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Sistema Reprodutor Feminino

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1 Ana Barasuol / T3 MED UFFS 
Sistema 
Reprodutor 
Feminino 
↪ Composição: 2 ovários, 2 tubas uterinas, útero, vagina e genitália externa. 
↪ Funções: produção de gametas, manutenção do ovócito fertilizado até o nascimento e produção de 
hormônios sexuais que influenciam nesse e em outros sistemas. 
OVÁRIOS 
↪ Composição tecidual de fora para dentro: superfície coberta por epitélio germinativo (pavimentoso ou 
cúbico simples) → túnica albugínea (tecido conjuntivo denso) → região cortical (onde estão os folículos 
ovarianos) → região medular (tecido conjuntivo frouxo e rico leito vascular). 
↪ No estroma (tecido conjuntivo) da região cortical há fibroblastos organizados em redemoinhos. 
↪ Desenvolvimento folicular no ovário: 
1. Fim do primeiro mês de vida embrionária: 
células germinativas primordiais migram do 
saco vitelino para os primórdios gonadais 
(início do desenvolvimento dos ovários). 
2. Células germinativas se dividem intensamente 
e se transforma em ovogônias. 
3. A partir do 3º mês: ovogônias começam a 
entrar na prófase da meiose I, mas param na 
fase diplóteno → OVÓCITOS PRIMÁRIOS. 
4. Ovócito primário envolvido por uma camada 
de células foliculares ou da granulosa → 
FOLÍCULO PRIMORDIAL. 
A partir da puberdade, diariamente folículos primordiais iniciam o CRESCIMENTO FOLICULAR, 
processo influenciado por fatores neuro-humorais que compreende modificações do ovócito, das céls. 
foliculares e dos fibroblastos do estroma conjuntivo no qual estão os folículos. 
5. FOLÍCULOS PRIMÁRIOS: Nessa fase o ovócito aumenta de volume e multiplica suas organelas. As 
células foliculares também aumentam de volume e se dividem por mitose, formando uma camada única 
de células cuboides (folículo primário unilaminar). As células foliculares continuam proliferando e 
originam um epitélio estratificado também chamado de camada granulosa (folículo primário 
multilaminar ou folículo pré-antral). 
 
 
 
2 Ana Barasuol / T3 MED UFFS 
6. FOLÍCULOS SECUNDÁRIOS OU ANTRAIS: céls. da 
granulosa continuam a se multiplicar e começam a secretar 
o LÍQUIDO FOLICULAR (componentes do plasma + 
produtos secretador por céls. foliculares → 
glicosaminoglicanos, proteinas, esteroides). As células da 
granulosa se reorganizam para acomodar o líquido e 
formam o ANTRO. 
 
Durante essa reorganização, algumas células da granulosa se concentram em determinado local da parede do 
folículo, formando um pequeno espessamento, o cumulus oophorus, que serve de apoio para o ovócito, 
enquanto outro pequeno grupo de células foliculares envolve o ovócito, constituindo a curona radiata. 
7. Tecas foliculares: durante as modificações foliculares, o estroma imediatamente ao redor também se 
tranforma para formas as tecas foliculares. A teca interna é composta por céls. poliédricas, com 
nucleos arredondados e citoplasma acidófilo. Já as céls. da teca externa são semelhantes ao do estroma 
ovariano, mas estão arranjadas concentricamente ao redor do folículo. 
A teca interna é muito vascularizada pelo risco plexo capilar proveniente do estroma circundante. 
8. FOLÍCULOS PRÉ-OVULATÓRIOS: 
geralmente, durante cada ciclo 
menstrual, um foliculo cresce muito 
mais que os outros e se torna o 
FOLICULO DOMINANTE. Quando 
esse foliculo alcança seu máximo 
desenvolvimento, é também chamado 
de MADURO, PRÉ-OVULATÓRIO 
OU DE GRAAF. Os outros foliculos 
são descartados por atresia. 
O processo total de crescimento do foliculo, desde primordial até maduro (com cerca de 2,5cm de diametro) 
dura aproximadamente 90 dias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TUBAS UTERINAS 
↪ Atuam como canais para os espermatozoides alcançarem o ovócito primário e para conduzir o ovo 
fertilizado para o útero 
↪ Tubos musculares de grande mobilidade com cerca de 12cm cada. 
↪ Regiões anatômicas: a partir da extremidade aberta encontra-se o infundíbulo, cuja extremidade livre é 
franjada com projeções denominadas fímbrias, ampola (região mais dilatada onde acontece normalmente a 
fertilização), istmo (entre a ampola e o útero) e região intramural (atravessa a parede uterina abrindo-se no 
lúmen do útero). 
↪ Camadas da parede: MUCOSA, MUSCULAR (músculo liso 
circular ou espiral interna e longitudinal externa) e SEROSA. 
A camada mucosa é caracterizada pela presença de muitas pregas 
longitudinais (mais pronunciadas na ampola). O lúmen da tuba é 
revestido por epitélio simples cilíndrico. Esse epitélio é constituído de 
células intercalares (não ciliadas → secretoras) e ciliadas. 
As células intercalares secretam produtos que ajudam na capacitação dos 
espermaozoides e que proporcionam nutrição e proteção ao ovócito. Os 
cílios das céls. cilíndricas ciliadas batem em direção ao útero, levando o 
ovo fertilizado, os espermatozoides e o líquido viscoso produzido pelas 
intercalares. 
A cobertura serosa é composta por epitélio simples pavimentoso e uma 
delgada camada de tecido conjuntivo frouxo. 
ÚTERO 
↪ Órgão muscular constituído por um fundo, um corpo e uma cérvice (ou colo). 
↪ Órgão único, de paredes espessas, em formato de pera. 
 
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↪ A parede do CORPO e do FUNDO uterino é constituída por endométrio, miométrio e por uma 
adventícia ou por uma serosa. 
Endométrio 
✓ Mucosa de revestimento constituída por uma 
camada superficial (funcional) e uma basal. 
✓ É composto de epitélio simples cilíndrico 
(ciliado e não ciliado) e por uma lâmina própria 
(tecido conjuntivo frouxo e glândulas tubulosas 
simples). 
✓ A camada funcional do endométrio é descamada 
na menstruação e sua regeneração acontece a 
partir da camada basal. 
✓ No endométrio estão as aa. helicoidais 
espiraladas e as a. retas, ambas provenientes das 
artérias retas do miométrio. 
Miométrio 
✓ Constituído pelas camadas longitudinal interna, circular média (altamente vascularizada pelas aa. 
arqueadas) e longitudinal externa de músculo liso. 
✓ À medida que o útero se estreita em direção à cérvix, o miométrio é substituído por tecido conjuntivo 
denso não modelado. 
Serosa ou Adventícia uterina 
✓ Como o útero está inclinado para a frente e se apoia na bexiga, sua porção anterior está coberta por uma 
adventicia (tecido conjuntivo sem revestimento epitelial). 
✓ Já o fundo e a porção porterior do corpo estão cobertos por uma serosa constituída por uma camada de 
células pavimentosas. 
↪ O COLO do ÚTERO (ou cérvix) é a extremidade terminal do útero e se projeta para dentro da vagina. 
O lúmen da cérvix é revestido de epitélio simples cilíndrico mucossecretor, mas a sua superfície externa – 
onde a cérvice se projeta para a vagina – é de epitélio estratificado pavimentoso não-queratinizado 
semelhante ao da vagina. 
VAGINA 
↪ A parede vaginal não possui glândulas e é composta por 3 camadas: MUCOSA, MUSCULAR e 
ADVENTÍCIA. 
↪ Em uma mulher adulta, o epitélio da mucosa é estratificado pavimentoso (que sintetiza e acumula 
grande quantidade de glicogênio, que é depositado no lúmen da vagina quando as células do epitélio vaginal 
descamam. Bactérias da vagina metabolizam o glicogênio e produzem ácido láctico, responsável pelo pH da 
vagina, que é normalmente baixo). A lâmina própria é composta de tecido conjuntivo frouxo rico em fibras 
elásticas. 
↪ Externamente à camada muscular, uma camada de tecido conjuntivo denso (adventícia) une a vagina aos 
tecidos circunvizinhos. 
GENITÁLIA EXTERNA ou VULVA 
↪ Clitóris, pequenos lábios e grandes lábios. 
 
5 Ana Barasuol / T3 MED UFFS 
↪ Os lábios menores são dobras da mucosa vaginal que têm tecido conjuntivo penetrado por fibras 
elásticas. O epitélio estratificado pavimentoso que os cobretem uma delgada camada de células 
queratinizadas na superfície. Glândulas sebáceas e sudoríparas estão nas superfícies internas e externas 
dos lábios menores, cujo revestimento é, portanto, intermediário entre pele e mucosa. 
↪ Os lábios maiores são dobras de pele que contêm uma grande quantidade de tecido adiposo e uma 
delgada camada de músculo liso. 
GLÂNDULAS MAMÁRIAS 
↪ Cada glândula consiste em 15 a 25 lóbulos de glândulas tubuloalveolares composta com a função de 
secretar leite. 
↪ Os lóbulos são separados entre si por tecido conjuntivo denso e muito tecido adiposo. 
↪ A estrutura histológica das glândulas mamárias varia de acordo com o sexo, a idade e o estado fisiológico. 
Por exemplo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fontes: 
GARTNER, L. P.; HIATT, J. L. Tratado de histologia. 3 ed. Elsevier. Rio de Janeiro, 2007. 
JUNQUEIRA, L. C. U.; CARNEIRO, J. Histologia básica: texto e atlas. 12. ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2013.

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