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Perspectivas Futuras para a Educação Brasileira

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Disciplina: História da Educação
Aula 10: Educação e perspectivas para o futuro
Apresentação
Chegamos ao final de nossa viagem pela história da Educação. Nesta aula, após olharmos para o
passado, vamos nos fixar na projeção do futuro que se corporifica na BNCC.
Vamos fazer um exercício para perceber, a partir da LDB n°9394/96, as perspectivas que foram
traçadas para a Educação. Para tal é necessário compreender as legislações recentes e atuais para
a Educação Brasileira, sem, claro, perder de vista o contexto histórico mundial.
Essa comparação é necessária para que possamos enxergar os acertos e avanços, mas também os
erros e atrasos da Educação no Brasil. Vamos, então, começar nossa viagem para o futuro recente
e longínquo?
Objetivos
Analisar as várias reformas ocorridas na organização da Educação brasileira a partir da LDB
n°9394/96 até o estabelecimento da BNCC;
Identificar as perspectivas futuras para Educação compreendendo a necessidade de valorizar
a história construída e a urgência de construir a história futura;
Comparar a Educação Brasileira e suas perspectivas futuras com os modelos educacionais de
outros países.
A Educação e as perspectivas para o
futuro
Para projetar perspectivas futuras para a Educação, é indispensável o conhecimento dos
rumos da Educação a partir da Lei das Diretrizes e Bases (LDB n°9394/96), que foi
assinada pelo, então, Ministro Paulo Renato de Sousa e pelo Presidente Fernando Henrique
Cardoso, em 20 de dezembro de 1996.
Essa LDB está fundamentada nos princípios da Constituição de 1988 que inaugurou o
tempo da democracia, substituindo a Lei n°5692/71 que foi implementada no período da
Ditadura Militar.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 9394/96 aponta em seu artigo 22 para
uma formação do indivíduo que atenda três dimensões de sua condição humana: a
cidadania, o estudo e o trabalho.
A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando,
assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da
cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em
estudos posteriores.
As reformas ocorridas a partir de 1996 no sistema educacional brasileiro trouxeram como
novidade, a ideia de desenvolvimento de habilidades e competências:
Competência e habilidade são dois conceitos que estão relacionados. A habilidade é
conseguir pôr em prática as teorias e conceitos mentais que foram adquiridos, enquanto a
competência é mais ampla e consiste na junção e coordenação de conhecimentos,
atitudes e habilidades.
Criação dos PCN 
Com a criação dos PCN, (incluindo os PCNEM: Parâmetros Curriculares Nacionais para o
Ensino Médio) pretendeu-se apresentar, um canal de auxílio aos professores,
desempenhando, assim, como afirmado na Introdução (p.2):
“(…) o duplo papel de difundir os princípios da reforma curricular e
orientar o professor, na busca de novas abordagens e
metodologias”.
Os mesmos foram organizados no bojo do processo de redemocratização nacional
impulsionados pela Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96.
As questões envolvendo a Ética, a Cidadania e a Identidade são pontos contundentes nos
mesmos, pois creditaram à educação básica, composta pela educação infantil, ensino
fundamental e ensino médio, a promoção de tais comportamentos.
Os Parâmetros podem ser qualificados como orientações explicitamente práticas da
Legislação, pois servem de um importante referencial para aquilo que oficialmente se
espera da Educação, do professor e do aluno — muito embora a essa sua função não
corresponda à necessária clareza conceitual do documento.
1

Leitura
Leia os documentos:
PCN – Introdução
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf> ;
PCN - Educação Infantil
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Educinf/eduinfparqualvol1.pdf>
;
PCN - 1ª a 4ª série <http://portal.mec.gov.br/pnpd/195-secretarias-
112877938/seb-educacao-basica-2007048997/12640-parametros-
curriculares-nacionais-1o-a-4o-series> ;
PCN5ª a 8ª série
<http://portal.mec.gov.br/component/content/article?
id=12657:parametros-curriculares-nacionais-5o-a-8o-series> ;
PCNEM <http://portal.mec.gov.br/conaes-comissao-nacional-de-
avaliacao-da-educacao-superior/195-secretarias-112877938/seb-
educacao-basica-2007048997/12598-publicacoes-sp-265002211> .
A chegada dos PCN marcou as reformas pensadas para a Educação Básica. Outras
mudanças pensadas pelo governo de Fernando Henrique Cardoso permanecem atualmente,
entre elas o aumento de vagas nas escolas, o financiamento de Projetos Educacionais, o
incentivo à formação docente através do FUNDEF (Fundo de Desenvolvimento do Ensino
Fundamental) — substituído pelo FUNDEB (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica)
— e o Exame Nacional do Ensino Médio.
Dentre todas as propostas, os PCN marcaram a época e, de certa forma, ainda que não
tenha força de lei, permearam as ações pedagógicas ajudando a redimensionar os
objetivos da Educação.

Saiba mais
Veja estes dois vídeos e reflita sobre os rumos da Educação.
“A escola que os alunos querem ter - Escola Concept
<https://www.youtube.com/watch?v=h6lctBl2pIg> ”;
“Para que serve o que aprendemos na escola? - Escola Concept
<https://www.youtube.com/watch?v=plGaj9ItKFM> ”.
Ensino por competências e área de
conhecimento
Assim como constatado na introdução, os PCNEM responderam pela intenção de
estabelecer uma base curricular nacional comum e introduz o que passou a ser designado
de ensino por competências.
Considerando exatamente com o termo parâmetros, os PCNEM têm como princípio servir
de referência básica e geral aos professores, coordenadores pedagógicos etc. na
organização e implementação do projeto educativo das escolas, no intuito de garantir uma
base nacional comum ao currículo da educação básica.
Essa proposta contempla, ainda, uma parte diversificada para o desenvolvimento de
projetos e atividades de acordo com as necessidades específicas de cada localidade.

Comentário
Se por um lado esses parâmetros curriculares exigem que se contemplem
determinados conteúdos julgados indispensáveis a uma formação que se quer básica
e que prepare para o exercício da cidadania, por ouro apresenta uma flexibilidade tal
que permite sua adaptação às diferentes realidades brasileiras e aos diferentes
projetos educativos existentes.
1
1997
Foram lançados os Parâmetros Curriculares Nacionais referentes às quatro primeiras séries
da Educação Fundamental.
2
1999
Vieram os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, preparado para
cada disciplina.
3
2000
Foram apresentados os PCN para o Ensino Médio, configurados pelas áreas de linguagens,
códigos e suas tecnologias. A Educação Infantil ainda não era legislada como componente
da Educação Básica.
As disciplinas no PCNEM foram distribuídas de forma que as variadas
áreas do conhecimento fossem contempladas. O próprio termo
tecnologias caracteriza as contribuições de cada uma das áreas para
a proposta curricular.
São elas:
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Inclui as disciplinas conhecidas pelas denominações de Língua Portuguesa, Literatura e
Língua Estrangeira, bem como Artes, Educação Física e Informática.
Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias
Fazem parte as disciplinas Biologia, Física, Química e Matemática.
Ciências Humanas e suas Tecnologias
Inclui o conteúdo das disciplinas de Geografia, História, Sociologia e Filosofia, dialogando
metodologicamente com as demais áreas das Ciências Sociais.
A leitura interdisciplinar dos fenômenos sociais permite a articulação
de fatos, conceitos, processos e tendências de forma
contextualizada, ressaltando-se especificidades.
“Novos desafios do mundo
contemporâneo”
A primeira e principal alusão manifestada pelos PCNEM se refere à preparação para lidar
com os chamados “novos desafiosdo mundo contemporâneo”, que envolvem o
conhecimento de novas tecnologias e a competitividade crescente no mercado de trabalho.
Nas Bases Legais dos PCNEM, a reafirmação constante de que a educação não deve ser
estruturada a partir do acúmulo de conhecimentos, mas na preparação do aluno para o
desenvolvimento da capacidade de lidar com os desafios da sociedade tecnológica:

O volume de informações, produzido em decorrência das novas
tecnologias, é constantemente superado, colocando novos
parâmetros para a formação dos cidadãos. Não se trata de
acumular conhecimentos. A formação do aluno deve ter como
alvo principal a aquisição de conhecimentos básicos, a preparação
científica e a capacidade de utilizar as diferentes tecnologias
reativas às áreas de atuação.
Curriculares Nacionais do Ensino Médio, p. 15.

Saiba mais
Assista ao vídeo “A educação do futuro é agora - Escola Concept
<https://www.youtube.com/watch?v=J2NTQfqvE_U> ”:
A preocupação dos PCNEM com a formação da cidadania acompanha o que prevê a LDB n°
9394/96 em seu artigo 2:
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e
nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Os temas transversais
Os PCNEM indicaram ao professor um caminho facilitador para tornar concretos os
conhecimentos mais abstratos. Neste sentido, os PCN postulam os temas transversais, que
são canais para tal contextualização.
Os temas transversais devem conduzir o professor, em sua ação educativa, a sintonizar o
cotidiano do aluno com a aprendizagem cognitiva.
São eles:
1
Ética
2
Pluralidade cultural
3
Meio ambiente
4
Saúde
5
Orientação sexual
6
Trabalho e consumo
Os temas transversais anunciaram a responsabilidade de formar o
indivíduo para a vivência cidadã, em todas essas dimensões. A ética
é compreendida como o principal tema e permeia os demais.
“Educação um Tesouro a Descobrir”
Para elucidar ainda mais a questão, vele lembrar do Documento: Educação um Tesouro
a Descobrir: Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação
para o século XXI
<http://unesdoc.unesco.org/images/0010/001095/109590por.pdf> .
Ele foi solicitado à equipe liderada por Jacques Delors, para que pudesse refletir os
caminhos da nossa Educação nos anseios e fins da Educação nos países que são ligados à
ONU.
O documento é de 1996 e inspirou a construção do documento que legisla e reflete a
Educação por todo o mundo nos países ligados à ONU. No Brasil, o documento influenciou,
de forma intensa e definitiva os rumos da nossa Educação.
 Jacques Delors, presidente da comissão do relatório.
Disponível em: wikimedia
<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Delors_01.jpg>
. Acesso em: 14 set. 2018.
Veja o que elucida o prefácio:

Ante os múltiplos desafios do futuro, a educação surge como um
trunfo indispensável à humanidade na sua construção dos ideais
da paz, da liberdade e da justiça social. Ao terminar os seus
trabalhos a Comissão faz, pois, questão de afirmar a sua fé no
papel essencial da educação no desenvolvimento contínuo, tanto
das pessoas como das sociedades. Não como um “remédio
milagroso”, não como um “abre-te sésamo” de um mundo que
atingiu a realização de todos os seus ideais mas, entre outros
caminhos e para além deles, como uma via que conduza a um
desenvolvimento humano mais harmonioso, mais autêntico, de
modo a fazer recuar a pobreza, a exclusão social, as
incompreensões, as opressões, as guerras... É evidente, nem
seria necessário recordá-lo, que a Comissão pensou, antes de
mais nada, nas crianças e nos adolescentes, naqueles que
amanhã receberão o testemunho das mãos dos adultos, os quais
tendem a concentrar-se demasiado sobre os seus próprios
problemas. A educação é, também, um grito de amor à infância e
à juventude, que devemos acolher nas nossas sociedades, dando-
lhes o espaço que lhes cabe no sistema educativo, sem dúvida,
mas também na família, na comunidade de base, na nação.
UNESCO, 1996, P.19-20.
Quatro pilares da Educação segundo a
UNESCO
A Comissão definiu e a UNESCO aceitou e divulgou que a Educação deve ser prevista em
quatro pilares:
1
Trata-se de aprender a viver juntos, desenvolvendo o conhecimento acerca dos
outros, da sua história, tradições e espiritualidade. E, a partir daí, criar um espírito
novo que, graças precisamente a esta percepção das nossas crescentes
interdependências, graças a uma análise partilhada dos riscos e dos desafios do
futuro, conduza à realização de projetos comuns ou, então, a uma gestão inteligente e
apaziguadora dos inevitáveis conflitos. Utopia, pensarão alguns, mas utopia
necessária, utopia vital para sair do ciclo perigoso que se alimenta do cinismo e da
resignação. Sim, a Comissão sonha com uma educação capaz de fazer surgir este
espírito novo. Contudo, não esquece os três outros sustentáculos da educação que
fornecem, de algum modo, os elementos básicos para aprender a viver juntos.
2
Em primeiro lugar, aprender a conhecer. Mas, tendo em conta as rápidas alterações
provocadas pelo progresso científico e as novas formas de atividade econômica e
social, há que conciliar uma cultura geral suficientemente vasta, com a possibilidade
de dominar, profundamente, um reduzido número de assuntos. Esta cultura geral
constitui, de certa maneira, o passaporte para uma educação permanente, na medida
em que fornece o gosto e as bases para a aprendizagem ao longo de toda a vida.
3
Em seguida, aprender a fazer. Além da aprendizagem de uma profissão, há que
adquirir uma competência mais ampla, que prepare o indivíduo para enfrentar
numerosas situações, muitas delas imprevisíveis, e que facilite o trabalho em equipe,
dimensão atualmente muito negligenciada pelos métodos pedagógicos. Estas
competências e qualificações tornam-se, muitas vezes, mais acessíveis, se quem
estuda tiver possibilidade de se pôr à prova e de se enriquecer, tomando parte em
atividades profissionais e sociais, em paralelo com os estudos. Daqui, a necessidade
de atribuir cada vez maior importância às diferentes formas de alternância entre
escola e trabalho.
4
Finalmente e acima de tudo, aprender a ser. Era este o tema dominante do relatório
Edgar Faure, publicado em 1972 sob os auspícios da UNESCO. As suas recomendações
continuam a ter grande atualidade, dado que o século XXI exigirá de todos nós grande
capacidade de autonomia e de discernimento, juntamente com o reforço da
responsabilidade pessoal, na realização de um destino coletivo. E ainda, por causa de
outra exigência para a qual o relatório chama a atenção: não deixar por explorar
nenhum dos talentos que constituem como que tesouros escondidos no interior de
cada ser humano. Memória, raciocínio, imaginação, capacidades físicas, sentido
estético, facilidade de comunicação com os outros, carisma natural para animador e
não pretendemos ser exaustivos. O que só vem confirmar a necessidade de cada um
se conhecer e compreender melhor.
A Base Nacional Curricular Comum e as
perspectivas para a Educação
Após os Parâmetros Curriculares Nacionais, a grande novidade para a Educação Brasileira
se tornou a BNCC (Base Nacional Curricular Comum). Trata-se de um documento
normativo para a Educação básica (educação infantil, ensino fundamental e médio).
A BNCC, ao ser elaborada, teve os PCN e as DCNEB (Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Básica <http://portal.mec.gov.br/docman/julho-2013-
pdf/13677-diretrizes-educacao-basica-2013-pdf/file> ) como pano de fundo. No
caso das Diretrizes, qualquer documento ou legislação elaborada para a Educação brasileira
deve levar em conta a mesma.
No entanto, a Base determina e explicita com mais clareza os objetivosde aprendizagem
de cada ano escolar.
Ela será obrigatória em todos os currículos de todas as redes do país, públicas e
particulares, ao contrário dos documentos anteriores, que devem continuar existindo, mas
apenas como documentos orientadores não obrigatórios.

Atenção
Diferente da BNCC, os PCN foram Orientações e não Legislação. Eles não geraram
uma Base Comum, mas apontaram sugestões para um currículo escolar diversificado
e significativo, levando em conta o respeito às diversidades regionais, culturais e
políticas. Após 21 anos os PCN dão lugar à BNCC.
Leia mais sobre a Base Nacional Curricular Comum e as perspectivas para a
Educação <galeria/aula10/anexo/bncc.pdf> .
Competências na Base Nacional
Curricular Comum
A palavra-chave da Base Nacional Curricular Comum é competências . Ela propõe o
desenvolvimento de dez competências que estão distribuídas nas disciplinas curriculares e
que devem, por meio do desenvolvimento das diversas habilidades, serem respondidas
pelas atitudes concretas do aluno em todos os locais de sua convivência.
Ao longo da Educação básica, as aprendizagens essenciais definidas na BNCC devem
concorrer para assegurar aos estudantes o desenvolvimento de dez competências gerais,
que consubstanciam, no âmbito pedagógico, os direitos de aprendizagem e
desenvolvimento.
Cada área do conhecimento tem competências específicas que foram traçadas a partir
dessas dez Competências Gerais.
2
3

Atenção
Vale lembrar que as competências não estão separadas como um dos componentes
curriculares, elas estarão na transversalidade do currículo permitindo fazer links com
todo conhecimento adquirido, sejam eles teóricos ou práticos.
As dez competências gerais, conjunto de habilidades e competências que devem ser
desenvolvidas, apresentadas na Introdução da BNCC, para a Educação Básica (Educação
Infantil, Ensino Fundamental e Médio), são:
1
Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico,
social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e
colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
2
Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências,
incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade,
para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e
criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes
áreas.
3
Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às
mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-
cultural.
4
Utilizar diferentes linguagens — verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita),
corporal, visual, sonora e digital —, bem como conhecimentos das linguagens
artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações,
experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que
levem ao entendimento mútuo.
5
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de
forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as
escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal
e coletiva.
6
Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de
conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do
mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu
projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
7
Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular,
negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e
promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação
ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
8
Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-
se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com
autocrítica e capacidade para lidar com elas.
8
Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se
respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento
e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes,
identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
10
Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade,
resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos,
democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Saiba mais
Assista ao vídeo As Competências Gerais da BNCC
<https://www.youtube.com/watch?v=-wtxWfCI6gk&t=628s> .
As Competências Gerais da Educação Básica estão apresentadas em cada uma das Cinco
Áreas de Conhecimento de acordo com o Parecer CNE/CEB nº 11/201025:
1
Linguagem
Língua Portuguesa, Arte, Educação Física, Língua Inglesa
2
Matemática
Matemática
3
Ciências da Natureza
Ciências
4
Ciências Humanas
Geografia, História
5
Ensino Religioso
Ensino Religioso
As competências previstas devem ser desenvolvidas nas atividades que serão realizadas
nas salas de aula. Dessa forma, haverá uma sintonia entre o que se espera alcançar em
longo prazo e em curto prazo.
Por isso, a BNCC aponta os Eixos Estruturantes das práticas pedagógicas e as
competências gerais da Educação Básica. Todas as competências são igualmente
importantes.
Atividade
1. As disciplinas nos PCNEM foram distribuídas de forma que as variadas áreas do
conhecimento fossem contempladas. O próprio termo tecnologias caracteriza as
contribuições de cada uma das áreas para a proposta curricular. Como as áreas do
conhecimento foram organizadas?
2. Após os Parâmetros Curriculares Nacionais, a grande novidade para a Educação
Brasileira se tornou a BNCC (Base Nacional Curricular Comum). Qual a diferença
essencial entre a BNCC e os PCN?
Notas
Competência 
Competência é o substantivo feminino com origem no termo em latim competere que significa
uma aptidão para cumprir alguma tarefa ou função. Também é uma palavra usada como
sinônimo de cultura, conhecimento e jurisdição. Em muitos casos, esta palavra indica um atributo
legal de um juiz ou funcionário que revela a sua capacidade de julgar uma determinada causa.
Também pode indicar aptidão, conhecimento ou capacidade em alguma área específica.
Competências 
Na introdução da BNCC, competência é definida como:
Mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e
socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do
pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.
Competências específicas 
As Competências Específicas devem influenciar diretamente às habilidades que se pretendem
formar ao estudar os componentes curriculares.
Referências
1
2
3
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Base Nacional
Curricular Comum. Brasília: MEC, 2018. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base> . Acesso em: 10 set. 2018.
______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Brasília: MEC, 1999.
______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental: referentes às quatro primeiras séries da
Educação Fundamental. Brasília: MEC, 1997.
_____. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica.Parâmetros
Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: MEC, 2000.
_____. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm> . Acesso em: 10 set. 2018.
DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir (Relatório para UNESCO da Comissão
Internacional sobre Educação para o século XXI). São Paulo: Cortez, UNESCO e MEC, 2001.
Explore mais
Pesquise na internet, sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto.
Em caso de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos disponíveis no
ambiente de aprendizagem.
Acesse os seguintes portais e pesquise sobre os assuntos estudados na nossa última aula:
MEC <http://portal.mec.gov.br> ;
BNCC <http://basenacionalcomum.mec.gov.br> ;
UNESCO <http://www.unesco.org/new/pt/brasilia> .
Depois assista ao vídeo Educação.doc - Escola do Futuro
<https://www.youtube.com/watch?v=kVlhNT_7_zs> .

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