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AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO cc tutela antecipada

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AO JUÍZO ESTADUAL DA ... VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL DO RIO DE JANEIRO
MARIA SOLEDADE, brasileira, estado civil, profissão, portadora do CPF nº ..., RG nº..., endereço eletrônico ..., residente e domiciliada na rua..., nº ..., cidade ..., CEP..., vem, por meio de sua advogada devidamente qualificada na procuração anexa, cujo endereço servirá para eventuais intimações, propor:
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO - PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA
Com base no art. 539 e seguintes do CPC, pelo rito especial, em face de HEITOR GARCIA, brasileiro, estado civil, profissão, CPF nº..., RG nº..., endereço eletrônico desconhecido, domicílio e residência não sabidos e incertos, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I - DOS FATOS
A autora e o réu celebraram contrato de compra e venda de uma máquina de cortar grama, no valor de R$ 1.000, com pagamento na forma de cheque nº 007 da agência 507 do banco X, elegendo para tanto o foro da cidade de Rio de Janeiro para dirimir quaisquer conflitos.
Ocorre que por desemprego posterior da autora, esta se viu sem poder adimplir sua obrigação para com o réu. Em face da inadimplência, o cheque foi devolvido por duas vezes, acarretando posteriormente a negativação do seu nome.
Contudo, após 10 meses da inadimplência, a autora voltou a trabalhar e, possuindo atualmente condições financeiras, deseja saldar a dívida objeto da relação jurídica aqui citada, retirando o nome seu nome dos cadastros de restrição.
Entretanto, a parte ré não mais reside no domicílio declarado no contrato, tendo a autora diligenciado à sua procura, sem qualquer indício de seu paradeiro. Por este motivo, não tendo como adimplir diretamente a dívida ao réu, interpõe a presente ação.
II - DO DIREITO
a) DA EXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA ENTRE AUTOR E RÉU – A DÍVIDA EXISTENTE E O INTERESSE DE QUITAÇÃO
A relação jurídica entre a autora e réu está demonstrada através do contrato de compra e venda anexa a esta petição, bem como cópia do cheque de nº cheque nº 007, da Agência nº 507, do Banco X, emitido por Maria Soledade para o pagamento da dívida, cheque este que foi pós-datado para ser depositado em 30 dias.
Ocorre que, conforme já relatado, a Sr. ª Maria Soledade deseja quitar o seu débito, estando impossibilitado em face de desconhecer o paradeiro atual da parte ré. Diante o exposto, tal desconhecimento não pode impossibilitar a desobrigação da dívida, tendo em vista possuir a autora condições financeiras e interesse em quitá-las.
Neste sentido, o ordenamento jurídico pátrio contém dispositivos que protegem o credor na situação aqui posta, permitindo, desde que efetuado o pagamento, que se desonere da dívida existente. Senão vejamos o que dispõe o art. 334 e 335 do Código Civil: 
Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais.
Art. 335. A consignação tem lugar:
(...)
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
De fato, restou demonstrado que o credor está residindo em local incerto e não sabido, se adequando a situação concreta aqui tratada ao dispositivo acima transcrito.
Nota-se que, visando não prejudicar o credor que tem interesse no pagamento, é perfeitamente possível que o mesmo extinga a dívida existente, desde que respeitados os pressupostos legais. Neste sentido, o Código de Processo Civil também traz disposições relativas à questão, inclusive estabelecendo procedimento especial para andamento do feito. Vejamos o que dispõe a norma citada:
Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida.
Art. 546. Julgado procedente o pedido, o juiz declarará extinta a obrigação e condenará o réu ao pagamento de custas e honorários advocatícios.
As normas acima disposta corroboram tudo o que foi exposto, devendo a presente ação ser julgada procedente com a extinção da obrigação.
b) DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
Conforme explano ao longo desta peça, o nome da autora encontra-se incluso em cadastro de restrição. A manutenção de tal situação acarreta prejuízo grave, que fica impossibilitada, enquanto mantido o status quo atual, de realizar operações no mercado.
Neste sentido, vem a parte autora requerer que Vossa Excelência se digne a antecipar a tutela pretendida, no sentido de excluir imediatamente o nome da Sr. ª Maria Soledade dos cadastros de restrição.
É sabido que o Código de Processo Civil, ao regular o instituto da tutela de urgência assim dispõe:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.
Logo para que possa ser deferido o pedido, necessário que haja demonstrada a probabilidade do direito, o que já se fez no tópico anterior, pois demonstrada a impossibilidade do pagamento e o desejo da credora em satisfazê-lo.
Ademais, também está existente o perigo de dano, pois a manutenção do nome da autora no cadastro de restrição, a cada dia, a priva de manter relacionamento junto às instituições financeiras bem como outros tipos de relacionamento com empresas comerciais.
Por tais motivos é que se pugna pela antecipação de tutela para determinar a imediata retirada do nome da Sr. ª Maria Soledade dos cadastros de restrição de crédito.
III - DOS PEDIDOS
Em face de todo o exposto, vem respeitosamente a presença da vossa excelência requerer:
Deferimento da Ação de Consignação em Pagamento, para confirmar a antecipação de tutela e declarar extinta a obrigação pelo pagamento, em conformidade com o art. 546 do CPC;
Que o réu seja citado por edital, em conformidade com o art. 256, II do CPC, para receber o pagamento ou contestar no prazo de 15 dias;
Que seja concedida tutela antecipada com determinação da retirada do nome de Maria Soledade dos cadastros de inadimplentes;
A condenação o Réu ao pagamento das custas processuais e os honorários sucumbenciais em 20%;
A produção de todas as provas em direito admitidas, em especial a documental, cujos documentos requer, desde já, a juntada. 
IV – VALOR DA CAUSA
Dar-se-á o valor da causa em R$ 1.000,00 (Hum mil reais).
Termos em que, pede deferimento.
Rio de Janeiro /data
Nome do advogado
OAB/XXXX

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