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GUSTAVO X VISE - EMBARGOS DIVERGENCIA TST

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EXMO. SR. DR. MINISTRO PRESIDENTE DA 8ª TURMA DO TRIBUNAL 
SUPERIOR DO TRABALHO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo nº.: AIRR 0000143-36.2012.5.01.0027 
 
 
 
 
 
GUSTAVO JOSE DA SILVA SOARES CASTILHO, nos autos do Agravo de 
Instrumento em Recurso de Revista em epígrafe que contende com VISE 
VIGILANCIA E SEGURANÇA LTDA, vem, mui respeitosamente, por seus 
advogados e procuradores, infra-assinados, mandato nos autos, 
interpor EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA, para a Seção de 
Dissídios Individuais, SDI-1, do C. TST, com espeque no artigo 894, II da CLT e 
art. 3º, inciso III, alínea 'b', da Lei nº 7.701/89, para o que junta à presente suas 
razões, como de direito. 
 
 
Nestes Termos. 
Pede Deferimento. 
Rio de Janeiro, 23 de setembro de 2015. 
 
 
 
 
Fátima C. do Nascimento Hobeica Sérgio Carlos Bronzato 
 OAB/RJ - 77.471 OAB/RJ - 70.703 
 
 
 
Rita Aparecida Q. de Araújo 
OAB/RJ – 110.891 
 
ILUSTRÍSSIMOS DESEMBARGADORES DA EG. SUBSEÇÃO I 
ESPECIALIZADA EM DISSÍDIOS INDIVIDUAIS DO TRIBUNAL 
SUPERIOR DO TRABALHO (SBDI-1/TST) 
 
 
RECORRENTE: GUSTAVO JOSE DA SILVA SOARES CASTILHO 
RECORRIDA: VISE VIGILANCIA E SEGURANÇA LTDA 
PROCESSO: AIRR 0000143-36.2012.5.01.0027 
 
 
Razões dos Embargos 
 
À Seção Especializada em Dissídios Individuais do TST. 
 
A) Do cabimento do Recurso Aviado 
 
Conforme entendimento colacionado abaixo, o Recurso Cabível contra decisão 
colegiada proferida em Embargos de Declaração de Agravo de Instrumento em 
Recurso de Revista e Recurso de Revista, é o hora apresentado, motivo pelo qual, 
requer o conhecimento do mesmo e sua procedência, conforme respeitosamente 
passaremos a expor. 
 
Ressalta-se a tempestividade dos Embargos, uma vez que a decisão proferida nos 
ED em AIRR e RR foi proferida no dia 18/09/2015 (sexta-feira), sendo o prazo 
imediatamente iniciado no 1º dia útil, em 21/09/2015 (segunda-feira), sendo o 
termino de seu prazo em 28/09/2015. 
 
Sendo o referido recurso protocolizado nesta data encontra-se o mesmo 
tempestivo. 
 
B) Das Razões do Recurso – Da Divergência 
 
Independentemente da nitescência dos julgadores, o v. acórdão de fls. __, 
proferido pela Insigne 8ª Turma deste Colendo Tribunal, diverge, data maxima 
venia, do acórdão nº RR 1352-17.2012.5.01.0067, proferido pela 6ª Turma deste 
mesmo Tribunal. 
 
Em verdade insignes julgadores, o ora embargante apelou, em sede de recurso 
de revista, visando à reforma do julgado do TRT da 1ª Região, argumentando, 
sinteticamente, que: 
 
Requereu pela anulação seu pedido de demissão, uma vez que o mesmo além de 
conter vicio de vontade, NÃO FOI HOMOLOGADO NO SINDICATO 
COMPETENTE O REFERIDO PEDIDO, e ainda deixou de pagar as verbas ao 
Recorrente. 
 
Entretanto, na sentença “a quo” e no v. Acordão guerreado, que não lhe deferiu 
tais pedidos com o entendimento de que não houve nulidade do pedido pelo fato 
do Embargante ter admitido nos autos seu pedido de demissão sem provar que 
houve vício de consentimento. 
 
Contudo, não se trata no presente caso reexame de fatos e provas, afastando 
assim a incidência da Súmula 126 do TST, se trata de cumprimento da obrigação 
prevista em lei, no presente caso a aplicação do artigo 477 par. 1º da CLT, onde 
se o mesmo não for aplicado o ato jurídico não se aperfeiçoa, deixando de 
subsistir os elementos nele consignados, inclusive quanto à iniciativa da 
dispensa. Afastada a validade do ato demissional imperfeito, presume-se 
imotivada a dispensa, pela incidência do princípio da presunção da continuidade 
do liame empregatício. 
 
Importante esclarecer, que o Embargante em seus Embargos Declaratorios 
enfatizou que não há qualquer negativa quanto ao fato do mesmo que laborou 
há menos de 01 ano na empresa, nenhuma prova há de ser reavaliada ou 
analisada, eis que incontroverso que reclamante/embargante, tinha que passar 
pelo Sindicato de Classe para a homologação de suas verbas rescisórias, bem 
como a validação de seu pedido de demissão. 
 
Portanto, não há o que se falar data máxima vênia, em reexame de provas e fatos, 
vez toda documentação que consta dos autos que comprovam que o autor tinha 
mais de um ano junto a empresa reclamada, não foi objeto de contradição nas 
instâncias inferiores que apenas se atentaram quanto ao vício de consentimento, 
negando validade ao artigo 477 par. 1º da CLT. 
 
Ora, resta claro, data vênia, que não obstante a demanda não ter sido analisada sob 
a ótica da não aplicação do artigo 477 par. 1º da CLT, que restou violado, a 
questão de ter o Embargante mais de um ano de serviço, foi devidamente 
apreciada eis que não contestada pela instancias inferiores, que apenas 
fundamentaram o alegado vicio de consentimento, negando deliberadamente 
a aplicação do artigo mencionado. 
 
 
 
 
É inadmissível, nesse contexto, reconhecer que o posicionamento do Juízo 
regional acerca da não aplicação do artigo 477, Par. 1º da CLT, mantido pela 
Turma deste Tribunal Superior. 
 
Todavia, a 8ª Turma do TST houve por bem manter a decisão pelo DD. Julgado 
da 2ª Turma do TRT da 1ª Região, asseverando que: 
 
“Entende esta Corte que, da leitura do comando consolidado supramencionado, 
depreende-se que o requisito de validade do pedido de demissão não é mera formalidade, 
mas, sim, exigência legal, de modo que a manifestação volitiva do empregado, 
por si só, não é suficiente para suprir a ausência da assistência sindical, por não ser 
admitida a renúncia em matéria trabalhista. Assim o seu descumprimento implica 
invalidade da rescisão contratual e, como consequência, conclui-se que o rompimento se 
deu mediante despedida imotivada. 
 
Ocorre que o referido dispositivo é bastante claro ao trazer como requisito para a 
formalidade do ato a circunstância de o empregado contar com mais de um ano de serviço 
na empresa, e, no caso em tela, não é possível constatar, do acórdão recorrido, que esse 
pressuposto tenha sido atendido. 
 
Portanto, à falta da premissa fática de que trata o art. 477, § 1º, da CLT qual seja o efetivo 
tempo de serviço do reclamante na empresa reclamada, o reconhecimento de violação do 
art. 477, § 1º, da CLT exigiria o revolvimento de fatos e provas, o que é vedado nesta 
instância recursal, a teor da Súmula nº 126 do TST.” 
 
Destarte, não se conformando com a v. decisão supra, uma vez que conforme já 
indagado, não há qualquer negativa quanto ao fato do autor de que laborou há 
menos de 01 ano na empresa, o que exigiria o revolvimento de fatos e provas, 
vem embargar para a Seção de Dissídios Individuais desta Corte, pleiteando 
respectiva reforma do decisum, eis que há, na hipótese, divergência 
jurisprudencial entre turmas do TST, conforme vasto repertório abaixo transcrito: 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. PEDIDO DE 
DEMISSÃO. EMPREGADO COM TEMPO DE SERVIÇO SUPERIOR A UM ANO. 
AUSÊNCIA DE HOMOLOGAÇÃO. NULIDADE. DISPENSA SEM JUSTA 
CAUSA. Ante a violação do art. 477, § 1º, da CLT, nos termos exigidos no artigo 896 da 
CLT, provê-se o agravo de instrumento para determinar o processamento do recurso de 
revista. RECURSO DE REVISTA. PEDIDO DE DEMISSÃO. EMPREGADO COM 
TEMPO DE SERVIÇO SUPERIOR A UM ANO. AUSÊNCIA DE 
HOMOLOGAÇÃO POR ENTIDADE COMPETENTE. NULIDADE. DISPENSA 
SEM JUSTA CAUSA. De acordo com entendimento desta Corte, ressalvado o 
entendimento pessoal do Relator, o requisito previsto no art. 477, § 1º, da CLT é de 
observância obrigatória, pois se trata de formalidade essencial e indispensável 
para a convalidaçãodo ato, porquanto se protege o empregado de sua própria 
atitude, eventualmente açodada e imprevidente, de reagir às adversidades da 
relação laboral mediante pedido de demissão, o qual pode comprometer sua 
mantença e de sua família. Assim, a ausência de assistência do sindicato da categoria ou 
de autoridade do Ministério do Trabalho, ao tempo da resilição do contrato de empregado 
que prestou serviços por mais de um ano, implica a nulidade do pedido de demissão, 
presumindo-se a dispensa sem justa causa. Há precedentes. Recurso de revista conhecido 
e provido. MULTA POR LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. Demonstrada a regularidade da 
pretensão do autor - nulidade da rescisão contratual não homologada pelo órgão 
competente, na forma o art. 477, § 1º, da CLT -, com amparo em normas processuais e 
sem alteração da verdade dos fatos quanto ao tema, impõe-se o provimento do apelo para 
afastar a multa por litigância de má-fé. Recurso de revista conhecido e provido.(TST - 
RR: 13521720125010067 , 6ª Turma Data de Julgamento: 16/09/2015, Data de 
Publicação: DEJT 18/09/2015) 
 
 
"RECURSO DE REVISTA. INVALIDADE DO PEDIDO DE DEMISSÃO. 
AUSÊNCIA DE HOMOLOGAÇÃO PELO SINDICATO. EMPREGADO COM 
MAIS DE UM ANO DE SERVIÇO. DECISÃO REGIONAL QUE SE MOSTRA EM 
DESACORDO COM O DISPOSTO NO ART. 477, § 1º, DA CLT. De acordo com os 
termos do § 1º do art. 477 da CLT, o pedido de demissão, firmado por empregado 
com mais de um ano de serviço, só tem validade mediante assistência sindical 
ou da autoridade competente do Ministério do Trabalho. A declaração do 
empregado de que agiu por sua vontade não é suficiente para suprir a formalidade legal, 
essencialmente protetiva, visando a coibir pedidos de demissão que não decorrem 
exatamente de vontade legítima do trabalhador, mas de circunstâncias adversas da 
atividade laboral, permitindo, assim, nesses casos, o devido acompanhamento da entidade 
sindical ou da autoridade do Ministério do Trabalho. O contexto fático delineado no 
acórdão regional deixa ver, aliás, o acerto do legislador ao exigir a formalidade desse 
acompanhamento, no pedido de demissão do empregado, pois dali se extrai que a 
manifestação do reclamante estava ligada, na realidade, a um contexto de terceirização de 
serviços junto à PETROBRAS e envolvia exatamente a sua tentativa de manutenção da 
prestação laboral naqueles serviços, em face da substituição do seu empregador por outra 
empresa prestadora, para a qual passaria a trabalhar. Não havia, portanto, como se verifica 
do quadro fático consignado na decisão recorrida, uma vontade legítima do trabalhador 
de resilir unilateralmente o contrato, mas, ao contrário, de manter-se ligado aos serviços 
terceirizados pela PETROBRAS. Desatendida, de qualquer maneira, a forma prescrita em 
lei, o ato é inválido, com o consequente reconhecimento da despedida sem justa causa. 
Recurso de revista conhecido e provido." (Processo: RR - 69700-07.2009.5.01.0063, 
Data de Julgamento: 25/4/2012, Relator Juiz Convocado: Flavio Portinho 
Sirangelo, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 4/5/2012.) 
 
 
 "PEDIDO DE DEMISSÃO. NULIDADE. FALTA DE HOMOLOGAÇÃO PELO 
SINDICATO. Esta Corte já pacificou o entendimento de que é condição de validade, para 
rescisão contratual, a chancela sindical aposta no ato demissional de empregado com mais 
de um ano de serviço. Precedentes. Recurso de revista não conhecido quanto ao tema." 
(RR-11900-65.2006.5.09.0657, Relator Ministro: Maurício Godinho Delgado, 6ª 
Turma, Data de Publicação: DEJT 1º/7/2011.) 
 
 
Inafastável a divergência da r. decisão, pelo que, então, aguarda conhecimento e 
provimento do presente embargo, para se conheça a VIOLAÇÃO EXPRESSO do 
§ 1º do artigo 477 da CLT. 
 
Por todo o exposto, e contando com os áureos suprimentos do eminente relator 
e dos demais Julgadores que compõem à Seção Especializada em Dissídios 
Individuais do TST., confia a embargante no conhecimento e provimento dos 
presentes, com modificação do julgado nos termos dos Acórdãos paradigmas, 
para reformar o acórdão proferido, uma vez que inexiste a necessidade reexame 
de provas eis que portanto, inexiste revolvimento de fato e provas e sim de 
entendimento dos órgãos julgadores pela APLICABILIDADE do parágrafo 1º do 
artigo 477 da CLT, que não foi observado pelas instancias inferiores. 
 
Inafastável a divergência da r. decisão, pelo que, então, aguarda conhecimento e 
provimento do presente embargo, para se determinar APLICABILIDADE do 
parágrafo 1º do artigo 477 da CLT, tornando-se sem efeito o pedido de demissão 
do Embargante, reformando-se a sentença monocrática, em todos os seus termos. 
 
Nestes Termos. 
Pede Deferimento. 
Rio de Janeiro, 23 de setembro de 2015. 
 
 
 
 
Fátima C. do Nascimento Hobeica Sérgio Carlos Bronzato 
 OAB/RJ - 77.471 OAB/RJ - 70.703 
 
 
 
Rita Aparecida Q. de Araújo 
OAB/RJ – 110.891

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