Prévia do material em texto
Atenção Domiciliar: onde chegamos e desafios atuais Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Básica Coordenação-geral de Atenção Domiciliar Brasília, 06 de agosto de 2014 Atenção Domiciliar - CONCEITO Atenção Domiciliar constitui uma nova modalidade de atenção à saúde, substitutiva ou complementar às já existentes, caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada às redes de atenção à saúde. Ampliação e qualificação da Atenção Domiciliar no SUS SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR Fonte: IBGE Transição epidemiológica e demográfica acelerada no Brasil tem aumentado a dependência e a demanda por suporte social, econômico, afetivo e por cuidados de longa duração. Porque Atenção Domiciliar? Redução do períodos de internação hospitalar, disponibilizando leitos, possibilitando sua melhor ocupação e diminuindo os índices de infecção hospitalar – desospitalização; “Estudos sugerem que cerca de 20 a 30% dos pacientes maiores de 75 anos com problemas crônicos de saúde são hospitalizados de maneira inadequada” Diminuir a lotação das portas de urgência, com a saída de usuários que podem concluir tratamento em casa (pielonefrite; pneumonias; agudizações de quadros crônicos) – evita hospitalização; Otimização recursos; Preservação dos vínculos familiares e ampliação da autonomia dos usuários e familiares, visando à humanização da atenção à saúde; Objetivos da Atenção Domiciliar Modalidades da AD: - AD1 (ATENÇÃO BÁSICA) - AD2 - AD3 I - ser estruturada na perspectiva das Redes de Atenção à Saúde; II - estar incorporada ao sistema de regulação; III - ser estruturada de acordo com os princípios de ampliação do acesso, acolhimento, equidade, humanização e integralidade da assistência; IV - estar inserida nas linhas de cuidado por meio de práticas clínicas cuidadoras baseadas nas necessidades do usuário, reduzindo a fragmentação da assistência; V – equipes multiprofissionais e interdisciplinares; e VI - participação ativa dos profissionais de saúde envolvidos, do usuário, da família e do cuidador. SAD (EMAD e EMAP) Organização da Atenção Domiciliar Portaria 963/2013 Composição das equipes EMAD: • médico • enfermeiro • auxiliar/técnico de enfermagem • fisioterapeuta ou • assistente social EMAP: Pelo menos três profissionais escolhidos dentre: • assistente social • fisioterapeuta • fonoaudiólogo • nutricionista • odontólogo • psicólogo • farmacêutico • terapeuta ocupacional Requisitos para habilitação: População igual ou superior a 20.000 habitantes isoladamente ou através de agrupamento de municípios; Cobertura de SAMU ou serviço móvel de urgência equivalente se menor que 20 mil, necessariamente SAMU Hospital de referência no Município ou região à qual integra. Cada equipe é referência para cerca de 100 mil pessoas; Deve integrar com atenção básica, serviços de urgência/emergência e hospitais; POPULAÇÃO TIPO DE EMAD CUSTEIO MENSAL Maior ou igual a 40mil EMAD Tipo 1 R$ 50mil Entre 20mil e 40mil EMAD Tipo 2 R$ 34mil Menor que 20mil (agrupamento) EMAD Tipo 2 R$ 34mil Obs: Todos os municípios poderão ter EMAP (R$ 6mil/mês) • Crônicos reagudizados (cardiopatias, síndromes de imunodeficiência adquirida, hepatopatias crônicas, neoplasia, doença pulmonar obstrutiva crônica, demência avançada, doenças terminais); • Usuários de sondas, ostomias, órtese/prótese; • Ventilação mecânica não invasiva, uso de traqueostomia; • Usuários em dieta enteral e terapia nutricional; • Em reabilitação motora e/ou respiratória; • Pessoas que necessitam de curativos complexos; • Cuidados Paliativos; • Pré e pós-operatório; • Antibioticoterapia parenteral: pneumonias, pielonefrites, osteomielites; • RN de baixo peso, viabilizando alta precoce do leito neonatal (“ponte” necessária com a Rede Cegonha”; Público beneficiado Qualificação da Atenção Domiciliar Educação Permanente para a atenção e a gestão: • Programa Multicêntrico de Qualificação em Atenção Domiciliar à Distância unasus.gov.br/cursoad •Curso De Introdução À Atenção Domiciliar •Assistência Domiciliar Na Rede De Atenção Básica À Saúde •Implantação E Gerenciamento Do Serviço De Atenção Domiciliar •Intercorrências Agudas No Domicílio 2 •Abordagem Domiciliar Em Situações Clínicas Comuns Materno-Infantis •Intercorrências Agudas No Domicílio 1 •Judicialização Da Saúde Em Atenção Domiciliar •Abordagem Da Violência Na Atenção Domiciliar •Cuidadores E A Atenção Domiciliar • Caderno de Atenção Domiciliar – 2 volumes • Comunidade de Práticas http://atencaobasica.org.br/ Processos de gestão da informação: • Sistema de Informação: RAAS-AD • Transição para e-SUS AB – qualificação das informações para melhor caracterização do público atendido Expansão do Programa DATA Habilitações Implantaçõ es ESTADOS 26 25 MUNICÍPIOS 376 236 EMAD 940 441 EMAP 493 229 Quantidade de Atendimentos (internações) 34.477 39.108 44.186 49.669 55.794 62.467 69.712 77.457 85.434 94.499 103.530 111.937 121.469 131.543 141.408 149.813 158.068 0 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000 140.000 160.000 180.000 INTERNAÇÕES DOMICILIARES INTERNAÇÕES DOMICILIARES ANO TOTAL 2012 28.176 2013 81.138 2014 (maio) 46.087 TOTAL 155.401 Total de usuários diferentes atendidos Total de atendimentos (internações): 158.068 Análise da origem dos pacientes - 55% dos usuários que registrados no PMC são oriundos da AB e 23% oriundos de hospitais: DETALHAMENTO DA ORIGEM POR ESTABELECIMENTO 55% 4% 23% 1% 17% Atenção Básica Serviços de Urgência Hospital Centro Oncológico Outros 55% 45% Atenção Básica Serviços de Urgência/Hospital/CO/ Outros ORIGEM POR ESTABELECIMENTO Fonte: RAAS – AD (SIA) Fonte: RAAS – AD (SIA) 0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 35000 AVE HEMORRAGICO/ISQUEMICO SINDROME DEMENCIAL HIPERTENSÃO ESSENCIAL E COMPLICAÇÕES CANCER/NEOPLASIA DPOC DIABETES E COMPLICAÇÕES TRAUMA/FRATURAS PARALISIA CEREBRAL FRATURA DE FEMUR ÚLCERA DECUBITO HEMIPLEGIA/PARAPLEGIA/TETRAPLEGIA DOENÇAS PULMONARES INFECCIOSAS PARKINSON ARTRITE REUMATICAS/ ARTROSE SENILIDADE/SD IMOBILIDADE OUTRAS PNEUMOPATIAS CRÔNICAS MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS/ TRANSTORNOS RN ÚLCERA VARICOSA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA OUTRAS CARDIOPATIAS INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO NEFROPATIAS PERFIL EPIDEMIOLÓGICO MELHOR EM CASA Grande concentração de agrupamentos de CID correspondentes a DCNTs CID Principais mais prevalentes A origem na AB elevada pode significar: – Demanda reprimida de AD2/AD3 na atenção básica, gerando muitos encaminhamentos para o SAD (considerado adequado); – Dificuldade da AB em assumir os usuários, mesmo AD1 (logística, formação, rotatividade dos profissionais); – SAD não é reconhecido pelo hospital como porta de saída; Acamados/domiciliados por condições crônicas demandam cuidados permanentes no âmbito da Atenção Básica, sendo que parte deles demandará também atuação do Serviço de Atenção Domiciliar quando necessitar cuidados mais intensivos. Presençamuito alta de DCNT Dificuldade de avaliar adequação/inadequação da indicação para AD apenas com o CID (restrição do sistema de informação atual) Apontamentos e desafios a partir da análise dos dados Qualificar a formação em AD Fortalecer a AB para assumir adequadamente os usuários em AD1; Dificuldade dos municípios com logística, sobretudo em garantir uma relação veículos/equipe adequada e de estabelecer fluxos e protocolos (ex. fraldas) Fortalecimento do componente desospitalização - Necessidade de consolidar o SAD como porta de saída qualificada para a os hospitais; Componente pré – hospitalar precisa ser fortalecido; Ampliar abrangência – qualificação para o cuidado em situações de alta complexidade Fragilidades na RAS, em especial, da Rede de Reabilitação Alguns desafios Diego Ferreira Mariana Borges Kátia Galvão Alyne Melo Olivia Ugarte Luciana Guimarães Débora Verdi COORDENAÇÃO GERAL DE ATENÇÃO DOMICILIAR OBRIGADA!!! TEL.: (61) 3315 9030 E-mail: melhoremcasa@gmail.com