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A INCLUSÃO DA CRIANÇA AUTISTA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: Um desafio a ser enfrentado
ASSIS, Cintia Alves1
FARIAS, Maria de Lourdes Mazza2
RESUMO:
Este presente estudo teve como objetivo identificar e analisar as estratégias utilizadas pelos docentes para possibilitar as crianças autistas o direito a uma Educação Inclusiva de qualidade, bem como, identificar as principais dificuldades encontradas pelos professores em se relacionar com estes alunos. Desse modo, utilizamos a pesquisa de revisão bibliográfica, baseadas nos contextos de vários autores abordando um breve histórico sobre a inclusão destacando a função da escola e do professor ao ensinar criança com autismo, a inclusão e a transformação no sistema educacional. Conclui-se que os professores devem faz uso de estratégias metodológicas diferenciadas para facilitar compreensão e socialização do aluno autista no ensino-aprendizagem incentivando sua participação nas atividades escolares e interação com os colegas no contexto educacional. Vimos às necessidades educativas especiais apresentadas pelo autismo, pois o mesmo é considerado deficiência por lei, tem direito de fazer uso de todos os benefícios da inclusão oferece na rede regular de ensino. Considera-se relevante para futuras pesquisas o enfoque na realidade vivida por alunos autistas e professores em salas de aula, considerando as interfaces vivenciadas por estes no contexto educacional.
PALAVRAS-CHAVE: Autismo. Professor. Escola. Desafios. Inclusão
1. INTRODUÇÃO
A inclusão é destaque em vários de declarações, leis nacionais e políticas educacionais. Neste artigo busca-se uma abordagem para entender o que é o autismo, portanto considera que o autismo é um distúrbio neurológico complexo isso afeta o funcionamento do cérebro. É um distúrbio generalizado do desenvolvimento que é caracterizada por comprometimento da comunicação verbal, não verbal e deficiente interação social, causando significativo comprometimento e ter um efeito adverso sobre o desempenho educacional da criança. 
_________________________
1 Acadêmica do curso de Licenciatura em Pedagogia pela Faculdade FAEL.
2 Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal do Paraná, mestrado em Educação pela Universidade do Paraná e doutorado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. É Pedagoga Na Rede Publica do Estado do Paraná e também professora na Faculdade Educacional da Lapa (FAEL). 
Justifica-se a escolha desse tema, como forma de entender como se processa a inclusão de pessoas com deficiência na rede regular de ensino, perante uma sociedade que precisa vencer preconceitos, rever valores e buscar novos paradigmas diante de uma educação para todos.
E importante discutir-se sobre o autismo de criança na Educação Infantil, pois pode apoiar melhorias na prática de ensino para beneficiar todos os alunos, a inclusão efetiva de um aluno com autismo requer professores e administradores da escola a desenvolver capacidades para apoiar os pontos fortes e as necessidades individuais de todos os alunos, não apenas daqueles com autismo, mas a todos com necessidades especiais.
Este artigo foi elaborado a partir do trabalho de pesquisa bibliográfica recorrendo-se a autores e material disponível sobre a inclusão de alunos com autismo na classe regular de ensino.
Este estudo tem como objetivo estudar os efeitos da inclusão de uma criança autista, tendo como reflexão sobre a inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais, através de estudos e discussões sobre o assunto, proporcionando uma visão geral da história da educação especial e das políticas de educação especial no Brasil, bem como as especificidades de cada necessidade educacional especial e algumas contribuições ao professor, no sentido de como trabalhar com esse alunado.
O presente artigo é dividido em três momentos. No primeiro momento recorre à história da inclusão e da educação especial. No segundo momento aborda sobre a fundamentação teórica onde são discutidos detalhes sobre o transtorno do espectro autista com base nas teorias apresentadas por Kanner (1996), Klin (2006) e Kelmam (2010). E, no terceiro apresentaremos as principais dificuldades enfrentadas pelos professores quanto à inclusão de alunos autistas nas escolas comuns, bem como sobre as estratégias principais que podem ser utilizadas para corroborar na inclusão de alunos autistas nas escolas. Destaca-se ainda a aspiração da escola de maneira geral sobre o acolhimento de alunos especiais. Por fim, apresentam-se as considerações finais e alusões para possíveis futuras pesquisas relacionadas ao autismo.
2. BREVE HISTÓRICO: INCLUSÃO E EDUCAÇÃO ESPECIAL
Historicamente, até meados da década de 1960 á 1970, a deficiência era vista como uma anormalidade ou "Aberração da natureza" e indivíduos que tinham deficiências foram forçadas ao isolamento e exclusão.
As diferentes formas de nomear podem apenas representar o esconderijo de velhas arapucas a maquiar valores sociais contraditórios e a encobrir as tensões geradoras de novas formas veladas de exclusão (PAM, 2008, p. 28).
A história da educação especial não pode ser descrito como extenso; a literatura histórica a tendência tende a ser dispersa e especializada. “De fato, muitos educadores especiais parecem desinteressado pelas fundações do campo; o conhecimento histórico é aprendido involuntariamente” (MAZZOTTA, 2005).
Certamente, uma consideração do histórico das questões atuais não é garantir que a educação especial não se repita seus erros, mas um exame do passado ilumina os esforços passados e os fundamentos dos dilemas atuais.
Pioneiros consagrados forneceram um legado e um património rico em lições abundantemente capazes de informar questões contemporâneas em educação especial particularmente àqueles relacionados à intervenção, embora alguns desvios não possam ser apagados de nossa história profissional, educadores especiais não são necessários amenizar alguma culpa coletiva. (JANNUZZI, 2004, p. 134).
Antes, devemos celebrar as contribuições do brilhante, inovador, muitas vezes controverso filósofos e erráticos, médicos, e muitos outros de uma filantrópica inclinados que trabalhavam em suas próprias sociedades e eras para melhorar a vida das pessoas com deficiência habilidades.
2.1 O SURGIMENTO DOS ESTUDOS SOBRE O AUTISMO E SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS 
Antes mesmo de mergulharmos na discussão sobre o Autismo e sua inserção no contexto escolar, iremos aqui compreender o percurso histórico de investigação trilhado por estudiosos para compreender as causas e características do autismo.
De acordo com Silva (2012), “até 1934 as discussões sobre o autismo eram escassas, especialmente ao se tratar sobre patologias psiquiátricas infantis”. A situação foi revertida com o estudo do pesquisador psiquiatra austríaca Dr. Leo Kanner nos Estados Unidos o qual diagnosticou o primeiro caso de autismo. O doutor produziu um artigo intitulado Distúrbios Autísticos do Contato, o qual apresenta 11 casos de crianças que manifestam comportamentos do tipo: isolamento social desde o início da vida; apego à rotina; preferência por objetos inanimados do que se relacionarem com outras pessoas, repetições de palavras ou frases por longo período, ouvidas em algum local ou em um programa de televisão.
As descrições de Kanner foram rapidamente absorvidas pela comunidade científica. A abordagem etiológica do Autismo Infantil, proposta pelo autor, salientava a existência de uma distorção do modelo familiar, que ocasionaria alterações no desenvolvimento psico-afetivo da criança, decorrente do caráter altamente intelectual dos pais destas crianças (TAMANAHA et al, 2008, p. 296).
Identifica-se que o transtorno seria consequência, unicamente, da ausência do afeto familiar, ocasionando transformações no desenvolvimento psíquico da criança.
2.2 DEFINIÇÕES DE DISTÚRBIOS DO ESPECTRO DO AUTISMO
Entender esta síndrome é um desafio enfrentado por muitos pesquisadores que buscam respostasainda não encontradas. Algumas características são bem gerais e marcantes.
O autismo é um distúrbio do espectro; existe uma ampla gama de tipos e gravidade de sintomas e capacidade de resposta a vários tratamentos para crianças com TEA Os tratamentos para pessoas com TEA precisam ser especializados para o individual e administrado corretamente por profissionais treinados no programa de tratamento em uso.
Com o apoio teórico de Kanner (1996), que foi o primeiro a descrever o quadro clínico, dando-lhe o nome de autismo infantil precoce e fez a primeira publicação clínica reconhecida sobre o assunto, datada em 1943. O autismo tem sido um assunto desafiador para os estudiosos de todas as áreas, pela falta de conhecimento mais aprofundado sobre suas características e como trabalhar com esta clientela.
O denominador comum desses pacientes é sua impossibilidade de estabelecer desde o começo da vida, interações esperadas com pessoas e situações, apreciam ser deixados sozinhos, agindo como s as pessoas em volta não estivessem ali quase todas as mães relatam a perplexidade causada pelo fato dos filhos, diferentes dos demais, não desejarem ser tomados em seus braços (KANNER, 1966, APUD KELMAN et al, 2010, p. 224).
Diante do exposto, percebe-se que o autista precisa ser compreendido em sua essência e ser visto como pessoa capaz de desenvolver habilidades mediantes estratégias adequadas.
Como vivem em um mundo muito confuso, é compreensível que crianças autistas tentem se apegar às poucas coisas que conseguem entender. Elas gostam de manter as mesmas rotinas, uma leve mudança pode provocar gritos e acessos de raiva. Também se tornam bastante apegadas a objetos, que podem ser brinquedos comuns ou coisas aparentemente sem atrativos (GAUDERER, 1985, p. 119).
Devido estas características os alunos autistas são muitas vezes deixados de lado, sem atenção dos professores. O isolamento destes muitas vezes é visto com descaso, ou como algo sem jeito. Até muitas famílias desprezam ou deixam estas crianças apáticas isoladas, no seu mundo, sem buscar meios para leva-las a interagir ou à socialização. 
Famílias de pessoas com autismo podem ser atraídas por esses suspeitos tratamentos, apesar da falta de pesquisas empíricas que comprovem sua eficácia. “Além disso, envolver-se em práticas ineficazes é frequentemente excluído de outros potencialmente benéficos tratamentos” (GAUDERER, 1985).
Segundo Klin (2006) “os autistas podem ser agrupados conforme as características comportamentais que permitem avaliar seu grau de severidade”. No grupo considerado severo temos os indivíduos com comprometimento maior, um intermediário e um terceiro grupo com comprometimento mais discreto.
2.3 TRATAMENTOS PSICOLÓGICOS E EDUCACIONAIS PARA TEA
Escolhendo quais tratamentos administrar a pessoas com TEA são desafiadores. Haynes (1979) “sugeriu três perguntas para quem trabalha com crianças com autismo, quando considerar seleção e implementação de tratamentos para indivíduos com TEA”.
A primeira pergunta diz respeito ao alinhamento do tratamento prospectivo com as necessidades específicas do indivíduo. “Não apenas os tratamentos devem ser baseados em pesquisas, eles devem também deve ser apropriado para o indivíduo com necessidades específicas e nível de desenvolvimento do TEA” Haynes (1979).
Os tratamentos também precisam se mostrar eficazes para indivíduos com sintomas e níveis de funcionamento semelhantes ao indivíduo que estará recebendo tratamento. Além disso, é importante que aqueles que implementam a terapia sejam adequadamente treinados para que possam ser aplicados corretamente (Klein e Gonçalves, 2005, p.244).
A segunda pergunta refere-se a possíveis resultados negativos de terapias e tratamentos considerados. Klein e Gonçalves, (2005) “listaram apenas duas terapias como potencialmente prejudicial para os indivíduos que os recebem mantendo a terapia e facilitando comunicação”, no entanto, Haynes (1979). Também mencionou outras preocupações em potencial. “Ele recomendou considerar os impactos nas famílias e cuidadores das pessoas com TEA que recebem tratamentos”. Além disso, tempo e recursos financeiros restrições são preocupações importantes, pois muitos tratamentos são intensivos e caros.
A terceira pergunta que Haynes (1979) “recomendou considerar de antemão era como melhor para medir os efeitos dos tratamentos implementados”. Esse planejamento pode ajudar a fazer decisões informadas sobre a continuidade dos tratamentos atuais e a implementação de possíveis tratamentos futuros.
De acordo com Klein e Gonçalves, (2005) a disponibilidade de serviços para crianças com TEA. Eles pesquisaram 783 pais cujos filhos frequentavam escolas públicas. Escolas primárias tinham diagnóstico médico de TEA e recebiam educação serviços para a desordem determinar a disponibilidade dos serviços para crianças com ASD no estado.
Além das preocupações com acessibilidade, há também evidências de falta de qualidade e preparação de professores e funcionários da escola dentro do sistema de educação especial.
3. EDUCAÇÃO INCLUSIVA: FUNÇÃO DA ESCOLA E DO PROFESSOR 
O papel da escola é de fundamental importância para o desenvolvimento de todos os alunos. Buscar conhecer mais sobre o assunto, ter uma perspectiva inclusiva e preparar o quadro de docentes para trabalhar com alunos autistas é um importante começo. Aliado a isto, a busca de estratégias metodológicas de interação e desenvolvimento de todos os alunos deve ser alvo constante de uma escola inclusiva.
O papel do professor é garantir a presença, participação e progresso de todos os alunos dentes na sala de aula, sem exceção.
O ideal é que na experiência educativa, educandos, educadoras e educadores, juntos ‘convivam’ de tal maneira com os saberes que eles vão virando sabedoria. Algo que não é estranho a educadores e educadoras. (FREIRE, 2005, p. 58)
Atualmente, para construir uma escola que atenda adequadamente a alunos com características, potencialidades e ritmos diferentes de aprendizagem, não basta apenas que tenham professores e demais profissionais que uma escola normal apresenta. Faz-se necessário que os profissionais e principalmente os professores estejam capacitados para exercer essa função, atendendo a real necessidade de cada educando.
Diante de tais necessidades especiais educacionais, o papel do professor é de suma importância na educação inclusiva, visto que o professor é a “autoridade competente, direciona o processo pedagógico, interfere e cria condições necessárias à apropriação do conhecimento” (GAZIM, 2005, p.51).
O professor é o mediador entre o aluno e o conhecimento e cabe a ele promover situações pedagógicas em que os alunos com necessidades educacionais especiais superem o senso comum e avance em seu potencial humano afetivo, social e intelectual, quebrando as barreiras que se impõem.
O papel do professor é também o de ampliar os currículos, fazendo com que se flexibilizem diante das diferenças de seus alunos e deixe de lado a visão conservadora, destacando a inclusão como inserção social, que tenha como objetivo ultrapassar as fronteiras e dar apoio na construção do saber, semeando uma escola integrada na inclusão.
Durante a formação inicial, outras competências precisam ser trabalhadas como elaboração, a definição, a reinterpretação de currículos e programas que propiciem a profissionalização, valorização e identificação docente (PIMENTA, 2002, p. 131-132).
Além do professor, a família dos alunos com necessidades educacionais especiais pode participar a todo o momento do processo de ensino-aprendizagem dessas crianças, pois o tripé escola-família-comunidade é de suma importância, pois através dessa participação os professores têm a oportunidade de melhor conhecer o seu educando e suas especificidades, surgindo a partir daí uma troca de informações a fim de possibilitar o melhor aprendizado a todos, pois sozinho não poderá efetivar uma escola fundamentada numa concepção exclusivista.
3.1 A INCLUSÃODE ESTUDANTES COM AUTISMO
A inclusão de crianças com autismo é importante porque a educação e socialização para crianças com autismo são importantes. Pode ser argumentaram que nossas falhas em produzir inclusão de qualidade para esses alunos são equivalentes às nossas falhas em fornecer-lhes uma educação de qualidade.
De acordo com Kelman (2010) a inclusão numa perspectiva dialógica onde são refletidas e discutidas as situações que envolvem a inclusão, bem como possíveis soluções, corroborando ainda para enriquecer este trabalho. 
No entanto, para que esses alunos recebam essa devida atenção é necessário que as escolas se apropriem de fato e de direito de uma política educacional que proporcione formações adequadas aos professores como também, a apropriação de um projeto politico pedagógico que vise garantir um atendimento respeitando as particularidades de cada aluno de modo que lhes traga um desenvolvimento positivo e um ensino de qualidade.
Nos estudos apontando por Beyer (2007) afirma que os professores se sentem despreparados. Para o autor, faltam a estes uma melhor compreensão acerca da proposta de inclusão escolar, melhor formação conceitual e condições mais apropriadas de trabalho.
O foco do debate sobre inclusão pode ser mais bem reformulado a partir de educação inclusiva versus como fornecer apoio adequado em configurações inclusivas. Para que canais inclusivos sejam bem-sucedidos, devem ter conhecimento e acesso a estratégias empiricamente validadas que os ajudarão neste processo (BEYER, 2007, p.236).
Portanto, as seguintes descrições discussão fornece uma revisão das estratégias de intervenção que foram documentados como eficaz no apoio a estudantes com autismo em contextos educacionais.
Antes de iniciar uma discussão de estratégias para promover a inclusão são necessárias algumas considerações importantes. “Como tem sido amplamente observado, o autismo é uma deficiência altamente heterogênea em nível de funcionamento” Beyer (2007).
3.1.1 Contribuição docente no desenvolvimento da criança autista 
Compreendendo o contexto histórico sobre o Autismo e os comportamentos que caracterizam um autista, buscaremos nesse tópico refletir sobre o papel da escola e do professor no que concerne a identificação e acolhimento desses alunos a fim de possibilitar socialização e atividades pedagógicas adequadas para a criança autista.
Primeiramente, considera-se que um dos objetivos da escola, especialmente nos primeiros anos da vida escolar, é promover a socialização das crianças, tendo em vista que é o primeiro momento em que elas começam a se socializarem de maneira direta com outras pessoas que não fazem parte do seu ambiente familiar. Atenta a isso, a escola torna-se espaço fundamental para as crianças autistas, já que elas têm dificuldade de socialização.
A escola pode estar contribuindo, fazendo com que a criança estabeleça contato social. A vida escolar é especial e todos têm o direito de vivenciar essa experiência. Afinal, é na instituição de ensino que se aprende a conviver em grupo, a se socializar, trabalhar em equipe, conviver com as diferenças: são os primeiros passos rumo á vida adulta (SILVA, 2012, p.74). 
Apreende-se, portanto, que a escola é fundamental para todas as crianças, pois é nela que se aprende a viver em sociedade e todas as crianças devem ter acesso para que se aprenda a conviver com as diferenças, tornando necessária a participação de crianças autista em ambientes como esse.
4. INCLUSÃO E A TRANSFORMAÇÃO NO SISTEMA EDUCACIONAL
A escola no seu percurso histórico se caracterizou como uma educação seletiva em que grupos minoritários tinham privilégios. Entretanto, sabemos que a escola pode ter um papel fundamental na construção de valores que auxiliam os membros da sociedade em geral a pautar sua vida pessoal e coletiva no respeito pelas diferenças, provocadoras de exclusão, criando condições para que na prática cotidiana haja principalmente mais tolerância, ajudando assim, os alunos a levarem em consideração os pontos de vista do outro.
A partir de meados do século XX com a intensificação dos movimentos sociais de luta contra todas as formas de discriminação que impedem o exercício da cidadania das pessoas com deficiência surge a nível mundial o desafio de uma sociedade inclusiva (INCLUSÃO – REVISTA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL, 2010, p. 20).
A educação inclusiva assume espaço central no debate acerca da sociedade contemporânea e do papel da escola na superação da lógica da exclusão.
De fato, todos devem fazer parte, do Sistema Educacional inclusivo onde deve ser proibida a utilização de práticas discriminatórias para que se garanta igualdade de oportunidades. Discriminação que, muitas vezes, acontece em condutas veladas que frustram e que negam ou restringem o direito de acesso a um direito que é de todos.
O Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069/90, artigo 55, determina que “os pais ou responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino”. Obrigação essa que se dá como direito de todos indiferentes de qualquer tipo de diferença.
Segundo Mantoan (2003) “Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças”, ou seja, é a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. É para o estudante com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, para os superdotados, para todas as minorias e para a criança que é discriminada por qualquer outro motivo. 
4.1ESTRATÉGIAS DE ENSINO PARA O PROCESSO EDUCATIVO DE ALUNOS AUTISTAS
O processo de educação de alunos com deficiência ocorre em escolas regulares. O processo educacional dificilmente difere de o modelo regular, com padrões métodos aplicado. Isso implica que os alunos com TEA também se beneficiam de uma ampla gama de opções concluírem a frequência escolar obrigatória e avançar para mais níveis educacionais.
Conforme Baptista (2006. p. 93) “o compromisso do educador tem como base a apropriação de seus próprios recursos e instrumentos: a observação, o diálogo, a negociação e a avaliação retroalimentam o agir do educador”. Desta forma, o professor deve rever as informações, conhecer e ter sensibilidade para lidar com as limitações e necessidades do aluno. Não basta ter formação, o lado humanístico deve estar presente em cada atividade realizada.
A escola deve conhecer bem sua clientela a fim de melhor atendê-la mediante suas reais necessidades, não abrindo mão da qualidade da educação oferecida. Trabalhar com alunos autistas exige o desenvolvimento de práticas e estratégias pedagógicas que acolham a todos e respeite às diferenças. 
A incapacidade de desenvolver um relacionamento interpessoal se mostra na falta de resposta ao contato humano e no interesse pelas pessoas, associada a uma falha no desenvolvimento do comportamento normal, de ligação ou contato. Na infância, estas deficiências se manifestam por uma inadequação no modo de se aproximar, falta de contato visual e de resposta facial, indiferença ou aversão a afeto e contato físico (GAUDERER, 2011, p. 14).
 
Este comportamento muitas vezes pode não ser compreendido pela comunidade escolar. As manifestações decorrentes do autismo podem levar ao sentimento de rejeição por parte de quem não conhece as características deste transtorno. Por isso, o desafio de trabalhar com um aluno autista requer bastante conhecimento e preparo para seu acompanhamento, além de formação acadêmica, a sensibilidade e acuidade do professor são extremamente importantes para compreender o compreender e trabalhar com o aluno autista.
Educar uma criança, por mais difícil que seja, aumenta o sentimento de amor na maioria das pessoas. Os pais sentem que a criança é parte deles e da família, não querendo que ela vá embora. Além disso, a criança autista pode ser bastante cativante e sua própria impotência e confusão faz brotaremoções profundas nos que lidam com ela. Então, quando começam a fazer progresso, a alegria que cada pequeno passo avante traz, parece muitas vezes maior do que é dado por uma criança normal (GAUDERER, 2011, p. 127). 
A educação é importante na vida de qualquer pessoa, por isso, o progresso dos alunos autistas se torna ainda mais significante, dada as circunstancias muitas vezes difíceis enfrentadas por estes e por suas famílias.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que o processo de inclusão com alunos autistas no contexto escolar, tem sido um grande desafio para o professor, pois deve realizar estratégias de aprendizagem diferenciada para compreensão deste discente no ensino regular.
Consideramos que o professor diante do desenvolvimento da criança portadora de autismo tem o papel fundamental no propósito de identificar o autismo; promover a interação da criança com os demais alunos; além de estimular a comunicação e linguagem. 
Pôde-se constatar a grande realidade vivida hoje na escola analisada e são evidentes o despreparo e a falta de conhecimento dos profissionais quanto às informações e manifestações do autismo.
Os professores têm conhecimento superficial das características e interação sobre o espectro do autismo, consequentemente apresentam receio ao receber alunos autistas em sala de aula devidos os mesmos terem dificuldades na aprendizagem, na linguagem oral, no contato visual e em alguns casos, apresentam situações de agressividade.
Vale ressaltar que alguns professores se destacam demonstrando interesse em conhecer e se aprofundar nas características do autismo. Porém, sabe-se que a formação e as informações desses educadores não são suficientes para se trabalhar de forma adequada e significativa com tais alunos. 
Encontram-se evidências consistentes de que ambientes educacionais inclusivos-aqueles em que crianças com deficiência são educadas ao lado de colegas sem deficiência-podem conferir benefícios substanciais a curto e longo prazo para o desenvolvimento cognitivo e social das crianças.
A magnitude dos benefícios da educação inclusiva pode variar de um estudo para outro, mas a grande maioria ou relata benefícios significativos para os alunos que são educados ao lado de seus pares não deficientes ou, na pior das hipóteses, não mostram diferenças entre alunos não incluídos.
Os professores em salas de aula inclusivas não podem simplesmente direcionar o currículo para o aluno médio. Isso significa oferecer aos alunos várias maneiras de interagir com a sala de aula material, múltiplas representações de conceitos curriculares e múltiplos meios para os alunos expressar o que aprenderam.
No entanto, apesar dessas evidências, os alunos com deficiência continuam enfrentando desafios no acesso educação de alta qualidade. Equívocos de longa data sobre as capacidades das crianças com deficiências intelectuais, físicas, sensoriais e de aprendizado para se beneficiar da educação formal por gerações, levou os educadores a negar a esses alunos o acesso à educação formal.
A inclusão de crianças com autismo é importante porque a educação e socialização para crianças com autismo são importantes. Pode ser argumentaram que nossas falhas em produzir inclusão de qualidade para esses alunos são equivalentes às nossas falhas em fornecer-lhes uma educação de qualidade.
Por fim, vislumbrou-se a indispensabilidade de expandir os estudos nesta área através de mais pesquisas que foquem na realidade vivida por professores e alunos autistas no espaço escolar e, só assim, a inclusão escolar destes pode sim ocorrer com sucesso.
Em suma, a pesquisa sobre autismo na perspectiva do professor, evidenciando as ações pedagógicas desenvolvidas por ele na sala de aula, cuja intenção seja de responder a necessidade do aluno que tem a dificuldade aprendizagem tendo-se necessidade de se criarem possibilidades que permitam que ele se integre social, e também educacional e emocional com sua turma e profissionais da educação. Esperamos que a pesquisa possa contribui na conscientização do professor diante de rever suas práticas com o aluno autista, para o mesmo seja incluído realmente no ambiente escolar.
REFERÊNCIAS
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BAPTISTA, C. R. A inclusão e seus sentidos: entre edifícios e tendas. In: BPTISTA, C. R. (org.). Inclusão e escolarização: múltiplas perspectivas. (Porto Alegre: Mediação, 2006, p. 93). 
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FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 13. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 2005.
GAUDERER, E. C. Apud PRAÇA, E. T. P. O. Uma reflexão acerca da inclusão de aluno autista no ensino regular. 2011. Disponível em: file:///C:/Users/Neuton/Downloads/AUTISMO%20REGULAR. Pdf. Acesso em 20 de set. de 2019.
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KELMAM, C. A. [et al]. ALBUQUERQUE, D. e BARBATO, S. - Organizadoras. Desenvolvimento Humano, educação e inclusão escolar. Brasília, Editora UnB, 2010. 
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