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Romantismo:
idealização e
a rrebata mento
As rcvoluções burguesas mudam o peiil da sociedade européia
no início da sécula XlX. Lideranda as trcnsformações sociais
e econônicas, a burguesia ganha poder política e passa a bus.ar
uma arte na aual poisa recorhecer-se. O movimenta romântico
nasce para respander a esiê anselo. Neste capítulc,
voaê canhecerá o começo dessa históriã.
È
' .e
Íutret, A.lestruiçáa.le un navìo tlè tànsparte,1A1O ó eo sobre te a, 173 : 245.m.
A liôlênc â dâ têmpeíade reÍâtâda porÍúrneré caÍacteÍi5tca de pÍod!çóes rcmánÌcas,
pos nehs rìâ sempre denaque para âs êmÒçÕes
CAPITULa 12
O qüe você deverá saber ao
a O que íoío Romantismo-
. Como as .evoluções bur-
guesas desencadearam o
novimento roinântico-
. Qudisforâm as caractetís
tkas do projeto literário
do Bomantismo.
. Quàis íomn as^príncipaít
t. Descrevã a cena retratada na tela de Ìurner.
2, Como o artista caracteriza a natureza?
r E os seÍes humanos, como são retratados?
l. As cores uti l izadas contribuem para criar uma atmosfera dramátì-
ca? Justif ique sua resposta.
4. Observe o quadro de Ììciano quê âbr;u o Capítulo 8.
È
t
a
J
I
:
i
:
I . a.Õ, Ba.o e Arìa.lne
(deralhe), rs2l-r524
r compare o modo corno a natureza e os seÍes humanoS foÍam repre
sentados por ele e poÍ Turner e identif ique as pr ncipa s diJerenças
r CorÌì base nessas d íerenças, é possíve caracterzarapnturadeTicia-
no como rna s racionâl e a dê Turner como rna 5 emocional? Expl -
que poÍ quê.
5. Leia uma cena do romance O morro dos vertos ulyartet de Emily
Brontë- Elâ mostra o reencontro de dois amantes, Catherine e
Heathcl i Í f , separados na juventude, momentos ântes da morte
de Cathêrine.
Caiherine e Heathcliff
[...] Cìatherine fitava a porta do quâ.lo (om üma intensi.lade á\ida. E
como HeathcÌitrÌÌão atìnava logo com â entrada doaposenro ondc cÍáva-
mos, ela me fez um gesto para o inirodu?ir. qllarìdo, porém, mc aproxi-
mei da porÌa,já eÌc a àÌcançara; num ou dois pâssos chegou ao Ìado da
moça e a tomou nos büços.
Durante uns ciÌÌco nìinutos Heatlìclìtrnão falou neÌr solioÌr suâprcsa; c
na$Ìele momento gâstou deceÌÌo mais bejjos do $rc todos qÌre já dcÌa.ìÌì-
tes, na vida iÌÌteiÍa. FoÌã, poróm, CatÌÌenne qÌre o beij a pímeiroi \i cÌrÌa.
meÌÌte que eÌe mal podia suportü oÌhála no rosto, conNmido dc dor No
iÌÌstantc cln qüe a abraçou, coÌÌvenceÈse, iguàÌ a mim, 'de +Ìe nào ÌÌaúa ali
esperdrça de cüra", de que ela já cstae ircmecÌiavelmente fadada à ìorte.
RananÍisna: idealìza.Àa e arrehatanento 213 a
-
TITERATURA
t4)
i jP
íon
o
.;
ôRuinas de Ìop Withman, Hâtuorth,nqlatetra Local supostamente
descrÌto pôr Em y Brontè em
O nata dos vehíos uivantes
fq R íúdo: ,ansendo os dcnr,, úimrndo.
f,mgües: $nÌ sangìre
Ptuxirno: e9àsnÌó lgudo,.on\rrlsão.
a 214 CAP|TULA 12
-
Oh, Cathyl Oh, minha üdâl Como hei de suponar
isto?
-
foi a p m€ira fiase que eÌe disse, sem cüidaÌ em
escoÌìder o serdesespero- Depoisolhou acom ral intensida
de que, pensei, tantì força de olharÌhe haveria dc encher os
oÌhos de lágrimasj seus olhos, porém, queìmaÍam de angús-
tÌa
€ não se umedecenm.
t...1
Heathclif dobraÌâ un joelho a fim de abraçála. Procu
rou ergueÌse; ela, entretanro, o segxroÌr peÌos cabcÌos, man
- Querìa nantêlo assim - continuou amaÍgmcnre
até que nós dois morrêssemosl Não me importava que ro.ê
sofresse. Pouco me nnporto coD os seus sofrimenros. Por
que não hádevocê sofrer? Eu sofÌol Quer 1nc esqueceÌ? Há
de seÌ feliz depois qüe eu estiver debaixo da tera? [...]
-Não me torture, até me pôr tão louco quãntovocêl
bradou ele, lib€rrando .Ì cabeça e Ìhando os dentcs.
Para Ìrm esp€clâdorindifercnte, compunharn os dois um
quadro
€s.ranho e assustador t...1 tufacesbrâncas, oslábios
exangues, o olhar fniscante, exprimìam uma seÌügem sede
de üngança;nos dedos crispados ainda rinhn um pouco dos
cabelos que agaÌrarâ. QrÌanto a
Heaiìclifi,
€rgueü-se apoiado
àumadas mãos, mas com aou-
tÌa lhe segnrava o brâçoi ao sol-
táìo, deiou qudÌo mdcas Ìrem
nítidas na pele descondà: bem
prec,lia era â sua reserva de
doçÌlrâ em reÌacão à fragilida
de do estado de sua amada.
-
Seú que u ì demôÌúo a
possuÌ
-
pmsseguiu ele, num
Iuror de palxão
-
fuendGà fa
lar desse Ìnodô, qrlddo já esrá
morrerÌdo? Então não compre-
e de quc todas estas palams Ììe ]ìcaxio gnmdâs a feÌÌo eÌÌì
bra-sa Ìrâ Ìcmbruça, e me hão de elern|rmcnre corroer por deÌì-
tro, depois qrc você me dei.tr? Bem sabe quc é menúa quan-
dodrquêeuJmrreì :età, ,bemvbc.( dd,cnnê.quêmcrFr ia
mais íá.iÌ esqucccr a pÌópriâ \'ida do que Ìne esquecer de você |
Não lràsra ao se.Ìr egoísmo {Ìiabolico quc eu ne debauÌ Ìos tor-
mentos do inferno quando I'ocêjá estìver em paz?
-
Nio hei de estar cm p^z !
-
geDeu Caúedre, que
voltara a tcr consciéncia da sua fiaquezà fisica anre o úoleÌì-
to e desigual puÌsd do coração que, sob aquela agiração ex-
trema, âudívcÌ c insivelmenre lhe rumllltuar? no peiro.
E nada mais disse, até que o parolismo cedeu; ai, conú-
nuou com brandura:
-
Não qüero que você sofra ronnento maior do que o
me,, . Hcârh. t ;d. QuPni ãpenaç quê
BRONTÉ, Dnilt O z,z la! !rÌr.r z,taflld. rÌâduçro: ÌhcheÌ de erei.oz.3. ed. Rio dcjâneirc: R€.oÌd,200i1. p. 1sj l03. (lragmeDto).
j
"rvâo posso viver sem a
minha vida!
^/ão
posso
viver sem a minha alma!"
Hoúe,lonadada Bastilhê,1189. Atomâda dâ Bast ha simbolza
o." .o,dpop d,o b"
"b d
pd"d" doÀ,9ooeginê
-.
LITERATURA
r Como pode ser caracterzado o cotÌoortarnento de Cãtherine ê de
Heathc ifÍ?
r O nãrrador chama a atenção do eitor para a paixão quê une as perso-
nagens por meo de uma descrição exageÍãda de seu comportarnenÌo.
Cite e coTnente urna passagem do texto em que se pode perceber isso.
6. Releia.
"ds faces branctus, os lábios exangues, o olhar faiscaìte, exprimiâm
]ma seÌúgem sede de \üÌgarÌça; nos dedos crispados ainda tinha um
pouco dos cabeÌos que agaÌÌaÌa. Quânto a Fleathcljtr, eÌgueEre apoia
do a uma das mãos, mas conì â outra lhe seguraÌã o bÌaço; ao soìúlo.
deixou quatro marcas bem nítidar napele descoÌàda t...1."
r Com base na descrição acirna, indentfique os elementos com que o
1êíado' nd /d è \ iolen' i" dê\ ê- ' ìo, óês dès perso.age-s
7. ldentif ique, no diálogo êntrê Catherine e Heathcl i f f , às diferentes
emoções e sentimentos experimentàdos pelas personagens,
r Por que essa alusão a difeÍentes emoções faz com que a Ìntensidade
dÍamática da cena aumente?
L No quadro de Turner, os seÍes humãnos se mostram impotentes
diante de uma situação que Íoge ao seu controle. lsso também
acontece no texto lido? Por quê?
Dia de glória dos filhos da pátria
O d a T 4 dejulho de 1789 amanheceu nub ado em Paris. S nalda tempestade
que viria quando a multidão, reu n da na frente do Hôte de Vil e, sede da preíeitu
ra e local de reunião dos revoltosos, marchasse em d Íeção à prisáo dã Bast lha.
Sírnbolo do despotisrno, a pÍsão do Estado representãva o poderda nobreza,
que, graças às cairas assinadasem branco peÌo rei, pafa lá enviava seus desafetos.
lvluitos de es não çheqavam nem mesmo a seT nformados de seLrs " de tos" . A
massa humana que marchou em direção à Bãstilha eÍa composta de guardas,
marceneiros, sapate ros, diaristas, escultores, operários, negocantes de vinhos,
chapeleiros, a Íaiates e outros artesãos. Era o povo
dê Pd'is q .ê pegarè en . rrès e. è o(à. tíè15
foÍmava em rea idade os deãis defendidos peos
filósofos ilum nistas.
A Revo Lrção FÍance9 havia começado. Suas
(onçq:ê_cès nudarian o perÍ po[tco. sora
e rLr l i - íè dà | uropè. O Séc-lo das J. es Èèvè
chegado ao firn.
r Nós, o povo
A Revo ução Francesa dá destêque a umã novã
oe'conagFr 'è cena europeiè o po\o Os ue'óiç
\oliráí os se Ìo'naían elerìe rtos do passdo ago
'd, quen' Íèr a tr íor
".
peld [orçd de seus brèços
epela conüc(ão dê seus ideais, é o indivíduo.
-r reoa .odos os a.on .ecimen tos deseacè
deddoq pêLã tonada do podeí nè l-íè1(a, a As
sêTbléia l \èCio-èl Co'í i t - inte CoÍeço. à êã
boroÍ os à.t90! dè _o\à consriÌuiçáo. lJìê p.
Ronantisna: i.iealìzêçõa e anebatanento 215 a
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aenã de A noro .los vqtos ui@ntes,
de PetêÍ Kosminsky EUA, 1992.
a norrc dôs ventos uivêntes
éã llpjca h stória de arìor infe iz,
na qua obstácLr o9 sociais e eco-
nôm cos sepaÍam oslovens ãpaÈ
xonados. Todâviã, nêm ã rnorte
êcapazde$ÍLngu r o aÍnor pâ5-
sona que senrem um pe|o ou-
ïo. Apa sagem, sempre tempes'
Ìuosa, tuncona coÍno !m eco
das emoçÕes turb!lentês que
dominarn as personagens prin
c pa s: fathy ê Hêathc iff Á6lnót
p tas charne<as de Yorksh re são
o cênário perfeito pârâ a nìâis â r-
rêb.tâdora h nória de âmor da
! teratu|a. i
''ìq6c"o*í'*ft í*r**múít
E
I
e
:
I
-
I ITERATURA
1760
1789
.
1799
:r' r lao.l
j
quena comissão de deputados decd u redig r, para a futura cana francesa, urna
introd ução nt tu ada " Dec ê ração dos d re tos do homeÍÌì e do cidadão'i Nela,
ê\ dr dr de in do" or p incipà s an,a o , dd 'ê . o u óo
ApÍovado em 1789, o texto Íesum a os dire tos bás cos da soc edade rao-
derna. Em todoselesse pode dentf icar odesejo de aLrtonomia dâ buÍguesa,
que, corno classe un ve|sal, fa ava em norne do povo inteiTo e tomava paÍã s
a tareíá de emancipar o mundo do feudalsmo e dos pr v légios da monarqu a.
O nascimento do cidadão
A inf uência dos priI ìcipa s í ósofos i luminÌstas e do texto da Declaração
de ndependênca dos Estados Un dos foi decsva para a redação f ina dos
I7 art igos da "Dec araçáo dos direitos do homerìì e do cidadão'l
F
1803
1808
1815
18t8
1422
1430
Art. Ìq- Os honÌens nascem e são Ìi\rcs e iguais em dircitos. As distirÈ
ções sociais só podem ter como ÍundaDrento a uiilicÌade comÌrm.
AÌt. 2"
-
À finaìidade dc toda associâcão política é a prcservação dos
dircitos atufais e iÌÌÌpres(rjtíleis do horÌcÌn. Esscs dìrcitos são a Ìiberdade,
a prospc dadc, a segurança e arcsistênciâ à opressão. l.-.1
^rt.
6" À lei é a exprcssão da lonlade geral. [...] Todos os (idadáos são
iguais ã seüs olhos e i$almente adnìissí\€is â todâs a! digÌÌidades, lugares e
empregos pÌiblìcos, se$rndo r srÌã capacidade e seÌÌì oütra .listinção que Dão
seja a da! suas virüdes e .Ìos seus taleüros. [...]
j
T
1
DispÕnileL er: <http:// rtu1(âÌibúim.e.oÍg.ÌÌ /'1 ,1Ío20jÌnho./dÈ.1{lÌ oì$ hhü.
A.e*o €Íì, 6 tèv.2005. (lÌâgmctrro).
A líbedade guíando o povo
ai
a-a
DEIà.toi\, A lb;ídêtlè goiânda a porc, 1830 Ó eo rcbÍe Ìela, 260 x 32 5 .m
A con heclclê te a de Eugène DelacÍo x 1uÍÍa a lmportânaia do povo para ot d'tiA con hecldê te a de Euoène DelacÍo x 1uÍÍa a lmDortânaia do Dovo oara os d'tistás
ronìárticos. Enìpilhadoss;b os pês de uma mulhersensua quesimboiza a ibeidade,
os corDos eúbTam oueo movÌrn€nto tíansfoÍmadoÍ dô cenáÍio socìáleutoDeu cusloLr
a vida de mu tos cidadãos par;lenses. O o har decid clo das pesoas req stra a escolha
de vvêrê morrpr Deio d relto à beÍdade.èiouâldadeeàfrêteÍnidade
a 2t6 .APITULO 12
LITERATURA
Após sécu os de Segregação, exp oração e sotrimento nas ÍÌìãos da monar-
ql] â, o homeÍÌì comuÍÌì tem suã iberdade e gualdade aÍirmadase, mais impoÊ
tante, transforma-se em cidâdão. AgoÍâ ee é súdito dês les que existem paÍa
asseguÍaÍ sêus direitos, desde que eas sejam a expressão da vontade geÍal.
Por trás dos art gos, poderÌì ser dentificadas as ideias do filósofo lum n sta
lean lacques Rousseau, que, como fo visto no Capítulo 11, deíendera anos
antes o estabelecimento de urn contrato de igualdade de todos perante as eis
r Da revolução política
à revolução econômica
A queda da rnonarquia, na FÍança, aba ou as monarquìas absolutstas euro-
péias e desencâdeou uma sériê de transfoÍmaçóes polítcas ern outros países.
Na Ing aterra, onde a Tnonarquiã era mais estável, as mudanças acontece-
TáTn no Ìerreno econômico. Em meados do sécu o XVll, o pãís conìeçou a
acoÍnpanhar a passagem do modo de produção ãrtesânal para o fabÍi. A
máqu na a vapoÍ, os rÌìotores movrdos a carváo e os teares mecán cos mu tip i
cârarn o rendÌmento do traba ho e aumentaram muito o ganho do buÍguês
dono do capital: depois de fazer foÍtuna com o corÌìérclo, ele investiu seu
caDital nas fébr cas e oassou a acumular lucfos cada vez ma oÍes.
Com isso, a teÍaÍÌì-se as relaçÕes socia s, que colocam, de urn lado, os em-
presár os (capita istãs), detentores do caplta , dos imóveis, das máquinas, da
matéria-pÍ ma e dos bens produzdos pelotíabêlho, e, de outÍo, o proletarado,
que vende sua foÍça de trêba ho e produz rneÍcadorias em tÍoca de salários
No inko do século XX, a Inglaterra estêvê em pena Revolução Industrial.
FeÍrov as foÍarn construidas para me horãr a distribu ção da produção fabril pelo
país A nsta ação dâsíábrcas pÍóximas aos centros urbanos atraiu urn sign ficati
vo número de camponeses, que abandonêram o campo em blsca da pÍomessa
de orosDeridade assocêda ao cresc TÌìento do coméÍcio na zona urbana.
A onda do progresso tecno óg co se expande da Inglaterra para outros
países da Europa e consolida as chamadas Íevoluções burguesas do século
Xvlll. Juntas, a ndependênc a dos Estados Unidos, a Revo ução Ffancesa e a
Revolução Industrial determinaraÍn a queda doAntigo Reg me e consolidaram
o capitalisrno como novo s stema econôÍÌìico.
O Romantismo:
a forca dos sentimentos
Até o sécu o XVIì|, a arte sernpre esteve voltadô para os nobTes e seus
va ores. Quando o burguês conquista poder polítco, preclsa cr ar as suas Tefe-
rênciãs ártístcas, defin r padrões estéticos nos quais se reconheça e que o
d ferencem da nobreza deposta. É nesse conÌexto que o mov mento Íomânt -
co surge, provocãndo uÍÌìa verdadeira revo ução na produção arÌística.
Para roTnpeÍ corn a postura Íacional da estética árcade, o movirnento Ío
mântico nterpreta a rea idade pelo Í i t Ío da emoção. Comìl inadê à origina-
lidade e ao subjetivismo, a expressão das erÌìoçÕes def nirá os pr ncípios da
nova produçáo aÌ_tlstica.
O rornântico cons dera a ìmaqinação super or à razão e à beleza, porque
e a não conhece limites. Por esse mot vo, a original dade substltu a m tação,
que desde a Antlgü dade c ássicà oÍientãva o olhêÍ do art sÌâ para o mundo,
no processo de criação. Livres da inÍ uência passada, os novos artstas encon
tram na própÍia individualidade, traduz da pelas êrnoçóes que sentem, as Íe-
ferências para a nterprelaçáo da realdade.
!
!
q
-
L toqraÍia de 1855 Íêpresêntêndo as câsês
ag omeradas e as altas cham nés das
íábfcas de 5heffe d, fa rqatera
Aintíodúçãô dâs méqú].âs a vapôrnêssâ
cdade do none, conhe.da pê a qualdade
de sla clte ara, assequro!- he luqar de
desr.qle na ndústra do aço.
RonanUsna: dealizacáa e anebatênenÌo 217 a
TITERATURA
o Ìeinado do indivíduo @
o teÍmo Romantismo Íaz relerênc a à estética deínìda pela expressao da md
q nação, das êmoçÕês e da cr at vidâde ind vid ua do art sta. RepÍesenta Lr nìa ru p
Tomo una.esolÌ'ção de quc
janìàis Ììouve elenpÌo e que não
tefá iÍìiuìdor Querc nìosrâr aos
nÌeus senìelhmres um homcnì
em loda a \Ìrd:Ìde de sn nah!
rczaj c css. noìì.m s.r.:i cu. sG
mcnredÌ. (ioDhc@ meu coÌacio
c .onhcço os homcns. Nio ÍÌu
da mcsma ìlssa daqurt:s .oÌn
qucm lidcij ouso crer que nro
sou fcito (omo os outros. Me!Ìo
quc não teDha maior méri to,
pel() Ìnenos v)u.liferente.
ROUSSE"{rr, Jeanja.qles. .,\Pnd:
llnR\ l\'Íãrljr CirilìzaffÕ r.itunÍal:
u.ìrnìs6na c.ncisã. Sio Prnlo:
V2rin* F.n,tes, Ì985. p. 468.
(Irisnrrto).
tuÍa corn or padróe9 clásslcos dê beeza
As pá ãvrãs de Rolssealr resu-
mem a êssênciâ do olhaf romãn-
l ico para o mundo:tudo o que é
èscrito paare de unìa peÍspectiva
nd vidua ê, po.ranto, subjetiva.
constab e, Serhofas da íamll€ de Masan .le aalchesÍel
OleÒ sobre1ea,59,5 x 49,5 cm Os p ntore5 romê.tcô5
dôcúmêntâh â.hegndâ dâ êtuÍã âÒs mÒme.tos de azeÌ
Íàmi ar:a mãe e êsÍ hâs ouvem, alenlas, a etura
a 21A CAPITULA 12
A estét ca romántica subsituia exaltação da nobreza peê valorização do indi
vÍduoedeseucâráteÌ. Em ugaÍde ouvara belezacássica, queexge uma nature-
za e um físico perfeitos, o novo aftistã elog a o esÍorço ind vdua, a sinceridade, o
trabalho. Pouco a pouco, os valores bu rgueses vão sendo apresentados como m o- È
delos de cornportârnento soca nas obÍas de afte que corneçam a ser produzdas.
O projeto literário
do Romantismo
O f lósofo que nsp Íou boa pa rte dos pr ncíplos ro n'ìâ nticos ío iean lâcq ues
Rousseau Quando e e ãÍirmê, na autob oqrafaÁs conrssóes, que deseja moÍ
tÍãÍ a geus semehantes "urn homem em toda a verdade de sua natureza",
lurìrina o grande projeto iterário a ser cumprido pe o Romantismo: cÍ ar uTna
dentidade estética para o burguès Assim, o Romántismo pode seÍ de+ìnido
como uTna arte 0ê 0uÍguesla.
O pr meÍo passo pêrã alcançar esse oblet vo é valorÌzaÍ, na obra liteÍária, o
ndvíduo etoda a sua cornplêxidade emoconal, abo indo ocontrcle racional. EÍr
ugar da orjgern nobÍe que asseguÍa o direto à dist nçâo e ao reconhecimento
soca, ostextos teráÍos traçarão o peíi de heróis que pÍecisam âgìr, soÍreÍ,
supeÍaf obstáculos de toda natureza paÍê se quallíicarern corno exemplares. Na
sociedade capitalista que Íemunefa o tÌabâlho, sacrfíco e eíorço
passam a va er ma 5 que a noÔTeza que se recebe 0e neTança.
A l i terêtura seÍá mais irnportante do que nunca para difundir
os valoÍes burgueses. Os escíitores rornánticos assumem essa
t'unção e povoarÌì seus poemas e romances conn fig!ías honra-
dâs, traba hadoras, sinceras, heróicas Cada trama que envo ve
do s jovens apa xonados é uma oportunidade para mostráf que
o sentinìento verdade ro, puro, transforma o ind víduo e he dá
cond ções para enÍfentar ã hipocris a da sociedãde. Nos poe-
Trìas, o aTnoT à pátria e os símbo os nacionars são exa tados e
dea lzados corÌìo expressão de be eza e boôdade.
r Os agentes do discurso
O contexto de produção modiÍca-se basÌante durante o
rÌìovinìento romântrco. O desapaíecirnento da f gura do rnecenas
contÍ bu paÍa a profssonê ização dos artistas. Os escrtoÍes fo-
rnánticos, pela prime ra vez na h stória, escrevenì para sobrevver.
Por esse motvo, procuÍam conc liêr dois objetvos distintos: d vul
garosvalores da burguesa e ao mesnìo teTnpo divertiros eitores.
Esse é também um novo contexto de circulação pêÍã ã l te
rãtuÍâ. Como virnos, nos sécu os XVll e XV ì1, o númeío de erto
íes eÍa bastante imitêdo ê muitas vezes os textos eíârÍì lidos
somente pe os nobres e por outros escTtores CorÌìãpossbii-
dade de publcação em veículos de qrande circulação, como os
jornêis e fevistas, o a cance da litêraturê se amp ia bastante.
;
2
. . i , . t
-
,: ili [flAll[$ lElllttfl0f,$ ül J[ü01 '..
' i , s!!!!,\sLu"s!is-i."- ' i '
i
Fô het m da obra de aexafdre
D!mat, O .ónde deMórle Crsto,
vo 1, n ' 1, 1860
-.
I I Ì IRAÌURA
Do rodapé ao Ìomance
Para aumentaÍ ês vendas dos lomas franceses, que enfÍentêvarn uma crise poí
vo dop 8l0. .urg, r,Td rovd Ío_nd oe nè' êt,va o Íolhetim. PJblicddo.o Íoda'
pé (feul/eror, em íÌancês)doslorm s, as naÍativas apÍesentavarn multas peipécias
e aventuÍas, das quais partic pavâÍn |]m gÍande númerc de personagens. Logo o
espaço do rodêpé pêssou a ser o mais lido e as vendê9 creÍeÍam imediatamentê O
mais famoso Íolhetim foi O conde de Mantê Ctisto, de
^lexandre
Dumas
Para pÍêndera ãtênção dos e tores e gâÍantirquê contìnuassêÍr ã conìpraÍojornal,
os folhêtins, publcãdos aos pêdâços, exploravâm iécn cas narÍarvas
-aspecÍficas. A
mas conhecda eÌa a inienupção da h íóÍia em Lrm momento de suspense, cnando È
.11 gancho oLê Ê o rÊlorddo rocap | . o 'egJ
" 'Ê. A." o Ê dl r otera.dc lê lAv: ,áo,
rêãlização contêmpoÌánea dos folhetìns do s€cu o XX, fazêrn uso dessa e$Íarég a.
As tramas exploravarn sempre os mesrÍìos ternas: seduçÕes, ãdultéÍios. atos de
vioência ê cruêldade. A conírução das personagens e do enÍedo seguia um pa
drão preeíabeÌecido. Essa Íepetição deternas eo modo padÍon izddo de consÍuÌ
personagens e enredo fac itdvam a leituÍâ ê pernì tiam ao leltor íeconheceÍ Ë-
pidaÍìrente os e ementos narrat vos que lhê.grâdâvêrn, o que o motivava a continuãr
.o-np ardo o o .dl od'â
"(ono"'ìl_dÍ " h \Ìo'.â
Honoré de Bêlzac, AlêxãndÍe Dumas, Wa ter Scoit, CêÍniloCastelo BÍanco,loaquim
N,4anuel de l/ã.edo, José de Alencar todos eles êscrevêrãnì suãs obÍas sob a forma de
fo hetins e, desse modo, conqLr staÍam Lrm leiror fel. Qlando, maistaÍde, reuniarn os
capltLr os das histór as sotr â forma de lìvÍo, já t fham gaant a de sucêsso.
ORomant ismoeopúbl ico
0 públco qlle lê os textos Íomántcos terÌr um perf I beÍÌì rÌìa s heterogê-
neo do que o Ìlúblico de séculos anteÍiores, clue vivia nos sa ões da Corte e no
anìb ente restrto dãs academ as e das arcádias.
Os burgueses que lêem joÍna s efolhet ns não contãm com ã mesma forÍÌìação
dos nobres Não conhecern os autores clássicos, têm d ficu dade erÌ decÍrar as
referênciãs à rnitoog a greco lat na. Por sso, preferem umâ linguagem mais dÍe-
ta, passona, que não se gue necessaÍjamente aos pâdrÕes da herança literáÍa.
Esse novo perf I fará com que se estabeleça um outfo tìpo de relação entre
escritor e e tot Com ã necessidade de conquistar o nteíesse dos e tores para
vender as h stóÍ as e gaÍantir sua sobrevivência, os escÍitoÍes pTocurarão aten
der ao gosto pelo pitoresco, pe a aventura, de modo quê a lertura seja taÍÌì
bém um rnornento de d veÍsáo e entÍetenimento.
As narrativâs dosécu o XX catvam ainda um oúb ico egDecífico: as leitoras.
mulheÍes burglesâs qle se beneficiam do acesso à escola, faciitâdo peo pro-
cesso de urban zação crescente. Ao lado das êulas de múscã, costura e borda-
do, a eitura passa a ser maiS uma ativ dade congtânte nos ambientes fam lares.
Esse púbirco tanìbérn é consideÍado poÍ qLlem escreve romances. A5 históras
das heroínas e dos arnores dea izados alimentam a mag naçáo das jovens so
nhadoras enì re ação ao casamenlo e à criação de suas ÌlÍóprias famíias. Nesse
sentido, os romances Íoanántcos Íealzam a educação sent mentâl das rÌu he-
res e aludam a divu gêra mageÍÌì da farÌìíia como base da sociedade buÍquesa.
r A exaltação da imaginação
e dos sentimentos
Os Íomântìcos acred tavam na capacidade ind vidua para determinar a foÊ
ma e o conteúdo de uma criação artística Assim, ibertaram-se dê necessidãde
de segu Í foÍrìas e padróesjá consãgÍados, abÍindo espaço para a man íestãçâo
da nd vidua idade, rnuitas vezes deÍlnida por enìoções e sent nìentos.
Projeto literário do Romantismo
,ao lzaçao do .d \ duo
divu gação dos va ores burqueses:
trâbãlho, sacríi.o e eíofço
exaltaçáo do amor à páÍa € dos
RanÊntisno: i.lealizaeão e aïeba,ênenta 219 a
I . I ÌERAÌURA
f. . .1
AÍÌo-te cÌÌì cada clia, hora e seguÌÌdo:
A luz .Ìo sol, rÌa rÌoite sossegada.
E é ião pÌrra a paixão de que me iÌÌuÌìdo
Qunto o ptr.Ìor dos quc rÌão pedelÌÌ nacLâ.
ADo te .onÌ o docÌ dâs veÌhas penasi
Com s,rrisos, com lágrimas de pÌece,
I a Íõ.Ìa !ÌnìÌÌa iÌrfturcia, ingênua e forte.
Àmo te até nrs coisas ma's pequenas.
Por toda a rida. E, âlsinÌ Deus o quisesse,
Ainda ÌÌÌais te àÌnàÌ ei depois da nìorte.
LÌRO$NÌNG, EliâLrdÌ BàrÌcú. Ìn: BA,NDEIRA,
Nlducl Ì'a,n6 /,!r"tl,J Rio deJanei.o,
Idiouro. P.65, (Fragmerk,
i
j
O poerna expÍessa a dlrnensão do anìor que o eu líÍico sente. Esse senÌ
mento, presença constãnte e abso u1a ern sua vida, torna-se seu refeÍenciãlde
observação e ava âção das coisas do mundo. Corno sugere o ú t mo verso, a
forçê desse anror é tão gÍande que pode superar a própr a moíte.
r A fuga do presente e da realidade
O autor rornântco escreve para urna socedade que se formou sob a influên
cia dos f ósofos lum n stãs e que, por Èso, va oTizavaos prccessos Íaconais e as
postuÍas coletvas É essa menta dade que ee deseja mudaf e contra a quêL 5e
rôan festa. De cefta forrna, seu Sentimento de desajustamento socia éverdade ro
e nasce do confronto entre os va ores que defende, centrados no subjet vsmo e
na emoção, e os que orgên zarf a sociedade em que vive. O embate entre ess-ôs
dois sistemas de va oÍes ganha fonìa em urÌì dos terÍras ma s exp oÍados pela
iteratuÍa romântica a fuga da realidade.
Nêsse contexto, a rforte passa a ser vista como poss bì idãde de fuga do
rea e, poí isso, é dea zada. Ela se mãn íêsta como opção de â ívio para os
Ílìa es do mundo ou pãrã o encontro defin tivo dos arnantes, separados pe os
obstácu os da reaLdade
A ém da morte, o Ífundo dos sonhos tornê se um espaço de iuga para o
romãnt co Ne e, o escÍitor pÍojeta sLras utopias (pessoaìs e soc a s). O passa-
do, apresentado de nìodo completarnente dea zado, também desempenha ã
mesma funçáo: aco he o o har subj-"tivo desse autor que se sente des ocado
nâ socjedade em que vive
Os teffras med eva s ressurgem corn força total. A dade Média representa
para os ronìânticos urfa época em que a sociedade estêva rep eta de fe tos
' F oico. , Se-L re lo\^obe "Ld-ìO.t .
RecupeÍar o passado histórco signif cava, de cefta forrÌìa, reconstr! Í os
passos de uÍÌì povo e reconhecer os sírÍrbo os de sua identidade, aqu lo que o
tornâ ún co e ncompaÍável. mportantes rornances românÌ cos portugueses e
brasie Ìos exp oram essa tendência.
r Os fi lhos de uma mesma nação
lôhn lverelt Mì as, O cav./Êrrô ándânte,
1870 Ôleo50bÍetea, 184,2 x l !6,1cm
Os .ava e Ío5 mêdLêvês,.ôm s€u cód qo
oe.ono!Ìa €xempêr, Ìornamie os
mod€ os es.o h dos p€ os Íomãnìcos paÊ
â cômpÒliqão iteráÍ. dôs nÒ!Òs heró s
Ee5 serão homêns compLêtamente
d€a izados,.apazes de enÍentaÍ todo t po
de obÍác! o em nome doverdadeno.mor
a 22O CAPITULA 12
O naciona smo é unìa das ffrals inìoortantes características do Romantismo.
!
t
q
-'
TITERAÌURA
A tÍansformação polítcã decorrente do pÍocesso revolucionário que abolu
o Antigo Regjrne estabe eceu u ÍÌì novo pr n cípio m uito rÌ porta nte a soberan a
não tem exisÌênc a em s mesma. Ela deriva da nação, do povo como um todo
O ndivíduo deixa de se ver como súdito de um Íei e torna-se o cidadão de
u ma pátria. Essa relacão entre as esf-Ârãs coletiva e ndlv d ua passa a ser objeto
de ref exão do artsta. Veja o que diz, por exenìplo, Wa t WhitfÌìan
t . . .1
Esta é a cidade e eu soÌr um dos cidacÌãos,
O quc intcrcsü aos outÌos a Driììì ìÌìteressa, políticas, guefas, mcrcados,
jomnis, escoÌas,
O prcsidcnte dn cânÌarâ c os conieìhos, bancos, tafifas. ÌÌalios, fábricas,
nÌeÌ cadoria!, armzéns, bens púbÌicos e prilados.
$rlÌÌ I ìlqN, (Ixlt. Cr,/o d? ?rn rur-o, 'fÍaduçãor J$é ABxtjrho Biplisla
Lisbor À\siÍi() &Aì!ìÌì,1992 p. ÌÌ7 (lrgnÌenro).
É da união de duas déias a soberan a do povo e seu vínculo a uma
mesma naçâo que nasce o dea nac ona ista
r Linguagem: a liberdade formal
A llnguagem dos textos românticos é rnarcada pea beÍdade forrnal. pó fóÈ
mu as litefárias, com rigorosos esquemãs métricos e rimas, são abandonadas.
Para expressar o aTrebataÍnento que carâcterizâ o olhar rornântico para a
real dade, os escritoÍes ÍecoÍÍem à ãdjetivãção abundante, como no trecho de
A marro dos ventas uNatfe5 OutÍo Íecurso imDortante Dara traduzir os sen
t mentos é a pontuação. Nos poemas e Tomances roÍÌìânticos, o uso dê excla
rÌìações, interrogaçÕes e ret cênc as procuÍa fazer corn que o etoÍ reconheça
as emoções, angúst as e aílições que tomam conta de quem as expÍessa.
Todas essas ca racteríst cas apo nta m pãra ã preocupaçâo em traduzira sub-
jetiv dade, de ÍÌìodo a caractefzar o o haÍ especifico de um autor para o Ílìun-
do e assegufar que ele se manifestê de modo único, dÍerente de todos os
. . . l rn
" \ ' r i nre,
Três países, três correntes
romanilcas
Alemanha, nqlaterra e França forarÌì o beÍço das três tendências mais foÊ
tes da estéticâ românt ca: o naciona smo, o gosto pelo pitoresco e pelo gro-
tesco e ã ternátca soc a
r Alemanha: a alma do povo
O nãconalsmo ÍoÍÌìántco originou se na Aemanha, onde surgiu o con-
ceto de alma do povo. Sequndo esse conce to, cada povo é ún co e criatjvo
e expÍessa seu gênlo na Inguagem, na iteÍatuía, nos monumentos e trad
ções populaÍes. lvluitos escÍitoÍes Íomânt cos cantaTam, eTn veTso e prosa, asquêldades de sua terra natal, como Goethe.
RonanÍisno: itlealizacaa e aïehatanento 221 a
Mignon
Cí, heces o país onde os ìimões florescem
E Ìdmjas de ouro acendem a folhâgem?
Sopra do céÌr zzul uma doce üIagem
Junto ao loureìro altivo os mitos âdormecem.
Ì, ond€. pda onde
Eu quiscra ir contigo, mado!Longel Longe!
-'---_--_
-
I . I ÍEf iATUNÁ
t...1
Conheces a montanhae a veredâ de bmma,
A âlimária que h$ca a enevoada senda?
Nas grutâs ainda úve o dmgao dì Ìegenda,
A rocha cai em ponta e à roda a ondà cspuma,
Conheces a montanha?
i onoe, púa ôn(le
Nosso caminho, pai nos chama. Vânos. Longe.
GOIjTHE, \r\I. MAÌÌon. Ìi: CAMPOS, Ha.oldo de. O draítr ta"ú:
cnsaios de liteEdm c cullürâ. Rio deJanei.o: Imago, 199?.
Goethe desenhã o ÍeÍãto da pátria idealizada poÍ meio de seus elementos
<ãracterísticos: a vegetação define o espaço que dá identjdade ao eu lírico e
ao qual deseja retoÍnaL Lá, em meio aos lÌmoeiros e laranieirâs, a promessa de
Íelicidade é maior.
A temática de valoÍização da pátria e de busca no passado hìstóÍico dos
símbolos de identidade de um povo se espalhou da Aemanha paÍa o festo da
Europa. Na Inglaterra, Walteí ScotÌ deu forma ao Íomânce históÍico, naÍÍa-
tiva em que a íecriãção do passãdo funciona como pretexto para associar os
valoÍes burgueses ãos sÍmbolos da nacionãlidade.
Em PoÌtugal, a onda nacionalista coincidiu com as mudanças decorrentes da
vinda da famÍliã real para o Brasil e as sançôes sofridas após a decÍetação do
bloqueio continental por Napoleão. No BÍasil, o sentimento nacionalsia foi Ìm-
pulsionãdo pelã Píoclamação da Independência, contexto ma s do que Íavorá-
velpara a aÍjrÍnãção da noção de pãÌria ea criação de umã identidade nadonal-
r Inglaterra: exagero e exotismo
Além do romance hiíórico, os autoÍes ingleses escreveram longos poemas
sobre paÍses desconhecido6 e exóticos e exploraraín a mitologia celta e as tÍadições
iÍlandesas e escocesas. Quanto mais pitoÍesco e singulaíÍosse o tema, meihoÍ.
A onda nostálgica desencadeada pelos romances históricos promoveu o
Íesgate do gótico medieva , que, associado à Ínelancolia romântica, acentuou
a expressão de sentmentos e emoçóes. O interesse dos escritores ingleses
pela morte, pelos cemitéÍios, pelês Íuínas Íicou evidente em uma série de
Íomances que exploraram teÍnas sobÍenaturais. As mãis célebíes históriãs de
terror tiveram origem nessa tendência Íomántica: O médico e o monstro, de
Robert Louis Stevenson, e Frankerstêm, de Mary Sheley. A eles sejuntaram os
contos do alemáo E. T. Hoffman e do norte-aÍnericano EdgarAllãn Poe, que se
ÍiliaÍam à tradiçáo inglesa do rornance gótico
-
França: consciência social
De todos os países onde o Ínovimento romântico se manifestou inicial
rnente. eÍa naturalque na FÍança ele assumisse uma feição maisvoltada para
as questôes sociais. já queesse país hãvia sido o berço da Revolução quetinha
como lemâ liberdade, igualdade e fratêínidade entre os homens.
Víctor Hugo é o grande nome do Romantismo fÍancês que se encaÍrega de
criar os cenários literários parê tematizar as grandes questões sociais do momento.
@ Ár;a.i,, ,ruaqo.,
ffifiíffiffi
d
È
t
ã
A buscâ dã vida eterna
Essa adaptaçáo paÍa o cinema
do lvfo de MaÍy Shelley contã
com ufÌì elenco de celebridades.
no quã se dêstãca RobertdeNÌo
como a cÍiaturâ monÍruosa quê
é tíãzida à vda pelos êxpêrlmen-
tos dodr VictoÍ Frankensteìn. Em
unìa épocã em que os lìmites éti-
cos da ciência voltam a ser objeio
de discussáo com as extraordiná-
rÌasdescobertãs no (ampo da g€-
nética e da repÍodução humana.
ã h íória do cientGta que pÍocu
ra meios pêra venceÍa morte ga-
nha nova vitãlidade.
É
1
*
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E
Cena do Íi me Ffarkeíeir, de
I renn€ih Branàgh EUA. ]s94./qffi!Ú!'Ímffi/
a 222 CA4TLO 12
-
LITERATURA
Cena do Íi me O homeD dã nãJ.árá dê
tuno, de M ke Newe, 1976 O iimê io
nsp Ddo noomêncedê me5monome, do
frahcês AexândÍe Dlmas, que a.ançou
grande súcesso de públ .o no sé.u o XlX.
Poeta, dramêturgo, Íomancista, Hugo escÍeve roÌnances em que o povo da
cidade apaíece com paftic pação destacada, como é o caso de Notre-Dame
Reg stra tarnbém o desejo detransformação das estrutuÍas sociaisem obras
como Os mlseíáve/s, um quadro sLrgest vo do drama huÍÍrano que 5e desenro-
a na nova socedade europé a A pefsonagern leãn vaiean é uTn hornem
comum que faz um esforço extrêordinár o pãrê sobreviveÍ e resgataÍ 5ua diq
n dade após pâssãr dezenove anos preso pe o roubo de um páo A história
mosÍa a Íajetória desse "anti heró]" que v ve como um mártir dê lei e morre
coÍro urn mártí da pfópTa conscênca.
Os niseáveis é uTrì marco nâ literãtura rorÍrântica poÍque êpresenta um
libe o contra o sofr mento hurnano, a pobreza e â gnoÍância. Ao escÍevê- o,
Victor Hugo assumlu que a tLrnção polítìcã da terêtura pode ser tão In'ìpor_
tante quanto a l teráriã. nsplíados poT seu exempo, poetas e roÍÌìancstas
'd7er do re ' r" d" lb" dddê sL," ' ì d or ,_ p è.áo.
VáÍios outros Íomancistas merecern figuÍaÍ ao ado de V ctor Hugo. EnÌre
eles, Aexandre DurÌìas, que se consãgTou corÌìo o mestfe do Íomance escrto
em capítulos e p!bl cado nos folhetins Com suas narrativas dê aventura histó-
Í ca, conqu stou urÌì públicofie, que se encantava com romances como Omás-
cara de ferro e Os très mosquetelros seu f lho, Alexã nd re D umas Fi ho, é autof
de um dos rÌìais conhecidos romafces rornânticos, A dama das camélias, hlsló
ria de uffra prosÌiÌutá que se tÍênsforma ao 5e ãpa xonãr por uffrjovem da eìte.
O lvro corÌìoveu os eitoÍes e escãndalzou a sociedade da época por Íatar de
uÍlì tema cons derado imora.
MeÍecem destaque tarnbém poeÌês como LamaÍtine, Chaìeaubíand e A -
ffed de IVlusset, que qanharam a admiração do públ co e de outÍos autores ao
compor poeÍÌìas íricos e fi o5óílcos. EntÍe os poemas Íoffrânticos brasile ros,
será rnuiÌo comum encontrar citações da obra desses autores, um testernu
nho eloqüente da inÍluència que exerc-eÍam entre os seus contemporáneos
. l - i ;)iï;
I O texto a seguiÍ refere-se às questões de 1 ã 5
Fot"que naa pu.de
barar bTa Marte
Neste poerra, Emily Díckinson apresenta um rctÍato
bastante rcmântìco da morte.
jl
o elogio das sombras
Nos anos 1990, jovens nsatis
fetos com a êxclLrsão
-"conômica
e socal pÍovocada pêa cri5e dos
grandes centros urDanos encon-
tÌãrarì no exagero ultra-rornânt
co urìa lorma de expressaÍseu n
conlorrn srno EÍdrn os góticos
PaÍa man festarseu gosto Pelâ
esclrndão, vest aÍn-se com rcupas
predomirìarìtemente Pretas, u5ã-
vam capas, sobÍetudos e botas.
EníeìtavaÍn se com símbolos reli-
giosos, corno ã cruzê o pentagra-
ma. Nosdedos, mu rosanéis; cor
rêntes poÍ todo o corpo. Autorcs
Íonìãnticos, como Lord Byron e
Ávarês dê Azevedo, tornaram se
rêfêrên. ãs dê sìrâ.u]nra
1
È
õ
I
4
a
Porquc não pude parar p'ra Ìvlorte, cÌr
Parou P m nim, de bondade.
No .ocÌÌc só cabía'ìos âs duÀs
tr a InÌortaÌi.ÌacÌe.
Viâgenì Ìcnta EÌa não tirlÌâ pressa,
E enjá püsera dc Ìado
O meu trabalho e todo o meÌÌ lazer
P ra seu excÌusiÌo agrado.
RananÌìsna: ìlealizacáa e aïebêÍânenro 223 )
-
TITERAÌURA
a 224 CAPÌULA t2
5.
V
Passamos n escola- o Dn3 cdânças
Brinca\"am de lutador
-
Passamos os canpos do grão pasmado
-
Passamos pelo soì pór
-
Melhor dizer, eìe passou por nós.
E o sereno baixou gélido
E cra dc Sue fina a minha túDìca -
E mnìha câpa, só tule.
Paranìos ruma casai parecia
Um ì tuÌnescido torrão:
O teÌhado dâ casa mal se \,ìa,
A conìija rente ao chão.
Desde en.ão faz sécülos ÌÌÌâs parccem
Menos qrc o dia, em ver.Ìade.
trrì qÌÌe vi, peÌas frontes .Ìos cavalos,
Qìre ìam nlmo à etenìidade.
DÌCKINSON, Emìlrl ah, drda d. foen6.'ln lrçào: ,\ila <te Oììleiri Comes.
São I'aulo: 1:4. QncnÒz/Editom dâ UnireÍsìdade.le Siotaulo,1984. p.105.
[q Grão psnido: sÌ ão rudue.ido, ptunlo pan comaa: moLdun &úienÈ ,]reÉÌ .olhido. turnrtà n h.h,Ìda de urì ediírio ou
Sol'pôr pôrd6ol. .asà, inpcdnìdo que â ,tguâ da ch$â
rntuescido: nì.hido, dila6do, aumtnhdo. escom p.lâ PàÌ êde.
De que Íormã sê dá o encontro êntre o eu lírico e a Morte? Explique.
I Quai é a imàqem no po€nìa que represenÌa o íiÍn da v da?
r O eu k co vê a ÍnoÍte como algo posit vo ou negat vo? Fxp ique por quê
Releia a terceira estrofe do poema. Que elementos são descritos
pelo eu lk ico?
. Cons deía ndo o teÍna do poê ma, esses elernentos represe ntaÍ am ã vida
em oposção à mone? Exp iqLrê
Expl ique qual é a mudãnça que ocorre no "cenário" do poema a
partir da quarta estroÍe.
. O que essa mldançd simbo za no poema?
Adescrìção da casa a que €hegam o eu lírico e a l\,4orte é uma metá
fora parâ o Í ìm dâ vidâ. Considerando a viagem empreendidâ por
elê< e essà des(r içáo, que lJ9ãr e esse? Expl ique.
r Ìranscfeva os veTsos que ind cam que o eu írico tinha conhecirÍìento de
O temã do poemâ e o tratamenÍo dado a ele indicâm sua f i l iação ao
Romantismo? Expl ique por quê.
t ,
2.
3.
4.
j
T
t
t I ÌERAÌURA
lvanhoé, um herói das cruzadas
Ambentado nê ng ateÍra do5éculoXtt , du-
íênte os conÍlitos entÍe saxóes e nomnandos,
lvanhaé ìaïa as dvent!Ías do cavaleiÍô dê
rnesmo nome,f lho deCedric, um mportântê
sdxáo. Rowena, proteqida do pa de Lvanhoé,
é amada pelo jovem cava ei Ío Esseamoré
coÍespond do, mas Cedrlc desêjãocasdÌÌìen
to da loverÌ corÌ !m nobre. Por isso deserdd
o própÍ lof iho. vãnhoé segue conì o íeiRicaÊ
do CoÍâção dê Leão, de quem se torna um
fiê amiqo, para lLrtâr nas Cruzadas
Parâ rêcupêrar sla honra e garantlÍa volta de
Rrardo Coração de Leáo âotrcno, lvanhoé re
torna incÓgnto à nglatêrrã vve m!tas avên-
luras:vence em urn Ìorneotodos os canìpeões
do prínc pe io;o, o usurpadofda coÍoa;ganha
o coraeão de umê pveÍn e é íe to pris oneiÌo pelos
a êdos do princ pe. Depo s de todas esçs ãv€n-
tur.s, vdnhoé € Row€na se cãsêm, gdÍantindo
o í nalíe iz que comov d os le toÍes da épo.a.
.i
z
t
F
Gravúrâ q!ê ÍepÉs,ênla
lvanhoe, protaqon Ía da
obÍa de waÌer scoÌt
j
2
T
t
t
ffi O texto a seguir reÍere se às questões de 6 a 10.
!l Lìsr.s: rrcus.cÌradns por pìliâdás de
mrdeira qre .iÌcrndar"m os caÍclos
niedieai\ e onde ocoúar os torneios
Dieis: cnìblenu snrbi,ln o
(a.onpanhâdo ou
^ãó
d. prÌâva on
rraÉ) uüdo en Lnsóes. aNõ,
bândeir as ou tÌajes de caeleiÌos pam
nnüxÌ írâ Ìnìhrgem e dútinEão
Ronannsno: it1.álìzâüa e âffebâÍanenÍo 225 a
O*
+@
0 Caagleira
Deserdado
Sem revelar sua verdadeiÊ identìdade,
lvànhoé apresenta,5e como o
Cavaleírc Deserdada e demanstra
itrà.otagem e hàb;lìdade ao ae<aÍiar
e deffatat o maìs temido campeão
de um torneio.
Todos os olhos se roltâranì pa.a ver o trovo campeio 1...1, e cÌ€ gaÌ
goì., as listas. Pelo que se podia.juÌgar dc urì homem eD armadura, o
no\o a\eÌÌhrr€ìiro nio excedir rìriio o tamanho ÌÌrédio e parecia ser
reìath'ameDie esbeìio e de compleição Íorte. Sua âÌniaduÌa cÌaÍèita de
aço, ricanìeÌìte incruslada de oÌt|o, e a dilisa em seu es.udo eÌa de car
vaÌho Ììovo, ìnâÌrcado pela raiz, coÌn a p alra espanhol^ D.sài.hada,
sigDifÌcando Dcscrdrdo. Ele viÌÌha montado em um galante (avalo De
gÌo, e quaDdo passiu pelff listâs, cumprimenrou graciosanìente o Prin-
'
:pc ê r ' .e"1 ' . ,âç hdi \drrd. r l "n, r . \ L le.rrel i , u,r t jL. r , /L iâ\J .êu
gaÌanÌÌio, e unìaespécie cte graçajuveDiÌcm scus mo{ìos, coDquistaram
n snnpatia dã multidão [...].
O campeâo t...1, para suÌ?rcsa.Ìe rodos ospresentes. cavãlgoÌraré o
pavilhão central e rocorÌ.c,nia exireDidade agüdâ dâÌâÌrçao escüdode
l ì r râ
'
dc Bor-Cu 'be' | í
' . , lJrdc ro gêral pcl . , p, i5, , r i . iu arJ. n inqü, l1Ìcou maissuÌ?reso que c, foÌmidá\€l Câvalciro {ÌrÌc rcaìrara dc s.r ctcsa'
Íiâdo paü unÌ coÌÌìbate mortal, e quc, nào esperãndo rào rude desafio,
cstala postado distraidamente à porra do pavilhão. [...]
-
LIÏEBATURA
[ü vr.o'1.*n' .*,a.i.o, qu. p..,..on
sc,\iço a un .xrâìeir..
PriNipeJoão: nnìão do Ìci Rnrdo I
(conlìccidô pcla rl.unna d. Cohçãô dc
Ì,eão).Joàorsurpou o úono do nnão
{lÌando este F encontÌava lutatrdo rõ
Tmplúio: ncnbÌ! da ofdcn nilnaf
Íeligiosa dos caÌãleiÌos do TeDpÌo,
inÍìtüidâ en I I 13, en Jerusaìén. pra
deiend0 o sútó SepüÌ.Ìtr.
a 226 CAPI|ULA 12
v
Com os dois canpeões ocrpando âs extrcmidades das listas, de frcr-
|e um para o orÌtro, a expeciati\a do púbÌico atingiu o pico. Poucos en
treúnham â possibilidade que o confronto terminãsre bem parao Ca\,â
leiro Deser.lado; mâs sua coragem e valentia gaÌaÌìtiaÌn-Ìhc o inccntivo
geraÌ dos espectadores.
Tão Ìogo soaÌam as troÌÌÌbetas, os campeões desapareceram de seüs
postos com avcÌocidnde de uÌn raio e colidimm no centro das lisras com
o choque de um tÌov'áo. As Ìanças se esmigalhar:ìÌrì, e, no ÍÌoÍìeÌìto, os
dois ca\ãleiros pareciam tcr caído, pc,is o choque lizeü cndì ca!âÌo recu-
ar. Com âs Ìédeas e ã, esporas, os cavaÌeiros recuperaram o manejo dos
animâis, e após se encararem com olhos que parecìam eÌÌìitir foeo por
meio dâs barras das lisciràs, cada um deu uma meia-volta c, retoÌrìando
à extremidade das Iìst2.s, receb€ü ìoe Ìmça dos iìÌetes. f.-.1
Após aÌguns minütos de pausa para que os combatertes rccuperaç
sem o fôÌego, o PríncipcJoão deu o siÌÌâÌ paÍâ que soâssenì âs tronÌbetas
novamente. Pela s€gÌÌndar€2. os câÌÌÌpeões pdtirâm de seus postir e sc
cncontraÌam ÌÌo centro dâs listas, com a mesma ïelocidade, a mesmà
destreza e a mesma lioÌência; mas não com o mesno res tado.
Nesse segundo encoìÌtro. o Templário lisoÌr o cenrro do escudo dc
seu antagonista, c atiÌìgiu-o com ianta força, qüe suâ Ìançâ se eslàcelou,
e o Ca\aleirc Deserdado girou rÌa seln. Por outro Ìado, esse campc,io
tinha, o começo do ataque, dirigido aponiâ de lança piÌra o escudo de
BoiscuiÌbert, mas, ÍÌudâÌìdo de alvo quase ÌÌo ÌÌÌonìento do enconlÌo,
levorLa ao elmo, um alvo muito ditìciÌ, mr quc, se aÌcdÌçado, tomava o
choquc mais inesistíveÌ. HabiÌmente, ele acertou o noÌmândo na visei
ra, c,Ìrde a poÌìla da lança 0cou prcsa enrre as barÌas. ì!Íesmo com essa
desvantagcm, o TcÌnPÌário mìnteve a süa repulação; e se o cìrÌ|tÌrão de
suaselanão tivesse rompido, ele não teÌiacaído. Entreianio, sela, ca\ãÌo
e homcm rolaram no cÌÌão sob uma nu\€m de poeira.
[... ] Tomado de Íúria, lalrto poÌ sua desgmçrquanto pelas aclamações
eDì favor do feito do oponente, ele sàcou a espada, brmdìndo-a eÍÌ desa-
fio ao seu conqüìstadc,r. O Cìai':ìleiro Deserdado saltou de seu gaÌaDhão e
também desembainhoÌr a espadâ. Os oficìais do cmpo, poróm, esporeâ-
rìÌÌÌ seus cavâ.Ìos entre os dois, ÌembÌando-lhes qrrc as noÌÌÌÌas do tornejo
não pemìitiam, na presente o(asiào, âqucÌa cspócic de confronto.
"Nós nos ree'Ìcontrremos", disse o TcmpÌírio, lançando um oÌhìÌ
viÌìgativo coÌìtÌa seu ânlagonista; "e Dão harerã Drn
guóm para nos apanar".
"Sc isso não acontccer", dissc
o Calaleiro Deserdado, 'tìão será
c'Llpa mnÌha. Apé ou montâdo,
com lâÌÌça, nachado ou espada,
estou rgualmente prorto pÀft Ìe
Majs paÌa\,Ìas iÌadas teri-
àÌì sido proÍèridas dos dois la-
dos, se osoficiais, cruzando as
ÌàÌìças erüe os homens, não os
oÌrngassem a separar se.
SCOTT, sn $Llter 1,a,raí Tfadução: Maf.os Nialvczi Lcir.
São Fãulo: MrdÍas, 200.1. p. 7477. (F.agmeDro) .
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TITERÂÌURA
6. /yanáoé é considerado um romance histór ico. ldentÍ f ioue. no tre
cho que vocè leu, os elementog que permitem tàl ctâssi i i (âçào,
7, Que elementos caracter izâm lvanhoé como herói?
r va n hoé a p resenta-se como o Cava e Ío DeseÍdado Explque de que ma-
ne Ía essa denominação contr bui paÍa a construção da figLrra do herói
romântico, sabendo que ele fo deserdado por seu paiem razão de um
amoÍ pro b do
A, Na descrição do combate, é possível identiÍicar alguns elementos
quê trânsformârâm esse tipo de românce em sucesso de público
durânte o Romantismo. Quais são eles?
tr Quã é o eíeiÌo criado peLo uso das seguintesexpregsões destâcadãs na
descrçãô do combate " os ca mpeões desapã recem de seus postos com
à velacìdade de um raio"; "col diram no centÍo das lstas com o cho
auê dÒ Lm tro\àa ?
9. O adversário de lvanhoé pode ser classiÍicado como um dos vilões
do romance. O que, na suà Íeação à derrota sofrida, comprova essa
af irmação? Explìquê por quê.
{O. Discuta com seus colegas: a "fórmula" âpresentada no trecho o
embate entre dois adversários, a derÍotâ de um deles ê o desafio
para um novo (onfronto- âinda pode ser encontrada em narrat i -
vâs âtuâis? Em quais?
tí , ldenÌ i f ique, na l inha do tempo, acontecimentos e idéias que Íavo-
recem o ãparecimento de uma mental idade romântica, marcada
pela ideai ização, pelo arrebatamento e pelo nacional ismo. Just i -
f ique suâs escolhas.
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1
Adilson Cìtelli
É professoÉdoltoí dê Escola
dê conìunicaçóes ê Artês dã Un
-
vers dadê de 5ão Pâu o ê autor
de váÍos adigos e ivros robfe o
Íaba ho com d ferentes ingua-
gens No lvro Ronantìsma,
C te I ana isã .omo ãs caracte-
rístcas do movìmen1o românt-
co s€ man feslardÌÌì em diÍeren-
tes foÍÍnas de arte e d scute qua s
delas podenì ser obseÌaadas na
proclLrção contenìpoÍãneã
E possível dizer que o romantismo vivcu mrito do chamado amor
idealizado; dapÌojeção pum e simpÌes de um modelo amoÌoso, cujas
origels mais r€moias pode am ser enconiradas junto às caDtiga-s
troradorescas medieïais. Daí â consiância do tema do amor ausente,
oü seja. da enÌeração de âlgrÌém, um homcm ou üma muÌÌÌer, cuja
distân.ia permitissc apenas o exercício de um descjo pcÌa imagem,
fêlo deçenl ,o. Pt ì i f isufdrâo.
CITEÌiII, Adiltu!. À,',a"rrw. ?. ed.
sio Pãnle, ÁdcÀ Ì990, p.81. (Èagmertt.
Expligu€
Redija um parágrãfo ârgumentâtivo êm que você anãlisea afirma-
ção de Adilson Citelli dê que a origem dâ idealizâção âmorosa român-
ticâ pode serencontradâ nas cântigas dostrovadores medievais,
Antes de desenvolveí seu parágraÍo, sugerimos as seguintes
etapas.
. Relembre qualé a base da idealzação amoÍosa no TÍovãdorsmo.
r Cornpare dos textos, !m med eval e urÌ ì romântco, pÍocuÍando
identificar como se manifestã a idea izãção amorosa em cada urn deles.
I SeeconeãÍguanentos para demonstrarque, embofaã idea izaçáo esleja
píesente no TrovadorisÍno e no RorÌìantisrÌìo, suas bases são dlÍerentes.
RonanÍisna: idêâlìzâúa e affebâÍanenta 227 a
Romantismo
kance5 Dafby, Ámof d{ep.iorado t5pecinin. em p:úâgens poéticas, o
randôs Frances Danby1179:-r861), após a 5ua môdê, pãsol a sef
des.r lô côÍnó ô dais distntô p ntor nq ês do Rômantsmo.
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!
I
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Romantismo:
o eu e suas emoções
Durante o Romant smo, a l teratura vive a "apo
teose do sentimento' Para o êscÍitoÍ romântco,
tudo é pessoa e o poenìa é o espaço para a ex
pressão de seu eíãdo dê alrna e dês êmoçÕes q!e
o dorninarn É o que i lustram os versos do poeta
ing ês Aìfred Tennyson.
fuigrímas, inúteis lágrfunas
LágriÌÌ1as, nìíúcis ÌágÌj!Ìas,
Não sci o que signifrcrm,
l áglimas !indã, do fundo
lle aÌguma aJÌição suÌrliÌìie
Emergerr ro coração.
E chegan ató os oÌhos,
!'endo os aÌegrcs cmpos outonais
È peÌÌsaÌÌdo nos dias qÌÌe não mais existem.
t . . .1
Tiistcs e estrânhas como em
Soribria alba de veúo
Prineiro pio de aves semilúcidas
Para ouvidos modbuÌìdos,
Qrancìo pÌa olhos decadentcs
l,entâÌÌìcrtc a jaÌÌcÌa dcsenvolvc
tÌm quadn.Ìo de luz tênuei
Tristes, estÌrnÌÌos dias {Ìue não mais existeÌÌì.
t . . .1
T!\NYjON, AÌti e{Ì.Ttuduçã(,,.J{Èé Lnìo Gfúncrãl'l.
| . , , . , - . \ Pa.\ . .
Nova lront.úa, Ì988. p.91. (tìÈgnenb).
lü,rtlu,.r,"oa..
O Simbolismo e a percepção
do mundo através dos sentidos
A visão da realdâde a paÍt ir de uma percpectva subjetiva, in-
div duã1, encontraÍá eco erÌì outra estética iiteÍáÍia: o Simbols-
rao. Se no RoÍÌìantisrìo o poeta devera seÍ guiado por seus sen-
'l mentos, no Simbolismo e e deverá se pautar pelas sensaçôes. É
necessáf o perceber o mundo por rneio dos sent dos e se "em
bÍiaqêr" com e e, corno mostra Char es Baudelaire.
a 22a c\PiuLa t2
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Rãymond Du.hãmp V on,
BaudelaÌe, 191 1, btÕnzè
O spleen de Faris - XWÍ
Um hemisfério wpna cabeíEira
D€ixamc rcspiür Ìrastante, blìslàìte, o odor de tcus câbeÌos, Ììeles mer-
guÌlÌar toda a ÌÌnÌlÌa ficc, como ÌlnÌ horÌìerÌì âgitaLlo dcÌrtÌo dr águâ de um
mdÌanciâl c sacudi-los corÌì nÌinha mão conÌo uü leÌlço aronìático a fim de
abaÌìrr is ÌembraÌìças no ar.
se pudessesver tüdo o quc vejol flÌdo o que sinto! rudo o qüe escrÌro em È
t us câbcÌos: N{núìâ .ìÌnla \,ìâja sobfe o peffunìe coÌrro a alma de ouúc,s ho
DÌens sobre a DÌúsica.
LU spt*n, r .a, ,
ts\ Ì L, l l \ .R1. ' l
'1, .
. ' " ' . r , l , l i , i . , , " ,
I t " I l /
-
/ vYF .1 ja ' . i .
\n\ ' Io c ' l r i l l . I ' igmr"
Os ecos contemporâneos da visão
subjetiva da realidade
A exoressão das emocÕes coÌìo forrna de moslrar a ind v dua dade conti-
nuará a aDarecer na iteratuÍa. Outros ooetas e escrtores transforrnarão o
texto litefário no espaço para mãnifestação dos sent mentos ma s ptofundos e
ntensos, como nos veTsos de Pablo Neruda.
Vejã como o eu ír co, ao tentar def inir o amor que nutre por sua amada,
descíeve ã ag tação de seu espirlto corÌìo uma entrega tão ntensa que e e e
ela se íundem nlrrn só.
Não te JÌììo como sc fosscs rosa de sal, ropázio
ou ftecha de cralos que proprÌgin o fogol
te amo como se aÌnam .eriÀs corsas obscrÌrãs,
sccrelârÌrenle, cntÌe asombrae a aìma.
'Iè amo como r pÌalta quc ÌÌ:ro florcs.. e Ì€va
denrro de si, o.ullâ. a Ìuz.ìaquclas ÍÌorcs,
F gr
"
r \ J e.r r 'mo' \ i \ ,
'^ ,
, , , . , , In In, u , , rp
o aperndo aroma {luc ascoÌdcu da rerra.
Te amo sem saber corÌo, ncÌn quan.Ìo, ncm oDdc.
re amo diretameÌr|e serì probÌenas rÌcÌú orguÌÌro:
J. . iT r ' Jru pnr. l , 'c , r ;o
"
. . "nd, dê.ur,J t l ] rnFi , . ' .
.cnj .
- \ im { lp{e modu .n, quc | ;u . .J | . r , c,
tão perto ctúr iua nìão sobre meu peito é núìha
tno p.rrk) cluc se lecham teüs oÌhos co meu sonho.
N'ERUDÀ, PìLÌ,). a-17
',nlra
,/, r,/
:fradnção: Ca.los \cjii Ìo.to Al.grc: L&I'tÍ,
l !98. p.23. (r ìagDent,
Ranantisno: idealìzâeão e ar|..baranenta 229 a
rl.f :i I
9
j
t
que levou à gu lhotina mais de 20 rnilsuspeitosde ações
.ontf a revolucionárias. Dânton, outro artiíice da Revolu
ção, era chêf€ do grupo denominado Indulgentes, que
pêd á ofim dàs pe5eSLrçoes poLrtkàs. ao ÍÌkàr as èçoes
de Roberpierè e os rumos do rnovimento, Dantontrans
íormã eem mãis umã vítimã dô período do "teroí'.
Poro ossistir Fl
Danton, o processo da
.evolução, dê Andrzej
Walda ÉÍança/Polôn a, 1982.
Fllme apontado pelã cíÍti-
ca espêciê lizada como a mâis
didátÍcã produção sobre os
primeifos ênosdê Revo ução
Francesa- A obrâ dê Andrzej
Wajda colocê frente ã frente
Robespiere e Dãnton, íderês
da Revolu!ão Francesã. o pri
meirochêíÌou ã íadical zaçào
revolucionárla d05 Jâcobinot
Mìhha amada inartal,
EUA4nglaÌerra, 1994
o f l lme traz ã v ida e a
obrê de Beethoven, um dos
maiores gênios dê múrÌcã
clássica. O enredo centra se
na busca pela identidade de
uma rnulher a quem o mú-
sico chama de "minhaêma'
da imortã1" em !ma íâmo
sa cãrtê de âmorescrita êm
1812. Nãrrada em f/ashback,
D.ã(u/ã, de Frèn.is Ford
Coppola EUA,I992
Adôptação fiel do livro de
Bram stoker, sobre ã vida do
Condê Drácula. Ofilme narã
ê história de como um guêÉ
to-vivo mãis famoso de todos
os tempos. Noséculo)(\ri o lí
deí dos Cárpãtos" Vlad
Drácula. renega a rgreja por
que sua amãda não pôde ser
enteíadâ emso osagradopor
ter cometldo srìicídio. Ele se
luministas- Nese cênáriocontuÍbado, o futuío presiden-
tê dos Estados Unidos vivê um complêxotrÌângulo âmo'
roso ao 5e apaixonar por urna linda co.tesã ê poí umã
Jefferson en Pãris, de
lèmet vory EllA, 1995
Excelente produção de
epoca que trata de urna pas-
sagem dâ vida pessoaìde urn
dos lÍderes da Indepêndência
dos Eíâdos Unidos, Ìhomas
lef fêrson, quando atuavâ
como ernbãixador dãque
-.pãisna Frãnça. Durante ô pe
riodo em que ec ode a Revo
ução Francesã, JefÍêÍson íixa
residència em Paris, onde
toma contãto côm os ideais
Os mÀerávelt dÊ B e
Aug!Í EUA, 199E.
Adaptação de Hollt,\ir'ood
para o roman.e dê victor
Hugo. O Bem enfrenta o
Mal êm uÍna t ípkê relação
românt ica. O .enárÌo ins
t igante dof i lmeéo dâsãt l
v clades revolucionár as de
1832. lean Val jean é o he-
róiconstruído ã partk de ca,
raderísticas rebeLdes. 50 i
tário e corajoso, torna,se
um homêm bem suced do
depois de ter pã$ado 19
: r .
!
!
a hktórlâ tem Ìnício em 1827. Beethoven está moÍto
e, entreseus pãpers, encontrê se otestarn€ntoem que
ele deixa suas poses para a mister osa "amada imor
tal". Começa, então, uma jornada ao passãdo, rumo
aô relato do romance vivido pelo coíÍpositor
ênor encêícerãdô por roubâÍ pão. O conÍ ìto se esta-
belece com a presença do chefe da PolÍcia, ex carce
relro de Valjean, que parece ter como único objetivo
nã cãíêira o desrnascârãmento de seu antigo pnso-
neìro, que ãgora leva umã v da exemplar O dramã eÍ
tabelêcido no enredo responsabilizâ a Juíl!a e outras
instituiçôes pelas dêsiguâldades sociã s.
Os m,Jêrávelt de losée
M inissérie prod uzidã pê a
te evisãofrancesa, essa vêÊ
sãotolrea izada para come,
moràr os 200 anos do nê
scimento de Vi . tor Hugo.
crandes nomes do cinemê,
como Gerard Dépardieu,
lohn Mâlkovich e leanne
l \ loreau, garantem atua-
çòes lrÍpecáveis ê bastante
i
trênsforma nofarnoso Conde Díáculâ e pãssa os séculosa
buÍar ã reencarnãção de era amâda, encontrêndo-a na
lng atera, na pesoã da nolva de urìì jovem advogãdo.
a 23o caPiruLa 12
"ar ' i
1
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ll
Poro novegor J$
httpr/wwwitêucultural.org.br
t( 'ê s i fê dpre\enrd Lma en, i looed è digÌà oe
ar iesvisuaisquetrdzvêrbetecorn Ìnformaçóêsso
bíê a eíética rornântica nas artès plást cas.
http://educaterra.tetra-com.br
s/re co-n ilfo.ráçoê\ . ob ê ã , or igen\ do Romàn-
tkmo, caracterkt cas, conteÍro histór co-cultura, ãs
gerações românt cas e prlncipak poetas.
http://ww.musee delã(oix.Írl
5ne idrLes do MLseu Nàciora ELgereDelà-oi^.
Apresenta umã composição vkuã que faci l i ta o
acesso à pinturâ do mestrê francês, po$ibilitando
o contèto co.n ã obra de Jm do\ romê\ m"i \ \ i91i-
ficativos da escola romântkã.
http/www.tête,org.uk
t , re er nglê( dá r"re Grl le i qJe dprêse,ì tà o
máior ê. eryo dd\ obJd, do p:ntor W iêrìTLrne.
Poro ler e pesquisor f;r
Fausto Zerc, ) W Goethe.5ão Pau o
Cotêc & Na Íy, 2001
Prime r" vèRáo da mdi\ corhecid" obrd do e,-
í r i Ìo. a lerdo. Li ê le1rp opor rJ l d ide dê èp.ec
ãr o ínrpêtojuvêni lemírânco desênfolar de ações
e ide às .evo LCio, ìàr iès. E!(r i .o no pre comàir i
Ío è emào. êsse brêve poema d.aÍìàt,co jã co"
Ìérn as prncipais déias que sêrão dêsenvolvidas
p" ôaJtorduíènre è vdè e que nJi to i r 'Luen, id
rão o Romântismo na Europâ ê no rnundo.
RomantlJno, de Adilson Cltel 5ão Pa! o: Atica,
1993 lco eção Pr ncípiot.
L vro qLe dpresentd, de Ídnei àdidàtca,ès'ol
rnas dê erpresão da estétka roíììântica, tÍatando
de suâs conexôes histórico-cu turais.
a pintura da erc rcmânticâ, de NorbertWolf sèo
Pa! o Ìaschen do Brasl l , 1999
Livro quêãprerenta ès carêcterísticas da pintura
románu.a, com mãgníficãs reprodu!ões coloridas
dôs p' i1( pdis oords p odL/idd\ ro pe'odo. Orc
recê também uínâ análÌse dos principais artistas
o nédico e o nonstto, de Rob€rt Lou s stevenson
Po.(o A egÍe: L&Pl,/],2002
Romance que narra a dramátka hÈtór ia de DL
Jêlyr l , Jm honem êm íont l i ro
'
om \Ld outrd peÊ
soìêl iddde. O medno
' r id umd po!ào que t íàz àÌo1à o lddo mdi\ sorbr io ê dnordl de suè persa
nalidâdê, peísoniÍicado na Íiguía dê lúr Hyde. A
partÌr daí, DL lekyll pa$ã a viver duas vidas: uma
com sua identidade real, outra como o íÌìonstr!o
so Mr. Hyde. Ese liv.o produz umã lntêressantê
reflexão sobíeosvalores moíais ê sobre a lutã en
treo Bem êo Mãlna a ma hurnêna.
Frãrkensten, de Màry She ey Porto Ae9Íê:
L&PN4, 1987.
F/arkenrteir é uínâ das ma , conhecidas e im
prêssionântes narrat lvâs dê têrror dê todos os
t€mpos. A histór ia do Dr VictoÍ Frankenstein e
da monstruosâ cr iatura concebida por e e conn
nuá fàsc,nando nJneros le rores. Frenplo pe -
íe i to dã imaginação românt icà, esa naÍat iva
mostra como a obsessão de um homem pâra do-
minar os mistér ios da molte leva-o ã cr iar um
ser mons.ruoso que será d sLè prooí ia derrL
(èo. Nd dn\ ia de sdber oLen e. à cr iàtLra perse
guê seu (r iddor pdrà tênld co,npree' ìde.suào' i
o romance foiêscrlto por lúary Shellêy, segun-
da esposado poeta Percyshêlley, como respoía a
Jm de$.o p.oposro por tord ByÍon:e. rever Jmà
h stória de teror para um concuEo rêãlizado no
Poío ouvlr íì
QufuÍa srfonia, Ludwig van Bêethoven
Compos tor màior do sèclr lo X X. Beê]|^over
(1770-1827) t ransmitê êm suas sinfoniãs toda a Íú
r ià dès pàirôes e das arebàtádorr \ r rd i \ Ío no!ões
revolucionárìas. Recusêvê se a compor do modo
c èssico e eÍreveJ suê ob'à
'
omoo\ poÊld5 de.eu
ternpo, baseadã nos sentimentos e na Liberdade
de expr€ssão. Também conhecida por Sinfoaa do
destino,aQuinta sinfonìaê uma de suas obrãs mai5
populares. Retumbante, é a típi(a composição que
oJvd d emo,!ào êcimà dê quà'ouer oLÍà pxpres
Barão Vernelho ao vívo,Eêrão vermelho. Ro de
lânei Ío:5om L vre, 1992
A cà.ìçèo "Todo dÍor qLe houve ne\d v dê".
fã i^a dêsse d ío, Íá 'ã oo oe\ejo dd err 'e9à àbso
lurd d Lm ãmor ' r ren\o. Neld, os elos do sent imenro
"moro\o d ebdl"do. (ono aquele p.eserte.oçlexto. omàntkosdosecLloXlx. rd icàmd pe nd
nercià. nos diàs d€ l^oje, dá v is io \ubjer iv" qJe
caractêrizou o Rornantismo.
chculadô ao víio, aaerana ve oso Ro de lafê ro
Polygrarn, 1992
\ãcàr ldo "vo'èe 'ndd . d dedl iuàçào dà'nJ
lherê(uã'd 'dLre izdldo(omounserquàs€d:vi
no que torna a existêncÌã do eu lú ico mais fe l iz
êvocèrÍospírcparsaspecrordêprodL\;o : le 'd-
Ranântitnô: iiealizaçã,. e êffebatanenta 231 a