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Estudo aço 1020

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1 
 
 
 
SOCIEDADE EDUCACIONAL DE SANTA CATARINA 
INSTITUTO SUPERIOR TUPY 
CURSO EM ENGENHARIA MECÂNICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estudo das propriedades mecânicas e microestruturais de um corpo de prova de 
aço SAE 1020 através de ensaios mecânicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Heitor João Valendolf, Mateus Hartmann, Vitor Negrini e Willian Felipe Ribeiro 
EME3AN-BVA 
Projeto Interdisciplinar 3AN-BVA1 
Professor Orlando 
 
 
Unisociesc 
10/2019 
2 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
RESUMO ......................................................................................................................... 3 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 4 
2 REVISÃO DA LITERATURA ..................................................................................... 5 
2.1 TESTE DE TRAÇÃO ................................................................................................ 5 
2.2 METALOGRAFIA ..................................................................................................... 6 
2.3 DUREZA VICKERS .................................................................................................. 7 
3 PLANEJAMENTO / DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL ............................. 9 
3.1 ENSAIO DE TRAÇÃO .............................................................................................. 9 
3.2 METALOGRAFIA ................................................................................................... 11 
3.3 ENSAIO DE DUREZA VICKERS .......................................................................... 13 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................... 15 
5 CONCLUSÃO ............................................................................................................. 18 
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA .......................................................................... 19 
ANEXOS ........................................................................................................................ 21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
RESUMO 
 
Este relatório destaca a importância da realização do ensaio de tração, ensaio de dureza e 
análise metalográfica do aço tendo como principal objetivo, conhecer as propriedades 
mecânicas do material em questão, como: ductilidade, alongamento, resistência 
mecânica, dentre outras, a fim de descobrir exatamente o material que foi escolhido como 
corpo de prova. Para ser realizado isso, é feito um ensaio de tração do material, buscando 
saber as propriedades mecânicas por meio de realização de cálculos e análise gráfica 
através do computador, relacionando com a estrutura interna, vista com a ajuda da 
metalografia e complementada pelo ensaio de dureza,. Após verificar os resultados, 
concluiu-se que o material é um SAE 1020, a quantidade média de teor de carbono 
presente no aço é baixa, devido à análise da microestrutura, que apresenta só perlita e 
ferrita, no que influenciam diretamente na comparação com um aço SAE 1045, podendo 
confirmar que se trata de um SAE 1020 sem tratamento térmico, por causa da forma com 
que se apresenta as microestruturas. 
 
Palavras chave: Perlita, ferrita, aço, metalografia, tração. 
 
 
4 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A frequente procura de materiais que possuem um bom desempenho e principalmente de 
baixo custo, é o que vem preocupando principalmente as grandes empresas responsáveis 
por manter o mercado sempre com inovações e grandes tecnologias. 
O mundo atual é um completo campo tecnológico que vem inovando suas mercadorias e 
é por isso que se torna necessário o conhecimento e desenvolvimento de alguns materiais 
para que assim, se torna crescente as qualidades, variações e a segurança dos objetos que 
são usados no cotidiano. 
Cada vez mais vêm recebendo atenções especiais quando se fala de técnica de 
manutenção, comportamento mecânico e algumas aplicações os aços bifásicos, 
multifásicos e os aços TRIP. Estudos comprovam que possuem uma ótima propriedade 
mecânica e um alto nível de resistência. 
Entre os materiais de construção, o aço tem uma posição de relevo, pois combina 
resistência mecânica, trabalhabilidade, disponibilidade e baixo custo. Assim sendo, é fácil 
compreender a importância e a extensão da aplicação dos aços em todos os campos da 
engenharia, nas estruturas fixas, como de edifícios, ponte, como nas móveis, na indústria 
ferroviária, automobilística, naval, aeronáutica etc. Entretanto, para trabalhar 
corretamente com este ou com os demais materiais metálicos, é necessário conhecer as 
suas propriedades, as quais são importantes para realizar trabalhos de projeção estrutural 
e de componentes mecânicos, evitando assim, falhas. 
O aço contém, geralmente, de 0,008% a 2,0% de carbono, definindo sua classificação 
quanto à quantidade desse último. O aço classificado como baixo carbono possui, no 
máximo, 0,30% do elemento, com baixa resistência e dureza e alta tenacidade e 
ductilidade, sendo usinável e soldável, além de apresentar baixo custo de produção, pois, 
geralmente, esse tipo de aço não é tratado termicamente. O de médio carbono apresenta 
de 0,30 a 0,60%, possui maior resistência e dureza e menor tenacidade e ductilidade, em 
relação ao de baixo carbono. Apresenta quantidade de carbono suficiente para receber 
tratamento térmico de têmpera e revenimento, embora o tratamento, para ser efetivo, exija 
taxas de resfriamento elevadas e em seções finas. Por último, o de alto carbono possui de 
0,60 a 1,00% desse elemento, sendo o de maior resistência e dureza. (METALICA, 2019) 
5 
 
 
 
2 REVISÃO DA LITERATURA 
2.1 TESTE DE TRAÇÃO 
O ensaio de tração consiste em aplicar uma carga axial, nas extremidades do corpo de 
prova cujo formato e tamanho são padronizados, seguindo a NBR 6152, como mostra a 
Figura 1. As extremidades da amostra são fixadas a uma máquina de ensaios, responsável 
por aplicar cargas crescentes na direção axial, sendo então, medidas as deformações 
correspondentes, até ocorrer a ruptura do material. (POLAKOWSKI e RIPLING, 1966) 
Este ensaio revela o comportamento do material em relação a aplicação da carga, por 
meio do gráfico tensão x deformação, cuja análise é de fundamental importância, pois um 
produto é formado através da deformação plástica, que ocorre devido as imperfeições 
presentes na estrutura cristalina dos materiais. As imperfeições possibilitam o 
escorregamento de planos atômicos, conformando assim os metais e ligas. (CALLISTER, 
1999) 
Sua ampla utilização na indústria de componentes mecânicos deve-se à vantagem de 
fornecer dados quantitativos das características mecânicas dos materiais, como: Tensão 
máxima (τmáx), tensão de escoamento (τesc), deformação (ε), e estricção (φ). 
Deformação: A deformação é representada pelo aumento percentual do comprimento 
final do corpo de prova após o ensaio em relação ao seu comprimento inicial. 
ε =
𝐿𝑓 − 𝐿𝑖
𝐿𝑖
𝑥100 =
𝐶𝑜𝑚𝑝. 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 (𝑚𝑚) − 𝐶𝑜𝑚𝑝. 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙(𝑚𝑚)
𝐶𝑜𝑚𝑝. 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 (𝑚𝑚)
𝑥100 
Tensão máxima: A tensão máxima (ou limite de resistência a tração) serve para 
especificar os materiais, da mesma forma que a análise química identifica os materiais. 
τmáx =
𝐹𝑚á𝑥
𝐴i
=
𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎 (𝐾𝑔𝑓)
Á𝑟𝑒𝑎 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 (𝑚𝑚2)
 
Tensão de escoamento: O limite de escoamento do material é utilizado quando, após a 
consideração de um coeficiente de segurança, como garantia de que o metal especificado 
trabalhará no regime elástico, pois a deformaçãoplástica deverá ser evitada. (SENAI, 
1997). 
τesc =
𝐹𝑒𝑠𝑐
𝐴i
=
𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝐾𝑔𝑓)
Á𝑟𝑒𝑎 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 (𝑚𝑚2)
 
6 
 
 
 
Ductilidade: todo material que é capaz de se submeter a grandes deformações antes da 
ruptura é chamado de material dúctil. Uma das maneiras de quantificar a ductilidade do 
material é informar a porcentagem da redução da área no instante da quebra. Outra 
maneira de quantificar a ductilidade é, por meio da estricção, que é a redução porcentual 
da área da seção transversal do corpo de prova na região onde ocorre a ruptura. Quanto 
maior for a porcentagem de estricção, maior será a ductilidade do material 
(HIBBELER,2004). 
φ =
𝐴𝑖 − 𝐴𝑓
𝐴𝑖
𝑥100 =
Á𝑟𝑒𝑎 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 (𝑚𝑚2) − Á𝑟𝑒𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 (𝑚𝑚2)
Á𝑟𝑒𝑎 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 (𝑚𝑚2)
𝑥100 
2.2 METALOGRAFIA 
A mobilidade de discordâncias dos planos cristalinos, pode ser alterada por fatores como, 
composição e processamento de obtenção do aço. Havendo então, relação direta entre as 
características microestrutural do material e suas propriedades mecânicas. E isto, pode 
ser visto na Figura 2.2.1, em que cada tipo de aço, apresentam comportamentos gráficos 
de tensão por deformação diferentes, de acordo com a porcentagem de carbono (HOWE, 
2000). 
Figura 2.2.1: Diagrama de Tensão-deformação para quatro tipos diferentes de aço 
 
Fonte: FEPESE – Engenheiro (CELESC) 
 
A microestrutura do material pode ser analisada após realizarmos um ensaio 
metalográfico. A metalografia microscópica (ou micrografia dos metais) estuda os 
produtos metalúrgicos, com o auxílio do microscópio, visando à determinação de seus 
7 
 
 
 
constituintes e de sua textura, pondo assim em evidência os diversos grãos de que é 
formado. As etapas básicas são: corte, embutimento, lixamento, polimento, ataque 
químico e análise. A amostra deve ser representativa do material da peça que deseja 
analisar e deve ter área de 1 a 2 cm², que não pode sofrer alterações, aquecimento acima 
de 100° C e nem deformação plástica. COLPAERT,1989 
Por meio da metalografia, pode-se identificar através do percentual de microestruturas 
como perlita, cementita, martensita, bainita, ferrita e outras, o tipo de material que está 
sendo testado. 
2.3 DUREZA VICKERS 
Atualmente, a técnica de indentação está estabelecida como uma metodologia simples e 
versátil para avaliação da dureza superficial. Os ensaios de indentação consistem em 
comprimir lentamente um penetrador esférico (Brinell) ou piramidal (Vickers), de um 
material rígido, sobre uma superfície plana, quase sempre polida e limpa, de uma amostra 
a ser analisada, através de uma carga P, durante um determinado intervalo de tempo. 
Como o penetrador é um diamante, ele é praticamente indeformável e sendo suas 
impressões semelhantes, não importando o tamanho, a dureza Vickers (H) é independente 
da carga, ou seja, dentro de certos limites o valor da dureza obtida é o mesmo qualquer 
que seja a carga usada, para materiais homogêneos. Esta compressão provocará uma 
impressão permanente na superfície da amostra com o formato do indentador. A dureza 
da amostra ensaiada (HV) pode ser definida como o quociente entre a carga aplicada e a 
área da impressão superficial. (Dias, 2004) A Figura 2.3.1 ilustra um indentador piramidal 
Vickers de base quadrada com ângulo de abertura entre as faces de 136° aplicando uma 
força em uma amostra de material, mostra também o formato da impressão obtido após 
aplicação da carga. Utiliza-se uma carga de 1 até 100kgf, e durante o teste é necessário 
aplicar a carga total durante um período de 10 a 15 segundos. (Mascarenhas, 2016) 
8 
 
 
 
Figura 2.3.1: Impressão de indentador Vickers 
 
Fonte: CIMM - Teste da Microdureza 
Após a indentação no material, é necessário auxílio de um microscópio para medir as 
diagonais feitas pelo diamante na peça. Após coleta dos valores, se calcula a média 
aritmética entre os valores d1 e d2 para chegar num valor ‘d’, e depois se calcula a área 
da superfície inclinada da indentação. Podemos resumir a fórmula do cálculo de dureza 
conforme a seguinte fórmula: 
𝐻𝑉 =
2𝐹 sin(136°/2)
𝑑²
 ≅ 1,854 
𝐹
𝑑2
=
𝐹𝑜𝑟ç𝑎 (𝐾𝑔𝑓)
𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝑑 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑎𝑠 𝑑𝑖𝑎𝑔𝑜𝑛𝑎𝑖𝑠 (𝑚𝑚)
 
Uma das principais vantagens do teste de dureza vickers é a utilização de apenas um tipo 
de indentador para todos os tipos de superfícies e materiais, sendo aplicável do mais duro 
até o mais mole, pois existe uma ampla faixa de ajuste de carga. Porém em contrapartida 
é um equipamento de custo mais elevado em relação a máquinas de ensaio Brinell e 
Rockwell. (Dias, 2004) 
 
 
 
 
9 
 
 
 
3 PLANEJAMENTO / DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL 
3.1 ENSAIO DE TRAÇÃO 
Antes de começar o experimento, foi marcado o corpo de prova, em seu comprimento 
útil, na parte inferior e superior, para fins de medir o alongamento do corpo de prova após 
ensaio, foi também realizado a medição do diâmetro útil com auxílio de um paquímetro 
a fim de calcular a área e assim obter a estricção do material, medições podem ser vistas 
conforme ilustra figura 3.1.1: 
Figura 3.1.1: Medições realizadas no corpo de prova 
 
Fonte: HASSMANN (2016) 
Em seguida, o corpo de prova foi acoplado na máquina e fixado em suas duas 
extremidades através de sua rosca M12 conforme mostra figura 3.1.2 Após sua fixação 
corpo foi tracionado a uma velocidade de 10 mm/min e rompeu como mostra a figura 
3.1.3: 
10 
 
 
 
 
 Fonte: Própria (2019) Fonte: Própria (2019) 
Para o ensaio foi usado uma máquina eletromecânica universal de testes EMEC com 
capacidade de 300 kN. Após o material se romper, foi possível medir o comprimento e o 
diâmetro final do material conforme figuras 3.1.4 e 3.1.5: 
Figura 3.1.4: Corpo de prova posicionado para medição do comprimento útil 
 
Fonte: Própria (2019) 
Figura 3.1.2: Corpo de prova posicionado para dar início ao teste Figura 3.1.3: Corpo de prova rompido após aplicação da carga 
11 
 
 
 
Figura 2.1.5: Medição do diâmetro útil do corpo de prova 
 
Fonte: Própria (2019) 
A máquina fica conectada a um computador com o qual pode-se gerar o gráfico de tensão 
e deformação, além de fornecer os dados com os valores de forças e variação de 
alongamento, ao longo do experimento. 
3.2 METALOGRAFIA 
Para realizar o experimento, primeiramente foi necessário cortar uma amostra do corpo 
de prova, com uma serra manual. Em seguida, foi realizado o embutimento do corpo de 
prova com o BAQUELITE, através da máquina ARATEC PRE-30, com uma pressão 
alternada entre 100 e 150 kgf/cm², durante 15 minutos totais (10 min de aquecimento e 5 
min de resfriamento). Após este processo, foi usado a máquina AROTEC AROPOL 2V 
para que fosse feito o lixamento da peça, em ordem crescente com as seguintes lixas 
d'água: 80, 120, 320, 600 e 1200, até que a peça fique em condições de ser polida, no 
caso, sem riscos na face do material. Após lixada, para se ter um excelente acabamento 
superficial, foi realizado o polimento da peça com auxílio de uma máquina Politriz 
Metalográfica, foram usados abrasivos a base de diamante de 0,03 e 0,01 µm. Para 
finalizar o processo de metalografia, fez-se o ataque químico na peça com uma solução 
de Nital 4%, Ácido nítrico 4% e Álcool absoluto, durante exatos 6 segundos e após retirá-
lo do mergulho foi borrifado álcool na face da peça para remover a solução. Logo em 
seguida, o material foi lavado em água corrente e secado com um secador, tomando os 
12 
 
 
 
cuidados necessários para não interferir na face recém polida. A caracterização 
microestrutural foi feita com um microscópio modeloBX41M-LED – OLYMPUS, com 
um aumento de 100x. A seguir, pode-se observar na Figura 3.2.1, a sequência realizada 
do processo de metalografia: 
Figura 3.2.1: Sequência do processo de metalografia, com maquinário e ferramentas. 
 EMBUTIMENTO LIXAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 POLIMENTO ATAQUE QUÍMICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
MICROSCOPIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Própria (2019) 
3.3 ENSAIO DE DUREZA VICKERS 
Para realizar o ensaio de dureza vickers, primeiramente foi analisado se a amostra que 
estava embutido no BAQUELITE estava higienizada e limpa como também a superfície 
fixadora do durômetro, para assim ter uma certeza que o indentamento do material não 
tivesse nenhum vestígio de impureza que fosse atrapalhar o ensaio. 
 
Figura 3.3.1: Corpo de prova depois de polido, limpo e pronto para indentação 
 
Fonte: Própria (2019) 
 
14 
 
 
 
O instrumento usado para realizar a indentação foi o DURÔMETRO 
MICROVICKERS LEIZ, apresentado na figura 3.3.2, ele possui um indentador de 
diamante no formato de pirâmide de base reta quadrada e ângulo de 120° entre suas faces 
opostas. Foi realizado 5 indentações no material para obter um resultado mais confiável 
com uma carga total de 200g, durante 15 segundos. Em seguida foi liberada a carga e 
movido do indentador para a lente com zoom de 400x onde foi possível observar a 
indentação no material. 
Figura 3.3.2: Durômetro microvickers leiz 
 
Fonte: Própria (2019) 
Foi analisado a indentação por meio da lente ocular do durômetro e em seguida pudemos 
realizar as medições através da escala vertical e da horizontal (nônio), a qual foi observada 
em mícrons (µ). 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
Através da análise metalográfica foi possível observar um aço hipoeutetóide, observado 
também que o material não possui elementos de liga e não apresenta nenhum tipo de 
tratamento térmico, devido a presença de uma microestrutura com somente ferrita e 
perlita, como mostra a Figura 4.1, onde as partes claras referem-se a estrutura ferritica, 
enquanto a escura, a perlitica. 
Figura 4.1: Imagem metalográfica do material com zoom de 500x 
 
Fonte: Própria (2019) 
Conforme mostra imagem 4.2, foi possível analisar que a fabricação do material foi 
através de conformação mecânica devido a orientação das perlitas estarem equiaxiais, ou 
seja, estão orientadas de mesma forma em relação ao eixo, acomodando-se à ferrita 
conforme o processo de conformação, possívelmente se o mateiral fosse fundido ele 
apresentaria uma orientação mais dispersa. 
16 
 
 
 
Figura 4.3: Imagem metalográfica do material com zoom de 100x 
 
Fonte: Própria (2019) 
Com o teste de tração realizado no laboratório foram obtidos os seguintes valores: 
Tabela 1: Valores obtidos antes e após teste de tração 
Diâmetro I Diâmetro F F Máx F Esc Lo Lf 
8 mm 5 mm 2339 kgf 1533 kgf 40 mm 50,8 mm 
Fonte: Própria (2019) 
Tabela 2: Valores obtidos no teste de tração através dos cálculos 
Área I Área F T Máx T Esc 
Deformação 
(%) 
Estricção 
(%) 
50,26 mm² 19,63 mm² 456 MPa 321 MPa 27 60,94 
Fonte: Própria (2019) 
O aço SAE 1020 tem sua microestrutura composta por perlitas e ferritas, tornando-o 
altamente dúctil (visivelmente notável durante o ensaio de tração) e tenaz, porém com 
baixa resistência mecânica. De modo geral, esse aço possui uma tensão de escoamento 
em 275 Mpa, tensão máxima entre 415 Mpa e 550 Mpa e deformação entre 25% a 30%. 
Os resultados do ensaio de tração realizado em laboratório respeitaram todos os limites 
citados acima, exceto a tensão de escoamento, que obteve um resultado de 321Mpa. 
Essas características do SAE 1020 permitem que ele seja utilizado em alguns 
componentes mecânicos como engrenagem, eixos, pinos guias, entre outros. 
17 
 
 
 
Tabela 3: Tabela das indentações medidas por mícrons 
Fonte: Própria (2019) 
Tabela 4: Tabela dos valores obtidos através dos cálculos 
SX (d) Desvio 
padrão 
SX (HV) Desvio 
padrão 
X (d) Média µm X (HV) Média HV 
1,896 14,00 46,22 174,30 
Fonte: Própria (2019) 
O fator que afeta a dureza de um aço carbono é a quantidade de perlita, que é relacionada 
com a quantidade de carbono em sua composição. Dessa forma, quanto menor a 
quantidade de carbono, menor a dureza. 
Assim, analisando a média dos resultados de 174,27 HV, temos um aço de baixo carbono 
(carbono menor que 0,30%). O aço de baixo carbono que entra nessa faixa de dureza 
medida é o aço SAE 1020, que atinge uma dureza de aproximadamente 176 HV 
(CONTECC,2016) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Indentações (µm) Dureza Vickers (HV) 
Primeira indentação 43,9 192,44 
Segunda indentação 45,5 179,14 
Terceira indentação 46,6 170,7 
Quarta indentação 49,1 153,84 
Quinta indentação 46,0 175,27 
Média 46,22 174,27 
18 
 
 
 
 
 
 
5 CONCLUSÃO 
Através da metalografia foi possível observar de forma nítida a distribuição da perlita e 
ferrita no aço, e relacionar a um material não tratado termicamente e nem com elementos 
de liga. Foi feito teste de dureza vickers e foi verificado que o material possui 
característica de um material com baixo teor de carbono, através dos valores de limite de 
escoamento, tensão máxima, estricção e alongamento obtidos no teste de tração, foi visto 
que o material se trata de um aço SAE 1020, com propriedades, como a ductilidade e o 
alongamento, se destacando em regime elástico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
 
 
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 
 
DIAS, A.M.S. Análise Numérica do Processo de Fratura no Ensaio de Indentação 
Vickers em uma Liga de Carboneto de Tungstênio com Cobalto. 2004. Tese de 
Doutorado (Curso de Pós-Graduação em Engenharia Metalúrgica e de Minas) - 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, 2004. 
MASCARENHAS, RAFAEL. Como é feito o teste de dureza Vickers?. GURU, 6 ago. 
2016. 
CENTRO DE INFORMAÇÕES METAL MECÂNICA, CIMM. Teste da Microdureza. 
1997. Disponível em: https://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/6560-teste-da-
microdureza. Acesso em: 17 out. 2019. 
POLAKOWSKI, N.H.; RIPLING, E.J. Strength and structure of engineering 
materials. USA. PrenticeHall, Inc. 1966 
CALLISTER, W. D. Ciência e Engenharia dos Materiais: Uma Introdução. Rio de 
Janeiro: LTC, 1999. 
HOWE, A.A. Ultrafine Grained Steels: Industrial Perspectives. Materials Science and 
Technology, 16:11, November-December 2000, p. 1264-1266. 
SOLDAGEM – COLEÇÃO TECNOLÓGICA SENAI – 1ª ED. 1997, SENAI. Ensaio 
mecânico: Tração, 2013. 
COLPAERT, P. H. Metalografia dos Produtos siderúrgicos comuns. 3. ed. São Paulo: 
Editora Edgard Blucher Ltda., 1989. 
HASSMANN , Augusto. ESTUDO COMPARATIVO DE AÇO-CARBONO 
MICROLIGADO E AÇOS-CARBONO LIGADOS PARA FABRICAÇÃO DE 
PARAFUSOS FORJADOS A FRIO. 2016. TCC (CURSO DE ENGENHARIA 
MECÂNICA) - CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES, 2016. 
20 
 
 
 
GIASSI, Ferro & Aço. Qual a especificação dos aços 1020 e 1045?, 2019. Disponível 
em: https://giassiferroeaco.com.br/qual-a-especificacao-dos-acos-1020-e-1045/. Acesso 
em: 17 out. 2019. 
CONGRESSO TÉCNICO CIENTÍFICO DA ENGENHARIA E DA AGRONOMIA, 
2016, Rafain Palace Hotel & Convention Center- Foz do Iguaçu - 
PR. MICROESTRUTURA E MICRODUREZA DO AÇO SAE 1020 EM 
DIFERENTES TRATAMENTOS TÉRMICOS, 2016. 
BRANCO, F. K.. Influência da Microestrutura na Anisotropia de Chapas Metálicas 
de Diferentes AçosEstruturais. 2007. Projeto de Iniciação Científica; 2007, FEI, 
Centro Universitário da FEI, São Paulo, 2007. 
PORTAL METÁLICA (Brasil). Disponível em: Acesso em: https://metalica.com.br/o-
que-e-aco-carbono-2/ 17 out. 2019. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
 
 
 
ANEXOS 
 
 
Figura 2.2.1: Diagrama de Tensão-deformação para quatro tipos diferentes de aço 
Fonte: FEPESE – Engenheiro (CELESC) 
 
 
Figura 2.3.1: Impressão de indentador Vickers 
Fonte: CIMM - Teste da Microdureza 
 
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Figura 3.1.1: Medições realizadas no corpo de prova 
Fonte: HASSMANN (2016) 
 
 
Figura 3.1.2: Corpo de prova posicionado para dar início ao teste 
Fonte: Própria (2019) 
 
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Figura 3.1.3: Corpo de prova rompido após aplicação da carga 
Fonte: Própria (2019) 
 
 
Figura 3.1.4: Corpo de prova posicionado para medição do comprimento útil 
Fonte: Própria (2019) 
 
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Figura 4.1.5: Medição do diâmetro útil do corpo de prova 
Fonte: Própria (2019) 
 
 
 
Figura 3.3.1: Corpo de prova depois de polido, limpo e pronto para indentação 
Fonte: Própria (2019) 
 
 
 
 
 
 
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Figura 3.2.1: Sequência do processo de metalografia, com maquinário e ferramentas. 
Fonte: Própria (2019) 
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Figura 3.3.2: Durômetro microvickers leiz 
Fonte: Própria (2019) 
 
 
Figura 4.1: Imagem metalográfica do material com zoom de 500x 
Fonte: Própria (2019) 
 
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Figura 4.5: Imagem metalográfica do material com zoom de 100x 
Fonte: Própria (2019)

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