORMULAÇÃO Ponto de mutação do processo, pois o usuário formula um foco pessoal e seus pensamentos ficam mais direcionados. Pensamentos claros e direcionados, confiança. COLETA Usuário interage com o sistema e/ou serviços de informação para reunir as informações, é capaz de procurar informação relevante. Confiança e interesse no projeto crescem. APRESENTAÇÃO Usuário completa a busca e resolve o problema. Alívio, satisfação ou desapontamento, dependendo do resultado da busca. Fonte: adaptado de Kuhlthau (1991). 38 © ESTUDOS DE USUÁRIOS UNIDADE 1 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO Choo (2003) apresenta outro modelo comportamental de busca, com foco nas ações, em oito atividades: iniciar, encadear, vasculhar, diferenciar, monitorar, extrair, verificar e finalizar. Nesse modelo, é interessante observar duas atividades comuns no processo de busca no ambiente digital: encadear e vasculhar. O encadeamento é um meio eficaz de ampliar a pesquisa, pois consiste em usar as referências indicadas pela fonte inicial ou relacionadas a ela. Quando localizada a fonte, o usuário tende a vasculhar (agrupar informações relacionadas pelo tema), explorando o conteúdo ou estrutura de um espaço de recursos. Essa atividade é muito rica, pois pode levar a novas descobertas, novas necessidades de informação, novos aprendizados etc. Conheceremos melhor esse modelo teórico na Unidade 3. Devemos lembrar que os usuários podem obter informação de diversas fontes, não só formais (como as bibliotecas físicas e as bases de dados), mas também informais (por meio de conversas com professores, colegas e contatos em geral). Além disso, a maioria deles prefere fontes mais acessíveis, sempre mais recomendadas. Por isso, é muito importante promover uma ótima acessibilidade aos usuários. Caso contrário, as informações não serão encontradas, e não satisfaremos suas necessidades informacionais. As fontes de informação formais podem ser avaliadas de acordo com seis categorias de critérios, pelas quais os usuários as escolhem: facilidade de uso, redução de ruídos, qualidade, adaptabilidade, economia de tempo e economia de custo (TAYLOR, 1986 apud CHOO, 2003). 39© ESTUDOS DE USUÁRIOS UNIDADE 1 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO Os sistemas de informação atuais trabalham esses aspectos, sendo capaz de auxiliar o usuário a transformar sua necessidade e traduzir seu problema em expressão de busca. Os vocabulários controlados, por exemplo, ainda largamente usados pelas bibliotecas, normalizam, porém, limitam a busca do usuário, prendendo-se a termos predeterminados, mesmo que pós-coordenados. Por outro lado, mecanismos de busca como o Google permitem aos usuários descrever seu problema de forma desestruturada, e a questão quase sempre é respondida com sucesso. Finalizando nossos estudos sobre busca da informação, de acordo com Choo (2003), que trabalha com aspectos organizacionais da informação e analisou diversos estudos em sua obra, os ciclos de busca tendem a melhorar os resultados, já que eles podem ser revistos, as estratégias de busca, melhoradas, e resultados, refinados. Como foi sua primeira experiência de busca no catálogo da biblioteca? Você encontrou o que queria na primeira tentativa? Ou teve que refazer a busca? Nas vezes seguintes, você se sentiu mais familiarizado com o sistema e obteve melhores resultados? Aposto que sim. Da mesma forma ocorre com as bases de dados e outros diversos sistemas de busca. Quanto mais praticamos a busca, mais simples ela se torna, pois passamos a interagir melhor com o sistema, com mais segurança e autonomia. Uso da informação Conforme já estudamos, o usuário da informação é uma pessoa repleta de características. A busca e o uso da informação constituem um processo dinâmico que se estende no tempo e no 40 © ESTUDOS DE USUÁRIOS UNIDADE 1 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO espaço (CHOO, 2003). O contexto em que a informação é usada determina como e o quanto ela será útil ao usuário. Sendo assim, o uso da informação é um processo confuso e desordenado, sujeito aos caprichos da natureza humana. As atitudes do indivíduo em relação à informação e à sua busca são resultados da educação, das preferências e das experiências, estando entre os elementos mais influenciadores no uso da informação. Taylor (1991 apud CHOO, 2003, p. 109) propôs oito classes de uso da informação. Elas não são mutuamente excludentes, pois uma informação pode atender a mais de uma classe. Enumeramos essas classes a seguir, com uma síntese de suas características: 1) Esclarecimento: informação utilizada para dar contexto ou significado a uma situação. 2) Compreensão do problema: informação usada de maneira mais específica para compreender determinado problema. 3) Instrumental: informação usada para saber o que e como fazer algo, por exemplo, instruções. 4) Factual: informação usada para determinar fatos de um fenômeno ou acontecimento. 5) Confirmativa: informação usada para verificar outras fontes. 6) Projetiva: informação usada para prever o que pode acontecer no futuro. 7) Motivacional: informação usada para iniciar ou manter o envolvimento de um indivíduo. 8) Pessoal ou política: informação usada para criar relacionamento ou melhoria no status, na reputação ou na satisfação pessoal. 41© ESTUDOS DE USUÁRIOS UNIDADE 1 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO O resultado do uso da informação muda o estado do conhecimento do usuário, desejo que foi provocado pelo surgimento da necessidade da informação. O usuário pode então entender uma situação, responder a uma pergunta, resolver um problema, tomar uma decisão ou negociar uma posição (CHOO, 2003). Encerramos este tópico com a Figura 2 a seguir, que representa o ciclo da informação nos processos que acabamos de conhecer. A informação parte da necessidade, que leva o usuário a realizar buscas e encontrar as informações. Em seguida, o usuário faz uso das informações encontradas que ele julgou relevantes, ou seja, que fizeram significado para ele, aumentando seu conhecimento. Esse aumento do conhecimento leva a novos questionamentos, ou seja, novas necessidades, e o ciclo recomeça. Fonte: Adaptado de Choo (2003). Figura 2 Ciclo da informação. Já conhecemos o contexto, as caraterísticas e comportamentos dos usuários nesses processos. No próximo tópico veremos como os usuários são definidos e divididos em diferentes tipos. 42 © ESTUDOS DE USUÁRIOS UNIDADE 1 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO As leituras indicadasno Tópico 3.2 vão contextualizar as questões conceituais apresentadas com mais profundidade e complexidade. Elas são importantes para entender melhor o conteúdo. Neste momento, você deve realizar essas leituras para aprofundar o tema abordado. 2.3. CARACTERÍSTICAS E TIPOS DE USUÁRIOS Até agora, na análise do ciclo da informação, vimos como as necessidades e preferências psicológicas e cognitivas do indivíduo afetam os padrões de necessidade, busca e uso da informação. Vamos, então, conhecer melhor esses usuários, para em seguida iniciarmos nossos estudos sobre o tema. Definição de usuário e suas características Todas as pessoas que frequentam a unidade de informação e/ou usam seus serviços (ou que podem usá-los um dia) são usuários. Calma, você já irá entender isso melhor! A definição do conceito de usuário é complexa porque o usuário pode ser um especialista que busca em uma base de dados, pode ser o que solicita um serviço ou pesquisa bibliográfica, pode ser o produtor de informação, pode ser uma pessoa com pouca instrução etc. (DIAS; PIRES, 2004). O usuário pode ser considerado o cliente do serviço de informação; porém, como o termo “cliente” remete à área de marketing, usa-se o termo usuário da informação. 43© ESTUDOS DE USUÁRIOS UNIDADE 1 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO Já o termo “comunidade” representa o público comum (ou conjunto de usuários) que frequenta a unidade de informação. Por exemplo, em uma biblioteca universitária, a comunidade é composta por corpo discente, corpo docente e todos os demais funcionários. Os usuários podem ser reais, ou seja, os que efetivamente utilizam os espaços e serviços da unidade de informação, ou potenciais. Os usuários potenciais são os que podem utilizar os serviços, encaixam-se no perfil de usuários de determinada unidade de informação, mas ainda não os utilizam. Sendo assim, além de levar em conta as necessidades e preferências dos usuários reais, também é muito importante obter dados dos usuários potenciais, para que possamos transformá-los em usuários reais. Quais são os tipos de usuários? Os usuários são classificados de acordo com diferentes critérios, que podem ser de dois tipos: critérios objetivos e psicossomáticos. Existem diversos tipos de classificação, que podem ser encontrados nas indicações de leitura. Para nosso estudo, conheceremos uma bastante completa, com diversas subdivisões, no quadro a seguir: Quadro 2 Critérios de Classificação dos Tipos de Usuários. CRITÉRIO TIPO DE USUÁRIO Pelo uso que fazem da unidade de informação usuários potencias usuários reais usuários presenciais usuários não presenciais não usuários 44 © ESTUDOS DE USUÁRIOS UNIDADE 1 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CRITÉRIO TIPO DE USUÁRIO Pelo tipo de informação que requerem usuários de informação geral usuários de informação especializada Pela idade usuários infantis pré-leitores leitores usuários juvenis usuários adultos (entre eles os da terceira idade) Pelo tipo de unidade prestadora de serviço de informação usuários de bibliotecas pelo acesso: bibliotecas públicas, privadas por grau de especialização e serviços: gerais, especializadas por finalidade: apoio a centros docentes, apoio a entidades do ensino superior usuários de arquivos usuários internos usuários externos pesquisadores cidadãos sem formação científica estudantes (com distintos níveis e interesses) usuários de centros de documentação por acesso: centros públicos, privados pela relação com o centro: internos e externos usuários de centros informatizados presenciais que sabem pouco ou nada experientes e autossuficientes virtuais 45© ESTUDOS DE USUÁRIOS UNIDADE 1 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CRITÉRIO TIPO DE USUÁRIO Pela competência em informação, habilidades e conhecimentos para manejar a documentação usuários com maior ou menor grau de competência usuários com menor ou maior grau de dependência do profissional da informação Pela condicionante que determina a capacidade para acessar a informação econômico-social: grupos de população desfavorecida cultura: língua ocupação: trabalhadores (dentro e fora de casa), estudantes, aposentados nível de formação: sem estudos, com estudos (nível elementar, médio, superior) necessidade especial (alguma incapacidade) geográfico (residentes perto ou longe da unidade prestadora de serviço de informação) Fonte: Amaral (2014 apud Cunha; Amaral; Dantas, 2015, p. 17). Podemos notar que há divisões e subdivisões nos tipos de usuários, de acordo com os critérios em que podem ser classificados, como: pelo uso que fazem da unidade de informação, pelo tipo de informação que necessitam, pela idade, pelo tipo de unidade de informação, pela competência em informação e pelo condicionante que determina a capacidade para acessar a informação. Dentro desses critérios são categorizados os tipos, que ainda podem subdividir-se, por exemplo, no critério de uso: usuários potenciais, usuários reais (subdivido em presenciais e não-presenciais) e não usuários. Estude as bibliografias básica e complementar, e as leituras indicadas no Conteúdo Digital Integrador para aumentar seu conhecimento sobre os tipos de usuários, pois essa compreensão 46 © ESTUDOS DE USUÁRIOS UNIDADE 1 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO é necessária para os estudos de usuários, assunto da nossa próxima unidade. As leituras indicadas no Tópico 3.3 trazem características dos usuários e suas tipologias. Nos conteúdos estudados até agora sintetizamos esse assunto. Contudo, como existem outras diversas classificações, essas leituras expandirão seu entendimento. Realize-as agora para aprofundar o tema abordado. 3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR O Conteúdo Digital Integrador representa uma condição necessária e indispensável para você compreender integralmente os conteúdos apresentados nesta unidade. 3.1. SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO Neste tópico, você conheceu algumas características da sociedade atual, principalmente, as relacionadas aos usuários da informação. Os textos a seguir trarão informações importantes para nossa disciplina, para seus conhecimentos gerais sobre a sociedade da informação e sobre o campo científico, para sua evolução como profissional da informação e para sua formação cidadã. • BARRETO, A. A. A condição da informação. São Paulo em Perspectiva, n. 16., v. 3, p. 67-74, 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/spp/v16n3/13563.pdf>. Acesso em: 26 nov. 2017. 47© ESTUDOS DE USUÁRIOS UNIDADE 1 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO • BRITO, R. G.; VALLS, V. R. M. O papel das bibliotecas no contexto das tecnologias digitais e novas formas de aprendizagem. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, v. 13, 2017. Disponível em: <http:// www.brapci.ufpr.br/brapci/v/a/22621>. Acesso em: 26 nov. 2017. • MEDEIROS NETO, B. Os telefones celulares e a aprendizagem colaborativa na sociedade de serviços: o desdobramento da sociedade da informação em rede. Revista P2P e Inovação, v. 3, n. 2, 2017. Disponível em: <http://www.brapci.ufpr.br/brapci/v/a/22908>. Acesso em: 26 nov. 2017. 3.2. NECESSIDADES, BUSCA E USO DA INFORMAÇÃO Este tópico é repleto de conceitos fundamentais para a área. Sendo o uso da informação um dos temas mais pertinentes dos nossos estudos, as leituras complementares são muito importantes. Esse conteúdo também ajudará a compreender as demais disciplinas e no seu desenvolvimento profissional. • CAPURRO, R.; HJORLAND, B. O Conceito de informação. Perspectivas em Ciência da Informação, v. 12, n. 1, p. 148-207, jan./abr. 2007. Disponível em: <http:// portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/pci/article/ view/54/47>. Acesso em: 26 nov. 2017.• SILVA, J. L. C. Necessidades de informação e satisfação do usuário: algumas considerações no âmbito dos usuários da informação. InCID: Revista de Ciência da Informação e Documentação, v. 3, n. 2, p. 102-123, jul./dez. 2012. 48 © ESTUDOS DE USUÁRIOS UNIDADE 1 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/incid/ article/view/48656/52727>. Acesso em: 26 nov. 2017. • SILVA, A. M. Ciência da Informação e comportamento informacional. Enquadramento epistemológico do estudo das necessidades de busca, seleção e uso. Prisma. com: Revista de Ciências e Tecnologias de Informação e Comunicação, n. 21, 2013. Disponível em: <http:// pentaho.letras.up.pt/ojs/index.php/prismacom/ article/view/1945/1785>. Acesso em: 26 nov. 2017. 3.3. CARACTERÍSTICAS E TIPOS DE USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO Existem diversas divisões e subdivisões das características e dos tipos de usuários, que variam de acordo com diferentes autores e estudos. É muito importante que você conheça mais alguns deles por meio das leituras a seguir. • ARAÚJO, V. M. R. H. Usuários: uma visão do problema. Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG, v. 3, n. 2, p. 175-192, 1974. Disponível em: <http://www.brapci. ufpr.br/brapci/v/a/2637>. Acesso em: 26 nov. 2017. • FERREIRA, S. M. S. P. Novos paradigmas da informação e novas percepções do usuário. Ciência da Informação, v. 25, n. 2, ago. 1996. Disponível em: <http://revista.ibict. br/ciinf/article/view/660/664>. Acesso em: 26 nov. 2017. • RABELLO, R. Leituras sobre usuário e uso de informação na Ciência da Informação. Perspectivas em Ciência da Informação, v. 18, n. 4, p. 152-184, out./dez. 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pci/ v18n4/11.pdf>. Acesso em: 26 nov. 2017. 49© ESTUDOS DE USUÁRIOS UNIDADE 1 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO 4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos estudados para sanar as suas dúvidas. 1) A sociedade da informação, na qual vivemos hoje, tem como características principais: a) O surgimento das bibliotecas públicas e universitárias e os catálogos de informação coletivos. b) A explosão informacional, junto ao avanço das TICs, e a mobilidade e universalidade do acesso à informação. c) A revolução das máquinas devido ao avanço da tecnologia e o aumento da produção de bens materiais. d) A dificuldade de acesso às informações pela sociedade. 2) Sobre os processos de necessidade, busca e uso da informação, podemos afirmar que: a) São processos que ocorrem em diferentes momentos, sem dependência entre si. b) São processos de ordem prática e não envolvem dimensões cognitivas e emocionais. c) São processos são interdependentes e compõem um ciclo da informação. d) São processos em que as dimensões cognitivas e emocionais não são relevantes. 3) Relacione as classes de uso da informação, propostas por Taylor (1986 apud CHOO, 2003), com suas características: (a) Esclarecimento ( ) Usada de maneira mais específica para compreender determinado problema. (b) Compreensão do problema ( ) Usada para criar relacionamento ou melhoria no status, reputação ou satisfação pessoal. 50 © ESTUDOS DE USUÁRIOS UNIDADE 1 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO (c) Instrumental ( ) Usada para iniciar ou manter o envolvimento de um indivíduo. (d) Factual ( ) Usada para dar contexto ou significado a uma situação. (e) Confirmativa ( ) Usada para prever o que pode acontecer no futuro. (f) Projetiva ( ) Usada para determinados fatos de um fenômeno ou acontecimento. (g) Motivacional ( ) Usada para saber o que e como fazer algo, por exemplo, instruções. (h) Pessoal ou política ( ) Usada para verificar outras fontes. 4) O conceito de “usuário da informação” é complexo? a) Sim, porque os autores criam muitas categorias para o mesmo tipo de usuário. b) Sim, porque existem muitos usuários da informação. c) Sim, porque os usuários da informação são indivíduos complexos e, além disso, estão inseridos em diferentes contextos. d) Não, porque atualmente o conceito já é simplificado devido ao volume de estudos sobre o tema. 5) Os usuários da informação são classificados de acordo com diferentes cri- térios, o que torna possível definir tipos de usuários. Alguns desses crité- rios, citados na literatura, são: a) características físicas, como etnia, altura e peso. b) distância a que residem da unidade da informação e como se locomo- vem até lá. c) escolhidos aleatoriamente quando desenvolvidos os estudos. d) uso que fazem da unidade de informação, tipo de informação de que necessitam, idade e competência informacional. 51© ESTUDOS DE USUÁRIOS UNIDADE 1 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO Gabarito Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões autoavaliativas propostas: 1) b. 2) c. 3) b, h, g, a, f, d, c, e. 4) c. 5) d. 5. CONSIDERAÇÕES Chegamos ao final da primeira unidade, em que conhecemos o contexto dos nossos estudos, os processos da informação – necessidade, busca e uso – e também como os usuários são classificados de acordo com diversos critérios. Atente-se às leituras, não deixe de buscar mais informações, desenvolvendo sua própria capacidade de busca e uso da informação, principalmente agora que já conhece os conceitos. Na próxima unidade, você aprenderá as características dos estudos de usuários em que os conteúdos vistos até aqui serão necessários. Bons estudos! 6. E-REFERÊNCIAS Lista de figuras Figura 1 Sistema de armazenamento e recuperação da informação. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/spp/v16n3/13563.pdf>. Acesso em: 26 nov. 2017. Figura 2 Ciclo da informação. Adaptado de Choo (2003). Disponível em: <http:// bogliolo.eci.ufmg.br/downloads/Choo_Cap2.pdf>. Acesso em: 26 nov. 2017. 52 © ESTUDOS DE USUÁRIOS UNIDADE 1 – USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO Sites pesquisados BARRETO, A. A. A condição da informação. São Paulo em Perspectiva, n. 16., v. 3, p. 67-74, 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/spp/v16n3/13563.pdf>. Acesso em: 26 nov. 2017. CAPURRO, R.; HJORLAND, B. O Conceito de informação. Perspectivas em Ciência da Informação, v. 12, n. 1, p. 148-207, jan./abr. 2007. Disponível em: <http:// portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/pci/article/view/54/47>. Acesso em: 26 nov. 2017. CARVALHO, J. Estudos de usuários da informação. Biblio: Cultura Informacional. Disponível em: <http://biblioo.cartacapital.com.br/estudos-de-usuarios-da-informacao>. Acesso em: 26 nov. 2017. KUHLTHAU, C. C. Inside the search process: information seeking from the user’s perspective. Journal of the American Society for Information Science, v. 42, n. 5, p. 361- 371, 1991. Disponível em: <http://faculty.washington.edu/harryb/courses/INFO310/ Kuhlthau.pdf>. Acesso em: 26 nov. 2017. RIECKEN, R. F. Frame de temas potenciais de pesquisa em Ciência da Informação. Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, v. 3, n. 2, p. 43-63, jan./jun. 2006. Disponível em: <http://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rdbci/article/ view/2044/2170>. Acesso em: 26 nov. 2017. SOUZA, R. R.; ALMEIDA, M. B.; BARACHO, R. M. A. Ciência da Informação em transformação: big data, nuvens, redes sociais e web semântica. Ciência da Informação, Brasília, v. 42, n. 2, p. 159-173, 2013. Disponível em: < http://www.brapci.inf.br/index. php/v/a/18539//>. Acesso em: 26 nov. 2017. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CANCLINI, N. G. Culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. São Paulo: Edusp, 2013. CHOO, C. W. Como ficamos sabendo: um modelo de uso da informação. In: A organização do conhecimento: como as organizações usam a informação para criar significado, construir conhecimento e tomar decisões. São Paulo: Senac São
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