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CONCEITOS BÁSICOS DE QUALIDADE E SEGURANÇA DO PACIENTE Profª. Rochelle Costa O que é QUALIDADE? QUALIDADE É um conceito subjetivo, é o modo de ser, é a propriedade de qualificar os mais diversos serviços, objetos, indivíduos etc. Conjunto de atributos que formam o todo. Do latim qualitate. Está relacionado às percepções de cada indivíduo e diversos fatores como cultura, produto ou serviço prestado. André Jun Nishizawa QUALIDADE NOS SERVIÇOS DE SAÚDE • RE 2606/06 – dispõe sobre as diretrizes para elaboração, validação e implantação de protocolos de reprocessamento de produtos médicos; • RE 2605/06 – estabelece a lista de produtos médicos enquadrados como de uso único proibidos de ser reprocessados; • RDC Anvisa nº 156/06 – dispõe sobre o registro, rotulagem e reprocessamento de produtos médicos; • Publicação da RDC 08/2009: medidas para redução da ocorrência de infecções por Microbactérias de Crescimento Rápido - MCR em SS QUALIDADE NOS SERVIÇOS DE SAÚDE • Publicação da RDC 02/2010 – gerenciamento de tecnologias em saúde em estabelecimentos de saúde; • RDC 42/2010: disponibilização de preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos em serviços de saúde; • Publicação da RDC Nº. 63/2011 – dispõe sobre as Boas Práticas em Serviços de Saúde (foco na QUALIDADE); • Publicação da RDC nº 06/2012 – Boas Práticas de Funcionamento para as Unidades de Processamento de Roupas; • Publicação da RDC nº 15/2012: requisitos de Boas Práticas para o processamento de produtos para saúde. O que é Segurança do Paciente? Modelo de James Reason • O vetor, mostrado na figura, representa que o risco não encontrou barreira e atingiu o paciente. • As barreiras que impedem que o risco atinja o paciente podem ser: profissionais atualizados; uso de protocolos clínicos; uso de check list cirúrgico; protocolos de higiene das mãos; dose unitária de medicamentos etc. O MODELO DO QUEIJO SUÍÇO mostra uma abordagem sistêmica para gerenciar o erro ou a falha. Quando não há camadas de queijo (barreiras), os buracos se comunicam. NOVAS DIRETRIZES DE REGULARMENTAÇÃO EM SERVIÇOS DE SAÚDE • Foco na adoção de Boas Práticas; • Encontrar a medida certa entre o Padrão Ouro X Padrão Mínimo; • Foco nos processos de trabalho como Pontos Críticos de Controle; • Considerar as diferenças regionais e a complexidade dos riscos envolvidos no processo de produção; • Enfrentar a ilegalidade dos serviços de saúde; • Promover a ação discricionária das Vigilâncias Sanitárias. ALIANÇA MUNDIAL PARA SEGURANÇA DO PACIENTE • O Brasil faz parte da Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2004. • O objetivo da aliança é adotar medidas de melhoria no atendimento ao paciente e aumentar a qualidade dos serviços de saúde. • Ao lado dos outros países que aderiram à aliança, o Brasil está politicamente comprometido com esses propósitos da OMS para o monitoramento e prevenção de danos na assistência a saúde. ALIANÇA MUNDIAL PARA SEGURANÇA DO PACIENTE Em 2005 determinou seis metas internacionais de segurança: • Meta 1 - Identificar os pacientes corretamente – Falhas no processo de identificação dos pacientes podem causar erros graves como a administração de medicamentos e cirurgias em “pacientes errados”. ALIANÇA MUNDIAL PARA SEGURANÇA DO PACIENTE • Meta 2 - Melhorar a efetividade da comunicação entre profissionais da assistência – Erros de comunicação entre os profissionais da assistência podem causar danos aos pacientes. ALIANÇA MUNDIAL PARA SEGURANÇA DO PACIENTE • Meta 3 - Melhorar a segurança de medicações de alta vigilância (high- alert medications) – A preocupação não se concentra somente em medicamentos como psicotrópicos ou quimioterápicos; soluções de eletrólitos em altas concentrações para uso endovenoso são potencialmente perigosas. ALIANÇA MUNDIAL PARA SEGURANÇA DO PACIENTE • Meta 4 - Assegurar cirurgias com local de intervenção correto, procedimento correto e paciente correto – Cirurgias ou procedimentos invasivos em locais ou membros errados são erros totalmente preveníveis decorrentes de falhas na comunicação e na informação. ALIANÇA MUNDIAL PARA SEGURANÇA DO PACIENTE • Meta 5 - Reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde – A OMS estima que, entre 5% e 10% dos pacientes admitidos em hospitais, adquirem uma ou mais infecções. A higiene das mãos, de acordo com as diretrizes atuais da OMS ou do Center for Disease Control, é uma medida primária preventiva. ALIANÇA MUNDIAL PARA SEGURANÇA DO PACIENTE • Meta 6 - Reduzir o risco de lesões aos pacientes, decorrentes de quedas. Evidências Científicas • Queda; • Administração incorreta de medicamentos; • Falhas na identificação do paciente; • Erros em procedimentos cirúrgicos; • Infecções; • Mau uso de dispositivos e equipamentos médicos. *Fonte: Fiocruz - Revisão dos estudos de avaliação da ocorrência de eventos adversos em hospitais - Mendes, W. et al. Rev Bras Epidemiol 2005; 8(4): 393-406. Estudos apontam que de cada dez pacientes atendidos em um hospital, um sofre pelo menos um evento adverso como: Fatos reais! Adolescente de 12 anos morreu após ter vaselina injetada no lugar de soro Médicos operam pé errado e paciente se revolta: 'Fui tratado como lixo' Cinco pacientes morreram infectados por bactéria Auxiliar de enfermagem corta parte do dedo de criança em São Paulo DIAGNÓSTICO *Fonte: Fiocruz - Revisão dos estudos de avaliação da ocorrência de eventos adversos em hospitais - Mendes, W. et al. Rev Bras Epidemiol 2005; 8(4): 393-406. A maior parte destas ocorrências poderia ser evitada com medidas para ampliar a segurança do paciente no hospital : PROGRAMA NACIONAL DE SEGURANÇA DO PACIENTE • Comitê Implementação e Monitoramento: representantes do governo, entidades de classe, sociedade civil e universidades . • Criação de Seis protocolos que vão orientar profissionais na ampliação da segurança do paciente nos serviços de saúde . Cirurgia segura; Prática de Higiene das mãos em serviços de saúde; Prevenção de úlceras por pressão; Prevenção de quedas em pacientes hospitalizados; Identificação do paciente; Segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos. Programa Nacional de Segurança do Paciente • Portaria nº 529, de 1 de abril de 2013 e 941/13 – Ministério da Saúde cria o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) para o monitoramento e prevenção de danos na assistência à saúde. • RDC Nº 36/2013 Institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras providências. Objetivos Específicos: • Promover e apoiar a implementação de iniciativas voltadas à segurança do paciente em diferentes áreas da atenção, organização e gestão de serviços de saúde, por meio da implantação da gestão de risco e de Núcleos de Segurança do Paciente nos estabelecimentos de saúde; • Envolver os pacientes e familiares nas ações de segurança do paciente; • Ampliar o acesso da sociedade às informações relativas à segurança do paciente; • Produzir, sistematizar e difundir conhecimentos sobre segurança do paciente; e • Fomentar a inclusão do tema segurança do paciente no ensino técnico e de graduação e pós-graduação na área da saúde. Programa Nacional de Segurança do Paciente Identificação do paciente; Higiene das mãos; Segurança cirúrgica; Segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos; Segurança na prescrição, uso e administração de sangue e hemocomponentes; Segurança no uso de equipamentos e materiais; PSP EM SERVIÇOS DE SAÚDE - ESTRATÉGIAS- Segurança nas terapias nutricionais enteral e parenteral; Comunicação efetiva entre profissionais do serviço de saúde e entre serviços de saúde; Estimular a participação do paciente e dos familiares na assistência prestada. Promoção do ambiente seguro. PSP EM SERVIÇOS DE SAÚDE - ESTRATÉGIAS- PSP EM SERVIÇOS DE SAÚDE - ESTRATÉGIAS- Manter registro adequado do uso de órteses e próteses quando esse procedimento for realizado; Prevenção de quedas dos pacientes; Prevenção de LPP; Prevenção e controle de eventos adversos em serviços de saúde, incluindo as infecções relacionadas à assistência à saúde; 1. Identificação do paciente; 2. Cuidado limpo e cuidado seguro – higienização das mãos; 3. Cateteres e sondas – conexões corretas; 4. Cirurgia segura; 5. Sangue e hemocomponentes – administração segura; 6. Paciente envolvido com sua própria segurança; 7. Comunicação efetiva; 8. Prevenção de queda; 9. Prevenção de lesão por pressão 10. Segurança na utilização de tecnologia. REFERÊNCIAS • BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Implantação do Núcleo de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde – Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde/Agência Nacional de Vigilância Sanitária– Brasília: Anvisa, 2014. • BRASIL. Ministério da Saúde. Anexo 03: Protocolo de segurança na prestação, uso e administração de medicamentos. Protocolo coordenado pelo Ministério da Saúde e ANVISA em parceria com FIOCRUZ e FHEMIG, 2013. • BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Segurança do Paciente. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa - www.anvisa.gov.br • CALIL, Roseli.; LEITE, Adilton Dorival. O desafio é “A Segurança do Paciente”. Implantação do Segundo Desafio Global “Cirurgias Seguras Salvam Vidas” 2011. • Documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente / Ministério da Saúde; Fundação Oswaldo Cruz; Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014. Obrigada!
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