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Comunicação Empresarial - EAD (1)

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Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de Só-
crates para reflexão: “a vida sem desafios não 
vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande res-
ponsabilidade sobre as escolhas que fazemos, 
e essas nos guiarão por toda a vida acadêmica 
e profissional, refletindo diretamente em nossa 
vida pessoal e em nossas relações com a socie-
dade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente 
e busca por tecnologia, informação e conheci-
mento advindos de profissionais que possuam 
novas habilidades para liderança e sobrevivên-
cia no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino 
a Distância, a proporcionar um ensino de quali-
dade, capaz de formar cidadãos integrantes de 
uma sociedade justa, preparados para o mer-
cado de trabalho, como planejadores e líderes 
atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-reitor: 
Prof. Me. Ney Stival
Diretora de Ensino a Distância: 
Profa. Ma. Daniela Ferreira Correa
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Designer Educacional: 
Clovis Ribeiro do Nascimento Junior
Diagramador:
Alan Michel Bariani
Revisão Textual:
Letícia Toniete Izeppe Bisconcim / 
Mariana Tait Romancini Domingos
Produção Audiovisual:
Eudes Wilter Pitta / Heber Acuña 
Berger
Revisão dos Processos de 
Produção: 
Rodrigo Ferreira de Souza
Fotos: 
Shutterstock
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
UNIDADE
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ENSINO A DISTÂNCIA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 4
IMPORTÂNCIA E FUNÇÕES DA COMUNICAÇÃO .................................................................................................... 5
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO ............................................................................................................................. 9
BARREIRAS DA COMUNICAÇÃO ............................................................................................................................. 11
COMUNICAÇÃO EFICAZ ........................................................................................................................................... 14
INDÍCIOS DE PERCEPÇÃO ...................................................................................................................................... 16
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................................ 17
CONHECENDO A 
COMUNICAÇÃO
PROF. ME. FÁBIO VAZ 
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ENSINO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Na nossa vida, a comunicação é de extrema importância para que possamos transmitir 
informações, fatos, ideias, desejos. No mundo empresarial não é diferente. Quando uma empresa 
não se comunica bem os problemas logo aparecem: funcionários desmotivados, fornecedores 
que perdem a con� ança e clientes insatisfeitos. 
Através de e-mails, cartas, relatórios, propagandas e páginas na internet (sites, blogs e 
redes sociais) é que nós construímos e registramos a história da empresa e suas ações. Daí a im-
portância de uma comunicação e� caz.
Para alguns, falar sobre comunicação pode ser algo novo, para outros nem tanto, mas 
sempre que vamos nos debruçar sobre um assunto importante, precisamos nos preparar. Um 
ingrediente básico para absorvermos o máximo do que procuramos é a curiosidade. Ela nos abre 
olhar, nos mostra pontos de vista novos e nos conduz a caminhos inexplorados. 
A comunicação faz parte da nossa vida, dependemos dela em nosso dia a dia para todas 
as tarefas, seja no trabalho, nos estudos ou na diversão. Ela nos liga, nos move e nos transforma.
Falar sobre Comunicação é algo complexo, principalmente porque não se trata de uma 
ciência exata. Muitos conceitos e expressões da área estão em constante con� ito. Pelo fato da 
comunicação estar totalmente ligada as nossas relações sociais, que por sua vez são in� uenciadas 
por aspectos culturais, tecnológicos, ambientais e econômicos, a� rmamos que a comunicação 
também está em constante e acelerada mudança.
No âmbito da Comunicação no contexto Empresarial não é diferente. Por isso, antes de 
nos aprofundarmos em nosso tema principal nesta unidade, vamos procurar traçar um paralelo 
entre as discussões acadêmicas e do campo pro� ssional. Fique atento para compreender comuni-
cação e sua importância dentro de nossas vidas e dentro do contexto pro� ssional.
Figura 1 – Comunicação de Negócios. Fonte: Shutterstock (2017).
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ENSINO A DISTÂNCIA
IMPORTÂNCIA E FUNÇÕES DA COMUNICAÇÃO
A comunicação surgiu de uma necessidade básica humana e é utilizada desde o início da 
civilização para atender a humanidade e exprimir seus sentimentos. A comunicação é a base de 
todas as formas de organização social, e manifesta-se por meio da linguagem, re� etindo a cultura 
e a construção humanas.
Figura 2 – Comunicação entre pessoas. Fonte: Shutterstock (2017).
O entendimento da comunicação passa por múltiplas perspectivas conceituais das áreas 
da sociologia, antropologia, linguística, ética, direito, fonoaudiologia, comunicação social, etc. Já 
para imprimir a identidade da empresa no processo comunicacional e a sua relação com o meio 
ambiente, ou seja, com a comunidade (cliente externo), a comunicação pode ser entendida por 
outras áreas, dentre elas temos as Relações Públicas, a Publicidade, o Jornalismo, a Editoração, a 
Identidade Visual entre outros modelos de sistemas de informação e comunicação.
De acordo com o dicionário Aurélio, o termo ‘comunicação’ signi� ca “ato ou efeito de co-
municar (-se). Processo de emissão, transmissão e recepção de mensagens por meio de métodos 
e/ou sistemas convencionados. A mensagem recebida por esses meios. A capacidade de trocar ou 
discutir ideias, de dialogar, de conversar, com vista ao bom entendimento entre pessoas”.
Segundo Carrasco (2001), a comunicação realizada por meio da linguagem enquanto 
sistema simbólico promove a interação entre os indivíduos. Para que haja integração entre os 
participantes da sociedade, empresas e organizações, deve haver comunicação. Assim, pode-se 
dizer que a comunicação é um pré-requisito funcional da sociedade. Sem comunicação, não é 
possível sociedade, pois ela tem papel fundamental no processo de humanização do indivíduo.
É pela expressão individual que se desenvolve e se estimula o processo social e a interação 
permeada pelos processos de cooperação, con� ito, assimilação, competição e acomodação repre-
sentados pela comunicação.
Segundo Pimenta (2002), a comunicação é:
a troca de mensagens, deliberadas ou não, entre sujeitos: pessoas x pessoas (me-
diada ou não por uma máquina; TV, computador), ou ainda, pessoa x animal, 
etc. A comunicação pode ser verbal quando é feita através das palavras: lingua-
gem oral ou escrita, ou não verbal quando as mensagens são transmitidas atra-
vés de gestos, do tom de voz, do olhar, da maneira de vestir, etc. Além disso, é 
possível usar desenhos (sinais), imagens, sons (código Morse), etc. (PIMENTA, 
2002, p.15).
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ENSINO A DISTÂNCIA
O processo comunicacional é efetivado através da manifestação da linguagem oral, da 
linguagem escrita, dos recursos extralinguísticos e contextuais e por meio dos símbolos.
É fundamental ressaltar que a linguagem é formada por um conjunto de signos especí� -
coscom regras para combiná-los. O signo é um elemento que representa alguma coisa e informa-
ção no processo de comunicação. Pode ser um objeto, um som, uma palavra capaz de representar 
qualquer outra coisa. O signo é formado por três elementos: o objeto referente - a coisa ou objeto 
que se quer representar, o signi� cado - o conceito expresso através da imagem que forma na men-
te e o signi� cante - a apresentação física do signo, que pode ser através da representação grá� ca 
(palavra), sonora ou visual (desenho}. Exemplo: BOLA. Objeto referente: bola; signi� cado: ob-
jeto esférico para brincar e jogar; signi� cante: a representação e imagem da bola - som, desenho, 
fotogra� a, a palavra escrita b-o-l-a.
Portanto, existem dois tipos básicos de signos: signo icônico e símbolo. O signo icônico 
ou ícone é o objeto representado através da sua própria imagem. Um exemplo bastante simples é 
o retrato. Já no caso do símbolo, o objeto não parece com sua representação, mas tem sua relação 
convencionada. Exemplo: símbolo da paz - uma pomba branca.
Figura 3 - Componentes da comunicação. Fonte: o autor.
No entanto, os signos têm signi� cados diferentes de acordo com o contexto que se encon-
tram. Como exempli� cado abaixo:
Você é muito legal
O documento entregue não é legal.
Dessa forma, temos alguns tipos de signi� cado: gramatical, contextual, referencial, deno-
tativo e conotativo.
É importante reforçar que a expressão escrita difere da oral, embora a língua seja a mes-
ma, em nosso caso, a Língua Portuguesa com suas expressões especí� cas do idioma, gírias, vícios 
de linguagem e linguagem técnica de acordo com a formação de cada indivíduo.
O indivíduo não fala como escreve ou vice-versa. Os gestos, posturas e expressões faciais 
normalmente esclarecem ou complementam a mensagem durante o fenômeno comunicacional, 
mas esses componentes utilizados inadequadamente podem funcionar como barreiras, prejudi-
cando a comunicação e o entendimento.
Pimenta (2002) refere, ainda, que a linguagem é a
construção social da humanidade através dos tempos, é a forma que usamos 
para nos comunicarmos. Ela é a história, ou seja, está em constante transforma-
ção. Os fatos marcantes, as descobertas cientí� cas, o uso de novas tecnologias vai 
alterando a forma de lidar com a realidade e por isso vão alterando a linguagem 
(PIMENTA, 2002, p. 17).
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ENSINO A DISTÂNCIA
A Comunicação Empresarial não pode ser considerada apenas uma de� nição de dicioná-
rio, ou seja, simplesmente como “um conjunto de métodos e técnicas de Comunicação dentro da 
empresa dirigida ao público interno (funcionários) e ao público externo (clientes, fornecedores, 
consumidores, etc.)”. Até porque de� nições como essas precisam ser sempre revistas em função 
das mudanças da sociedade e do ambiente empresarial.
A comunicação é um campo conceitual e prático que envolve processos permanentes de 
interação e diálogo. Para assegurar o entendimento e a negociação da organização com os atores 
sociais e garantir que as decisões tomadas sejam conduzidas e aplicadas na mesma direção e com 
os mesmos objetivos, é fundamental trabalhar as duas perspectivas do campo, conhecer e agir. 
No entanto, muitas vezes, a percepção interna é de que a área da comunicação é apenas uma prá-
tica desenvolvida por um conjunto de pessoas que produzem informações de forma burocrática, 
atendendo necessidades e demandas especí� cas. Esta atitude desconsidera que as informações 
estão contextualizadas e fazem parte de um processo mais amplo de planejamento, que envolve a 
relação da organização com seus interlocutores.
A Importância de uma Boa Comunicação
 Comunicação é qualquer processo pelo qual nós seres humanos troca-
mos informações, fazemos questionamentos, expressamos nossos sentimentos 
e pensamentos.
 Para isso, podemos utilizar não somente a expressão verbal, mas tam-
bém atos e gestos, expressões faciais, toques, lembrando que o corpo fala. Para 
um ser humano ser aceito em nossa sociedade como pessoa confiável e apta 
com plenos direitos de cidadão, são necessários três tipos principais de compe-
tência: habilidades cognitivas (baseado no uso da linguagem e na capacidade de 
comunicação), controle do corpo e controle das emoções.
 A comunicação é uma das mais importantes necessidades humanas 
depois da sobrevivência física. O ser humano é um ser social e necessita da 
comunicação do mesmo modo que o corpo requer água e alimento para um 
bom funcionamento. A habilidade de comunicação interpessoal é extremamente 
exigida, especialmente no âmbito profissional. Essa habilidade permite ao indi-
víduo o desenvolvimento das sensações de segurança, autoconfiança, firmeza, 
credibilidade, felicidade e enriquecimento interno. Por outro lado, quando essa 
habilidade é deficitária, ou ineficiente, o déficit pode contribuir para a deteriora-
ção da imagem pessoal e comprometer também o campo profissional.
 Um bom comunicador é aquele que transmite suas mensagens com 
clareza e objetividade, recorrendo sempre que possível aos recursos da voz, que 
enriquece, quando bem colocada e bem impostada no discurso, prendendo a 
atenção do interlocutor.
 Nós nos comunicamos para sermos reconhecidos e aceitos, expressa-
mos o que somos e para sabermos quem somos. Nós somos do tamanho da 
comunicação que conseguimos estabelecer no meio em que vivemos, seja so-
cialmente ou profissionalmente.
 Ela é o nosso instrumento de exploração do mundo e também é, ao 
mesmo tempo, um precioso e importante instrumento com o qual o mundo nos 
explora. É através deste jogo que formamos, gradualmente as opiniões, concei-
tos e juízos que nortearão nossa vida, sem os quais seria impossível a convivên-
cia. 
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 Fincamos nossa estrutura pessoal, nos revelamos, por meio das comu-
nicações que praticamos, sejam realizadas através dos recursos verbais e não 
verbais, salientando que estes recursos precisam se apresentar de maneira co-
erente e complementar para atingir a expressão plena, a comunicação mais 
efetiva.
 Se nossas ideias, nossos pensamentos, materializados através da co-
municação, têm qualidade e conseguimos transmiti-las com inteligência, com 
elegância, empatia, segurança e sensibilidade, com certeza, isso pode nos as-
segurar mais excelência nas relações interpessoais, gerando maior aceitação 
e sucesso nas ações cotidianas. Essa comunicação é uma forma de libertação, 
amplia nossos horizontes, temos a oportunidade de arrancar nossas máscaras 
e deixarmos transparecer quem realmente somos e esse processo ajuda dar 
vazão ao lado criativo.
 Quando nos comunicamos bem, de maneira sóbria, eficaz, realizamos 
uma viagem de compreensão, nos tornamos companheiros, cúmplices nessa 
travessia, somos vistos, ouvidos e lembrados. Mas para isso, não basta falar bem, 
utilizando corretamente as regras gramaticais, há necessidade de muito mais, 
é preciso mobilizar nossos recursos internos e externos para facilitar a arte do 
diálogo, que não é um simples despejar de palavras, é ir ao encontro, questio-
nar para poder responder, dar chances para a troca democrática de ideias e 
debates, gerar clima de confiança e bem-estar, utilizar a empatia na busca do 
processo de sinergia. É através desta busca simultânea, que conseguiremos 
construir verdadeiras relações, com mais propriedade, causando impacto nos
vários grupos sociais.
 Ter consciência dessa imagem social faz parte da ação corajosa de 
quem busca uma comunicação plena, mais efetiva, mais completa. Somos julga-
dos, de uma forma geral, pela maneira de falar no que diz respeito a formações 
sociais, profissionais, culturais e espirituais, assim, aprender a se comunicar me-
lhor faz parte da arte de viver bem. A eloquência, a beleza da expressão resiste
ao tempo, brilha e liberta e é sempre contemporânea, é a própria liberdade e os 
pensamentos em ação, são os sonhose pensamentos materializados pela arte 
de se expressar, através de uma boa voz e uma fala bem articulada. 
 Ao considerarmos a BOA COMUNICAÇÃO como uma porta para o sucesso, 
vale lembrar que a VOZ é a chave (assunto para futuros artigos). Os principais 
aspectos que aparecem durante a comunicação são a voz, a dicção o vocabulá-
rio e a expressão corporal. “É preciso aprender a buscar a própria palavra, como 
quem busca a própria identidade”.
Fonte: Ademir Baena. Disponível em:
<http://www.douradosnews.com.br/especiais/leia-o-artigo-a-importancia-de-
-uma-boa-comunicacao-por-ademir-g-baena/560411/>. 
Nesse sentido, a comunicação deve ocupar um espaço estratégico na dinâmica 
organizacional, visto que afeta e é afetada pelos outros processos de gestão. Arantes (1998, p. 
275) con� rma essa análise ao a� rmar que:
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ENSINO A DISTÂNCIA
As empresas válidas estão procurando cada vez mais estabelecer um nível maior 
de transparência na comunicação das decisões, dos planos, dos resultados; assim 
como têm insistido na credibilidade das comunicações e em outras preocupa-
ções relacionadas com os esforços de aprimorar suas relações interna e externa.
A simples troca de mensagens não garante a comunicação. O fato de uma pessoa falar e 
outra ouvir não signi� ca que aconteceu a comunicação entre elas. A Comunicação ocorre entre 
as pessoas quando uma emite uma mensagem, a outra recebe esta mensagem e compreende o 
que foi comunicado.
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
A comunicação envolve transações e um intercâmbio entre pessoas. Davis (apud CHIA-
VENATO, 1994), de� ne-a “como o processo de passar informação e compreensão de uma pessoa 
para outra”. Desta forma, o processo comunicacional envolve pelo menos duas pessoas, a que 
envia a mensagem e as informações e a que recebe.
Assim, se faz necessário ressaltar que a comunicação é realizada por meio de um fenô-
meno comunicacional cíclico, que se assemelha à teoria dos sistemas e que funciona como um 
sistema aberto, semelhante à empresa.
Figura 4 – Comunicação Global. Fonte: Artful � inkers (2017).
REFLITA
Comunicação é o esforço para compreender e ser compreendido pelos outros: 
A chave é podermos decifrar o que as pessoas querem dizer, sermos decifrados 
por elas e sermos capazes de planejar aquilo que pretendemos transmitir aos 
demais.
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ENSINO A DISTÂNCIA
O modelo de comunicação clássico expressa o fenômeno comunicacional, através do in-
tercâmbio dos seguintes elementos: fonte, codi� cador, canal, código, mensagem, decodi� cador, 
receptor, destino, feedback e ruído que viabilizam o � uxograma do processo comunicacional na 
empresa, como veri� camos na Figura 5:
Figura 5 - Fluxo da comunicação. Fonte: o autor.
Podemos caracterizar os elementos da comunicação como:
• Fonte ou emissor: indivíduo, equipamento ou processo que emite a mensagem. O emis-
sor é considerado o codi� cador da mensagem;
• A mensagem é formulada e transmitida pelo emissor, fruto de relações do emissor 
consigo mesmo e com o meio;
• Codi� cador ou transmissor: equipamento que liga a fonte ao canal, isto é, que codi� ca 
a mensagem emitida pela fonte para o canal;
• Decodi� cador: equipamento situado entre o canal e o destino com o objetivo de inter-
pretar o signi� cado dos símbolos utilizados na mensagem;
• Código: é um conjunto organizado, um sistema com sons, sinais, signos e símbolos 
convencionado por uma comunidade que promove a construção e entendimento de mensagens. 
Assim, podemos considerar a mensagem como um produto do código desenvolvido. Desta for-
ma, o código é um sistema de normas e regras que facilita o aprendizado da mensagem. O código 
pode ser formado por sinais diferentes. 
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Existe o código linguístico através dos sons, palavras e estruturas, como a língua por-
tuguesa, idiomas, jargões pro� ssionais com linguagem técnica, as gírias dos jovens e grupos de 
adolescentes; o código grá� co por meio dos signos escritos; o código cinético representado por 
movimentos e sinais gestuais, por exemplo, as danças e guardas de trânsito; o código visual, como 
as placas de sinalização de trânsito.
Antes de emitir uma mensagem, o emissor pensa e elabora, depois escolhe o canal e 
envia a mensagem ao receptor. Isso tudo acontece de maneira rápida, quase inconsciente. Todos 
passam por esse processo ao emitir uma mensagem. Didaticamente, dividimos e ilustramos o 
processo a seguir, para que se possa visualizar como isso ocorre. 
• O emissor recebe um estímulo, que pode ser interno ou externo. Estímulo interno é um 
pensamento, imaginação. Estímulo externo é algo que ele vê, lê ou ouve. Esse estímulo causa-lhe 
uma reação que lhe dá uma ideia.
• A ideia é transformada em palavras pelo emissor. Ele as organiza em uma mensagem. 
• O emissor escolhe o meio mais adequado e envia a mensagem rumo ao receptor. Esse 
processo é chamado de codi� cação da mensagem. 
• O receptor recebe a mensagem e faz a sua decodi� cação, ou seja, ele decifra e interpreta 
a mensagem de acordo com sua capacidade de compreensão. 
• O receptor envia uma nova mensagem em resposta ao emissor, que ao recebê-la, vai 
avaliar se sua mensagem foi entendida corretamente. Essa resposta é chamada de feedback.
• Coincidindo os dois signi� cados, completa-se o processo da comunicação. 
A comunicação, um fenômeno humano, acontece entre as pessoas, por isso existe grande 
chance de ocorrer distorções da mensagem, daí a importância do feedback. Toda vez que elabo-
ramos uma comunicação, devemos veri� car se a outra pessoa realmente compreendeu a nossa 
mensagem.
Lembrando que feedback é uma palavra inglesa que signi� ca realimentação, isto é, o re-
torno da comunicação. Essa é a ferramenta utilizada pelo emissor para saber se sua mensagem 
foi recebida e entendida corretamente. Sempre que se envia uma mensagem a outra pessoa, seja 
falada ou escrita, é importante fazer uso do feedback para certi� car-se de que conseguiu se comu-
nicar com clareza.
BARREIRAS DA COMUNICAÇÃO
Mesmo nos esforçando para nos comunicar, acontecem eventos que atrapalham a mensa-
gem que estamos emitindo. A esses eventos damos o nome de barreiras da comunicação. 
Quando a mensagem é distorcida ou mal interpretada, dizemos que ocorreu um ruído 
na comunicação. O receptor recebe a mensagem, mas a interpreta de forma errada, ou distorce 
seu conteúdo. 
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Figura 6 – Comunicação Empresarial. Fonte: Comunique 3 (2017).
Só para começar o papo, estima-se que cerca de 60% dos problemas internos de uma em-
presa são decorrentes da má comunicação. E a comunicação é fator primordial para que pessoas 
e equipes estejam motivadas.
Você não precisa ser um expert no tema, mas pode evitar pequenos atos que irão gerar 
menor credibilidade e respeito junto às pessoas com quem você convive. Veja abaixo os erros 
mais comuns quando o assunto é comunicação:
• Falar, falar, falar e não dizer nada. É quando discursamos, contamos tudo nos míni-
mos detalhes, mas, no fundo, ninguém entende nada (ou muito pouco) do que foi dito. Depois de 
um certo tempo a informação entra por um lado e sai pelo outro, sem nenhum resultado positivo.
• Falar uma coisa e o corpo dizer outra. Nossos gestos e expressões nos denunciam o 
tempo todo. Nosso corpo constantemente se comunica com o mundo e, nos dias de hoje, na 
busca pela excelência pro� ssional, é preciso aprender a dominá-lo. É, meu amigo, o corpo fala e 
muito!
• Impor o seu pensamento. Os tempos modernos são de participação e busca pela me-
lhor equipe. Por isso, cuidado com seguidas insistências para que todos só ouçam ou aceitem 
o seu ponto de vista. Caso esta postura não seja mudada, as pessoas irão desistirde apresentar 
novas ideias.
• Falta de empatia. Empatia é colocar-se psicológica e emocionalmente no lugar do ou-
tro. Sempre procure colocar-se no lugar de seus clientes, colaboradores, fornecedores e comu-
nidade e analisar com sensibilidade as demais opiniões. Com certeza, você encontrará grandes 
oportunidades.
• Não olhar para quem está falando. Essa é de matar e isso é muito desmotivador. Procu-
re olhar e prestar atenção ao seu interlocutor. É incrível a quantidade de pessoas que, hoje, falam 
no celular, escrevem e-mails e falam com outras pessoas na sala tudo ao mesmo tempo e depois 
� cam tentando descobrir o porquê de estarem estressadas. Olhar para quem está falando trata-se 
de uma questão de respeito e de demonstrar interesse. Faça com que a pessoa se sinta ouvida.
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• Não aguardar a resposta. Essa é outra campeã. Atropelar os pensamentos alheios e 
demonstrar alto grau de ansiedade nunca fez bem a ninguém, gera constrangimentos e con� itos 
desnecessários que poderiam ser facilmente evitados. Evite conclusões precipitadas, espere o tér-
mino do pensamento de seu interlocutor e aí sim exponha sua opinião e sentimento.
• Não saber ouvir. Esta é uma dica simples e pouco utilizada. Saber ouvir e como ouvir é 
uma grande técnica de motivação. Só existe uma técnica melhor do que essa: ouvir com paciência 
e amor. Pense bem: temos dois ouvidos e uma só boca para quê?
• Não pensar antes de responder. Normalmente, esta é a causa de grandes gafes e a 
responsável mais comum por desentendimentos interpessoais. Aprenda a “digerir” as palavras e 
pensamentos antes de falar ou escrever algo do qual possa vir a se arrepender futuramente.
A má comunicação também gera uma série de equívocos e mal-entendidos. Quantos de 
nós já não passou por situações embaraçosas por falhas de pequenos recados ou textos mal inter-
pretados? Por isso, é tão importante usarmos a comunicação de maneira correta e de forma clara.
As barreiras da comunicação podem ser de três tipos: 
Barreiras Psicológicas: Surgem das emoções humanas, que podem atrapalhar a mensa-
gem que está sendo transmitida, como crenças, valores, etc. São experiências passadas que � ltram 
a comunicação de acordo com nosso estado emocional, e com isso, vemos e ouvimos só o que 
estamos emocionalmente sintonizados para ver e ouvir. 
Barreiras Físicas: São as interferências que acontecem no ambiente onde acontece a co-
municação, como um barulho na sala, a acústica, a distância entre as pessoas, conversas paralelas 
durante uma explicação, uma pane nos aparelhos de transmissão, etc. As barreiras podem ser 
ainda o problema físico dos participantes - como surdez do receptor, gagueira, rouquidão do 
emissor, e fatores que podem interferir na compreensão da mensagem e di� cultar a comunicação. 
Barreiras semânticas: A semântica é a ciência do signi� cado: as palavras possuem vários 
signi� cados, e se escolhemos um signi� cado diferente do que o receptor na interpretação da 
mensagem, poderá ser gerada uma barreira nessa comunicação. Nesse caso, é preciso entender 
a palavra dentro do contexto em que ela está inserida e, às vezes, é preciso ler todo o texto para 
entender a que se refere tal palavra. 
Por exemplo, a palavra quadrilha pode signi� car um bando de ladrões ou uma dança 
típica de festa junina. Conforme Houaiss (2001: 394), a palavra peão pode signi� car amansador 
de cavalos, auxiliar de boiadeiro, trabalhador rural e peça de xadrez. Assim como essas, outras 
palavras podem provocar confusão para o emissor e gerar uma barreira em sua comunicação. 
O ideal é fazer sempre uso do feedback. O emissor pode sempre perguntar se � cou claro o 
que ele disse, e o receptor, se tiver dúvidas, pode fazer perguntas a respeito do que foi dito. 
As barreiras podem ocorrer de duas maneiras: 
Como � ltragem: quando a mensagem é recebida apenas em partes. Exemplo: Recebe-
mos um e-mail dizendo que o relatório segue anexo e quando abrimos, percebemos que não 
existe nenhum anexo. A mensagem foi recebida, porém, estava incompleta. 
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Como bloqueio: quando a mensagem é totalmente interrompida. 
Exemplo: Estamos falando ao telefone e a linha cai, interrompendo totalmente a mensa-
gem. Os bloqueios ocorrem quando a mensagem não é captada e a comunicação é interrompida.
COMUNICAÇÃO EFICAZ
A comunicação e� ciente é aquela em que mensagem é bem transmitida pelo emissor. 
Exemplo: boa oratória, bons textos, etc. A comunicação e� caz se completa adequadamente, ou 
seja, a mensagem é recebida pelo receptor, que compreende o seu conteúdo da mesma maneira 
que foi enviado pelo emissor. 
Figura 7 – Comunicação E� caz. Fonte: Zoom Comunicação (2017).
Quando nos comunicamos, precisamos tomar certos cuidados para possibilitar que a 
comunicação seja e� ciente e e� caz. Alguns cuidados são apresentados seguir: 
• A mensagem deve ser clara, organizada e conter todas as informações importantes rela-
cionadas ao assunto sobre o qual estamos falando. 
• A mensagem precisa ainda ser transmitida no código linguístico do receptor, para não 
gerar barreiras entre eles. 
• O meio ou canal escolhido para a transmissão da mensagem deve ser dominado pelo 
emissor e receptor. 
O emissor deve elaborar a mensagem pensando em quem vai recebê-la, qual é a sua ca-
pacidade de entender o que ele disse, escolher o canal certo para enviá-la e ainda, pedir feedback, 
ou seja, procurar saber se o que o receptor entendeu foi o que ele quis dizer. 
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A Eficiência da Comunicação Interna Empresarial.
 A comunicação interna empresarial é, sem qualquer sombra de dúvidas, 
um dos temas mais importantes relacionados ao desenvolvimento corporativo, 
despertando, cada vez mais, estudos sobre métodos e objetivos. 
 É um processo complexo que está em voga nas discussões atuais, uma 
vez que a linguagem é, na modernidade, o principal diferencial entre os vários 
tipos de organização. 
 De diversas perspectivas, não se pode ignorar como a comunicação 
facilita ou impede que as ações ocorram. Esse fato, que poderia ser óbvio, foi 
ignorado ao longo de muitos anos. A partir dos anos de 1970 as investigações 
começaram a ser aprofundadas e só mais recentemente receberam a atenção 
merecida. 
 A qualidade da comunicação interna é um fator essencial para o suces-
so das empresas diante de uma concorrência cada vez mais ágil e agressiva. 
Entretanto, de um lado, existe a necessidade de ser estudada a forma como 
essas empresas elaboram os comunicados internos a seus colaboradores, e de 
outro, a forma como estes comunicados são interpretados por eles. 
 Quando essa comunicação é realizada de modo competente, proporcio-
na boas relações entre os funcionários e integra-os ao cotidiano de trabalho ao 
divulgar com transparência as decisões e objetivos da empresa. Também pode 
tornar-se um diferencial competitivo nas relações com clientes e investidores. 
 A comunicação assume cada vez mais importância global, compelindo o 
público interno da empresa a gerar e a repassar informações para os diversos 
setores com que a mesma se relaciona, a começar pela imprensa, depois pela 
comunidade, clientes, demais parceiros da cadeia produtiva e da própria organi-
zação, principalmente os colaboradores. 
 Foram criados vários instrumentos para favorecer a circulação das in-
formações nas empresas, dentre as ferramentas e modalidades que compõem 
a comunicação interna, podemos citar as publicações impressas (jornais, re-
vistas, boletins); o jornal mural; a intranet; os newsletters eletrônicos; os vídeos 
institucionais e os folders. 
 Em síntese, um programa consistente de comunicação evita desvios 
de informação, cria uma cadeia de responsabilidades e capacita o colaborador 
como um multiplicadorconsciente das metas da empresa. 
 Conclui-se que o cuidado, a qualidade, os meios utilizados para a comu-
nicação interna tornam-se diferenciais no sucesso de uma organização, levan-
do-se em consideração uma concorrência mais acirrada em um universo cada 
vez mais globalizado. 
 Hoje a comunicação interna é vista como uma ferramenta estratégica, 
sinônimo de processo de comunicação alicerçada no planejamento estratégico 
da organização. 
 Esse processo ágil resulta, dentre outras melhorias, em confiabilidade 
entre os colaboradores e líderes e informações rápidas na tomada de decisão.
Fonte: FERREIRA, Maria Aparecida Bueno. A eficiência da Comunicação Interna 
Empresarial. 2008. Disponível em: 
http://www.administradores.com.br/artigos/cotidiano/a-eficiencia-da-comuni-
cacao-interna-empresarial/23727/
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A e� cácia na comunicação está diretamente relacionada à percepção do receptor. O emis-
sor deve considerar as indagações: 
• O receptor tem capacidade de perceber o que estou dizendo? 
• Será que ele pode realmente me entender? 
A mesma situação presenciada por duas pessoas pode gerar interpretações diferentes, 
porque cada uma delas interpreta essa situação de acordo com sua maneira de ver o mundo. 
A nossa percepção é seletiva, pois só vemos o que nos interessa. Ela atua como um � ltro: 
seleciona o que é importante para nós, e elimina o que não faz parte do nosso mundo. 
Vemos uma situação qualquer, interpretamos e julgamos de acordo com nosso estado 
emocional, nossas experiências passadas, nosso tipo de cultura, nossos preconceitos, etc. 
Formamos uma impressão de outra pessoa observando suas ações, atitudes, sua voz, seus 
gestos, comportamentos, etc. Para isso, precisamos ter duas pessoas, uma situação comum e a 
experiência entre elas, para nos comunicarmos. 
INDÍCIOS DE PERCEPÇÃO
A percepção é formada por indícios que podem ser diretos e indiretos. 
Indícios de percepção diretos: quando formamos a opinião sobre uma pessoa ou coisa 
através de contato direto com ela. Exemplo: Conhecemos a pessoa, falamos com ela e percebe-
mos o quanto ela é inteligente, amável educada, etc. 
Indícios de percepção indiretos: quando a opinião é formada através do relato de outra 
pessoa. Exemplo: Formo a opinião de uma sala de aula através do relato de um colega professor.
A experiência passada pelo professor com a sala foi percebida por ele em outro momento, 
sob outras circunstâncias, o que pode não re� etir a minha realidade com a sala em outra situação, 
sob a minha interação com os alunos, porque sou outra pessoa e estamos nos comunicando em 
outro momento e também, sob outras circunstâncias. 
Uma festa pode ser percebida por você como ótima e, ao mesmo tempo, pode não agra-
dar a outros participantes porque depende de vários aspectos como as pessoas com quem se fala, 
o ambiente, a música, nosso estado emocional no dia, etc. 
A percepção in� uencia na e� cácia da comunicação. Se temos uma impressão favorável 
sobre uma pessoa, iremos julgá-la incapaz de possuir defeitos ou de fazer algo desagradável. Po-
rém, se a experiência for desagradável, acabaremos acreditando que ela não terá boas qualidades. 
Essa crença poderá di� cultar a comunicação entre nós. 
Assim, uma boa comunicação requer que a pessoa:
• Aprenda a melhorar sua transmissão: que palavras, ideias, sentimentos realmente en-
via a outras pessoas;
• Aprenda a aperfeiçoar sua própria recepção: o que ela percebe das reações emitidas 
por outra pessoa.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A comunicação é essencial para que geremos relacionamentos e criemos estratégias para 
gerar � delização com nosso público alvo. Todo processo de comunicação deve ser entendido e 
utilizado de maneira e� ciente e e� caz.
Lembre-se que todo processo de comunicação deve ter um feedback para que tenhamos 
certeza do que foi compreendido pela comunicação ou qual foi o impacto ocasionado após esse 
processo comunicacional.
Não basta conhecer as teorias ou de� nições da comunicação é preciso treinar e buscar 
capacitação para aplicar os conhecimentos para gerar relacionamentos fortes e resultados estraté-
gicos. Sem comunicação não haveria relacionamentos nem sociedade, por isso é tão importante 
conhecermos a diversidade que envolve esse conceito e as diferenças entre pessoas e suas formas 
diferentes de expressões e regionalismos.
Evite os erros comuns que existem nos processos comunicacionais e gere resultados es-
tratégicos para você e sua organização, isso irá facilitar que os planejamentos sejam e� cientes e 
atinjam os objetivos traçados.
Busque compreender as pessoas e entenda seus desejos e necessidades e isso só é possível 
depois de uma boa comunicação, ou seja, perguntando, pois perguntar não ofende. Essas pergun-
tas geram respostas que servirão de informação estratégica para planejar ações que gerem bene-
fícios para as organizações e para os pro� ssionais, além de ajudar nos relacionamentos. Por isso, 
busque sempre aprimorar seus conhecimentos e melhore sua comunicação a cada novo contato 
com as pessoas e organizações.
UNIDADE
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SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 19
ERAS DA COMUNICAÇÃO ....................................................................................................................................... 20
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL ............................................................................................................................. 23
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................................... 30
CONCEITOS DA 
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
PROF. ME. FÁBIO VAZ 
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INTRODUÇÃO
Vamos começar a entender que quando a comunicação é feita de forma e� ciente, seja na 
empresa ou no dia a dia, ela cumpre seu importante papel social, que é:
• A informação ou conhecimento em uma sociedade democrática deve “pertencer a to-
dos ou a muitos”. Isso vale para a comunicação nas empresas, precisamos que todos comparti-
lhem dos nossos objetivos.
• A boa comunicação deve ser uma atitude, um comprometimento de todos, suas téc-
nicas, quando bem utilizadas, realizam a função de “tornar comum, fazer saber” a todos que 
participam de um processo ou de uma equipe, fator vital para as empresas na era da informação.
Figura 1 – Comunicação entre crianças com telefone de lata com � o. Fonte: Shutterstock (2017).
É muito bacana sabermos o signi� cado daquilo que vivenciamos e estudamos, parece que 
entendemos melhor e é isso mesmo, � camos mais integrados ao que estamos conhecendo. Saber 
o signi� cado é importante, conhecer de onde surgiram as coisas e qual o caminho percorrido 
para chegar onde estamos é fundamental, por isso, convido a percorrer o caminho evolutivo da 
comunicação, que foi um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento da civilização 
humana.
Falar sobre Comunicação é algo complexo, principalmente porque não se trata de uma 
ciência exata. Muitos conceitos e expressões da área estão em constante con� ito. Pelo fato da 
comunicação estar totalmente ligada as nossas relações sociais, que por sua vez são in� uenciadas 
por aspectos culturais, tecnológicos, ambientais e econômicos, a comunicação está em constante 
e acelerada mudança.
No âmbito da Comunicação no contexto Empresarial não é diferente. Por isso, antes de 
nos aprofundarmos em nosso tema principal nesta unidade, vamos procurar traçar um paralelo 
entre as discussões acadêmicas e do campo pro� ssional.
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ERAS DA COMUNICAÇÃO
As formas de se comunicar de cada civilização transformaram diretamente todos os as-
pectos sociais, culturais e econômicos de sua época e contribuíram para transmissão de conhe-
cimento para as gerações futuras. A esses momentos de grandes mudanças, foi dado o nome de 
“eras da comunicação”.
Figura 2 – Eras da comunicação. Fonte: o autor.
ERA DA ESCRITA
No princípio, nossos conhecimentos eram transmitidos de forma precária (oral), pois 
dependiam da lembrança de nossos antepassados, mas a linguagem evolui e permitiu ao homem 
registrar suas ideias em pedras, argilas, couro e papel, por meio da escrita.
De acordo com Felice (2008), a escrita é considerada a primeira revolução da comunica-
ção e ela surge por volta de 500 anos antes de Cristo, no Oriente Médio, e marca a passagem da 
cultura e da sociedade oral para a cultura e a sociedade da escrita.
Para Dizard (2000), a invenção da linguagem escrita foi o primeiro grande passo do ho-
mem rumo à formação de uma sociedade organizada, que permitiu não só a difusão cultural 
entre as gerações, mas também o controle da conduta dos indivíduos e também a possibilidade 
de re� exão.
ERA DA IMPRESSÃO OU DA IMPRENSA
A segunda revolução ocorreu na metade do século XV, na Europa, provocada pela in-
venção dos caracteres móveis e pelo surgimento da impressão criada pelo alemão Johannes Gu-
tenberg, o que causou a difusão da cultura do livro e da leitura, até então restrita a grupos privi-
legiados.
A prensa de tipos móveis substituiu os copistas e a reprodução manual de livros e permi-
tiu a produção “em massa” do pensamento na forma escrita, possibilitando a passagem de uma 
“cultura oral” para uma “cultura de mídia”. A partir desta época, a imprensa ganha força com o 
surgimento de jornais e revistas por todo o mundo.
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HISTÓRIA DA IMPRESSÃO
A prensa de Gutenberg
 Em meados de 1455, o ourives alemão Johannes Gutenberg realizou seu 
grande sonho. Após anos de pesquisas e trabalho duro, pegou nas mãos seu 
trunfo em forma de livro, impresso com uma técnica inédita e infalível: a prensa 
de tipos móveis. A técnica de impressão com moldes não era novidade – já tinha 
sido iniciada havia 14 séculos na China por meio da impressão de gravuras. Mas, 
agora, com a criação de Gutenberg, que moldara os tipos em um material bem 
mais resistente e durável que os usados pelos chineses, ela ficava muito mais 
eficaz e rápida. A impressão em massa, possibilitada a partir daí, transformaria 
a cultura ocidental para sempre.
 Antes dela, cada cópia de livro exigia um escriba – que escrevia tudo a 
mão, página por página. Em 1424, por exemplo, a Universidade de Cambridge, no 
Reino Unido, possuía apenas 122 livros – e o preço de cada um era equivalente 
ao de uma fazenda ou vinícola. Gutenberg conseguiu, com seu invento, suprir a 
crescente necessidade por conhecimento da Europa rumo ao Renascimento. A 
partir do feito, a informação escrita deixou de ser exclusividade dos nobres e do 
clero. Até 1489, já havia prensas como a dele na Itália, França, Espanha, Holanda, 
Inglaterra e Dinamarca. Em 1500, cerca de 15 milhões de livros já haviam sido 
impressos.
Santo livro
 Quase 200 Bíblias foram os primeiros livros impressos
Logo na primeira remessa, acredita-se que tenham sido feitas cerca de 135 Bí-
blias de papel e 45 de velino (papel de couro de vitela). Impressas em latim e com 
letras góticas – imitando a escrita –, suas páginas tinham 42 linhas divididas em 
duas colunas. Algumas contavam com traços decorativos feitos a mão. Devido à 
grossura dos exemplares – até 1300 páginas –, cada Bíblia tinha dois volumes. De 
todas elas, 48 sobrevivem até hoje em museus de diversos países. Antes delas, 
Gutenberg imprimiu algumas páginas soltas para testar sua invenção.
Fonte: Blog Mania de História. Disponível em: 
https://maniadehistoria.wordpress.com/historia-da-impressao
ERA DA COMUNICAÇÃO DE MASSA
A terceira revolução, desenvolvida no Ocidente na época da Revolução Industrial, entre 
os séculos XIX e XX, foi marcada pelo início da cultura de massa e caracterizada pela difusão de 
mensagens veiculadas pelos meios de comunicação eletrônicos (FELICE, 2008, p. 22).
Dizard (2000) ressalta que não só a difusão se tornou ainda mais rápida e instantânea 
do que a permitida pela invenção de Gutenberg, como também permite maior acesso e maiores 
possibilidades de transmissão.
Neste período, surgem o cinema, o rádio e a televisão, meios de comunicação que pos-
sibilitaram a propagação em massa de ideologias, marcas e cultura, principalmente a ocidental, 
como o “estilo de vida norte-americano”.
 
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Figura 3 – Era da Comunicação em massa. Fonte: Shutterstock (2017).
A cada uma dessas revoluções, surgem novos meios com a potencialidade de alcançar 
um público cada vez maior a custos cada vez menores, mas todos com base em um modelo de 
comunicação unidirecional, onde o público tem um papel apenas de receptor das mensagens, 
permitindo pouca ou nenhuma interação. Nos tempos atuais, a humanidade vive uma nova re-
volução comunicativa, possibilitada pelas tecnologias digitais.
A QUARTA REVOLUÇÃO
A quarta revolução, na concepção de Felice (2008, p. 22), ocorre nos dias atuais, e como 
as anteriores, “estaria ocasionando importantes transformações no interior dos distintos aspec-
tos do convívio humano”. Além de ampliar o alcance das informações a um público ilimitado e a 
transmissão em tempo real de in� nitas mensagens, “é o próprio processo e próprio signi� cado do 
ato de comunicar a serem radicalmente transformados (FELICE, 2008, p. 23)”. O autor também 
explica que:
Pela primeira vez na história da humanidade, a comunicação se torna um 
processo de � uxo em que as velhas distinções entre emissor, meio e receptor 
se confundem e se trocam até estabelecer outras formas e outras dinâmicas de 
interação [...] Diante de nossos computadores ligados em redes, podemos nos 
comunicar somente se passarmos a interagir com as nossas interfaces (mouse, 
teclado e redes em geral) em um diálogo constante, no qual é excluído qualquer 
tipo de passividade, ligado a forma comunicativa do espetáculo e a qualquer 
forma nítida distinção entre o produtor e o receptor da mensagem (FELICE, 
2008, p. 23).
O contexto atual nos leva a um repensar as relações de uma sociedade em rede e suas in-
terações comunicativas fora da concepção anterior, baseadas no modelo funcional-estruturalista 
do processo comunicativo analógico.
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Figura 4 – A quarta revolução: Tecnologias digitais. Fonte: FreePick (2017).
As tecnologias digitais da quarta revolução, ao contrário das outras três revoluções an-
teriores, vêm alterando o processo e a forma de comunicar e expande o poder de cada sujeito 
integrante da sociedade em rede de participar, interagir e in� uenciar.
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
A Comunicação Empresarial compreende um conjunto de atividades, ações, estratégias, 
produtos e processos desenvolvidos para reforçar a imagem de uma empresa ou organização 
(sindicato, órgãos governamentais, ONGs, associações, universidades, etc.) junto dos seus públi-
cos de interesse (consumidores, empregados, formadores de opinião, classe política ou empre-
sarial, acionistas, comunidade acadêmica ou � nanceira, jornalistas) ou com a opinião pública.
De acordo com Tavares (2010, p. 12), “a comunicação sempre existiu e existirá na histó-
ria das organizações. Obviamente, o que irá diferenciá-la é a sua evolução”. Na década de 70, a 
comunicação existia nas organizações de forma agregada. Havia a comunicação, porém, sem um 
conceito integrado. Eram poucas as empresas que tinham um departamento de comunicação 
constituído e queplanejavam a comunicação de forma mais estratégica. Para se ter uma ideia, foi 
nessa mesma época que começaram a surgir os primeiros cursos de graduação em comunicação 
no Brasil. Não havia pro� ssionais em número su� ciente para atender às demandas das empresas. 
Além do mais, para a grande maioria das organizações, a comunicação ainda era vista como des-
pesa, e não investimento.
REFLITA
A Era da Informação ou era digital são termos frequentemente utilizados para 
designar os avanços tecnológicos advindos da Terceira Revolução Industrial e 
que reverberaram na difusão de um ciberespaço, um meio de comunicação ins-
trumentalizado pela informática e pela internet.
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Figura 5 – Comunicação Empresarial. Fonte: WorkZine (2017).
Tavares (2010, p. 11) de� ne comunicação empresarial como:
[...] a comunicação existente entre a organização (empresas privadas, empresas 
públicas, instituições etc.) e os seus públicos de interesse: cliente interno ou fun-
cionário da organização, fornecedores, distribuidores, clientes, prospects, mídia 
e sociedade em geral.
Analisando melhor tal de� nição, podemos subentender que a comunicação é compreen-
dida na forma oral, escrita, simbólica ou gestual e eletrônica.
Fleury (1996, p. 24) diz que “a comunicação constitui um dos elementos essenciais no 
processo de criação, transmissão e cristalização do universo simbólico de uma organização”.
De acordo com Torquato (2008, p. 1), “a história da comunicação no Brasil é a própria 
história do desenvolvimento econômico, social e político nas últimas décadas”. Em 1967, foi 
fundada, em São Paulo, a Associação Brasileira de Editores de Revistas e Jornais de Empresas 
(ABERJE), que posteriormente se transformou em Associação de Comunicação Empresarial, 
por conta de um grupo de pro� ssionais muito interessado em pro� ssionalizar a atividade do 
jornalismo empresarial. Assim, com a fundação da ABERJE, a comunicação teve o seu marco de 
importância iniciado no Brasil.
Hoje, a comunicação empresarial está em ascensão e busca um novo patamar de coloca-
ção dentro das organizações. Ela é mais do que uma simples atividade empresarial e se constitui 
como um importante elemento do processo de inteligência empresarial. A comunicação empre-
sarial de nossos dias está respaldada a usufruir da pressa que novas tecnologias exigem, banco de 
dados inteligentes e que visam explorar ao máximo as novas mídias e, sobretudo, maximizar a 
interface entre as empresas e a sociedade.
Essa nova realidade faz a comunicação empresarial romper as fronteiras da tradição que 
a identi� cavam nas décadas passadas. No momento atual, ela está na linha de frente, situada em 
uma posição de destaque no organograma das empresas.
Para Bueno (2010, p. 10):
[...] a comunicação empresarial encerra, agora, um conjunto de novos atributos 
que tipi� cam como insumo estratégico. Hoje, ela caminha para assumir, na ín-
tegra, a perspectiva da chamada comunicação integrada, como uma articulação 
estreita entre vários departamentos e áreas e pro� ssionais que exercem ativida-
des de comunicação nas empresas ou entidades.
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A Comunicação Empresarial de hoje tem o seu foco central voltado para o que é o negó-
cio da empresa. Para Bueno (2009, p. 46), “os desa� os que a ‘nova economia’ impõe às organiza-
ções - entidades, associações, etc. - resvalam, sempre em questões afetas ao bom desempenho da 
comunicação”. Para tanto, essa ideia moderna de comunicação não pode prescindir de pro� ssio-
nalismo, da ética e da transparência, valores constitutivos do seu novo per� l.
A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
A comunicação é, certamente, um dos bens mais valiosos que uma empresa ou organiza-
ção possui. Fazer uso dela de forma estratégica é algo que poucas organizações conseguem fazer. 
Este bem precisa ser muito bem cuidado, pois em muitos casos o sucesso ou insucesso de um 
determinado negócio pode ser de responsabilidade de uma boa ou má aplicação da comunicação. 
De acordo com Martiniano (2007, p. 156):
A má comunicação traz desgastes nas relações, agressões verbais, perda de tem-
po com retrabalho, mal-entendidos, suscetibilidades afetadas, perda de motiva-
ção, estresse. Liderar é comunicar, para atingir os objetivos da empresa.
No mundo globalizado dos negócios, não basta que as empresas ofereçam bons produtos 
ou serviços com preços convidativos. Não basta que as empresas possuam estruturas atrativas. 
É necessário informar, mostrar, tornar público, ser conhecido. De acordo com Perez e Bairon 
(2002, p. 33):
[...] é necessário cada vez mais comunicar-se não só com clientes, mas tam-
bém com prospects (termo em inglês muito utilizado na área de comunicação e 
marketing que serve para de� nir “um cliente em potencial” ou “futuro cliente”), 
fornecedores, colaboradores, entidades de classe, investidores e o público em 
geral.
A sua importância no âmbito empresarial se dá porque a comunicação tem o poder de in-
tegrar, aproximar, informar e conscientizar. De acordo com Kunsch (2009, p. 113), “a importân-
cia da comunicação dentro das empresas pode contribuir signi� cativamente em todas as áreas, 
inclusive, para a área � nanceira”.
Sabemos que o ato de comunicar é inerente a qualquer ser vivo. Desde a Pré-História, 
entre 500.000 A.C. e 18.000 A.C, quando os homens passaram a viver em sociedade, eles perce-
beram o poder e a importância da comunicação, então desenvolveram a linguagem fazendo isso 
por meio de in� nitas formas – sons, gestos, cores, desenhos, mas o motivo sempre foi o mesmo: 
transmitir uma mensagem e ser entendido.
Hoje, não é possível reduzir a comunicação à transmissão de mensagens, ela é mais do 
que isso, é a criação de um ambiente comum entre dois lados que participam fornecendo e ex-
traindo informações entre eles.
Com tantas mudanças na sociedade, saber comunicar tornou-se algo essencial para todos 
os indivíduos. E não somente para eles, as empresas também devem se preocupar com a comuni-
cação, em especial com as informações que são transmitidas por elas mesmas.
Segundo dados publicados na Revista Valor Setorial – Comunicação Corporativa (edi-
ção especial do Valor Econômico), a comunicação empresarial está con� gurada como uma área 
estratégica dentro das organizações, ocupando 68% dos cargos de gerência e diretoria e com 
investimentos próximos a 10% no ano de 2015.
As empresas podem conversar com seus públicos de diferentes formas e utilizando diver-
sas ferramentas, mas é imprescindível contar com o auxílio de um pro� ssional de comunicação 
ou de uma agência especializada.
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• Assessoria de Imprensa: É a ponte entre a empresa e os veículos de comunicação. Com 
isso, é possível conquistar visibilidade positiva e de con� ança junto à sociedade, fortalecendo a 
imagem da empresa e a tornando referência no mercado.
• Comunicação Interna: A gestão e� caz melhora o clima organizacional, ajuda a motivar 
os colaboradores que passam a con� ar mais na empresa onde trabalham por aprofundar-se mais 
nos seus processos internos, por opinar e participar das decisões, além de reduzir os custos e 
aumentar a rentabilidade dos trabalhos.
• Mídias Sociais: Empresas conectadas e engajadas com o mundo online tendem a pos-
suir melhor relacionamento com clientes e fornecedores, transmitem melhor sua imagem e de-
monstram preocupação com a opinião de seu público.
É importante que a empresa encare a comunicação como uma aliada para os negócios, 
pois o bom relacionamento com seus públicos, interno e externo, assegura o reconhecimento 
perante a sociedade, valoriza os recursos e o potencial de seus colaboradores, e auxilia no fortale-
cimento da reputação. Ter uma comunicação empresarial feita de forma pro� ssional pode ajudar 
nos negócios.A comunicação empresarial tem um papel fundamental na construção de uma organi-
zação de alta performance. Várias ferramentas de comunicação social permitem ampliar o olhar 
corporativo, dentro de um modelo de gestão de negócio, com ética, sensibilidade para as questões 
ambientais e sociais, respeito e valorização das pessoas e de seu conhecimento.
Comunicar é um processo de troca e de compartilhamento. A empresa, portanto, não 
pode ser passiva, mas sim tomar as rédeas da sua comunicação, da imagem que quer transmitir, 
do posicionamento que quer ocupar na mente das pessoas.
Comunicar é também ouvir, entender, perceber as pessoas. Estabelecer com os diversos 
públicos um canal permanente de comunicação, onde a informação possa � uir entre a empresa e 
o público-alvo, ora como receptora, ora como emissora.
Na comunicação, a empresa deve passar seus valores como:
• Ética;
• Transparência;
• Responsabilidade social;
• Responsabilidade ambiental.
Neste sentido, cabe aos comunicadores, pelo menos, quatro atribuições especiais:
• Coordenar a formulação das mensagens que a corporação transmitirá a todos os seus 
públicos, especialmente quando se tratar dos temas sensíveis.
• Desenvolver os canais mais adequados para cada tipo de mensagem e para cada público.
• Desenvolver mecanismos de feedback sobre a efetividade da comunicação.
• Construir relacionamentos leais e duradouros entre a organização e os seus stakehol-
ders, por meio de processos estruturados de diálogo.
ÉTICA NA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
A palavra ética tem origem grega, Ethos, que signi� ca comportamento. Ética é de� nida 
como � loso� a da ação dos atos humanos aplicável ao comportamento do indivíduo em diversos 
níveis, agindo corretamente em relação a si próprio e ao seu semelhante. A ética lida com a moral, 
que parte da liberdade pessoal, projetando-se nas formas de agir do homem na sociedade. 
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Figura 6 – Ética na Comunicação. Fonte: Dreamstime (2017).
Ética empresarial é o conjunto de normas de conduta que deverão ser postas em prática 
no exercício de qualquer pro� ssão. A forma ética de agir pro� ssionalmente nas organizações 
pode ser aplicada:
1. Quanto à lei: o que deve ser cumprido, de acordo com a legislação. 
2. Quanto aos assuntos da organização: agir de acordo com os valores humanos, evitan-
do prejuízo para a empresa, e para as pessoas da empresa. 
3. Quanto ao interesse próprio: o quanto o bem-estar próprio vem antes da empresa. 
Como a preservação da saúde (se o indivíduo não cuidar de sua saúde não terá condições de fazer 
um bom trabalho). 
Alguns conceitos devem ser considerados em relação à ética, tanto a empresarial quanto 
a ética no âmbito geral:
• Responsabilidade: É o elemento fundamental da empregabilidade. 
• Honestidade: Está relacionada com a con� ança que nos é depositada. 
• Sigilo pro� ssional: Respeito aos segredos pessoais e organizacionais. 
• Compreensão: Facilita a aproximação e o diálogo no trabalho. 
A utilização da comunicação ética das empresas pode ser observada em diversos aspec-
tos, um deles é, conforme Moreira (1999, p. 50-1), na propaganda, divulgação, informação rela-
cionada aos produtos, à empresa ou à marca e aos serviços ou a qualquer item que possa interferir 
na decisão de compra. 
Para isso, a empresa deve:
• Divulgar as verdadeiras características dos produtos ou serviços; 
• Não praticar propaganda enganosa e nem abusiva; 
• Não fazer propaganda escandalosa; 
• Não se valer da demonstração dos defeitos dos produtos ou serviços do concorrente; 
• Não interferir na liberdade escolha do ser humano; 
• Não ofender a moral da sociedade a que se destina.
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A divulgação das características verdadeiras dos produtos é um dever que deve nortear o 
comportamento de todas as empresas.
PROPAGANDA ENGANOSA 
Entende-se por propaganda enganosa aquela que induz o cliente ao erro, como:
• Existência e disponibilidade do produto; 
• Preços ou condições de pagamento; 
• Quantidade; 
• Matéria-prima utilizada para a fabricação do produto; 
• Tamanho; 
• Utilidade; 
• Aparência; 
• Uso e aplicação; 
• Prazo de entrega; 
• Reputação do fornecedor e sua marca.
PROPAGANDA ABUSIVA
É toda propagando que contém excessos e discriminação, que incita a violência, explora 
o medo ou a superstição, que desrespeita valores ambientais ou diversidade. É a propaganda que 
induz o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança. 
Para o código do consumidor, toda propaganda enganosa é também abusiva.
ESCANDALOSA
Utiliza mensagens, visual, escrita ou verbal, sem relação direta com o produto ou serviço 
apresentado. 
Exemplos: 
• Apelo sexual para vender um determinado produto;
• Chamar atenção do consumidor mais para a cena apresentada do que para o produto.
A propaganda que se presta a mostrar os defeitos dos produtos do concorrente também 
não atende aos preceitos éticos por desviar-se de sua � nalidade, que é a de divulgar as caracterís-
ticas dos próprios produtos. 
A ética está dentro de nós e é norteada pela nossa formação familiar, educacional, � losó-
� ca e religiosa. Só podemos disseminar a ética nas empresas através dos exemplos e atitudes do 
nosso comportamento no dia-a-dia, exercendo a nossa pro� ssão.
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
Para os procedimentos de divulgação podemos relacionar abaixo, algumas ações que fa-
zem parte do marketing e das plataformas de comunicação com o cliente interno e externo:
Propaganda: anúncios impressos e eletrônicos, encartes da embalagem, displays nos 
pontos-de-venda, manuais e brochuras, outdoors, � tas de vídeo, material audiovisual, símbolos e 
logotipos, painéis, � lmes, catálogos.
Promoção de Vendas: concursos, jogos, loterias, sorteios, cupons, integração com pro-
dutos de entretenimento, prêmios e presentes, reembolsos parciais, � nanciamento a juros baixos, 
concessões de troca, feiras setoriais, exposições, amostragem, demonstrações, diversão, progra-
mas de � delização.
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Relações Públicas: kits para empresas, relatórios anuais, publicações, lobby, mídia de 
identi� cação, eventos, palestras, seminários, conferências, doações, patrocínios, relações com a 
comunidade, revista ou jornal da empresa.
Vendas Pessoais: apresentações de vendas, programas de incentivo, feiras e exposições, 
reuniões de vendas, amostras.
Marketing Direto: catálogos, malas diretas, telemarketing, vendas eletrônicas, vendas 
por meio da televisão, mala direta via fax.
Nos últimos anos, a comunicação vem sendo considerada uma das principais ferramen-
tas de convencimento e sucesso pro� ssional. Com o advento da ISO 9000 e com o Programa 
de Qualidade, uma das características solicitadas dos pro� ssionais e empresas é apresentar uma 
Comunicação E� caz.
A Comunicação é instrumento fundamental para o desenvolvimento da liderança, asser-
tividade, credibilidade, segurança, linguagem clara e objetiva, empatia e relacionamentos inter-
pessoais e� cazes.
Desta forma, o aprimoramento e desenvolvimento desta habilidade imprescindível é re-
comendado a todos que necessitam implementar a comunicação não verbal, comunicação es-
crita, comunicação oral e técnicas de apresentação para participação de entrevistas, reuniões e 
debates.
A comunicação é um campo conceitual e prático que envolve processos permanentes de 
interação e diálogo. Para assegurar o entendimento e a negociação da organização com os atores 
sociais e garantir que as decisões tomadas sejam conduzidas e aplicadas na mesma direção e com 
os mesmos objetivos é fundamental trabalhar as duas perspectivas do campo, conhecer e agir. 
No entanto, muitas vezes, a percepção interna é de que a área da comunicação é apenas 
uma prática desenvolvida por um conjuntode pessoas que produzem informações de forma 
burocrática, atendendo necessidades e demandas especí� cas. Esta atitude desconsidera que as 
informações estão contextualizadas e fazem parte de um processo mais amplo de planejamento, 
que envolve a relação da organização com seus interlocutores.
Nesse sentido, a comunicação deve ocupar um espaço estratégico na dinâmica organiza-
cional, visto que afeta e é afetada pelos outros processos de gestão. Arantes (1998, p. 275) con� r-
ma essa análise ao a� rmar que:
As empresas válidas estão procurando cada vez mais estabelecer um nível maior 
de transparência na comunicação das decisões, dos planos, dos resultados; assim 
como têm insistido na credibilidade das comunicações e em outras preocupa-
ções relacionadas com os esforços de aprimorar suas relações interna e externa.
Ampliar as funções e possibilidades da comunicação aumenta a e� cácia dos processos 
comunicacionais que perpassam o ambiente interno e auxilia a consolidação da missão, dos ob-
jetivos e a obtenção de resultados da organização. Apesar de não ser área-� m dentro da estrutura 
administrativa, a comunicação facilita diversos processos que integram a dinâmica gerencial, 
como o administrativo, � nanceiro, pessoal e de marketing. Nessa perspectiva, torna-se necessá-
rio que a área de comunicação ocupe um lugar com acesso direto ao poder para ter autonomia de 
de� nir estratégias adequadas de veiculação e de interação.
O vínculo que se estabelece com o poder decisório vai interferir no desenvolvimento das 
ações e atividades, orientando sua posição e dando-lhe respeitabilidade.
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Toda e qualquer organização se caracteriza pelo processo de interação entre as pessoas 
e grupos que convivem no âmbito de sua atuação. A área de comunicação tem como função 
direcionar esse processo e criar meios e técnicas que vão consubstanciá-lo. Muitas organizações 
públicas e privadas, de grande e médio porte, têm percebido a importância desta área e a necessi-
dade de investir em setores responsáveis, assim, como de contratar consultorias de comunicação, 
que possam também agregar conceitos e valores às ações organizacionais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Bem, meu caro aluno, conseguimos perceber que a comunicação empresarial é funda-
mental para a sobrevivência das organizações neste mercado tão competitivo e dinâmico. Cada 
era da comunicação revolucionou a realidade da sociedade e mudo completamente a forma como 
que as pessoas passaram a se relacionar.
Com a quarta revolução, onde a internet começa a imperar, estamos conectados todo 
o tempo e interagimos com pessoas e empresas em tempo real e com muito mais dinamismo e 
velocidade.
Quando compreendemos os conceitos da comunicação empresarial percebemos que ela 
está em constante evolução e cada vez mais sendo usada como fator essencial para alavancar ven-
das e � delizar consumidores através de relacionamentos forti� cados.
Passamos pelo conceitos e importância da ética na comunicação empresarial e nas postu-
ras sociais que devemos desempenhar neste contexto mercadológico e competitivo e vimos que 
a comunicação empresarial vem se mostrando essencial em nossos dias, principalmente nesta 
era da internet onde precisamos interagir 24 horas por dia e cada palavra deve ser usada com 
coerência para agregar valor à sua marca ou a seu produto/serviço.
Lembre-se, o consumidor está cada vez mais informado e conhece seus direitos, pesquisa 
sobre produtos e serviços e por isso precisamos estar preparados para lidar com essas variáveis e 
obter sucesso no � nal. A percepção de cada pessoa é diferente, por isso é fundamental agirmos 
com cautela e com muito planejamento, ou seja, a comunicação é essencial, mas desde que usada 
de forma correta e estratégica.
Vivemos em um mundo dinâmico e que muda a cada segundo, esteja preparado para isso 
e busque o aprimoramento de seus conhecimentos e habilidades para garantir que atinja seus 
objetivos.
UNIDADE
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SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 32
SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO ............................................................................................................................... 33
ORGANIZAÇÕES E SEUS TIPOS DE COMUNICAÇÃO ........................................................................................... 35
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................................... 43
TIPOS DE COMUNICAÇÃO 
EMPRESARIAL
PROF. ME. FÁBIO VAZ 
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INTRODUÇÃO
Seja bem-vindo a unidade na qual abordaremos os tipos de comunicação empresarial e 
suas principais tendências em uma sociedade baseada em informação.
Falar de comunicação empresarial irá envolver conhecer seus tipos e suas aplicações den-
tro do contexto organizacional, para podermos criar valor diferenciado para nossos clientes e 
para a sociedade.
Figura 1 – Comunicação e diversidade. Fonte: Dollarphotoclub (2017).
Abordaremos o conceito da comunicação integrada que é a nova visão da comunicação 
empresarial que envolve todas as demais com um foco extremamente estratégico e voltado para 
maximizar resultados.
A comunicação é o tipo de atividade desenvolvido pelos atores organizacionais que está 
mais diretamente relacionada com a “performance global”. Sem a sua utilização, as empresas di-
� cilmente conseguiriam delinear planos estratégicos para a realização dos objetivos e funcionar 
numa perspectiva holística. É possível dizer que a comunicação assume uma importância fun-
damental nas dinâmicas internas e externas de uma empresa, contribuindo para uma mais fácil 
interação e desempenho dos indivíduos.
O maior desa� o da comunicação empresarial é acontecer de maneira diferente, em tem-
pos diferentes e com cada público de forma distinta. É preciso ter uma linguagem adequada para 
cada um deles. Só assim será possível trazer os resultados desejados para a empresa.
A comunicação empresarial deve andar junto com a missão, os valores e a visão da em-
presa. Além disso, é preciso traçar uma comunicação empresarial que ande junto com os planos 
estratégicos da empresa.
Não é possível ser um bom comunicador com o público interno se não tem as ferramen-
tas necessárias. Não é possível comunicar bem com o público externo sem ter um plano de co-
municação. Então, é preciso fazer um plano e segui-lo à risca para obter os resultados esperados. 
E, para isso, é preciso fazer testes a todo momento para certi� car de que aquilo está funcionando 
da maneira correta.
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SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
Os meios de comunicação são, atualmente, componentes indispensáveis na estrutura so-
cial e política dos povos. A rede faz parte dessa nova percepção da realidade. No entanto, as tec-
nologias não se excluem, pelo contrário, se complementam.
A internet vai, de uma forma ou de outra, fazer parte de todos os campos pro� s-
sionais. Do agricultor ao físico nuclear. Ela é um meio, uma mídia, um canal. Sua 
porta de entrada ainda se restringe ao computador pessoal, mas essas entradas 
se multiplicarão: com celulares, pagers, painéis de carro, máquinas portáteis e 
televisores. (PÓVOA, 2000, p.13)
De acordo com Alvin To� er, em seu livro “A terceira onda”, após a primeira onda de 
mudanças desencadeada na era agrícola, ingressamos no que ele chama de segunda onda, que 
teve início com a Revolução Industrial (século XVIII). Neste momento, temos a concretização da 
sociedade de consumo.
Figura 2 – Sociedade da Informação. Fonte: Shutterstock (2017).
A sociedade da segunda onda, baseadano consumo e nos meios de comunicação de mas-
sa, tem seu auge no século XX. Após a 2ª Guerra Mundial, o mundo ocidental vive uma grande 
expansão econômica e o Marketing moderno, como conhecemos hoje, emerge nesse contexto e 
contribui para o esse novo tempo.
A expressão “sociedade da informação” descreve uma sociedade baseada na produção de 
valores informacionais e não valores materiais. Sua principal força é a informação produzida e 
distribuída em redes, ao alcance de todos.
Esse cenário faz compreendermos que a informação e a comunicação nunca foram tão 
importantes em nossas vidas. Vamos pensar um pouco, na sociedade atual, a informação vale 
mais que produtos, dinheiros ou bens. Este é apenas um dos fenômenos da sociedade da infor-
mação.
Segundo Santos (2005, p. 34), a tendência expressa o aprofundamento de uma sociedade 
que se articula em rede, na qual a comunicação entre as pessoas e a reprodução de ideias, valores 
e comportamentos também ocorrem nessa esfera: “não há fronteiras políticas na Internet. Ape-
nas línguas diferentes” (PÓVOA, 2000, p. 14). Atualiza ainda a velha prática do marketing boca a 
boca, agora reproduzida em escala e velocidade muito mais abrangentes.
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A comunicação tem um papel fundamental na democratização da informação e na 
formação de ‘nichos’ ou comunidades eletrônicas que se agrupam por interesse, por assuntos 
comuns, por a� nidades, por per� s semelhantes. A convergência entre imagens, sons e textos 
permite inúmeras possibilidades ao comunicador, que tem, em suas mãos, um dos meios mais 
completos para trabalhar a informação junto a seus públicos de interesse. Sai o espectador e entra 
o usuário. Sai a comunicação de massa e entra a interpessoal.
A sociedade atual, além de tecnologicamente de� nida, apresenta uma desterritorializa-
ção das relações sociais. São as novas tecnologias que estabelecem a forma como os homens se 
relacionam entre si e que imprimem as caracterizações de nossa sociedade. As noções de distân-
cia e velocidade não possuem os mesmos signi� cados que tinham na Modernidade e esse novo 
mundo, virtual e tecnológico, é con� gurado pelos novos canais de transmissão de informação 
(MOREIRA & PON, 2003, p.1-4).
A web é um meio de comunicação que compõe e pode potencializar o relacionamento 
das organizações com seus públicos. Vem se destacando como uma importante mídia na socieda-
de atual. Em função disso, faz-se necessário estudar de que maneira esse instrumento pode con-
tribuir como forma de relacionamento da organização (pública ou privada) com seus públicos. A 
web pode ser vista sob diversas óticas: fonte noticiosa, ferramenta de trabalho, fonte de pesquisa, 
entretenimento e como forma de relacionamento com os públicos.
Sociedade da Informação
 Sociedade da Informação é um termo que surgiu no século XX, no mo-
mento em que a tecnologia teve grandes avanços. A importância que conquis-
tou, fez com que a tecnologia se tornasse essencial na determinação do sistema 
social e econômico.
 Após o “boom” das telecomunicações e informática na década de 1970, a 
sociedade apresentou novas condições para o processamento de informação.
 Este momento foi marcante, motivo que levou vários estudiosos, como 
o precursor do termo Daniel Bell (1919-2011), a debaterem acerca da sociedade 
pós-industrial.
 Bell advertiu que nesta nova etapa, os serviços e a estrutura central da 
nova economia seriam baseados na informação e no conhecimento.
 Sociedade da Informação vs Sociedade do Conhecimento
 Por conseguinte, na década de 1990, os debates se aprofundam e surge 
o termo “sociedade do conhecimento” como uma alternativa ao termo “socieda-
de da informação”.
 De toda forma, os tomadores de decisões em todo o mundo notaram 
que a informação estava desempenhando um papel cada vez mais central na 
vida social, cultural e política. Por esse motivo, o termo foi incorporado pelas 
forças da globalização neoliberal.
 Para saber mais: Globalização e Neoliberalismo.
 O termo “Sociedade da Informação” é um dos vários conceitos que ten-
tam explicar o mundo contemporâneo. Outros termos como “Sociedade do Co-
nhecimento” (Unesco) ou “Nova Economia” são, em alguns aspectos, mais preci-
sos para discorrer sobre a sociedade pós-industrial.
 O fundamental nesta discussão não é a “informação”, mas a “sociedade” 
que toma proveito dessa informação. Assim, falar em “sociedade” no singular, 
leva a crer numa tendência a uma sociedade unilateral. Ademais, a palavra “in-
formar” também é unidirecional, tendo em vista que se dirigem a um receptor 
passivo com vista a mudar-lhe o comportamento.
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Vantagens e Desvantagens
 Surgida no contexto da pós-modernidade, a Sociedade da Informação é 
essencialmente informática e comunicacional, constituída principalmente pelos 
avanços da microeletrônica, optoeletrônica e multimídia. Sem espanto, adquirir, 
armazenar, processar e disseminar informações são as metas básicas do novo 
sistema.
 A televisão, a telefonia e a Internet são as grandes responsáveis pelo 
advento dessa nova sociedade, cuja grande consequência é a desmaterialização 
dos espaços produtivos.
 A grande vantagem é que os processos decisórios e empresariais são 
facilitados pois podem ser realizados à distância por meio de videoconferência. 
Além desse aspecto econômico do trabalho à distância, ferramentas digitais 
como bibliotecas digitais, correio eletrônico, banco on-line e redes sociais são 
marcantes na contemporaneidade.
 A desvantagem é que as pessoas podem se tornar cada vez mais dis-
tantes tendo em conta essa facilidade comunicativa, que é na verdade, uma 
barreira. Além disso, as crianças e jovens vivem cada vez mais dependentes dos 
jogos e dos atrativos tecnológicos. Isso sem falar da exposição da vida pessoal 
propiciada pelas redes sociais, o que resulta num sério problema de segurança.
Fonte: Portal Toda Matéria – Sociologia. Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/sociedade-da-informacao/
ORGANIZAÇÕES E SEUS TIPOS DE COMUNICAÇÃO
Nas organizações conseguimos encontrar alguns tipos de comunicação que são aplicadas 
conforme sua necessidade e importância. Dentre elas temos: Comunicação Institucional, Co-
municação Administrativa, Comunicação Interna e Comunicação Mercadológica. 
Essa classi� cação ou separação é feita para compreendermos como a comunicação pode 
ser utilizada de forma e� ciente em “departamentos” diferentes de uma organização, mas já pre-
cisamos compreender que o ideal é a integração entre os diferentes tipos de comunicação, o que 
traz um resultado mais satisfatório para a empresa.
COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
Um dos principais objetivos da comunicação institucional é o estabelecimento de rela-
ções duradouras com seus públicos. Isso é possível através de ações personalizadas e segmenta-
das, tomando como base à análise periódica das informações obtidas através de questionários e 
relatórios aplicados na empresa, objetivando identi� car as necessidades dos clientes. 
Estas são ferramentas da comunicação institucional que visam atingir todos os públicos 
envolvidos na organização (internos e externos). Após a utilização dessas ferramentas, devem ser 
elaboradas ações de acordo com os objetivos da empresa e as necessidades do momento.
Como exemplo, podemos destacar as publicações organizacionais que são instrumentos 
da comunicação institucional e podem ser utilizadas tanto para o público interno quanto para o 
externo. Um dos principais objetivos das publicações organizacionais está em: 
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(...) combater o desconhecimento a respeito da empresa e promover a integração 
entre os públicos ligados a ela, ao mesmo tempo que pretendem projetar a em-
presa para internamente assegurar a boa produtividade e externamente conse-

Outros materiais