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Lista II - Resovida

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ - UEM
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - CSA
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA - DCO
DISCIPLINA: DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
PROF. ANTONIO CARLOS DE CAMPOS
LISTA DE EXERCÍCIO II – 2016
1. Segundo a CEPAL quais eram as teorias predominantes e como elas justificavam as diferenças de desenvolvimento entre países?
A principal crítica foi feita sobre as vantagens comparativas segundo o qual os países deveriam se especializar naquilo que possuíssem vantagens comparativas de custo, partindo disso os países subdesenvolvidos da América Latina produziriam alimentos e matérias-primas e importariam produtos manufaturados, acreditando que seria capaz de importar os produtos manufaturados com preços reduzidos. Contudo tais benefícios não se evidenciaram empiricamente segundo estudo realizado por economistas latino-americanos, que perceberam que ocorria ao longo dos anos uma deterioração das relações de troca, ou seja, o preço de produtos agrícolas em relação aos industriais caiu mais de 30% em 65 anos.
2. Como pode se explicada a teoria das relações de troca na visão de Raul Prebisch?
Pode ser explicada pela teoria do ciclo, na fase ascendente os preço e renda sobem nos países desenvolvidos o que eleva a demanda por alimentos e matérias prima, no entanto aumentar a oferta de produtos primários exige tempo, logo esta defasagem representa uma incapacidade de responder favoravelmente ou mesmo reduzir a oferta na fase descendente provocando uma diminuição dos preços menos que proporcional.
3. Quais eram as estratégias para o desenvolvimento da América Latina e quais as críticas que esta visão recebeu?
Para Prebisch a industrialização seria efetuada por meio de uma substituição de importações, produzindo internamente o que se importava. E DIVERISIFCAR MERCADO!!
Também atentavam para os seguintes pontos:
•	Compressão do consumo supérfluo, principalmente de produtos importados, por meio do estabelecimento de tarifas elevadas e de restrições quantitativas às importações;
•	Incentivo ao ingresso de capitais externos, principalmente na forma de empréstimos de governo a governo, a fim de aumentar os investimentos, sobretudo para a implantação da infraestrutura básica;
•	Realização de reforma agrária, para aumentar a oferta de alimentos e matérias- primas agrícolas, bem como a demanda de produtos industriais, mediante a expansão do mercado interno; e.
•	Maior participação do Estado na captação de recursos e na implantação de infraestruturas, como energia, transportes, comunicações etc.
Porém houve criticas tanto de pessoas do exterior, contrárias à industrialização da periferia, como de grupos nacionais ligados à oligarquia agroexportadora e de outros segmentos, tanto de esquerda, como de direita. A esquerda considerava os objetivos cepalinos conservadores, isto é, vinculados ao grande capital; enquanto os críticos de direita viam o “planejamento governamental” uma estratégia demasiadamente “soviética”.
4. Explicite quais eram os limites da industrialização da América Latina.
O subdesenvolvimento dos países periféricos derivava de fatores externos e internos.
Externos: decorrentes da dependência dos países periféricos aos países centrais, o que resultava na deterioração dos termos de troca, por muitas vezes depender do dinamismo de apenas um produto de exportação.
Logo dependia:
•	Do crescimento da renda externa e das cotações dos produtos agrícolas em mercados manipulados (dependência comercial);
•	Das importações de maquinas e de outros produtos industriais essenciais, cujos preços eram fixados por oligopólios e que tinham tendência para se elevar (dependência tecnológica);
•	De volume das importações dos Estados Unidos e, portanto, de sua política econômica – financeira (dependência financeira).
Tendo ainda o protecionismo norte-americano que gerava dificuldades aos países da periferia.
Internos: decorrentes da concentração fundiária, da reduzida dimensão do mercado interno e da elevada taxa de crescimento demográfico. A agricultura apresentava baixa produtividade, tanto da terra, como da mão-de-obra. A introdução de inovações tecnológicas na agropecuária ficava bloqueada pela presença significativa de vastos latifúndios e de um grande número de minifúndios, ambos improdutivos.
5. Qual era a descrição burguesa do subdesenvolvimento?
Descrevem sendo aqueles países se encontram pura e simplesmente em um estágio de evolução econômica que estaria em atraso com relação àqueles países ditos “desenvolvidos”.
6. Quais eram as condições de dependência dos países ditos subdesenvolvidos?
•	Os países agora desenvolvidos viviam situações diferentes há 50, 100,200 anos. 
•	Não eram dependentes economicamente;
•	Suas estruturas produtivas não eram hipertrofiadas e nem eram fortemente penetradas por capital estrangeiro;
•	Não eram apenas fornecedores de produtos primários;
•	Não suportavam a carga de pesadas obrigações exteriores (juros, dividendos, royalties pagos a capitalistas estrangeiros);
•	Suas indústrias nascentes não sofriam com a concorrência de indústrias poderosas;
•	Não dependiam de equipamentos para produção vindos do exterior.
•	Ainda que alguns momentos elas não fossem industrializadas elas eram integradas e autocentradas.
7. Quais eram as condições de exploração dos países ditos subdesenvolvidos?
A situação de dependência acontece em dois níveis: políticos e no nível econômico.
Dependência política: Durante muito tempo alguns países foram colonizados, exemplo da Índia que no início do século XVIII não possuía uma significativa inferioridade produtiva. Ou seja, estes países foram submetidos aos interesses das classes dominantes dos países colonizadores. Estes países dependentes politicamente acabam se caracterizando por ser instáveis politicamente e ditatoriais.
Dependência econômica: Pode ser decorrente de dependência política anterior, gerando vínculos de dependência econômica.
Uma das formas de dependência econômica é a comercial. Esta surge do volume e montante limitado do comercio e estreitamente dependentes das exportações para um número limitado de países, e muito limitado de produtos, geralmente em estado bruto. 
Há um dualismo, pois de um lado há um setor ligado ao mercado exterior que é em geral, tecnicamente mais moderno, podendo pertencer ao capital estrangeiro. De outro um setor que satisfaz as necessidades interiores, onde predominam as relações de produção pré-capitalistas. 
Outra forma de dependência é a econômica financeira. Esta surge da penetração na economia do país dependente de capitais provenientes de um país imperialista, assim estes capitais priorizam ramos de atividade indispensável à expansão dos lucros do capital monopolizador do país exportador de capitais.
8. Quais eram as condições de bloqueio dos países ditos subdesenvolvidos?
Diferentes fatores podem bloquear o desenvolvimento econômico dos países ditos ”subdesenvolvidos” em fatores externos e em fatores internos.
Fatores externos: Podem ser apontados os juros ao qual estão submetidos dos países dependentes, que provocam uma evasão muito grande de dólares. Somado a este esta a ação sistemática do grande capital estrangeiro para se opor ao desenvolvimento das forças produtivas desses países dependentes. O açambarcamento (tomar para si) das melhores terras, melhores jazidas minerais, cujos produtos são exportados em estado bruto, utilização das possibilidades de influência que dá a dominação dos aparelhos políticos, bancários, monetários, financeiros, comerciais etc.
Fatores internos: Esses fatores são de natureza econômica, técnica social e cultural.
O fator econômico fundamental é a fraqueza da acumulação que permite um crescimento da renda apenas o equivalente a taxa de população.
O fator social e cultural vem reforçar e sustentar a dos fatores precedentes.
No plano social se verifica que as classes e esses grupos sociais estão pouco inclinados a adotar novas técnicas ou proceder a investimentos produtivos. Os mais pobres não o podem os mais ricos abremmão pelo prestígio, o que caracteriza uma subserviência ao império.
No quesito cultural menciona o espirito rotineiro e o respeito da tradição, o desprezo ao trabalho manual, a ausência de confiança no futuro, o fraco sentido das responsabilidades, a ignorância das possibilidades da técnica. Esta ligada a fatores históricos.
9. A partir do texto de Cardoso e Faletto, quais eram os argumentos dos autores no sentido de afirmar que os países da América Latina tinham condições de prosseguir no processo de desenvolvimento econômico?
Ao terminar a Segunda Guerra Mundial, parecia que alguns países da América Latina estavam em condições de completar o processo de formação de seu setor industrial e de iniciar transformações econômicas capazes de alcançar um desenvolvimento auto-sustentado. Depois de reorganizar a produção e os mercados, alterados pela crise de 1929, certas economias latino-americanas, que haviam acumulado divisas em boas quantidades e que se haviam beneficiado da defesa automática do mercado interno provocada pela guerra, pareciam achar-se em condições de completar o PSI, e iniciar com base firme a produção de bens de capital. Ainda, o mercado interno parecia bastante amplo para estimular o sistema econômico e se contava que a transferência da mão de obra dos setores de baixa produtividade (principalmente campo) para os de alta produtividade seria um fator de ampliação do mercado. Mais tarde, foi considerada também a redistribuição da renda. Isso garantia a continuidade do crescimento, contribuindo para o desenvolvimento. Esses fatores atuando em conjunto, apoiados pela conjuntura econômica, pareciam suficientes para assegurar o automatismo do crescimento, provocado pelo simples estímulo de mercado a partir de certo momento. Passava-se assim, de uma fase em que a industrialização era concebida como um recurso complementar para um processo de desenvolvimento baseado na exportação de produtos primários. A instalação de indústrias exportadoras continuaria sendo necessária para manter a capacidade de importar, mas o sentido fundamental do desenvolvimento seria dado pelo mercado interno.
10. Qual era o papel do mercado interno no processo de desenvolvimento econômico?
Servia para estimular o sistema econômico, assegurar o automatismo do crescimento diante de seu (mercado interno) estímulo, dando o sentido fundamental do desenvolvimento. O pressuposto geral era que as bases históricas da situação latino-americana apontavam para um tipo de desenvolvimento eminentemente nacional. Então, teria de fortalecer o mercado interno e organizar os centros nacionais de decisão de tal modo que se tornassem sensíveis aos problemas do desenvolvimento de seus próprios países.
11. Quais eram os pressupostos para o “novo” passo dos países da America Latina rumo ao de desenvolvimento econômico?
1.	Um mercado interno suficiente para o consumo dos produtos industriais, formado desde o século passado pela integração da economia agropecuária ou mineira ao mercado mundial;
2.	Uma base industrial formada lentamente nós últimos 80 anos, que compreendia indústrias leves de consumo (alimentícias, têxteis) e, em certos casos, a produção de alguns bens relacionados com a economia de exportação;
3.	Uma abundante fonte de divisas constituída pela exploração agropecuária e mineira;
4.	Fortes estímulos para o crescimento econômico, graças ao fortalecimento do setor externo a partir da segunda metade da década de 1950;
5.	A existência de uma taxa satisfatória de formação interna de capitais em alguns países.
Do ponto de vista econômico, parecia que toda política de desenvolvimento deveria concentrar-se em dois pontos:
a)	Na absorção de uma tecnologia capaz de promover a diversificação da estrutura produtiva e de aumentar a produtividade;
b)	Na definição de uma política de inversões que, através do Estado, criasse a infraestrutura requerida por essa diversificação.
As condições estruturais e de conjuntura favoráveis deram margem desde então à crença, comum entre os economistas, de que o desenvolvimento dependeria principalmente da capacidade de cada país para tomar as decisões de política econômica que a situação requeresse. O fortalecimento e a modernização do Estado pareciam os instrumentos necessários para alcançar uma política de desenvolvimento efetiva e eficaz.
12. Por que, com tantas condições favoráveis, a Industrialização por Substituição de Importações (ISI) não foi complementada?
 Em alguns casos, a taxa de crescimento econômico não foi suficiente para dinamizar os setores mais atrasados da economia e tampouco foi possível absorver a pressão que significava o contínuo aumento demográfico. Também contribuiu o tipo de tecnologia adotado nos setores mais modernos, que implicava uma baixa utilização de mão de obra. Entretanto, essas dificuldades não significaram abertamente uma depressão, nem chegaram a produzir as consequências que uma depressão poderia acarretar e que obrigariam a uma revisão das políticas de desenvolvimento adotadas. No plano econômico, tem sido frequente condicionar a possibilidade de desenvolvimento na América Latina à continuação de perspectivas favoráveis para os produtos de exportação; e têm sido precisamente as condições favoráveis do comércio exterior as que perderam impulso depois do boom da Coréia e foram substituídas por conjunturas nitidamente desfavoráveis, que se caracterizam pela contínua deterioração dos termos de intercâmbio. A esses fatos pode atribuir-se, em parte que o processo de crescimento econômico haja sofrido uma diminuição de velocidade. A taxa de aumento do produto bruto alcançou limites apenas suficientes para promover em alguns países a reorganização do sistema econômico, mas não se reorganizaram social e politicamente na direção esperada. Com a diminuição do ritmo de crescimento, com início nos anos 50, teriam reaparecido os antigos problemas do Continente com novos protagonistas sociais ou com os mesmos de sempre, agora com aparência moderna. Não é suficiente substituir a interpretação econômica por uma sociológica. Falta uma análise integrada que forneça elementos para dar resposta de forma mais ampla e matizada às questões gerais sobre as possibilidades do desenvolvimento ou estagnação dos países latino-americanos.
13. O que os autores queriam expressar com o termo “internacionalização do mercado interno”?
Os autores procuram mostrar a autonomia relativa, as contradições e as possibilidades de convergência entre o sistema econômico e o processo político, e acreditam que a compreensão da situação dos países industrializados e dependentes da América Latina requer a análise dos efeitos dessa internacionalização do mercado interno. Essa expressão caracteriza a situação que responde a um controle crescente do sistema econômico das nações dependentes pelas grandes unidades produtivas monopolísticas e oligopolísticas internacionais. Ou seja, os interesses externos enraízam-se cada vez mais no setor produtivo e se alicerçam em alianças políticas que se encontram na população urbana.
14. Utilizando-se do texto de Celso Furtado, quanto ao subdesenvolvimento, explique as relações entre o “olhar estático” e o “olhar dinâmico”.
O olhar estático tem relação com os países “centrais” se desenvolverem especializando-se em setores com elevado e rápido progresso técnico, e países “periféricos” se desenvolverem especializando-se em atividades com vantagens de recursos primários. O olhar dinâmico se refere às profundas relações entre países “cêntricos” e “periféricos”, que eram muito mais complexas do que o tipo de análise do olhar estático.
15. Explique o que é enclave social e enclave produtivo?
Na economia dependente existirá, sob a forma de um enclave social, um grupo culturalmente integrado nos subsistemas dominantes, ou seja, uma minoria dentro do subsistema dependente em condições de reproduzir os padrões de vida de prestígio criados nos subsistemas dominantes. Há, portanto, dois tipos de padrão de consumo dentro dessa mesma economia dependente. O dualismo (quese forma no plano cultural – padrões de consumo em permanente mutação e importados versus padrões de consumo tradicionais – e tende a projetar-se na estrutura do sistema produtivo) tem desde o início uma dimensão cultural. É a industrialização “substitutiva de importações” que transfere essa descontinuidade para a estrutura do aparelho produtivo. O enclave produtivo é caracterizado pela transplantação, do “centro” para a “periferia”, de atividades produtivas ligadas a uma clientela perfeitamente condicionada e sob controle. Assim, tem-se dois padrões de consumo: Padrões de consumo em permanente mutação e importados x Padrões de consumo tradicionais.
16. O que pode ser entendido com a transplantação e sua relação com o desenvolvimento dependente.
O aparelho produtivo, que satisfaz às necessidades da minoria rica do subsistema dependente, longe de constituir um prolongamento do aparelho produtivo tradicional, ou uma transformação deste, instala-se para satisfazer às necessidades de uma clientela que antes se abastecia de importações, caracterizando o enclave produtivo. Do ponto de vista do sistema capitalista considerado globalmente, trata-se de transplantação, do “centro” para a “periferia”, de atividades produtivas ligadas a uma clientela perfeitamente condicionada e sob controle. Tudo se passa como se a ação de diminuição de certos fatores (por exemplo, o declínio relativo da procura de produtos primários antes produzidos para o conjunto do sistema por um subsistema dependente) provocasse modificações estruturais, como seja a descentralização geográfica de atividades manufatureiras. Essa descentralização significa localizar, parcial ou totalmente, na “periferia” a produção física de artigos que continuam a ser criados nos centros dominantes. Como contrapartida, surge a impossibilidade local prática de realizar investimentos na parte do aparelho produtivo que se destina a satisfazer às necessidades da massa da população. Como é através da elevação do coeficiente de capital que se difunde o progresso tecnológico nas formas de produzir, não será de surpreender que a um processo intenso de transplantação de atividades industriais ligadas à minoria rica corresponda uma lenta difusão de técnicas modernas nos demais segmentos do sistema produtivo. Assim, explica-se a aceleração do crescimento do PIB ter arrecadado em algumas partes uma baixa absoluta do nível de vida de grandes massas de população. Assim, a necessidade de produzir para a minoria rica impede uma ampla difusão do progresso tecnológico nos segmentos marginalizados da economia periférica.
17. Caracterize as três fases do desenvolvimento dependente e mostre a relação entre elas.
ACHEI QUE FICOU CONFUSO. NO SLIDE 21 A 27 ESTÁ BEM EXPLICADO. No âmbito das formas tradicionais da dependência (sistema clássico de divisão internacional do trabalho), determinados subsistemas podiam elevar sua produtividade independentemente de modificações nas funções de produção, dadas as vantagens comparativas para exportação e importação, proporcionando também aumento da diversificação do consumo. A expansão do sistema global acarretava a transformação dos subsistemas dependentes. Ocasionalmente penetrava o progresso tecnológico como consequência da elevação de produtividade econômica. Essa penetração estava principalmente ligada à criação de infraestruturas e à intensificação da urbanização. O que sempre acompanhava a elevação da produtividade era a “modernização” dos padrões de consumo da minoria dominante local. Na fase da industrialização “substitutiva”, os fluxos reais entre o “centro” e a “periferia” já não têm o mesmo papel dinamizador, uma vez que já se torna existente o enclave social. Esse papel passa a ser desempenhado pela forte penetração de novas técnicas que traz consigo a descentralização geográfica da atividade manufatureira, com acumulação de capital e concentração de renda. À ocorrência do que ocorria na fase de maximização de vantagens comparativas, os investimentos no setor industrial exigem modificações nas funções de produção com rápida elevação do nível tecnológico do conjunto do subsistema. Instalado o parque industrial, este entra em saturação e o quadro se apresentará mais uma vez modificado. O fator dinamizador passa a ser a difusão de novas formas de consumo, imitadas dos países “cêntricos”. À diferença das economias mais desenvolvidas, nas quais o fator dinamizador é um processo conjugado de adoção e difusão de novas formas de consumo (privado ou público) e de novos processos produtivos, os dois fatores primários interatuando em função das condições de conjunto do sistema, na economia subdesenvolvida, é a importação de formas de consumo em benefício de uma minoria restrita que constitui o principal fator dinamizador. É sabido que nas economias desenvolvidas a difusão dos novos processos produtivos de bens já incorporados ao sistema constitui importante forma de elevação da produtividade. Esse processo vai acompanhado de elevação do nível de vida do conjunto da população, seja mediante a elevação da taxa de salários, com a produtividade média, seja mediante a baixa dos preços relativos dos bens de consumo geral. Dessa forma, “desenvolvimento” (progresso) passou a ser confundido com importações de padrões culturais (“modernização” dos estilos de vida da elite). Nas condições do subdesenvolvimento, esse processo somente se cumpre em sua plenitude com respeito a uma minoria da população. O resto da população é afetado de forma decrescente, em função de sua integração na economia monetária e no mercado de produtos manufaturados. O peso do excedente estrutural de mão de obra faz que a penetração de técnicas sofisticadas nas atividades ligadas ao conjunto da população acarrete um crescimento mais que proporcional da renda dos grupos ricos, cujos gastos devem em consequência aumentar mais que proporcionalmente para que prossiga o processo de difusão de novas técnicas. Cabe, portanto, concluir que a introdução de novos padrões de consumo entre os grupos ricos constitui o verdadeiro fator primário (ao lado da ação do Estado) do crescimento das economias subdesenvolvidas na fase pós-substituição de importações.
18. Por que, a partir destas três fases, segundo Furtado, tem-se desenvolvimento dependente.
	O controle do progresso tecnológico e a possibilidade de impor padrões de consumo, da parte de certas economias, passam a condicionar a estruturação do aparelho produtivo de outras, as quais se tornam “dependentes”. Essa estruturação se processa de forma a permitir que uma minoria dentro do subsistema dependente esteja em condições de reproduzir os padrões de vida de prestígio criados nos subsistemas dominantes. Assim, os três tipos de transformações das economias “periféricas” (vantagens comparativas, substituição de importações e condicionamento das formas de comportamento dos grupos de alta renda) têm em comum a constituição de processos adaptativos em face da evolução estrutural dos centros dominantes. Trata-se, portanto, de uma evolução do próprio processo de dependência, nos quais as economias tradicionais passam a se adaptar diante de modificações nas economias dominantes, formando-se um ciclo.
19. Qual seria o papel do estado para o desenvolvimento “pleno” dos países subdesenvolvidos?
	O papel do estado aponta na direção de centros coordenadores das decisões econômicas, mediante a explicitação de objetivos nacionais e prioridades sociais, e indicação mais ou menos precisa das formas de alcança-los. A ação dos estados vem afetando os vínculos de dependência, em graus diversos e assume em geral as seguintes formas: 
a) apropriação pelo estado de parte substancial dos lucros das empresas internacionais e ou a estatização das filiais, no caso de produção primária para os mercados internacionais; 
b) subordinação das grandes empresa a objetivos precisos de política econômica e efetiva integração na economia nacional dos frutos das inovações tecnológicas;
c) previsão e controle das consequências sociais da penetração do progressotecnológico e seleção de técnicas em função de objetivos sociais explícitos; 
d) controle da comercialização internacional dos produtos primários exportados, o que exige estreita cooperação entre países produtores. 
Na medida em que se esta compreendendo que o subdesenvolvimento é a manifestação de complexas relações de dominação-dependência entre povos, e que tende a autoperpetuar-se sob formas cambiantes, as atenções tenderam a concentrar-se no estudo dos sistemas de poder e suas raízes culturais e históricas. Assim, o dotar-se de centros nacionais de decisões válidos – o que muitas vezes pressupõe amplos processos de reconstrução social – veio a ocupar o primeiro plano das preocupações dos povos dependentes. Essa tomada de consciência da dimensão política da situação de subdesenvolvimento constitui em si mesma um novo e importante dado do problema. 
24. Segundo o texto de Perry Anderson, como e onde ocorreu o início do pensamento neoliberal?
Para Perry Anderson, o neoliberalismo nasceu logo depois da II Guerra Mundial, na Região da Europa e da América do Norte. O início deste pensamento ocorreu de forma a ser uma reação, teórica e política, veemente contra o Estado intervencionista e de bem-estar. O seu texto de origem é “O caminho da Servidão”, de Friedrich Hayek (1944). Seu propósito era combater o keynesianismo e o solidarismo reinantes e reparar as bases de um outro tipo de capitalismo, duro e livre de regras para o futuro. 
25. Quais foram as principais medidas neoliberais adotadas pelos países europeus e EUA, segundo Perry Anderson?
Ao final da década de 70 o governo de Margareth Thatcher, na Inglaterra, foi primeiro regime de um país de capitalismo avançado e publicamente empenhado em pôr em prática o programa neoliberal. Seguido por Reagan (EUA), Khol (Alemanha) e outros. Assim quase todos os países do norte da Europa ocidental viraram direita. 
O modelo inglês foi, ao mesmo tempo, o pioneiro e o mais puro. Os governos de Thatcher contraíram a emissão monetária, elevaram as taxas de juros, baixaram drasticamente os impostos sobre os rendimentos altos, aboliram controles sobre os fluxos financeiros, criaram níveis de desemprego massivos, aplastaram greves, impuseram uma nova legislação antisíndica e cortaram gastos sociais e se lançaram em um amplo programa de privatizações, começando por habitação pública e passando em seguida as indústrias básicas como aço, a eletricidade, o petróleo, o gás e a água. 
Nos EUA, o principal foco era a competição militar com a URSS. Na política interna Reagan também reduziu os impostos em favor dos riscos, elevou as taxas de juros a aplastou a única greve séria de sua gestão. Mas Reagan não respeitou a disciplina orçamentária, elevando os gastos coma Guerra Fria e gerando enorme déficit público. 
26. Quais eram as raízes da crise e suas implicações ao processo de crescimento econômico.
A chegada da crise do modelo econômico do pós-guerra, em 1973, quando todo o mundo capitalista avançado caiu numa longa recessão, combinado, pela primeira vez, baixas taxas de crescimento com altas taxas de inflação, mudou a direção do crescimento econômico. Foi quando as ideias neoliberais ganharam espaço. 
As raízes da crise, segundo Hayek e seus companheiros, estavam localizadas no poder excessivo e nefasto dos sindicatos e de maneira mais geral, do movimento operário, que havia corroído as bases de acumulação capitalista com suas pressões reivindicativas sobre os salários e com sua pressão parasitária para que o Estado aumentasse cada vez mais os gastos sociais. Estes dois processos destruíram os níveis necessários de lucros das empresas e desencadearam processos inflacionários que não podiam deixar de terminar numa crise generalizada das economias de mercado.
27. Qual foi o “remédio” sugerido pelos neoliberais que caberia ao estado?
Segundo o texto de Perry Anderson, com sua visão da Sociedade de Mont Pélerin, o remédio sugerido pelos neoliberais era: manter um Estado forte, sim, em sua capacidade de romper o poder dos sindicatos e no controle do dinheiro, mas parco em todos os outros gastos sociais e nas intervenções econômicas. A estabilidade monetária deveria ser a meta suprema de qualquer governo. Para isso seria necessária um disciplina orçamentária, com concentração dos gastos com bem-estar, e a restauração da taxa “natural” de desemprego, ou seja, a criação de um exército de reserva de trabalhado para quebrar os sindicatos. Ademais, reformas fiscais eram imprescindíveis, para incentivar os agentes econômicos. Em outras palavras, isso significava reduções de impostos sobre os rendimentos mais altos e sobre as rendas. 
28. Defina Economia Espacial e Economia Regional.
Segundo o texto de Ferreira, a Economia espacial leva em consideração a análise da questão “o que ?”, está “Onde ?” e “Por que ?”. Cabe à análise espacial estudar os tipos específicos de atividades econômicas, suas localizações em relação a outras atividades econômicas, ou seja, questionar os problemas relativos à proximidade, concentração e dispersão das atividades e às semelhanças ou diferenças dos padrões de distribuição geográfica dessas atividades. Na análise espacial são feitas duas distinções: a) análise locacional – ou seja, quando a preocupação é com os argumentos ou aglomerações de atividades econômicas, sociais, políticas e administrativas inter-relacionados e próximos, dentro de áreas geográficas que constituem subespaços contínuos do espaço nacional; b) análise regional – trata de relações estruturais complexas dentro das regiões, tendo com unidade básica um conjunto contínuo e contíguo de pontos do espaço geográfico que se denomina região. 
A Economia Regional é o estudo da diferenciação e inter-relação de áreas em um universo, onde os recursos estão distribuídos desigualmente e são imperfeitamente móveis, com ênfase particular na aplicação ao planejamento dos investimentos em capital social básico, para mitigar os problemas sociais criados por essas circunstâncias. Deve analisar o fenômeno espacial como um processo que visa à alocação eficiente de recursos com fins alternativos, de forma convencional. 
29. Como definir região?
O conceito de região deve ser dinâmico, pois as estruturas internas das regiões, que condicionam as extensões de suas áreas, se modificam com o decorrer do tempo. Os espaços econômicos são espaços abstratos, constituídos por conjunto de relações que se referem aos diversos fenômenos econômicos, sociais, institucionais e políticos interdependentes sem envolver, contudo, a localização em eixos cartesianos ortogonais de um ponto, de uma figura ou de um sólido qualquer. As atividades econômicas, sociais e políticas são deslocalizadas, tendo apenas uma dimensão econômica, social e política. 
A região é determinada historicamente, territorialmente contígua e que possui um ambiente físico, sócio ambiental, econômico, político, cultural, diferenciada de outras regiões. **Não sei se está correta no texto está confuso!
30. Apresente os requisitos básicos que o conceito de região deve atender.
Os espaços econômicos tem origem na atividade humana, As relações que se estabelecem quando seres humanos atuam sobre o espaço geográfico na busca de sobrevivência e conforto dão origem aos espaços econômicos. Portanto, os espaços econômicos são espaços abstratos constituídos por relações de natureza econômica, como produção, consumo, tributação, investimento, exportação, importação e migração. 
31. Descreva:
a) Espaço de Planejamento;
Refere-se ao conjunto de atividades de estudo e previsão que servem para a tomada de decisão. Ou seja, o espaço de planejamento de uma empresa é o território abrangido por decisões de compra e por suas decisões de venda. Em resumo, a referência espacial das decisões econômicas, tanto do setor privado quanto do setor: público constitui uma região de planejamento.
b) Espaço Polarizado;
O espaço como campo de forças, ou polarizado, é outro tipo de espaço econômico (abstrato). A polarização, como explica PERROUX, correspondea forças de atração e repulsão e surge devido à concentração de população e produção. Uma empresa exerce poderosas forças de atração sobre o mercado de trabalho e sobre empresas fornecedoras de insumo, e também de repulsão sobre concorrentes. Essas áreas são tipicamente constituídas por um grande pólo urbano que concentra atividades industriais, comerciais e de serviços, em torno do qual gravitam centros muito menores cuja população aufere renda e realiza despesas quase exclusivamente no grande centro.
c) Espaço homogêneo.
Um conjunto homogêneo a partir de variáveis de interesse. O termo região associa-se a ideia de uniformidade homogeneidade. 
32. Mostre sua ideia de um “conceito” de Desenvolvimento Regional.

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