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TCC Sistemas de Informação - AVALIAÇÃO DE DOMÍNIOS DA WEB SOB A ÓTICA DA COMPUTAÇÃO PERSUASIVA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
INSTITUTO DE COMPUTAÇÃO
CURSO DE BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
ANA LAUDELINA SILVA NERIS BEZERRA
ALINE DOS SANTOS LIMA SILVA
AVALIAÇÃO DE DOMÍNIOS DA WEB SOB A ÓTICA DA COMPUTAÇÃO PERSUASIVA
Maceió - AL
2016
ANA LAUDELINA SILVA NERIS BEZERRA
ALINE DOS SANTOS LIMA SILVA
AVALIAÇÃO DE DOMÍNIOS DA WEB SOB A ÓTICA DA COMPUTAÇÃO PERSUASIVA
Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao Curso de Sistemas de Informação do Instituto de Computação da Universidade Federal de Alagoas como requisito parcial para a obtenção do Grau de Bacharel em Sistemas de Informação.
Orientadores: Profº Dr. Alan Pedro da Silva e Me. Denys Fellipe Souza Rocha
Maceió - AL
2016
Folha de Aprovação
ANA LAUDELINA SILVA NERIS BEZERRA
ALINE DOS SANTOS LIMA SILVA
AVALIAÇÃO DE DOMÍNIOS DA WEB SOB A ÓTICA DA COMPUTAÇÃO PERSUASIVA
Este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) foi julgado adequado para obtenção do Título de Bacharel em Sistemas de Informação e aprovado em sua forma final pelo Instituto de Computação da Universidade Federal de Alagoas.
Maceió, 29 de Julho de 2016.
_______________________________________________
Prof. AILTON CRUZ DOS SANTOS, Dr.
Coordenador do Curso de Sistemas de Informação
 Banca Examinadora:
__________________________________________________
Prof. Dr. ALAN PEDRO DA SILVA.
Orientador
__________________________________________________
Me. DENYS FELLIPE SOUZA ROCHA
Orientador
 __________________________________________________
Prof. Me. Ailton Cruz dos Santos.
Universidade Federal de Alagoas
(Avaliador)
 ___________________________________________________
Prof. Me. Ranilson Oscar Araújo Paiva.
Universidade Federal de Alagoas
(Avaliador)
DEDICATÓRIA
	
Está é uma vitória que sem sombra de dúvidas contou com o apoio de muitas pessoas, por este motivo dedico este trabalho aos meus pais, “Cida e Toinho”, que sempre me incentivam a lutar por meus sonhos.
Ao meu irmão querido, Antônio, que sempre me ouvia falar sobre a persuasão e até tentava me ajudar com seu jeito extrovertido de ser. Ao meu esposo Tiago,que com compreensão sempre entendeu a minha ausência em alguns momentos, me incentivando a buscar mais e mais conhecimento.
Em especial dedico este trabalho a minha amiga Elida Rose, que foi uma das minhas grandes companheiras durante tantos momentos do curso, obrigadapor seu apoio.
	Ana Laudelina S. Neris Bezerra
Dedico este trabalho ao meu pai querido, Manoel Lima dos Santos, que com amor e dedicação me educou e me mostrou a vida de uma forma mais reservada, porém, bem vivida.
A minha Tia Maria de Lourdes, que muitas vezes foi minha companheira acompanhando meus filhos na minha ausência.
A minha irmã Adriana, que me acompanhou nesta fase, me compreendeu e colaborou comigo, ficando muitas vezes com meus filhos, em nome dela as minhas outras irmãs Maria José e Angela Maria que direta ou indiretamente foram minhas companheiras, enfim, dedico de uma forma especial este trabalho aos meus queridos filhos, que com paciência e até mesmo com impaciência me apoiaram e foram grandes incentivadores para que conseguisse chegar ao fim desta grande etapa que se vence em minha vida.
Aline dos Santos Lima Silva
 AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, por ser a minha fortaleza, agradeço a minha família e amigos pelos incentivos. Aos colegas de turma, aos tutores presenciais e online, aos professores e por fim aos orientadores deste trabalho, por partilhar um pouco do conhecimento que adquiri. Agradeço ainda aos meus colegas de trabalho que sempre entenderam a minha necessidade de produzir algo em meu expediente de trabalho,muito obrigada a todos que me ajudaram nessa caminhada. 
Ana Laudelina S. Neris Bezerra
Agradeço primeiramente a Deus, autor da vida, da razão, do saber, à minha família, aos meus colegas, aos meus tutores presenciais em nome de Emerson que foi meu grande incentivador, aos meus tutores online em nome do Marcelo Gusmão, aos meus professores, ao Marcus Braga pelo incentivo, aos meus colegas de trabalho que me apoiaram superando as minhas ausências. Enfim a todos que acreditaram em mim e elevaram minha auto­estima quando pensava que não ia conseguir.
Aline dos Santos Lima Silva
RESUMO
Os avanços das atuais tecnologias combinados a técnicas de persuasão trazem inovações que envolvem por completo quem as utiliza, desde uma atividade cotidiana até a interação com sistemas computacionais complexos, levando os usuários a realizar ações de maneira natural ou sem perceber o quanto estão sendo persuadidos. A persuasão que ganha ênfase nesta produção é a que se aplica na Computação Persuasiva, uma área da Computação que tem o objetivo de influenciar o comportamento humano por meio de ações pré-definidas por quem desenvolve o sistema, onde a palavra persuadir significa “levar ou levar-se a acreditar ou a executar alguma coisa” (AURÉLIO, 2016). Para tal, esta monografia se propôs a analisar o grau de persuasão em cinco domínios da web, totalizando vinte e cinco websites, buscando o entendimento sobre o quanto um website pode persuadir os usuários utilizando-se dos princípios apontados por Fogg (2003) para identificar características que tornam a tecnologia persuasiva. Como principal contribuição deste trabalho foi desenvolvida uma escala de persuasão com base nas características da captologia. Pode-se observar ao final dos estudos que todos os domínios apresentaram algum nível de persuasão, porém o domínio Redes Sociais demonstrou ser o mais persuasivo, o que justifica o crescente número de usuários nessas plataformas.
Palavras-chave: computação persuasiva, persuasão, websites.
ABSTRACT
Advances in current technologies combined persuasion techniques bring innovations that involve completely those who use them, from an everyday activity to the interaction with complex computer systems, leading users to perform actions in a natural way and without realizing how much they are being persuaded. Persuasion winning emphasis in this production is that which applies in Persuasive Computing, an area of ​​computing that aims to influence human behavior through pre-defined actions by those who develop the system, where the word persuade means "take or bring himself to believe or perform something "(AURÉLIO, 2016). To this end, this thesis aimed to analyze the degree of persuasion in five areas of web, totaling twenty-five websites, seeking the understanding of how a website can persuade users using the principles mentioned by Fogg (2003) to identify characteristics that make persuasive technology. As the main contribution of this work we developed a persuasive scale based on captologia characteristics. It can be seen at the end of the studies that all areas had some level of persuasion, but the Social Networking domain proved to be the most persuasive, which explains the growing number of users on these platforms.
Key-words: persuasive computing, persuasion, websites.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Principais envolvidos na criação de conteúdos de um AVA. 	37
Figura 2 - Modelo explicativo do termo Captologia	46
Figura 3- Tríade Funcional das Tecnologias Persuasivas	48
Figura 4 - Modelo Comportamental de Fogg	49
Figura 5 - Tabela de Descrição dos Websites de destino avaliados	53
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Características da Captology encontrados no Domínio Redes Sociais	70
Gráfico 2 - Níveis de Persuasão no Domínio Redes Sociais. 	70
Gráfico 3 - Características da Captology encontrados no Domínio Comércio Eletrônico	81
Gráfico 4 - Nível de Persuasão no Domínio Comércio Eletrônico 	82
Gráfico 5 - Características da Captology encontrados no Domínio Sites Governamentais	92
Gráfico 6 - Nível de Persuasão no Domínio Sites Governamentais	93
Gráfico 7 - Características da Captology encontradosno Domínio Informativos Online	103
Gráfico 8 - Nível de Persuasão do Domínio Informativos Online	104
Gráfico 9 - Características da Captology encontrados no Domínio AVA	113
Gráfico 10 - Nível de Persuasão do Domínio AVA	114
Gráfico 11 – Ranking dos Domínios	115
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Características da Captology - Domínio Redes Sociais - Subdomínio Facebook.	61
Quadro 2 - Características da Captology - Domínio Redes Sociais - Subdomínio Twitter.	63
Quadro 3 - Características da Captology - Domínio Redes Sociais - Subdomínio Instagram.	65
Quadro 4 - Características da Captology - Domínio Redes Sociais - Subdomínio LinkedIn.	67
Quadro 5 - Características da Captology - Domínio Redes Sociais - Subdomínio Google+.	69
Quadro 6 - Características da Captology - Domínio Comércio Eletrônico - Subdomínio Americanas.com.	72
Quadro 7 - Características da Captology - Domínio Comércio Eletrônico - Subdomínio Dafiti.	75
Quadro 8 - Características da Captology - Domínio Comércio Eletrônico - Subdomínio Mercado Livre.	77
Quadro 9 - Características da Captology - Domínio Comércio Eletrônico - Subdomínio OLX.	78
Quadro 10 - Características da Captology - Domínio Comércio Eletrônico - SubdomínioTricae.	80
Quadro 11 - Características da Captology - Domínio Sites Governamentais - Subdomínio Sefaz - AL.	84
Quadro 12 - Características da Captology - Domínio Sites Governamentais - Subdomínio Detran- AL.	86
Quadro 13 - Características da Captology - Domínio Sites Governamentais - Subdomínio Caixa.gov.	87
Quadro 14 - Características da Captology - Domínio Sites Governamentais - Subdomínio Portal da Transparência.	89
Quadro 15 - Características da Captology - Domínio Sites Governamentais - Subdomínio Delegacia Interativa - AL.	91
Quadro 16 - Características da Captology - Domínio Informativos Online - Subdomínio Portal Brasil.	94
Quadro 17- Características da Captology - Domínio Informativos Online - Subdomínio G1.	97
Quadro 18 - Características da Captology - Domínio Informativos Online - Subdomínio Uol.	99
Quadro 19 - Características da Captology - Domínio Informativos Online - Subdomínio Agência Alagoas.	100
Quadro 20 - Características da Captology - Domínio Informativos Online - Subdomínio MSN noticias.	102
Quadro 21 - Características da Captology - Domínio AVA - Subdomínio Moodle Ufal.	106
Quadro 22 - Características da Captology - Domínio AVA - Subdomínio UnoparEad.	107
Quadro 23 - Características da Captology - Domínio AVA - Subdomínio Escola Virtual Bradesco.	109
Quadro 24 - Características da Captology - Domínio AVA - Subdomínio SebraeEAD.	110
Quadro 25 - Características da Captology - Domínio AVA - Subdomínio Fundação Getúlio Vargas.	112
	
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Classificação de Nível de Persuasão	58
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	16
1.1 MOTIVAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO	16
1.2 PROBLEMÁTICA	17
1.2 OBJETIVO GERAL	18
1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS	18
1.5 ESCOPO	18
1.6 CONTRIBUIÇÕES	19
1.7 ORGANIZAÇÃO DA MONOGRAFIA	19
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	20
2.1 PLATAFORMAS DE REDE SOCIAIS	20
2.1.1 Histórico das Plataformas de Redes Sociais	20
2.1.1 Definição de Redes Sociais	22
2.2 COMÉRCIO ELETRÔNICO	27
2.4 INFORMATIVOS ONLINE	33
2.5 AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM	35
2.6 COMPUTAÇÃO PERSUASIVA	38
2.6.1 O termo Persuasão	39
3 TRABALHOS RELACIONADOS	52
4 AVALIAÇÃO DE DOMÍNIOS DA WEB	58
4.1 DOMÍNIO 1 - PLATAFORMAS DE REDES SOCIAIS	59
4.1.1 Facebook	59
4.1.1.1 Análise de Persuasão	60
4.1.2 Twitter	62
4.1.2.1 Análise de Persuasão	62
4.1.3 Instagram	64
4.1.3.1 Análise de Persuasão	64
4.1.4 Linkedln	65
4.3 DOMÍNIO 3 - SITES GOVERNAMENTAIS	82
4.3.1 Sefaz – AL	82
4.3.1.1 Análise de Persuasão	83
4.3.2 Detran – AL	84
4.3.3 Caixa.gov	86
4.3.3.1 Análise de Persuasão	87
4.3.4 Portal da Transparência	88
4.3.4.1 Análise de Persuasão	89
4.3.5 Delegacia Interativa – AL	90
4.3.5.1 Análise de Persuasão	90
4.3.6 Conclusão sobre o Domínio Avaliado	91
4.4 DOMÍNIO 4 - INFORMATIVOS ONLINE	93
4.4.1 Portal Brasil	93
4.4.1.1 Análise de Persuasão	94
4.4.2 G1	95
4.4.2.1 Análise de Persuasão	96
4.4.3 Uol	97
4.4.3.1 Análise de Persuasão	98
4.4.4 Agência Alagoas	99
4.4.4.1. Análise de Persuasão	99
4.4.5 MSN notícias	100
4.4.5.1 Análise de Persuasão	101
4.4.6. Conclusão do Domínio Avaliado	102
4.5 DOMÍNIO 5 -AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGENS	104
4.5.1 Moodle Ufal	104
4.5.1.1 Análise de Persuasão	105
4.5.2 UnoparEad	106
4.5.2.1. Análise de Persuasão	106
4.5.3 Escola Virtual Bradesco	108
4.5.3.1 Análise de Persuasão	108
4.5.4 SebraeEad	109
4.5.4.1 Análise de Persuasão	110
4.5.5 Fundação Getúlio Vargas	111
4.5.5.1 Análise de Persuasão	111
4.5.6 Conclusão sobre o domínio Avaliado	113
4.6 RANKING DE DOMÍNIOS AVALIADOS	114
5 CONCLUSÃO	116
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	119
1 INTRODUÇÃO
A persuasão que vem a ser destacada nesta monografia não é vista de forma pejorativa, mas como o ato de sugerir recursos que poderão obter influência sobre o comportamento de alguma pessoa, respeitando seu poder de escolha e tomada de decisão. Utilizamos o conceito de persuasão apontada por Fogg (2003), dentro da Computação Persuasiva, onde a palavra persuadir ganha o significado de influenciar alguém a fazer algo através de raciocínio ou argumento (OXFORD, 2016). A persuasão empregada nessa área da computação visa influenciar positivamente o comportamento de quem a utiliza de uma forma que as pessoas sintam-se livres para quaisquer escolhas. É pensando neste contexto proporcionado por esta área de estudos que esta produção vem realizar uma avaliação em domínios da web, de acordo com o método apontado por Fogg (2003) e suas contribuições sobre sistemas computacionais persuasivos, a fim de avaliar se os subdomínios escolhidos são pouco ou bastante persuasivos. 
A seguir falaremos sobre algumas contribuições que pretendemos alcançar com a realização deste trabalho. 
1.1 MOTIVAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO
Na atualidade, grande tem sido a utilização de sistemas e aparelhos tecnológicos que buscam interagir com os usuários, além de motivá-los para mudanças de hábitos, algo que pode ser positivo ou não. Toda essa evolução abre um leque de oportunidades tecnológicas que continuam a contribuir em diversas áreas do conhecimento humano, inclusive por meio de tecnologias com sistemas persuasivos que trazem comodidade, conhecimento e interação entre diferentes públicos.
Ao contrário do que se pensa, persuadir não necessariamente significa convencer uma pessoa a determinado ato. Persuasão é uma ferramenta forte quando usada no processo de conhecimento, de mudança de hábitos e na motivação de pessoas na prática de melhores atitudes de forma orientadora. Uma vez que, afirma Foog (2003, p.53), “uma tecnologia persuasiva assume que o usuário, alvo da tecnologia, tem ou possui o potencial para ter motivação a fim de alcançar seus objetivos ou mudança de atitude e/ou comportamento”. 
A computação persuasiva pode vir a contribuir de forma significativa no processo de conscientização de adultos e crianças sobre os fatos cotidianos, no preparo dos usuários para um uso consciente dos benefícios proporcionados pelas tecnologias, nas mudanças de hábitos alimentares, de postura, entre outros. Mas esses ambientes podem ser perigosos para quem não sabe os utilizar, pois por se tratar de um ambiente livre, os usuários independentemente da idade ou da formação estão expostos a todo tipo de riscos, aventuras ou mesmo ilusões. Almeida nos afirma que:
A percepção da criança para com os objetos envolvidos nos sistemas computacionais difere da percepção de um adulto. Assim, quando se desenvolve algo que esteja focalizado para crianças, é necessário ter em conta as características físicas e psicológicas desta faixa etária, para que todo o produto possa ser concebido com base na possibilidade de uma boa interação e percepção por parte da criança. (2014,p. 30) 
Visando essa informação é que devemos pensar em tecnologias que tragam benefícios. Uma vez que, a persuasão computacional, ajuda a fazer direcionamentos que talvez sem a utilização de tecnologias não fosse possível.
Sendo a principal motivação dessa monografia fazer uma análise em alguns domínios da web afim de descobrir o quanto os mesmo são persuasivos com base no que nos propõe Fogg (2003).
1.2 PROBLEMÁTICA
Os sites desenvolvidos em nosso cotidiano podem estar cada vez mais persuasivos.Essa é a realidade que se faz frequente em nosso cotidiano, pois acredita-se que acontece em uma escala constante e crescente mundo a fora. A interação em ambientes computacionais persuasivos, de diferentes origens, é algo que está sendo vivenciado não somente por adultos, mas em uma escala significativa, também por adolescentes e jovens. Visando este contexto de um mundo que interage constantemente com as tecnologias é que apresentamos essa problemática. 
O questionamento que nos motiva no desenvolvimento deste trabalho é: Como podemos saber se um domínio é persuasivo e qual o seu nível de persuasão? Para descobrimos essa resposta, faremos uma avaliação em vinte e cinco websites que fazem parte de cinco domínios e utilizaremos os conceitos de Fogg sobre persuasão.
1.2 OBJETIVO GERAL
O objetivo principal é fazer uma avaliação em domínios computacionais da web, determinando o nível de persuasão nos sites que foram escolhidos com base nos conceitos de Fogg (2003).
1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Avaliar os subdomínios com base nos conceitos de Fogg;
Utilizar a Escala de Nível Persuasivo desenvolvido com base em Fogg;
Identificar o nível de persuasão dos sites com auxílio da Escala desenvolvida;
1.5 ESCOPO
Este é um trabalho direcionado aos pesquisadores que utilizam a computação persuasiva com uma alternativa para a mudança de hábitos e costumes, sendo o foco principal do trabalho avaliar a persuasão em domínios como: redes sociais, sites governamentais, informativos online, AVAs (Ambientes Virtuais deAprendizagem) e comércio eletrônico, podendo ainda contribuir com os web-desenvolvedores que almejam trabalhar com um dos domínios apresentados ou simplesmente identificar o nível de persuasão de algum site que possuem a fim de os tornar mais persuasivo. 
Tudo isso para mostrar às pessoas interessadas nesta área quais são os critérios com base em Fogg (2003) para determinar se um sistema é bastante ou pouco persuasivo. Servindo ainda de apoio para quem busca conteúdo que trate sobre a Avaliação de Domínios e Nível de Persuasão.
Para tal, foram escolhidos e avaliados um determinado número de domínios que são utilizados em nosso cotidiano, por pessoas de diferentes classes sociais, crenças, cultura e idade. 
1.6 CONTRIBUIÇÕES 
O trabalho contribui para as comunidades de Interação Humano Computador (IHC), de Sistemas Computacionais Persuasivos, entre outros. Sua principal contribuição mensurável é a criação de uma escala que avalia o nível de persuasão de websites baseada nos princípios de Fogg (2003). Onde oferece ao pesquisador/desenvolvedor, saber do nível de persuasão do seu produto, podendo usufruir dessa persuasão melhorando aspectos relacionados à comunicação, aprendizagem, vendas, entretenimento, etc. Podendo seresta monografia algo novo na academia brasileira. 
1.7 ORGANIZAÇÃO DA MONOGRAFIA
O presente trabalho está estruturado a seguinte forma: O Capítulo 1 mostra uma motivação, contextualização, problemática, objetivos e as contribuições do trabalho aqui proposto; No Capítulo 2 são apresentados neste capítulo a fundamentação teórica; Já o Capítulo 3 aborda os principais trabalhos relacionados para nos dar embasamento; No Capítulo 4, foi realizada uma avaliação de alguns domínios selecionados; No Capítulo 5 apresentaremos algumas conclusões, com base em tudo que organizamos e coletamos durante a execução desta produção; e por fim, no capítulo 6 serão apresentados as referências utilizadas na elaboração do trabalho.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Como já apresentado, a presente monografia faz uma avaliação referente ao grau de persuasão de alguns domínios, baseando senas características da Captologia e também no que Fogg apresenta para criação de sistemas persuasivos.
Visando uma melhor compreensão sobre os conceitos de cada domínio, em nossa fundamentação buscamos conceitos para entender melhor o assunto abordado. Com base nessa escolha falaremos um pouco neste capítulo sobre os cinco domínios escolhidos (Plataformas de redes sociais; Comercio Eletrônico; Sites Governamentais; Informativos Online e Ambientes Virtuais de Aprendizagem) e sobre o termo Computação Persuasiva. 
2.1 PLATAFORMAS DE REDE SOCIAIS
As plataformas de redes sociais surgiram com os primórdios da sociabilidade virtual, são formadas da junção de pessoas e de redes de computadores, por meio das redes onde os indivíduos expressam sua personalidade e isso de alguma forma o caracteriza, uma vez que “as Redes Sociais representam um conjunto de participantes autônomos, unindo ideias e recursos em torno de valores e interesses compartilhados” (MARTELETO, 2001, p. 72).
Para entendermos melhor como aconteceu o surgimento e a disseminação das redes que ganharam destaque de maneira notória e expressiva, faremos um breve histórico das redes sociais e uma suscita conceituação sobre a mesma.
2.1.1 Histórico das Plataformas de Redes Sociais
Como já foi dito, as plataformas de redes sociais surgiram com os primórdios da sociabilidade virtual, por volta de 1969, quando se começou ouvir relatos sobre serviços que possuíam características de sociabilizar dados, com tecnologia dial-up e o lançamento do CompuServe .[1: Tecnologia de acesso remoto que está disponível como parte do Roteamento e Acesso Remoto.][2: Um serviço comercial de conexão à internet em nível internacional muito propagado nos EUA.]
Em 1971,conforme Wellman (1996 apud KIEHNE, 2004), outro passo importante foi dado, desta vez, houve o envio do primeiro e-mail, através da criação do Bulletin Board System (BBS). Essa tecnologia usava linhas telefônicas e um modem para transmitir os dados.[3: Sistema criado por entusiastas de Chicago para convidar amigos para eventos e realizar anúncios pessoais.]
Em 1979, segundo Kiehne (2004), surgiram as ferramentas Usenet e Internet Relay Chat (IRC), onde, conforme Teixeira (1997), as pessoas se agrupavam por tópicos e subtópicos, para se relacionar. Contudo, necessitava-se de uma conexão em rede e software em comum para quem pretendia se comunicar.[4: Protocolo de comunicação utilizado na Internet, utilizado basicamente como bate-papo.]
Por volta de 1984 surgiu um serviço chamado Prodigy para substituir o CompuServe, e um ano depois a America Online (AOL) passou a fornecer ferramentas para a criação de perfis virtuais, nas quais podiam ser feitas descrições pessoais e criar comunidades para a troca de informações e discussões sobre os mais variados assuntos. [5: Provedor de Internet corporativo e provedor de serviços Internet.]
Foi no ano de 1994 que aconteceu a quebra de paradigmas e o mundo ganhou os primeiros traços das redes sociais com o lançamento do GeoCities, um hospedeiro de sites, onde os seus idealizadores tinham a ideia de agrupar os sites/perfis criados por seus usuários por cidade, formando, assim, a primeira rede social já conhecida desde então. [6: Serviço de hospedagem de sites do portal Starmedia, popular na década de 1990.]
Em 1995, foram anunciadas mais redes sociais, como a The Globe, que dava liberdade para que seus adeptos personalizassem as suas experiências, publicando ainda conteúdos pessoais e interagindo com pessoas que tivessem interesses em comum, e o Classmates, que visava disponibilizar mecanismos onde os usuários podiam reunir antigos grupos de escola e faculdade, trocando conhecimentos e marcando reencontros.
Em 1997, a empresa AOL programou um sistema de mensagens instantâneas, o pioneiro entre os chats. Segundo Huang & Yen (2003, apud, KIEHNE,2004) e Nardi (2000, apud, KIEHNE, 2004) essas ferramentas possuíam ambientes com chat onde aconteciam trocas de mensagens em tempo real. 
Em meados dos anos 2000, surgiram cada vez mais redes sociais com diferentes objetivos. Houve, então, o avanço das redes sociais, devido ao aumento do número de pessoas conectadas à internet, seja por meio comercial, escolar e até pessoal. Foram criadas inúmeras redes sociais desde então, tais como Friendster que, conforme Kiehne (2004), foi criado para que os usuários mostrassem seus dados pessoais, hobbys e postar fotos através do perfil na rede.
No ano de 2003, surgiu o Linkedln e o MySpace. Conforme Costa(2010), o MySpace tinha como objetivo a divulgação de bandas e o compartilhamento de downloads de músicas e vídeos, e a disseminação de uma nova cultura. E em 2004 foram criados o Flickr, o Orkut e o Facebook. O Orkut se sobressaiu e durante anos foi a mais acessada pelos brasileiros. Já o Facebook, lançado na mesma época do Orkut, só ganhou o seu devido destaque em 2006. Outras plataformas de redes socais foram criadas em meados de 2000, como o Tumblr, o Flickr, o Instagram, o Pinterest, o Twitter, o WhatsApp, ChatON. Porém, nenhum deles possuem a quantidade de funcionalidades como Facebook, MySpace e Orkut , que após dez anos de história teve seu encerramento decretado no dia 30 de setembro de 2014 segundo carta divulgada aos usuários pelo diretor de Engenharia do Google, Paulo Golgher:
[...] O Orkut será descontinuado no dia 30 de setembro de 2014. Até lá, não haverá impacto para os atuais usuários, para que a comunidade tenha tempo de lidar com a transição. Usuários podem exportar as informações do seu perfil, mensagens de comunidades e fotos usando o Google Takeout (disponível até setembro de 2016). A partir de hoje, novos usuários não podem criar novas contas no Orkut.[...]Foram 10 anos inesquecíveis. Pedimos desculpas para aqueles que ainda utilizam o Orkut regularmente. Esperamos que vocês encontrem outras comunidades online para alimentar novas conversas e construir ainda mais conexões, na próxima década e muito além.
2.1.1 Definição de Redes Sociais
A tecnologia tem como principal atrativo juntar ferramentas que possibilitam um mundo mais atraente e acessível. Antes os obstáculos que limitavam certas realizações como uma comunicação entre pessoas em países distantes ou conhecimento de notícias em tempo real, se tornaram hoje caminhos contornáveis. As redes sociais se tornaram um instrumento totalmente presente na sociedade.
A comunicação entre as pessoas que conhecemos e com os nossos familiares, próximos ou distantes, é algo indispensável e que acontece desde os primórdios, essa comunicação passou a ser mais fácil depois do surgimento de tecnologias como telefones e computadores. Por isso, o uso das redes sociais fez-se necessário e é uma forma que encontramos para nos aproximar das pessoas que geralmente não temos contato, permitindo-nos uma maior aproximação. As redes sociais tornaram-se, então, uma facilitadora da comunicação entre amigos e familiares, contudo, muitas pessoas não fazem o uso correto da rede e acabam expondo assuntos relacionados à sua vida pessoal. Dessa forma, fatos que poderiam ser divididos apenas com familiares passam a ser divulgados para pessoas desconhecidas. 
Com as redes sociais é possível a realização de vários feitos relacionados à interação com outras pessoas conhecidas ou não, por meio de conversas, fotos, vídeo, trocas de informações pessoais e profissionais, independente do lugar onde estejam e o grau de intimidade que tenha um com o outro. Para Recuero (2009, apud Shimazaki e Pinto 2011,p. 173.):
Sites de redes sociais propriamente ditos são aqueles que compreendem a categoria dos sistemas focados em expor e publicar as redes sociais dos atores. São sites cujo foco principal está na exposição pública das redes conectadas aos atores, ou seja, cuja finalidade está relacionada à publicação dessas redes. 
As redes sociais são formadas da junção de pessoas e de redes de computadores os indivíduos expressam sua personalidade e isso de alguma forma o caracteriza. É quando então cada um passa a selecionar seus grupos e dividir suas ideias, gostos e interesses.
Os relacionamentos que as pessoas mantêm nas redes é uma relação social comum entre indivíduos, porém para que ela acontece é necessário uma exposição maior desde o primeiro momento para que ambas as pessoas se conheçam através de uma linguagem e interesses em comum.
Uma rede é definida como um conjunto de nós conectados por arestas. Assim, uma rede social é definida como um conjunto de dois elementos: atores (pessoas, instituições ou grupos) e suas conexões (Wasserman e Faust, 1994; Degenne e Forsé,1999), compreendendo uma estrutura de grupo. O computador é responsável por mediar esta conexão.
Redes Sociais são os meios onde as pessoas se reúnem por afinidades e com objetivos em comum, sem barreiras geográficas e fazendo conexões com dezenas, centenas e milhares de pessoas conhecidas ou não (NOGUEIRA, 2010, p.1).
Quando as pessoas criam um perfil em uma rede, ela automaticamente expõe suas informações e gradativamente expõe também os seus interesses pessoais o que a torna comum entre várias pessoas e grupos. Assim como no relacionamento social nas redes sociais as pessoas são facilmente atraídas por aqueles que as complementam ou mesmo por pessoas que ofereçam um universo diferente, mais atrativo.
Esta diversidade e trocas sociais constituem uma conexão na internet livre de complicações, onde um indivíduo pode facilmente ingressar em um grupo social que defende determinada causa ou assunto sem que seja necessário interagir com os demais membros deste grupo. Ele pode facilmente expor sua opinião em um assunto que esteja sendo abordado ou simplesmente usufruir da informação que está circulando. 
Segundo Marteleto (2001) As Redes Sociais representam um conjunto de participantes autônomos, unindo ideias e recursos em torno de valores e interesses compartilhados. A questão central das redes é a valorização dos elos informais e das relações, em detrimento das estruturas hierárquicas. As redes sociais são exatamente as relações entre os indivíduos na comunicação mediada por computador. Esses sistemas funcionam através da interação social, buscando conectar pessoas e proporcionar sua comunicação.
Entende-se, então, Redes Sociais como sites disponibilizados na internet para o relacionamento de grupos de pessoas, conhecidas ou não, com os mesmos interesses, onde podem ser compartilhados vídeos, músicas, textos e imagens afim de transmitir informação e ajudar na formação de opinião, seja ela, pública ou pessoal. Ou seja, é uma ferramenta valiosa e de alto poder na disseminação de informação e promoção de comunicação, podendo ainda ser o conteúdo publicado um meio positivo de manifestação, mobilização e apoio para acontecimentos de grande repercussão em nossa sociedade. 
Segundo Afonso (2009, apud Shimazaki e Pinto, 2011), a comunicação em rede tem sido explorada como instrumento de ativação de movimentos sociais e culturais como a luta dos direitos humanos, feministas, ambientalistas, etc. Na educação, a participação em comunidades virtuais de debate e argumentação encontra um campo fértil a ser explorado. Através dessa complexidade de funções, percebe-se que as redes sociais virtuais são canais de grande fluxo na circulação de informação, vínculos, valores e discursos sociais, que vêm ampliando, delimitando e mesclando territórios. Entre desconfiados e entusiásticos, o fato é que as redes sociais virtuais são convites para se repensar as relações em tempos pós-modernos.
Como nos mostra Afonso (2009), as redes sociais têm sido usadas para funções que a população muitas vezes nem imagina, além de ajudar no compartilhamento de informações que tem como objetivo repercutir na mídia, alertando-nos e mostrando-nos pontos positivos ou negativos que podem ser melhorados, promovendo assim mudanças na sociedade, a fim de potencializar a comunicação,além de dar forçar a casos da vida real.
As redes sociais são utilizadas em diversos setores e para diferentes objetivos como, por exemplo, busca de grupos e pessoas com mesmos interesses, busca de emprego, orientação financeira, divulgação de marcas, produtos e serviços e até para relacionamentos conjugais. 
No âmbito empresarial, por exemplo, as redes sociais servem como ferramentas de marketing que promovem a divulgação de algumas marcas, serviços e até produtos que ganham destaque nos anúncios das redes, como também um instrumento bastante forte para o mercado de trabalho, agindo como meio que auxilia no recrutamento de novos profissionais, por meio de avaliações de currículo e até mesmo através da postura e do perfil do candidato que almeja determinada área de atuação profissional. 
Dessa forma, o comportamento nas redes conta muito no conceito do contratante diante do que está sendo exposto no perfil do possível contratado. A mão de obra, a matéria e os recursos financeiros são fatores de grande importância, porém para que um negócio sobreviva no mercado é necessário que se tenha competitividade e esses recursos sozinhos já não são suficientes. O marketing requer recursos tecnológicos eficazes que garantam uma divulgação assídua para que seja possível atender as necessidades do mercado e alcançar os objetivos traçados pela empresa ou organização. 
Já no âmbito político, durante as eleições e até mesmo após a devida posse do vencedor de um determinado pleito, as redes sociais são utilizadas para divulgação das propostas de governo, dos feitos já realizados e até mesmo pode servir como uma revista eletrônica a qual irá expor, de forma atualizada, todos os projetos e compromissos que este vem fazendo ao longo do seu governo ou mesmo de sua campanha servindo esta informação como uma maneira de avaliar, acompanhar e até mesmo provocar um senso crítico no eleitorado. 
Segundo Lesca e Almeida (1994), a informação é um vetor estratégico importantíssimo, pois pode multiplicar a sinergia dos esforços ou anular o resultado do conjunto dos esforços. Uma vez que toda informação disseminada por meio das redes sociais sobre a gestão do político em questão, ou até mesmo, a disseminação de outras informações podem ser contadas como pontos positivos ou não.
No âmbito educacional, as escolas, os professores e até mesmo os alunos criam grupos nas redes sociais, afim de compartilhar conhecimentos e dicas para melhor desempenho em provas de avaliações escolares e até concursos públicos.
No que se refere ao âmbito afetivo, há participação em salas de bate-papo, onde se conhecem pessoas de diferentes lugares, formam-se vínculos de amizade, criam-se famílias virtuais, realizam-se viagem para conhecer pessoalmente os familiares virtuais, além de concretizações de casamentos formados através das redes.
Kaufman (2010apud Shimazaki e Pinto, 2011), nos lista ainda quatro principais funções, que ele afirma atrair ainda mais usuários para as redes:
Conectar os indivíduos todo o tempo e em todo lugar; 
Disponibilizar conteúdo multiplataforma; 
Compartilhar informações, decisões, conteúdos, etc;
Customizar tudo que o usuário quiser.
É certo que as formas como as redes sociais são utilizadas, aliadas ainda ao que nos afirma Kaufman (2010), quando nos mostra as características citadas, são responsáveis por atrair diversas pessoas para redes sociais, principalmente, pelos diversos dispositivos, como smartphones, notebooks e tablets, que permitem conexão em qualquer lugar que o usuário esteja. 
Diversas reportagens e artigos científicos internacionais, a exemplo o artigo “Preserving Privacyin Social Networks Against Neighborhood Attacks”, em uma tradução livre denominado de “Preservação a Privacidade das Redes Sociais contra Ataques de Bairros”, publicado em uma Conferência Internacional que aconteceu em Cancun no ano de 2008, nos falam sobre o problema de privacidade nas redes sociais, além de muitos relatarem as redes como sendo meios de comunicação para universitários trocar experiência e fazer amizades dentro das próprias universidades. Todavia, as fascinantes redes tornaram-se tão populares que ganharam o mundo e hoje milhares de usuários, sejam eles adultos ou crianças, comunicam-se diariamente.
2.2 COMÉRCIO ELETRÔNICO
A tecnologia vem mudando tudo a sua volta, inclusive a forma de comercialização de produtos, bens e serviços. 
“O ambiente empresarial tem vivenciado várias mudanças nos últimos anos, as quais têm definido novos contornos para os vários setores da economia e seus relacionamentos internos e externos, inclusive com os clientes e consumidores” (ALBERTIN 2010, p. 11).
A tecnologia da informação vem influenciando diretamente no planejamento e na criação de novas estratégias no modelo de comércio tradicional, o que possibilitou o surgimento do comércio eletrônico e consequentemente uma ampla expansão de novos ambientes empresariais.
Ainda segundo Albertin (2010, p. 1) algumas das características do novo ambiente empresarial, tais como globalização, integração interna e externa das organizações, entre outras, têm confirmado as tendências da criação e utilização de mercado e comércio eletrônicos, os quais já são considerados como uma realidade.
Realidade essa presente em nosso cotidiano e que já ganhou expansão notória, sendo até impossível levarmos em consideração a sua extinção. Uma vez que Segundo Malone, Yates e Benjamin (1989 apud ALBERTIN 1998, p.54) “o mercado eletrônico não é irreal ou teórico, ele é de fato inevitável”. 
Desde o surgimento das civilizações o comércio já existia, de acordo com Zappe Jr (2013 p.1),
O comércio sempre existiu desde que surgiram as sociedades. Ele é dito o processo de comprar, vender e trocar produtos e serviços. Inicialmente praticado pelos primeiros povos apenas a troca, foram os Fenícios, Árabes, Assírios e Babilônios que o incrementaram, pois com as expedições e a descoberta de novos mundos, utilização de pedras e metais preciosos, o desenvolvimento científico industrial e os meios de comunicação, foram incentivados a compra e a venda. Os primeiros vendedores viajavam semanas, meses e anos para anunciarem seus lançamentos, por isso seus produtos eram vendidos como novos durante um longo período. (ZAPPE JR, 2013,p.1)
Com o passar do tempo continuaram a se expandir as formas de comércio, até que com o surgimento da Internet em meados de 70, e com a disseminação do comércio por meio desta forma de comunicação o comércio eletrônico surgiu. Por volta do século XX começaram a chegar produtos eletrônicos no Brasil, produtos esses já comprados por meio do comércio eletrônico. 
De acordo com Dutra (2011, p.1), aqui no Brasil, as empresas começaram a trabalhar com comércio eletrônico em 1995, logo depois da internet comercial. Neste sentido, o Submarino, o Grupo Pão de Açúcar e as Lojas Americanas foram as pioneiras em vendas online.
Ainda segundo (ZAPPE JR, 2013, p.1), “o comércio eletrônico surgiu com objetivo de complementar o processo de vendas e eliminar intermediários da cadeia de suprimento, a fim de auxiliar na globalização da economia através da parceria e negócios e diminuição de limites geográficos”.
A utilização intensa da TI leva ao mercado eletrônico e à hierarquia eletrônica. A coordenação de fluxos de materiais e serviços passando a ser realizada apoiada na tecnologia, ou melhor, por meio dela (...) o mercado eletrônico é um fato da vida e que está se tornando mais prevalecente a cada dia. Ele contribui para a realização de um mercado econômico ideal, como um lugar abstrato para trocas com informações completas, onde os custos de transação não são considerados. (ALBERTIN,1998, p. 54).
Uma vez que o cenário atual nos mostra que a tendência do comércio eletrônico é crescer cada dia mais, pois a Internet, os meios tecnológicos, e os sistemas computacionais nunca deixarão de evoluir. 
Segundo Dutra (2011, p.1), “as compras e aquisições feitas por equipamentos eletrônicos, como computadores e celulares através da rede, são chamadas dee-commerce (em inglês) ou comércio eletrônico (em português). Nada mais é do que a transação comercial através de um contato virtual”. 
Zappe Jr (2013, p.2) nos diz que, “comércio eletrônico é a automação das transações comerciais por meio das tecnologias de informática e telecomunicações. A parcela mais visível do comércio eletrônico constitui-se do universo de ‘lojas virtuais’ (sites de compras) disponíveis na internet”. 
De acordo com Cameron (1997 apud ALBERTIN 2010, p.2) “o comércio eletrônico (CE) inclui qualquer negócio transacionado eletronicamente, onde essas transações ocorrem entre dois parceiros de negócios ou entre um negócio e seus clientes”.
Visto que o comércio eletrônico vai ter transações sobre uma infraestrutura digital. Que de acordo com Connoly (1997 apud ALBERTIN, 2010, p.2) será “fortemente focados em segurança, criptografia, moedas e pagamentos eletrônicos (...) inclui pesquisa, desenvolvimento, marketing, propaganda, negociação, vendas e suporte”.
Em outras palavras o CE terá um melhor desempenho e uma melhor sucessão a partir do desenvolvimento de plataformas que ofereçam cada vez mais suporte e atratividade. Pois os consumidores e negócios procuram flexibilidade para mudar suas carreiras e redes.
A aplicação e utilização das tecnologias de informação e comunicação, sejam elas tradicionais ou de comércio eletrônico, são consideradas fontes importantes de informações (ALBERTIN 2010). Isso porque ajuda as organizações no desenvolvimento de fatores como: identificação de perfil dos clientes, de novos produtos e serviços, baseados nas reais necessidades existentes e como canal de venda de produtos já existentes. Visto que:
Argumenta - se que a utilização de TI, no princípio, foi justificada pela necessidade de atender um número bastante significativo de clientes e de produtos e serviços, e pela necessidade de redução de custo. Atualmente, esta utilização é justificada pela melhora de qualidade que ela permite em relação aos produtos e serviços, e consequentemente no atendimento aos clientes. Finalmente, a TI/CE é justificada como sendo a maneira dos bancos nacionais tornarem - se mais competitivos e entrarem neste ambiente de economia digital, no qual eles acreditam ser, não uma promessa, mas uma realidade (ALBERTIN 2010, p. 13).
Realidade essa que contribui significativamente para esse avanço constante que fez fluir vários tipos de CE, como nos fala Zappe Jr (2013) em seu artigo “Fundamentos de E-business”, o outro nos caracteriza 12 tipos de comércio eletrônico que surgiram com o passar do tempo. São eles:
Empresa – Empresa (Business to Business – B2B): Relação de negócios entre empresas, como venda somente no atacado.
Empresa – Consumidor (Business to Consumer – B2C): Transações comerciais entre empresas e consumidores finais. 
Consumidor – Consumidor (Consumer to Consumer – C2C): Aqui temos negócios entre pessoas. Alguns exemplos são sites de classificados e leilões, geralmente o lucro destes sites é ligado à publicidade e/ou taxas cobradas pelo uso do web site. 
Consumidor – Empresa (Consumer to Business – C2B): Dá a oportunidade para o consumidor contatara empresa para efetuar a compra. Um exemplo são os “leilões reversos”. 
Empresa – Administração (Business to Administration – B2A ou Business to Government – B2G): Nesta modalidade existe a negociação entre empresas e o estado. Um exemplo é a emissão e consulta de guias.
Consumidor – Administração (Consumer to Administration – C2A ou Consumer to Government – C2G) : Aqui é o consumidor, ou melhor, dizendo o cidadão com o Estado.
Ponto - Ponto (Peer to Peer - P2P): Consiste em pessoas compartilhando, normalmente de arquivos digitais. Este ramo de e-commerce possui baixíssimo retorno financeiro e muitas vezes é associado a pirataria e crimes virtuais.
M - Commerce (Mobile Commerce): estabelece uma transação comercial com o uso de um dispositivo móvel (celular, smartphone, tablet). 
S - Commerce (Social Commerce): faz uso da principal qualidade de uma rede social: o relacionamento entre pessoas, seja para opinião de um produto,divulgação de promoções, etc.
T - Commerce (Television Commerce): Esta modalidade de comércio eletrônico faz uso da TV Digital como meio de se vender produtos para os telespectadores. 
F - Commerce - Facebook Commerce: O crescimento vertiginoso do número de usuários do Facebook despertou o interesse das empresas em estarem presentes nesse canal. É possível criar uma loja virtual dentro do Facebook usando aplicativos de e-commerce.
Compra coletiva: É quando um grupo de consumidores se reúne e usam uma velha regra de ouro: “não há melhor tática que agrupar pessoas para comprar coletivamente”.
Podemos observar com base no que nos é apresentado por Zappe (2013), que o comércio eletrônico é subdividido em vários tipos específicos, mesmo assim é notório que a essência deste tipo de comércio não se altera em momento algum, o intuito é sempre o mesmo, ou seja, comercializar bens e serviços com mediação de tecnologia com pessoas e empresas que podem está geograficamente distante ou não. 
2.3 SITES GOVERNAMENTAIS
Assim como foi desenvolvido outros sistemas de informação para tornar mais fáceis atividades cotidianas, com o passar do tempo, a popularização das tecnologias e das mídias facilitou ao cidadão ter acesso às informações governamentais que antes pareciam até ser restritas.
Bandeira (2005, p. 03 apud FERREIRA JUNIOR, 2008, p. 45) afirma que, no cenário digital as tecnologias de informação e comunicação (TICs) se apresentam como instrumentos hábeis para que os atores sociais possam exigir dos representantes da administração pública que gerenciam os órgãos estatais de forma transparente.
Pinho (et al 2006 apud FERREIRA JUNIOR, 2008, p. 45) nos diz ainda que “essas TICs estão se alastrando pelo setor público através do que se chama de e-governo ou governo eletrônico, através da informatização de atividades internas governamentais e da comunicação realizada pelo público externo”.
É possível afirmar que os modos em que o Estado produz, ordena, colhe e difunde informação sofreu alterações importantes após a popularização da internet, principalmente com a emergência dos sítios governamentais que estão catalisando um novo modo de prática comunicativa entre esfera governamental e esfera civil. Isso ocorre não apenas devido às mudanças materiais que o Estado vem sofrendo nas últimas décadas, no que se refere à modernização da máquina estatal que passou a utilizar de procedimentos e ferramentas (como computadores e bancos de dados digitais) em seus procedimentos internos, mas do ponto-de-vista da comunicação, a criação desta nova instância chamada “sítios governamentais” tem forçado o agente público a produzir e organizar e dispor informação de modo diferenciado. Neste sentido, a manutenção de um veículo online oficial tem significado inovações estruturais na comunicação praticada pelo Estado, sobretudo no que diz respeito ao trato dado à informação. ( SILVA, 2009, p.6 - 7)
	
Sendo esta informação de suma importância para que aconteça de fato uma disseminação ampla dos orçamentos públicos, de licitações, de obras, projetos e tudo que diz respeito ao povo e a sua escolha democraticamente política. 
Faz-se importante relatar ainda, que essa inovação estrutural que nos aponta Silva (2009), com relação as práticas de comunicação oferecidas pelo Estado por meio do e-governo só acontece com tanta agilidade e precisão por conta das diferentes formas de se transmitir informação por meio da internet. Vejamos o que nos diz Dimaggio (et al 2001, p. 308 apud SILVA 2009, P. 13), sobre essa comunicação proporcionada pela internet:
[...] A internet é única porque integra modalidades diferentes de comunicação (interação recíproca, radiodifusão, busca-referência individual, discussão em grupo, interação pessoa/máquina) e diferentes tipos de conteúdo (texto, vídeo, imagens visuais, áudio), em um único meio de comunicação. Essa versatilidade torna plausível afirmações de que a tecnologia vaiestar implicada em muitos tipos de mudanças sociais, talvez mais profundas do que a televisão ou o rádio.
Desta forma o Estado poderá por meio da Internet manter uma comunicação com o cidadão no que diz respeito a política em geral. Disponibilizando outras formas de comunicação que farão com que os cidadãos tenham uma visão diferenciada dos seus deveres e direitos e muito mais.
Justice (2006, p. 2 apud SANTANA JUNIOR, 2008, p. 45) afirma que:
E-governo é particularmente atraente como um instrumento de transparência fiscal, accountability, e participação do cidadão, por muitos motivos em que ele é altamente promissor: conveniência, acessibilidade, possibilidade, para uma variedade de aplicações interativas, links para ferramentas de bancos de dados, direcionamento econômico de disseminação de informação e processamento simples de transação.
Autores como Silva (2009) veem todas essas formas de comunicação, de um modo geral, uma forma de impor ao Estado e os agentes públicos que a ele compõem, produzir, organizar e consequentemente dispor informações diferenciadas de um modo quase que forçado.
Mesmo assim as novas tecnologias de informação e comunicação possibilitam benefícios para ambos os envolvidos nesse processo. Pois se de um lado a esfera cidadã obtém informações sobre o que acontece na esfera Estado, por outro lado a esfera Estado pode acompanhar o que é de maior interesse ao cidadão e assim de acordo com Chadwik (2003 apud SILVA 2009):
O governo se torna uma "organização de aprendizagem", capaz de responder às necessidades dos seus cidadãos, que, por sua vez, são capazes de influenciar a burocracia pública pelos mecanismos de feedback rápidos, agregadores, tais como e-mail e sites interativos. Em contraste com as tecnologias fordistas, o governo eletrônico requer uma abordagem flexível, do tipo "construir e aprender”.
Pois como nos diz Silva (2009), existem diferenças importantes entre a comunicação do Estado por meio de comunicação tradicional e por meio da Internet, uma vez que nesta segunda forma citada deve-se haver mais transparência, mais cautela, uma vez que o próprio estado produzirá as informações disponibilizadas para a população.
2.4 INFORMATIVOS ONLINE
	Percebemos com o passar do tempo que a evolução tecnológica vem mudando vários cenários e com os informativos não foi diferente.
Segundo Martins (2013):
“com o advento da Internet e das novas tecnologias deu-se uma mudança no contexto comunicacional. O jornalismo online surge como uma forma de convergência dos diversos meios de comunicação e um novo meio de produzir e difundir a informação”.
Isso se deu pelo fato da tecnologia nos proporcionar a disseminação de informações sobre os fatos cotidianos do mundo inteiro em tempo real. Uma vez que, na antiguidade as informações demoravam para serem transmitidas e até muitas delas não eram repassadas. Atualmente essa realidade é diferente, essa mudança foi possível com o auxilio da internet. 
Todavia, não se atribui uma data exata ao surgimento dos informativos online. Segundo Martins (2013, p.2):
“é a Gutenberg que a história atribui o mérito da invenção da imprensa [...] no século XV. A invenção computacional e, mais tarde, a Internet tornaram possível a atual comunicação em rede [...] Com o surgimento desta nova tecnologia dá-se uma passagem do analógico para o digital”.
Em se tratando de informações, a internet pode ser destacada como uma mídia que vem crescendo por agilidade, por sua atualização constante e interação de forma não-linear. Onde os usuários dispõem de interatividade e contextualização ampla por meio dos hiperlinks das páginas, além das informações disponibilizadas por meio de áudios, vídeos, fotos, gráficos e textos, em páginas noticiosas alternativas, como os blogs, que conseguiram realizar coberturas tão ou mais completas que muitos sites profissionais da comunicação, devido à sua interatividade. (MALLMANN, 2005, p. 11) 
Quando o autor nos fala que as informações online ocorrem de forma não-linear, ele quer nos dizer que não existe uma ordem cronológica nos informativos online, como percebemos os informativos impressos e até nos tele informativos, que apresentam inicialmente as notícias mais fortes e encerram com notícias agradáveis, como esporte, moda, comemorações, dentre outros.
Tudo isso porque, segundo Mallmann (2015, p.11):
[...] essa não-linearidade de captação/recepção de fluxos informativos só se faz presente na mídia digital/on-line devido a característica de tempo - espaço da mesma. A possibilidade de obter informações variadas, complementares, sobrepostas em uma tela plana, é que garante ao usuário a escolha hiperlincada, não - retilínea. A não - linearidade e a interatividade desse meio são as características determinantes para modificar o fluxo informativo nas mídias digitais/online.
Diferentemente dos informativos impressos, onde “o fluxo informativo fica limitado às escolhas editorias” (MALLMANN, 2005, p. 9), os informativos online trazem a oportunidade de conhecermos outras dimensões de mundo, os fatos apresentados passam a ser um alvo entre a comunidade, “ser alvo de discussão pelos utilizadores em rede que partilham e comentam as informações [...] os leitores preferem, cada vez mais, navegar livremente pelos conteúdos de uma forma não - linear e de acordo com os seus interesses” (MARTINS 2013, p. 6).
Algo que este tipo de informação nos possibilita sem qualquer restrição, podendo ainda os usuários contar com outros recursos como vídeos e fotos da notícia em evidência, sendo essa uma das suas principais características.
Segundo Palácios (2003 apud Martins, 2013, p.6), seguindo a linha de pensamento de Bardoel e Deuze, atribui ao jornalismo produzido na Web as seguintes características: 
Multimedialidade – convergência de diferentes formatos dos meios de comunicação tradicionais na produção e divulgação de um facto ou informação noticiosa. 
Interactividade – capacidade que o utilizador tem de interagir com o próprio conteúdo noticioso através de comentários, partilhas e a própria forma como o utilizador acessa ao conteúdo através das interações estabelecidas com outros conteúdos relacionados e também com o próprio computador. 
Hipertextualidade – manifesta-se através da interação entre diversos textos, imagens, sons ou vídeos interligados através de hiperligações.
Personalização – trata-se da costumatização do próprio conteúdo onde o utilizador define aquilo que lhe interessa e o modo como a informação é recebida ou apresentada. 
Memória – acumulação de informação e produções noticiosas é muito maior na web do que nos meios de comunicação tradicionais, possibilitando ao utilizador o acesso a conteúdos já difundidos de forma imediata.
Instantaneidade – diz respeito à rapidez com que se pode aceder aos conteúdos na web e a sua facilidade de produção e divulgação permitem uma atualização contínua das informações e desenvolvimento de assuntos de grande interesse para o público em tempo real. (PALÁCIOS, 2003 apud MARTINS, 2013, p.06)
Todas essas características citadas por Palácios (2003 apud MARTINS, 2013, p.06) são facilmente identificadas na maioria dos informativos online, uma vez que, apenas os informativos que realmente não possuem vídeos, sons ou imagens é que não os disponibiliza.
Vale salientar que mesmo a Internet sendo encarada como um novo meio de comunicação, ela também vai possuir sua forma específica de transmitir a comunicação, “que respeite determinados critérios, técnicas e linguagens adaptadas às diversas plataformas [...] criar novos conteúdos que complementem os já existentes através do uso de uma linguagem própria”. (MARTINS 2013, p. 5).
Sendo então a real necessidade não apenas transmitir informações de qualquer forma, e sim transmitir, manter informado os usuários de uma maneira segura, mostrando clareza e certeza do que se está relatando, como em qualquer informativo reconhecido. 
2.5 AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM
Os avanços tecnológicos trouxeram inúmeros benefícios,como já vimos, em campos informativo, do comércio, da comunicação e da interação da sociedade e também no campo educacional. E quando citamos o campo educacional nos vem logo inúmeros benefícios tecnológicos que tornam o cotidiano escolar e da sala de aula mais atraente, por outro lado nos surge os denominados AVAs (Ambientes Virtuais de Aprendizagem) como sendo a mais significativa contribuição tecnológica educacional, isto por conectar pessoas em diferentes espaços em um único lugar, os AVAs, proporcionando assim oportunidades antes inimagináveis.
De acordo com Pereira, Schmitt e Dias ( 2007, p.4):
Nos últimos anos, os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs) estão sendo cada vez mais utilizados no âmbito acadêmico e corporativo como uma opção tecnológica para atender esta demanda educacional. Diante disso, destaca-se a importância de um entendimento mais crítico sobre o conceito que orienta o desenvolvimento ou o uso desses ambientes, assim como, o tipo de estrutura humana e tecnológica que oferece suporte ao processo ensino-aprendizagem.
Isto porque, em termos conceituais os AVAs são ambientes em mídia, também denominados de ciberespaços que permite interação entre alunos, professores e tutores, objetivando o compartilhamento e até a construção de conhecimento.
Os AVAs são opções de mídia bastante utilizadas no processo de ensino-aprendizagem do Ensino a Distância (EaD). O EaD surgiu no século XVIII, quando eram ofertados cursos profissionalizantes via correspondência, porém foi com a popularização da Internet que se consolidou a construção de ambientes virtuais de aprendizagem (PEREIRA, SCHMITT e DIAS, 2007, p. 5).
Segundo Bastos(2003, apud PEREIRA, SCHMITT e DIAS, 2007, p. 5) “as principais características da EaD estão relacionadas ao fato de seus atores estarem separados geograficamente, ser vinculado a uma instituição educacional mediada pelas Tecnologias de Informação e Comunicação”.
Mckimm, Jollie e Cantillon (2003, apud PEREIRA, SCHMITT e DIAS, 2007, p. 6) nos diz que os AVAs “consistem em um conjunto de ferramentas eletrônicas voltadas, ao processo de ensino-aprendizagem (...) incluem sistemas que podem organizar conteúdos, acompanhar atividades e, fornecer ao estudante on-line e comunicação eletrônica”.
Para Milligan (1999, apud PEREIRA, SCHMITT e DIAS, 2007, p. 6) o termo deve ser usado para descrever um software baseado em um servidor e modelado para gerenciar e administrar os variados aspectos da aprendizagem, como disponibilizar conteúdos, acompanhar o estudante, avaliar o processo de ensino-aprendizagem, entre outros. 
Esse tipo de software, geralmente disponibiliza vídeo aula, conferência em tempo real, fórum, chat’s, fotos, wiki e até anexos em textos que ajudam no processo de ensino aprendizagem.
Pereira, Schmitt e Dias (2007, p. 7):
"os AVAs utilizam a Internet para possibilitar de maneira integrada e virtual (1) o acesso à informação por meio de materiais didáticos, assim como o armazenamento e disponibilização de documentos (arquivos); (2) a comunicação síncrona e assíncrona; (3) o gerenciamento dos processos administrativos e pedagógicos; (4) a produção de atividades individuais ou em grupo”.
Mas para que este tipo de ensino pudesse de fato acontecer aqui no Brasil, ele teve que ser regulamentado. Tudo isso só foi possível por meio da Lei:
 “Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº9.394, de 20 de dezembro de 1996), pelos decretos nº2.494, de 10 de fevereiro de 1998 e nº2.561, de 27 de abril de 1998 e pela Portaria Ministerial nº 301, de 07 de abril de 1998. Em, o Conselho Nacional de Educação estabeleceu as normas de EaD para a pós-graduação lato estricto sensu (REGULAMENTAÇÃO, 2005). Em 19 de dezembro de 2005, o decreto nº5.622. regulamentou o art.80 da Lei nº9.394, de 20 de dezembro de 1996”. (PEREIRA, SCHMITT e DIAS 2007, p. 7 ) .
Todavia, faz-se necessário frisar que no ensino fundamental e médio a EaD deve ser usada apenas em caráter complementar. Sendo ainda considerada como educação equivalente a educação presencial por meio do “decreto nº 5.622, eliminando assim todo e qualquer preconceito quanto a qualidade do ensino a distância” (PEREIRA, SCHMITT e DIAS 2007, p. 7). 
Vale salientar que, mesmo sendo um processo educacional mediado por tecnologia, existe um número significativo de profissionais envolvidos para que este tipo de ensino venha a acontecer. 
	
Figura 1 - Principais envolvidos na criação de conteúdos de um AVA.
Fonte: PEREIRA, SCHMITT e DIAS 2007, p. 19
O professor conteudista será responsável pela seleção e produção do conteúdo que será trabalhado nas disciplinas. Já o designer instrucional será um professor que fará a interligação entre os conteúdos escolhidos e a forma como este conteúdo será disseminado. Os assessores linguísticos serão dois profissionais, um de letras e um de jornalismo, para revisar o conteúdo e deixá-lo em uma linguagem mais clara, respectivamente. Designer gráfico é responsável pela identidade visual do ambiente, O web roteirista planeja um roteiro para o ambiente. O web designer cria e implementa a parte gráfica do conteúdo pedagógico, enquanto o ilustrador, o videoasta e o animador pesquisam, produzem e trabalham imagens, gráficos e desenhos. O programador é quem desenha e customiza o AVA. 
Além dos envolvidos citados acima, os quais fazem parte do processo de criação de conteúdos dos AVAs, existem os envolvidos que lidam diretamente com os usuários desses ambientes. Ribeiro (2014, p.1) nos fala que “a equipe multidisciplinar é composta por: Coordenador de Polo; Coordenador de Curso; Coordenador de Tutoria; Professor Conteudista / Especialista e Tutor Presencial”.
Os Coordenadores aqui citados, muitas vezes possuem acesso ao AVA, só que atuam com uma frequência menor de forma virtual. O papel do Professor Conteudista/Especialista, já vimos anteriormente. E o Tutor Presencial irá sanar dúvidas que venham a surgir durante os encontros que podem ou não acontecer presencialmente.
Também vai existir um Tutor Online, que geralmente faz um acompanhamento do desenvolvimento dos alunos durante as interações no AVA. Sendo todos esses personagens de extrema importância para um bom desempenho do Ambiente Virtual de Aprendizagem e para os resultados que se pretende atingir.
2.6 COMPUTAÇÃO PERSUASIVA
De acordo com ISOTANI (2013, p. 1) “a computação persuasiva é uma área multidisciplinar que investiga sistemas, dispositivos e aplicativos intencionalmente projetados para alterar o comportamento ou atitude das pessoas de uma forma pré-determinada”. Ou seja, a computação persuasiva vai servir para investigar tecnologias afim de torná-las influenciáveis com relação ao objetivo que se deseja atingir. 
Uma vez que essa mesma computação persuasiva pode ser utilizada em diferentes áreas de atuação, como marketing empresarial e político, no âmbito educacional e com uma frequência cada vez maior nas tecnologias cotidianas, como as redes sociais e sites diversos.
No decorrer deste capítulo entenderemos melhor qual o conceito de persuasão que se enquadra a computação, além de entender sobre o surgimento do termo Persuasão, e abordar com mais clareza sobre os Sistemas Computacionais Persuasivos.
2.6.1 O termo Persuasão
A persuasão que vem a ser empregada dentro da Computação Persuasiva é a que busca levar os usuários de sistemas que os utilizam a um direcionamento de mudanças de hábitos e comportamento proporcionadas pelo meio tecnológico em que os mesmos são inseridos, deixando claro que existe uma consciência por parte de quem as utiliza e que eles são motivados ou persuadidos a realizar/buscar tais mudanças. Para o Oxford Dictionaries (2016), o termo persuasão pode ser entendido como “a ação ou processo de persuadir alguém ou de ser persuadido a fazer ou acreditar em algo”.
Foi em busca por uma definição exata sobre a palavra persuasão, que descobrimos de acordo com o dicionário Aurélio (2016), que a palavra persuasão se origina do latim persuadere, que significa aconselhar. Já Persuadirsignifica levar alguém a realizar algo através de um conselho, segundo a mesma fonte. 
Persuadir vai ser mais que convencer, dentro de um contexto habitualmente voltado para um público adulto, pode até ser algo natural, que as pessoas fazem corriqueiramente, sendo induzidas até sem perceber. Todavia, devemos ter muito cuidado, pois algumas pessoas inescrupulosas usam a persuasão para obter vantagens e as crianças podem ser facilmente influenciadas a participar/fazer algo que poderá arriscar sua própria segurança.
De acordo com Dantas (1989), entendemos que a persuasão é um processo simbólico que se tenta influenciar outras pessoas a mudar suas atitudes ou comportamentos pela transmissão de uma mensagem em uma atmosfera de livre escolha. Já Berrio (1983) nos fez perceber que o processo de persuasão acontece quando alguém quer influenciar a conduta de outros através de atos sêmicos, mas esse cenário depende do tipo de mensagem e da sociedade em que vive, ou seja, do contexto sócio histórico de cada individuo.
Reardon (1991 apund PEREIRA 2014, p.35) sugere que persuasão envolve guiar uma pessoa em direção a adoção de algum comportamento, crença ou atitude desejada pelo agente que exerce a persuasão, através de apelos racionais ou emocionais, sem privar a pessoa de outras escolhas, enganando ou forçando decisões.
Existem ainda controvérsias de quem acredite que a persuasão pode ser também considerada como um tipo de manipulação para atingir algo que se deseja. Todavia, de acordo com Reardon (1991, apund PEREIRA 2014, p. 35): 
(...) persuasão não tem o mesmo significado que manipulação ou coerção. Manipulação envolve favorecer os objetivos do agente manipulador à custa da pessoa que é manipulada. A pessoa manipulada não é encorajada a pensar sobre a situação, ela é iludida por falsas promessas, enganada por falsos comportamentos, verbais ou não verbais, ou exposta a situações artificiais para limitar as suas decisões. Coerção envolve força física ou alguma forma de ameaça. Para a pessoa que sofre a coerção, não é oferecida a escolha para adotar um novo comportamento, ele o é imposto, por esse motivo, quando a pessoa não estiver sob vigilância, não estará comprometida em exercê-lo. 
Como já vimos ambos os conceitos, manipulação e enganação, diferem totalmente do termo persuasão. Segundo Jones (2008 apud Alvarez, 2014, p. 56):
[...] além da intenção os termos diferem entre si por meio da opção de escolha e controle do sujeito envolvido. Enquanto que na persuasão este sujeito pode optar por aceitar ou não uma variedade de interações e por meio destas, ser persuadido em menor ou maior grau. 
Sendo então a persuasão o processo de indução às mudanças que acontece muitas vezes por meio da comunicação. E por meio da comunicação podemos encontrar os seguintes exemplosde persuasão:
Propagandas e anúncios de TV e rádio: o uso da persuasão é unicamente voltado para atingir a venda de produtos, bens ou serviços;
Noticiários impressos: a persuasão é utilizada para propagar notícias sobre algo ou alguém, o que pode ser maléfico para a imagem da pessoa, uma vez que pode acontecer uma persuasão distorcida em alguma matéria. 
Internet e aplicativos mobile: a persuasão pode está presente nas redes sociais, nos anúncios online; nos aplicativos mobile, contribuindo muitas vezes para a efetivação de hábitos saudáveis, para campanhas publicitárias, proteção do meio ambiente e até para divulgação de figuras públicas. 
A persuasão está presente em vários websites levando não somente a propaganda, mas utilizada de uma forma benéfica, desenvolvendo comércios, criando laços, estimulando hábitos saudáveis. E essa persuasão que deve ser considerada no ambiente tecnológico.
	
2.6.2 Sistemas Computacionais Persuasivos
Os sistemas computacionais originam-se da junção/interação entre componentes como hardware, software e peopleware, que trabalham afim de coletar dados/informações de maneira que estes produzam mais informações/resultados que sirvam ou causem interesse para outros sistemas/usuários, algo que ganhou bastante destaque e que com o passar do tempo ganhou como aliado a persuasão, e então muitos desses sistemas passaram a receber o nome de sistemas computacionais persuasivos.
Segundo Fogg, fundador do laboratório de Tecnologia Persuasiva da Universidade de Stanford, Califórnia, Estados Unidos, um psicólogo e pesquisador que se concentra no estudo de métodos voltados para a mudança de comportamentos por meio da utilização de tecnologias persuasivas, com interesse especial nas áreas de inovação empresarial e promoção da saúde, dentro da computação, a “persuasão pode ser definida como qualquer sistema computacional interativo que tenha sido projetado para alterar atitudes ou comportamentos” (apund PEREIRA 2014, p. 35).
Partindo dos conceitos vistos sobre persuasão, e, dos estudos realizados, podemos dizer que a computação persuasiva é considerada uma tendência, que tem início no processo de amadurecimento das tecnologias de informação e comunicação (TICs). Sendo este tipo de sistema de computação elaborado com o intuito de influenciar/alterar as atitudes e comportamentos das pessoas que os utilizam, podendo essa influência ser benéfica ou maléfica para quem a utiliza, uma vez que, a persuasão para qual o sistema foi elaborado poderá ser apenas para alcançar um interesse pessoal de quem o elaborar.
Quando voltada para um propósito, a computação persuasiva procura apoiar ou induzir o individuo à novas práticas, ou mesmo, apoderar o usuário de maior conhecimento/entendimento, servindo-lhes de ferramenta para adoção de atitudes mais confiáveis. 
A computação persuasiva vai agir, para os usuários, como um guia prático que oferece maior e melhor visão da atividade que ele estará executando. Por este motivo, esta prática vem sendo adotada em vários meios como na educação na busca de melhores práticas para o ensino de modo a envolver os alunos de forma que os conquistem e lhes permitam uma aprendizagem. Além disso, a computação persuasiva também está presente no meio da saúde, sendo adotada como uma forma de conhecimento e de práticas de atitudes mais saudáveis.
Aos poucos as coisas foram mudando e hoje os computadores são utilizados para implantação de sistemas de persuasão o tempo todo. Todavia, a tecnologia persuasiva não surgiu recentemente. Ela vem sendo implantada e disseminada, em uma escala menor, desde muito cedo. Nas décadas de 1970 e 1980 quando poucos sistemas computacionais foram desenhados para promoção da saúde, como o sistema chamado Body Awareness Resource Network (BARN), que já utilizava a computação persuasiva para induzir jovens a prática de hábitos saudáveis. Porém, a sua maior disseminação vem acontecendo desde a década de 1990, com a popularização da Internet e a evolução das TIC’s, como já citamos anteriormente. 
As tecnologias persuasivas possuem um grande e entusiasmado mercadopara promover benefícios e bem estar (KING, 1999). Uma realidade que acontece de fato no mundo e está presente cada vez mais em nosso cotidiano, pois as campanhas de incentivo a uma vida não sedentária,a hábitos saudáveis de alimentação e hidratação do corpo, a prática de exercícios estão ganhando cada vez mais destaque por meio de aplicativos mobile, uma vez que quase todos os jovens e adolescentes possuem um smartphone, tablet ou um celular digital.
Alvarez (2014, p.29) nos relata com base em Fogg (2003) que:
[...] a inserção de dispositivos móveis na sociedade, em especial aqueles que permitem conexão com a internet, vem acelerando o processo de ensino-aprendizagem na direção de um processo onde a tecnologia não é vista apenas como uma ferramenta, mas sim como um procedimento de aprendizagem.
Uma vez que Fogg e Eckles (2007) nos diz ainda que como tecnologias persuasivas, os dispositivos móveis representam uma importante plataforma para promoção de mudanças de atitudes e comportamentos na última década, superando até mesmo a televisão.
Todavia vale ressaltar que as formas de persuadir por meiodos sistemas computacionais podem ser diferentes, pois as tecnologias persuasivas possuem intencionalidades. Segundo Fogg (1998, apund PEREIRA 2014, p. 35) essas vão possuir bases e são classificadas em:
(i) Endógena (de dentro): origina-se por pessoas que criam/produzem a tecnologia com o intuito de ajudar no monitoramento de fatores;
(ii) Exógena (causada por fatores externos): origina-se por aquelas pessoas que dão acesso ou distribuem tecnologia com o intuito de trazer alguns benefícios;
(iii) Autógena (autoproduzida): origina-se por quem adota ou usa uma tecnologia para ter assim algum tipo de ajuda.
Sendo todas as intencionalidades da tecnologia persuasiva voltadas de fato para promoção de benefícios quando utilizada por pessoas certas de maneira certa. Visto que além da intencionalidade da persuasão vai existir ainda os envolvidos que são classificados em dois polos de atuação segundo Harjumaa e Oinas-Kukkonen (2007, apund ALMEIDA, 2010, p. 14).
(i) Persuasor: aquele que tenta influenciar ou fazer com que se mude de opinião ou hábito;
(ii) Persuadido: aquele que é levado a alterar o seu comportamento ou opinião.
Os envolvidos do processo persuasivo podem ser facilmente comparados com os envolvidos da pedofilia, isso porque em ambos os cenários existem dois lados e seus envolvidos. Na pedofilia de um lado alguém que busca seus interesses e do outro lado alguém que encontra-se sendo enganado. Na persuasão também existe de um lado alguém que busca seus interesses, todavia do outro lado existe alguém que ao invés de estar sendo enganado, estar sendo induzido a participar de mudanças que podem trazer benefícios.
De acordo com Fogg (2003), uma tecnologia persuasiva assume que o usuário, alvo da tecnologia, tem ou possui o potencial para ter motivação a fim de alcançar seus objetivos ou mudança de atitude e/ou comportamento. Assim, começamos então a entender que o usuário por interagir com a tecnologia de maneira corriqueira ou não é quem vai determinar o seu nível de entusiasmo em meio às mudanças proporcionadas. Sendo essas mudanças proporcionadas pelas formas de persuasão classificadas segundo Harjumaa e Oinas-Kukkonen (2007, apund ALMEIDA 2010, p. 14), em três tipos de persuasão:
(i) Ainterpersonal (humano-humano): ocorre quando existe mais do que uma pessoa a interagir com outra;
(ii) A computer-mediated (humano-humano mediado por computador): ocorre quando o persuasor e o persuadido tenham como meio intermédio de comunicação um sistema computadorizado;
(iii) Ahuman-computer (humano-computador): o persuasor é um sistema informático que tenta cativar o utilizador a alterar o seu comportamento.
Segundo Mintz e Aagard (2012, apud ALVAREZ, 2014, p. 55), neste contexto, o termo persuasão pode ser caracterizado como um processo influente, que abriga tanto argumentação, quanto o compartilhamento de informações e experiências que podem proporcionar mudanças sobre as atitudes e comportamentos dos sujeitos. Tudo por ser um processo computadorizado, que detém um maior número de informações e que ajuda de maneira significativa na persuasão dos que nele encontram-se envolvidos, como por exemplo, as pessoas que utilizam programas mobile para adquirir novos hábitos alimentares.
As formas de persuadir podem ser aplicadas de diferentes maneiras em diferentes meios tecnológicos, todavia engana-se quem pensa que é necessário criar inúmeros métodos de persuasão desde o principio, de acordo com Fogg (2009 b, apund PEREIRA 2014, p. 40) basta seguir os oito passos sugeridos por ele para se criar uma nova tecnologia de persuasão.
Passo 1: Escolha um Comportamento Simples como Alvo: algo objetivo em que se pretende persuadir;
Passo 2: Escolha uma Audiência Receptiva: pessoas que são mais maleáveis e que sejam induzidas de maneira mais fácil;
Passo 3: Descubra o que Impede o Comportamento Alvo: se existir falta de motivação, de habilidade ou de interesse, então o projeto deverá focar nesse aspecto onde existe a deficiências;
Passo 4: Escolha um Canal de Tecnologia Familiar: um canal onde esteja o seu público escolhido, onde toda a família possa utilizar a tecnologia e consequentemente influenciar outras pessoas;
Passo 5: Encontre Exemplos Relevantes: procure exemplos de projetos similares ao seu projeto, busque pelos que foram melhor aceitos e inspire-se;
Passo 6: Imite Exemplos de Sucesso: como já falamos inspire-se em exemplos de sucesso, não tenha medo de fazer algo semelhante ao que já existe, o diferencial do seu projeto só você poderá fazer;
Passo 7: Teste e Itere Rápido: os testes são essenciais, eles nos permitiram pequenos ensaios para aprender a projetar a persuasão a partir de um comportamento alvo;
Passo 8: Expanda o Sucesso: comece a expandir a intervenção do seu projeto, com esforço e dedicação o sucesso chegará até o projeto.
É importante ressaltar que estes passos não são uma receita que trará de fato o sucesso de uma tecnologia persuasiva, todavia, esses serão passos decisivos e valiosos que ajudarão bastante na concretização de um projeto de sucesso. Além de influenciar o caminho norte por onde qualquer pessoa deverá iniciar o seu projeto.
De acordo com Alvarez (2014, p. 56) “outro termo criado por Fogg, foi o termo Captology (Captologia) que tem origem da frase “computadores como tecnologias persuasivas” (do inglês, “computers as persuasive technologies”) somado ao sufixo “logia” (o estudo de), ou seja, o estudo da computação persuasiva”. 
Segundo Fogg (2003), o conceito de captologia incide diretamente sobre o design, pesquisa e análise de produtos de computação interativos, criados a partir da intenção da modificação de atitudes e comportamentos, sem que haja coerção ou enganação.
O termo ainda descreve uma área onde a tecnologia e a persuasão se sobrepõe, ou seja, onde estas se encontram dando assim inicio aos sistemas computacionais persuasivos, conforme pode ser observado no modelo explicativo de Fogg (2003).
Figura 2- Modelo explicativo do termo Captologia
Fonte: Fogg (2003) apud Alvarez (2014, p.56) adaptado pelas autoras (2016).
Segundo Mintz e Aagard (2012, apud Alvarez 2014, p. 56) “o conceito de Captologia vem sendo aplicado em uma diversidade de aplicações, que incluem realidade virtual, jogos educativos, dispositivos móveis, ambientes baseados na Web, entre outros”.
Segundo Insaurriaga (2012, p. 58), Fogg classifica ferramentas de tecnologia persuasiva em sete tipos: de redução, “túnel”, personalização, sugestão, auto monitoramento, acompanhamento e de condicionamento (FOGG, 2003, p. 32 a 53). Segundo Fogg (2003, apud Almeida 2010, p. 15-16), estas sete classificações podem ser entendidas como possíveis métodos que permitem a uma tecnologia ou produto ser desenhado para alterar atitudes e/ou comportamentos humanos, tornando o resultado desejado mais fácil de ser atingindo. Tal classificação é descrita como:
[1] Reduction (Redução), que consiste na decomposição de atividades complexas em tarefas simples ou em menos tarefas: por exemplo, na compra em lojas on-line, os meios de pagamento one-click minimizam os passos que o utilizador tem que dar até ao pedido de envio do produto.
[2] Tunneling (Túnel), que levam o utilizador a seguir um determinado número de passos predefinidos. Este método é muito utilizado nas instalações de programas que são feitas passo-a-passo.
[3] Tailoring (Personalização), que leva a separar os conceitos em necessidades ou interesses individuais. Ou seja, ao invés de apresentar uma informação genérica, seleciona o tipo de informação a ser apresentada para o tipo de utilizador que se encontra a interagir. 
[4] Suggestion (Sugestão), que representa uma sugestão interventiva num local estratégico, surgindo num momento oportuno.
[5] Self-Monitoring (Auto Monitoramento), que permite a um utilizador monitorizar algumas características próprias alterando o seu comportamento ou atitudes de forma a atingir objetivos predeterminados. Por exemplo, um relógio que permite contar os batimentos cardíacos, levando a que o utilizador possa

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