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Testando Conhecimento 6

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1.
		(FGV - 2013 - OAB - XII Exame da Ordem Unificado/adaptada) - Pedro, dezessete anos de idade, mora com seus pais no edifício Clareira do Bosque e, certa manhã, se desentendeu com seu vizinho Manoel, dezoito anos. O desentendimento ocorreu logo após Manoel, por equívoco do porteiro, ter recebido e lido o jornal pertencente aos pais do adolescente. Manoel, percebido o equívoco, promoveu a imediata devolução do periódico, momento no qual foi surpreendido com atitude inesperada de Pedro que, revoltado com o desalinho das páginas, o agrediu com um soco no rosto, provocando a quebra de três dentes. Como Manoel é modelo profissional, pretende ser indenizado pelos custos com implantes dentários, bem como pelo cancelamento de sua participação em um comercial de televisão. Tendo em conta o regramento da responsabilidade civil por fato de outrem, assinale a afirmativa correta.
	
	
	
	Somente os pais de Pedro terão responsabilidade objetiva pelos danos causados pelo filho, mas detêm o direito de reaver de Pedro, posteriormente, os danos indenizáveis a Manoel.
	
	
	Os pais de Pedro terão responsabilidade subjetiva pelos danos causados pelo filho a Manoel, devendo, para tanto, ser comprovada a culpa in vigilando dos genitores.
	
	
	Os pais de Pedro terão responsabilidade objetiva pelos danos causados pelo filho a Manoel, devendo, para tanto, ser comprovada a culpa in vigilando dos genitores.
	
	
	Se os pais de Pedro não dispuserem de recursos suficientes para pagar a indenização, e Pedro tiver recursos, este responderá subsidiária e equitativamente pelos danos causados a Manoel.
	
	
	Pedro responderá solidariamente com seus pais pelos danos causados a Manoel, inclusive com indenização pela perda de uma chance, decorrente do cancelamento da participação da vítima no comercial de televisão.
	
Explicação:
No entanto, o artigo 932, inciso I, do Código Civil atribui a responsabilidade pelos filhos menores aos pais. Desse modo, se os infantes estiverem sob a autoridade ou companhia de seus pais, os genitores devem responsabilizar-se pelos atos dos filhos.
Responsabilidade subsidiária do menor -  Dessa forma, a responsabilidade do menor na reparação do dano é subsidiária. O artigo 928 do Código Civil dispõe que o incapaz só responderá pelos prejuízos causados se as pessoas por ele responsáveis não dispuserem de meios suficientes. A indenização, nesses casos, é mitigada, não podendo prejudicar o sustento do incapaz nem das pessoas que dele dependem, consoante o parágrafo único do mesmo dispositivo.
 
	
	
	
	 
		
	
		2.
		(TRT 20ª 2012 - FCC) - Os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, são responsáveis pela reparação civil de seus hóspedes, moradores e educandos, porque:
	
	
	
	há determinação legal expressa da solidariedade de tais pessoas com os efetivos autores do ilícito.
	
	
	a ocorrência de ilícito nos referidos estabelecimentos caracteriza negligência dos respectivos donos.
	
	
	exercem as pessoas responsáveis, normalmente, atividade que, por sua natureza, representa risco a direito de outrem.
	
	
	há presunção legal de que o ilícito não teria ocorrido se as vítimas não estivessem hospedadas, morando ou estudando nos estabelecimentos referidos.
	
	
	as pessoas responsáveis têm obrigação legal de contratar empregados para realizarem a segurança dos seus estabelecimentos.
	
	
	
	 
		
	
		3.
		Lucas, menor de idade, filho de Mara e Júlio, praticou ato ilícito que culminou na morte de Pablo. Após tomar conhecimento do evento, Joana, mãe da vítima, ajuizou ação compensatória de danos morais contra Mara e Júlio, em decorrência da conduta praticada por seu filho. Durante a instrução processual, Júlio demonstrou que não mantinha mais vínculo matrimonial com Mara e que o menor estava coabitando com a mãe e sob a guarda desta. Comprovou, também, que Lucas não estava em sua companhia no momento da prática do ilícito e que, dias antes, Mara havia comprado uma arma, de forma irregular, que fora usada no cometimento do crime. Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção correta à luz da legislação aplicável ao caso, do entendimento doutrinário sobre o tema e da jurisprudência do STJ.
	
	
	
	O pleito de Joana deve ser julgado improcedente em relação a Júlio, pois o contexto fático demonstrou situação que exclui sua responsabilidade.
	
	
	Há presunção relativa do dever de vigilância dos pais em relação ao filho Lucas, decorrente do poder familiar.
	
	
	Há presunção absoluta do dever de vigilância dos pais em relação ao filho Lucas, decorrente do poder familiar.
	
	
	A responsabilidade de Lucas é objetiva, assim como a de seus pais, Mara e Júlio.
	
	
	O limite humanitário da indenização, aplicável a Lucas, não é extensivo a seus pais, devido ao princípio da reparação integral do dano.
	
Explicação: R: ¿No presente caso, sem adentrar-se no exame das provas, pela simples leitura da decisão recorrida, tem-se claramente que a genitora assumiu o risco da ocorrência de uma tragédia, ao comprar, três ou quatro dias antes do fato, o revólver que o filho utilizou para o crime, arma essa adquirida de modo irregular e guardada sem qualquer cautela (fls. 625/626). IV - Essa realidade, narrada no voto vencido do v. acórdão recorrido, é situação excepcional que isenta o genitor, que não detém a guarda e não habita no mesmo domicílio, de responder solidariamente pelo ato ilícito cometido pelo menor, ou seja, deve ser considerado parte ilegítima. ¿V - Recurso especial desprovido. (STJ - REsp: 777327 RS 2005/0140670-7, Relator: Ministro MASSAMI UYEDA, Data de Julgamento: 17/11/2009, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 01/12/2009). (grifo nosso).
	
	
	
	 
		
	
		4.
		Quanto à responsabilidade dos Pais pelos filhos, é possível afirmar que:
	
	
	
	a responsabilidade dos Pais cessa se houver Emancipação;
	
	
	a responsabilidade dos Pais cessa com a Emancipação, apenas se for voluntaria, permanecendo das demais modalidades;
	
	
	a responsabilidade é objetiva, portanto persiste ainda que não haja culpa do filho pelo prejuízo;
	
	
	todas as alternativas estão incorretas.
	
	
	a responsabilidade dos Pais continua ainda que o filho seja emancipado;
	
Explicação: Fixar hipótese de responsabilidade dos pais
	
	
	
	 
		
	
		5.
		Sobre a Responsabilidade Civil do segurador, é correto afirmar,EXCETO:
	
	
	
	O agravamento de risco por parte do segurado não pode jamais ser hipótese de exclusão do dever de indenizar por parte da seguradora.
	
	
	A seguradora tem obrigação de garantia.
	
	
	O agravamento de risco por parte do segurado pode excluir o dever de indenizar.
	
	
	A boa fé do segurado e suas declarações verdadeiras acerca da exposição ao risco são imprescindíveis para que haja o dever de indenizar por parte da seguradora.
	
	
	Trata-se de responsabilidade civil objetiva.
	
	
	
	 
		
	
		6.
		XII EXAME DE ORDEM UNIFICADO Pedro, dezessete anos de idade, mora com seus pais no edifício Clareira do Bosque e, certa manhã, se desentendeu com seu vizinho Manoel, dezoito anos. O desentendimento ocorreu logo após Manoel, por equívoco do porteiro, ter recebido e lido o jornal pertencente aos pais do adolescente. Manoel, percebido o equívoco, promoveu a imediata devolução do periódico, momento no qual foi surpreendido com atitude inesperada de Pedro que, revoltado com o desalinho das páginas, o agrediu com um soco no rosto, provocando a quebra de três dentes. Como Manoel é modelo profissional, pretende ser indenizado pelos custos com implantes dentários, bem como pelo cancelamento de sua participação em um comercial detelevisão. Tendo em conta o regramento da responsabilidade civil por fato de outrem, assinale a afirmativa correta.
	
	
	
	Se os pais de Pedro não dispuserem de recursos suficientes para pagar a indenização, e Pedro tiver recursos, este responderá subsidiária e equitativamente pelos danos causados a Manoel.
	
	
	Pedro responderá solidariamente com seus pais pelos danos causados a Manoel, inclusive com indenização pela perda de uma chance, decorrente do cancelamento da participação da vítima no comercial de televisão.
	
	
	Os pais de Pedro não terão qualquer responsabilidade mesmo que possuam patrimônio.
 
	
	
	Os pais de Pedro terão responsabilidade subjetiva pelos danos causados pelo filho a Manoel, devendo, para tanto, ser comprovada a culpa in vigilando dos genitores.
	
	
	Somente os pais de Pedro terão responsabilidade objetiva pelos danos causados pelo filho, mas detêm o direito de reaver de Pedro, posteriormente, os danos indenizáveis a Manoel.
	
Explicação:
É importante observar o art. 928 do CC. Os pais do menor respondem pelos danos causados pelo filho menor. Porém, com o Código Civil de 2002 passou a existir a possibiidade de responsabilidade subsidiária do incapaz quando os responsáveis não possuirem patrimônio.
	
	
	
	 
		
	
		7.
		(OAB/MT - Exame da Ordem/2005/adaptada) - Sobre a responsabilidade civil, consoante disposição do Código Civil em vigor, é certo afirmar que:
	
	
	
	a responsabilidade civil é independente da criminal, por isso mesmo é perfeitamente possível se questionar sobre a existência de fato decidida no juízo criminal;
	
	
	o detentor do animal ressarcirá o dano por este causado, desde que a vítima prove a ausência de força maior;
	
	
	os empresários individuais e as empresas sempre respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulação;
	
	
	o incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não dispuserem de meios suficientes, salvo se a indenização privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem;
	
	
	o detentor do animal não responderá pelo  dano por este causado, desde que a vítima comprove culpa exclusiva da vítima e/ou fortuito externo.
	
Explicação:
O incapaz responde de modo subsidiário. Isso porque seu patrimônio só servirá para pagar a indenização se ocorrer alguma das duas situações acima listadas.
Além disso, o incapaz não irá responder se, ao pagar a indenização, isso ocasionar uma perda em seu patrimônio que gere uma privação de recursos muito grande, prejudicando sua subsistência ou das pessoas que dele dependam (parágrafo único do art. 928).
Portanto, o art. 928 excepciona a regra da responsabilidade solidária trazida pelos arts. 932 e 942, parágrafo único.
O art. 928 é regra especial em relação aos demais, cuidando especificamente da situação peculiar dos incapazes, ficando o art. 942, parágrafo único, responsável por normatizar todas as demais hipóteses do art. 932.
	
	
	
	 
		
	
		8.
		O Dono do veículo emprestado que se envolve em acidente causado pelo seu condutor:
	
	
	
	não responde pelos fatos porquanto não há elemento de culpa de sua parte;
	
	
	responde pelos fatos porque deveria ter evitado o acidente;
	
	
	não responde pelos fatos porquanto equiparável ao caso fortuito ou força maior;
	
	
	não responde pelos fatos já que não se pode exigir que tenha previsibilidade sobre os fatos;
	
	
	responde pelos fatos com base na teoria do guarda;
	
Explicação: Fundamento da responsabilidade

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