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1 Aula 07: Reometria I Profa. Dra. Aline Bruna da Silva 2017 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais- CEFET MG Fundamentos de Reologia 2EMAT.014 Introdução • VISCOSIMETRIA: • estudo da viscosidade de um fluido Newtoniano; • Viscosímetros são equipamentos que medem a viscosidade Newtoniana; como ela não varia com a taxa de cisalhamento, não há a necessidade de que o fluxo seja controlado; • Importante para determinação de viscosidade de soluções diluídas; Introdução • Tipos de viscosímetros: capilares, de copo (medidas de viscosidade cinemática, que depende da densidade do fluido), de Stokes (medidas de viscosidade dinâmica, independente da densidade do fluido); • A tensão e a taxa de cisalhamento dependem das características do material. Introdução • REOMETRIA: • Parte da reologia que se preocupa com a definição das geometrias dos equipamentos para realizar medidas reológicas (relação entre tij e gij) e com as próprias medias em si; 5 • As técnicas experimentais mais comuns são aquelas baseadas na aplicação mecânica de uma tensão ou uma taxa de cisalhamento; • As tensões ou deformações mecânicas impostas ao material dentro de cada geometria serão pré- determinadas pelo próprio equipamento, independentes do tipo de material. Introdução •REOMETRIA: 6 As medidas das propriedades reológicas são feitas em reômetros. Estes equipamentos possuem geometrias especificas. • As geometrias mais comuns são: placas paralelas, cone placa e tubo capilar. Introdução •REOMETRIA: VISCOSIMETRIA Viscosímetros capilares: o mais comum viscosímetro de Ostwald: •Metodologia: Consiste em medir o tempo que um determinado volume de fluido (volume contido entre as marcas A e B) flua através de um capilar sob ação da gravidade; •O viscosímetro deve ser calibrado com material de viscosidade conhecida, por exemplo, água deionizada; Viscosimetria Viscosímetros capilares: o mais comum viscosímetro de Ostwald: •A viscosidade do fluido pode ser obtida através da relação: •Onde h é a viscosidade cinemática, r é a densidade e t o tempo para que o fluido flua •(1 = fluido de viscosidade a ser determinada) •(2 = fluido de calibração). Viscosimetria • Viscosímetros de copo: mede-se o tempo que o líquido leva para escoar de um reservatório por meio de um orifício aberto no fundo; Funil de Marsh Copo Shell Copo Ford Viscosimetria • Viscosímetro de Stokes: também chamado viscosímetro de esfera; • uma esfera é imersa em um tubo vertical contendo o fluido e deixada cair livremente sob ação da gravidade; • Inicialmente ela é acelerada; • depois de algum tempo, devido à resistência do fluido, atingirá uma velocidade constante (velocidade terminal). • Marcações de nível no tubo, que é transparente, permitem a medição dessa velocidade. Viscosimetria Viscosimetria Viscosímetro de Stokes peso •baseia-se na determinação da velocidade de queda livre de uma esfera através do fluido do qual se deseja obter a viscosidade. •V a velocidade de descida da •esfera Fpeso Fempuxo Fviscosa Viscosimetria Viscosímetro de Stokes REOMETRIA 15 Mede a viscosidade Newtoniana – não varia com a taxa de cisalhamento Viscosímetro Não precisa de fluxo controlado Reômetro Mede a viscosidade aparente, não necessariamente a Newtoniana Necessário que o fluxo seja controlado Reometria 16 Reômetros são classificados em função do tipo de fluxo imposto ao fluido Fluxo de pressão Fluxo de arraste Reômetro capilar -Placas paralelas/cone e placa -Cilindros concêntricos Escolha do melhor tipo de reômetro para um determinado material Viscosidade do material Faixa de taxas de cisalhamento do ensaio Reometria 17 Reometria Capilar Reometria Capilar • O reômetro capilar comumente utilizado para medir as propriedades reológicas de polímeros fundidos consiste de um barril aquecido, onde na sua extremidade inferior é montada uma matriz contendo um capilar de dimensões especificadas; 19 Reômetros Capilares operados por controle de vazão: • O polímero fundido é continuamente extrudado através da matriz capilar, forçado pela descida do pistão a uma dada velocidade constante dentro do reservatório cilíndrico. • Neste caso, mede-se a pressão exercida no pistão para forçar a coluna de fluido no barril a passar através do capilar. Tipos de Reômetros Capilar: 20 Reômetros Capilares, operados com pressão imposta: • Uma carga constante é aplicada no topo da coluna e mede-se a vazão volumétrica do fluido a esta carga imposta; • Chamado de Plastômetro ou aparelho para a medida de índice de fluidez de polímeros fundidos; • Fornece dados limitados sobre a fluidez do polímero e são normalmente restritos para testes de controle de qualidade do processo de fabricação de diversos tipos de resinas de um mesmo polímero. Tipos de Reômetros Capilar: 21 Reômetros Capilares operados por controle de vazão: • Reômetros capilares à taxa de vazão controlada são os preferidos para medidas das propriedades reológicas de polímeros fundidos. • Medem num amplo intervalo de taxa de cisalhamento: • altas taxas de cisalhamento à diferentes temperaturas do fundido. Tipos de Reômetros Capilar: 22 Tipos de Reômetros Capilar: Taxa de cisalhamento imposta ao material fundido: Velocidade do pistão; Características geométricas do capilar (D, L). Tensão de cisalhamento: Força necessária para mover o pistão. Reômetros Capilares operados por controle de vazão: 24 Reometria Capilar: Suposições: a. Fluxo totalmente desenvolvido, estacionário e isotérmico; b. Não há escorregamento na parede, velocidade do fluido na parede é zero; c. O fluido é incompressível e sua viscosidade é independente da pressão. Limitações no uso de reômetros capilares: 1- aquecimento viscoso; 2- dependência da viscosidade com a pressão; 3 - efeitos na entrada do capilar. Reometria Capilar • A velocidade média de deslocamento do fluido pode ser calculado por: • Para o fluxo de pressão de um fluido Newtoniano através de um tubo: onde vm = velocidade média, Q = vazão volumétrica, A = área, Rc = raio do capilar, v = velocidade em um ponto arbitrário, r = distância do eixo do capilar ao ponto. Reometria Capilar • A taxa de cisalhamento varia com a distância ao centro. Portanto, para o cálculo da viscosidade, necessita-se de uma referência; • Referências mais fáceis: • Centro do capilar taxa e tensão são iguais a zero (não serve!); • Parede do capilar taxa e tensão dependem do fluxo (ok!); • Taxa de cisalhamento na parede: • Tensão de cisalhamento na parede: • Viscosidade: Reometria Capilar Reometria Capilar • A quantidades medidas são a vazão (Q) e a pressão imposta. • Lembrando que o fluxo é gerado pela movimentação do pistão, a força F será a medida relacionada com a pressão tal que: Reometria Capilar • A pressão P pode ser medida através de um transdutor de pressão acoplado diretamente no barril; • Para calcular a viscosidade é necessário determinar a tensão (tw) e a taxa de cisalhamento na parede (lw) ReometriaCapilar • Tensão de cisalhamento na parede: • Taxa de cisalhamento na parede: (1) (2) Reometria Capilar • Fluidos não-Newtonianos: • Distorção no perfil de velocidades parabólico devido à dependência da viscosidade com a taxa de cisalhamento; É necessário corrigir o perfil de velocidades! Reometria Capilar • Correção de Rabinowitsch: (a) Fluido Newtoniano (b) Fluido não-Newtoniano que segue a Lei das Potências (c) Fluido não-Newtoniano que não segue a Lei das Potências Correção de Rabinowitsch Reometria Capilar • Correção de Rabinowitsch: Se o fluido segue a Lei das Potências, b = 1/n e, portanto: n é calculado pela inclinação da curva de fluxo. (c) Reometria Capilar • Fluidos não-Newtonianos: • Queda de pressão na entrada do capilar devido à aceleração das partículas e turbulência • É necessário corrigir a tensão de cisalhamento! Fluído Newtoniano Polímero Reometria Capilar Correção de Bagley: eRc: Comprimento adicional hipotético para se obter fluxo plenamente desenvolvido Reometria Capilar Correção de Bagley: • Determinação de e: • Ensaios com vários capilares com diferentes Lc e mesmo Rc; • Para uma mesma taxa de cisalhamento, traça-se curvas de DP em função da razão (Lc/Rc); • Linhas retas são obtidas e extrapola-se essas retas até a interseção com o eixo horizontal; essa interseção é o valor de e. • Quando (Lc/Rc) , o valor de e é desprezível; • Experimentalmente, a correção de Bagley SÓ É NECESSÁRIA quando (Lc/Rc) < 10. Reometria Capilar • Correção do atrito do barril: • Realizada para desconsiderar o efeito da força de atrito entre o barril e o pistão na força medida no pistão durante o ensaio; • Necessária para testes reológicos de polímeros de baixa viscosidade, em que a força que o polímero exerce no pistão é pequena e a força de atrito pode chegar a ser maior; • Realiza-se o ensaio com o barril vazio (sem polímero), medindo a força de atrito para todas as velocidades que serão realizadas as medidas; • Realiza-se o ensaio com o polímero de maneira usual; • Antes de efetuar os cálculos, as forças medidas no ensaio com o polímero são decrescidas das respectivas forças de atrito, nas velocidades correspondentes. 38 Procedimento para determinar a viscosidade em um reômetro capilar: 39 Procedimento para determinar a viscosidade em um reômetro capilar:
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