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Resumo Ciência Politica e Teoria Geral do Estado

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CIÊNCIA POLÍTICA E TEORIA GERAL DO ESTADO 
 
CIÊNCIA POLÍTICA 
 É o estudo dos fenômenos e das estruturas políticas. 
POLÍTICA 
 São os estudos e obras dedicadas às atividades humanas relacionadas diretamente ao 
Estado. 
 
TIPOS DE PODER 
 Tipologia moderna das formas de poder – tem por critério diferenciador a natureza dos 
meios utilizados por um sujeito ativo para influenciar o sujeito passivo. 
O poder pode ser classificado como: 
 Econômico, 
 Ideológico, 
 Político. 
Poder econômico: tem-se um sujeito ativo possuidor de bens e riqueza que consegue 
estabelecer alguma influência sobre a conduta de um sujeito passivo que não possui os bens. 
Poder ideológico: é aquele em que a influência exercida pelo sujeito ativo é baseada em 
conhecimentos e doutrinas. 
Poder político: Utiliza-se da força para exercer a influência sobre um grupo de pessoas. O ente 
estatal seria autorizado a ser exclusivo possuidor desse poder. 
São três as características fundamentais do poder político exercido pelo Estado: 
 Exclusividade, 
 Universalidade, 
 Inclusividade. 
Exclusividade – tendência do Estado de reprimir a formação, em seu território, de grupos 
armados que possam ameaçar o seu monopólio de uso da força. 
Universalidade – possibilidade do Estado emitir decisões que devam ser seguidas por toda 
a coletividade social. 
Inclusividade – possibilidade de intervenção de modo imperativo para que as finalidades 
do Estado sejam cumpridas. 
 
 
 
 
 
ESTADO: PONTO DE VISTA JURÍDICO(institucional) E SOCIOLÓGICO 
 O Estado e o fenômeno do poder político, é o principal objeto de estudo da Ciência 
Política. Pois, ele pode ser analisado sob o ponto de vista jurídico e pelo sociológico. 
Ponto de vista jurídico(institucional): tem como características, o foco sobre o ordenamento 
jurídico válido(legal) e a concepção do Estado como órgão de produção jurídica. 
Ponto de vista sociológico: define o Estado como uma complexa organização social, sendo o 
direito apenas um dos elementos que o constituem. 
CIÊNCIA POLÍTICA E TEORIA GERAL DO ESTADO: DIFERENÇAS E 
APROXIMAÇÕES 
 A Teoria Geral do Estado foi instituída para estudar o fenômeno estatal apenas em seu 
aspecto jurídico, ou seja, ela se deteve de forma predominante sobre a descrição objetiva à 
respeito da organização jurídica e administrativa. A análise do Estado deve ser feita junto ao 
estudo da influência exercida pelas ideias políticas e pressões sócio-econômicas. 
GOVERNO 
 Na linguagem política usual e corrente, Governo nada mais é do que um conjunto de 
pessoas que exercem o poder político e que determinam a orientação política de uma 
determinada sociedade. O segundo significado de Governo, refere-se não somente ao grupo de 
pessoas que tem o controle sobre o poder do governo, mas também englobaria o complexo de 
órgãos que institucionalmente têm o exercício do poder, ou seja, um aglomerado de pessoas e 
órgãos que possuem o poder de governar. 
 A função do Governo, seria atuar no sentido de garantir a integração interna de uma 
sociedade e a defesa desta perante agressões advindas de grupos externos. O monopólio da força 
é um aspecto típico do Estado moderno e também do governo. O fortalecimento de um governo 
ocorre através do consentimento e da aceitação dos governados. Ou seja, um Governo só é forte 
quando se baseia no consenso, enquanto que nenhum governo poderia subsistir por longo tempo 
se tivesse que se impor pela força. 
 Ela representa apenas um aspecto do Estado. O poder político do Estado se manifesta 
através do Governo. Os órgãos legislativos e judiciários não fazem parte diretamente dos órgãos 
de Governo. O governo também é considerado como um conjunto de órgãos constitucionais 
responsáveis pela função política do Estado., assim sendo, o governo seria a direção estatal 
suprema, formuladora das diretrizes e do planejamento. Ele coincide com o Poder Executivo, ou 
melhor, com os órgãos de cúpula desse poder. Ele é apenas uma das formas de expressão do 
poder político do Estado. 
SOCIEDADE CIVIL 
 Geralmente é tratada como sendo os fatos sociais que não fazem parte diretamente da 
estrutura estatal-institucional. Estado é entendido como um conjunto dos aparatos que num 
sistema social organizado exercem o poder coativo. As relações sociais estabelecidas fora do 
âmbito direto do Estado, são vistas como integrantes da Sociedade Civil. O estado interfere 
diretamente na sociedade através de seu poder político. 
 Entende-se por Sociedade Civil a esfera das relações entre indivíduos, entre grupos, 
entre classes sociais, que se desenvolvem à margem das relações de poder que caracterizam as 
instituições estatais. 
 
GOVERNABILIDADE 
 É a situação em que um governo consegue atingir uma capacidade de governar com 
uma certa estabilidade e equilíbrio, já a ingovernabilidade se caracterizaria pela incapacidade do 
Estado de responder e resolver adequadamente a demandas e conflitos advindos da Sociedade 
Civil. 
 A governabilidade e a aceitação da autoridade do poder institucional do Estado 
dependem da aprovação e consentimento(consenso) dos governados. Enfim, na esfera da 
sociedade civil inclui-se habitualmente também o fenômeno da opinião pública, entendida como 
a pública expressão do consenso e de dissenso com respeito às instituições. 
LEGITIMIDADE E LEGALIDADE 
 Legitimidade é a fundamentação do poder político do Estado, ou seja, são as 
justificativas éticas que explicam a capacidade do Estado de utilizar-se de seu poder para impor 
comandos à sociedade. Ela também se relaciona com a obediência e aceitação, por parte de uma 
população, de que o Estado está autorizado a se utilizar do poder para interferir e controlar a 
sociedade. O Estado pode atuar através da imposição da força física, ou da ameaça de uso dessa 
força. Existe uma parcela de obrigações e comandos que são cumpridos sem que se utilize da 
força, através do consentimento dos cidadãos de que o Estado está autorizado a atuar de 
determinada forma. Também existe, uma aceitação de que o Estado, em determinados 
momentos, deve se utilizar da força e do poder para se fazer impor. 
 A legitimidade é um atributo do Estado, que consiste na presença de um grau de 
consenso capaz de assegurar a obediência sem a necessidade de recorrer ao uso da força, a não 
ser em casos esporádicos. A obediência é devida apenas ao comando do poder legítimo, ou seja, 
ela surge da atuação do Estado que esteja em conformidade com o princípio de legitimidade 
compartilhado pela sociedade. 
 A oposição ao governo configura uma atitude reformista. Se a contestação for 
direcionada ao sistema político e ao regime de governo, ou seja, às estruturas políticas 
fundamentais, a ação pode ser definida como sendo revolucionária. Já a revolta seria um 
comportamento de negação e rejeição que, não demarca objetivos concretos de luta, sem força 
para alterar a realidade. 
 Um princípio de legitimidade pode entrar em crise se o poder do Estado não consegue 
mais desempenhar suas funções essenciais e suas obrigações políticas perante a sociedade. A 
legitimidade, diz respeito a uma justificativa do poder do Estado, capaz de permitir a construção 
do consenso que permite o ritual da obediência política de determinada sociedade, ou seja, ela 
está vinculada a um sistema de crenças e valores. 
 A legalidade faz referência a um aspecto formal, no sentido de adequação à formalidade 
de uma lei ou norma jurídica. A legalidade de uma ação ocorre quando ela está de acordo com a 
ordem jurídica. A legitimidade é um aspecto anterior à legalidade, isto é, aquela categoria que 
traduz um sentido valorativo (fundamentação), já a legalidade é um aspecto meramente formal.ELEMENTOS DO ESTADO 
O Estado é constituído por cinco elementos: 
 Governo; 
 Soberania; 
 Povo; 
 Território; 
 Finalidade; 
O Estado é a pessoa jurídica soberana constituída de um povo organizado sobre um 
território, sob o comando de um poder supremo, para fins de defesa, ordem, bem-estar e 
progresso social. 
GOVERNO 
 Governo refere-se à gestão ou à administração cotidiana dos negócios públicos. De 
acordo com Aristóteles, o governo é a própria constituição, ele é o senhor supremo da cidade. 
Para Rousseau, o governo é um corpo intermediário para possibilitar a recíproca 
correspondência, encarregado da execução das leis e da manutenção da liberdade. Ou seja, ele 
diz respeito tanto ao aparato organizacional e político do Estado como à pressão do seu poder 
soberano. A soberania é exatamente a força geradora e justificadora do elemento governo. 
 Nas colônias, o governo que ali se encontra não é soberano, posto que submetido a uma 
metrópole. Outra visão fática da cisão relativa entre governo e soberania diz respeito aos países 
que, por qualquer motivo, estejam sob a tutela de outros sujeitos de direito, a exemplo do Haiti, 
Timor Leste e Iraque. Nesses países não é pacífico que à organização governamental existente, 
deveras precária, corresponda qualquer noção consistente de soberania. 
SOBERANIA 
 É uma qualidade intrínseca e definidora do Estado, ou seja, para que exista Estado 
nacional, a soberania tem que estar presente. De acordo com Jean Bodin, a soberania é o poder 
absoluto e perpétuo de uma República. O poder soberano era atributo inerente e inexorável da 
comunidade política. Em sentido clássico ela possui caráter absoluto. 
 A esfera internacional necessitava de algum tipo de regulação que, sem prescindir do 
Estado, limitasse sua atuação, esse foi o espírito que ensejou o surgimento das ONU. Nota-se 
também que algumas empresas multi(ou trans) nacionais, integrando capital de financiamento e 
capital industrial, acabaram adquirindo tamanho poder que são capazes mesmo de influenciar 
decisivamente a ação dos Estados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
POVO 
Possui duas acepções básicas: 
 Quantitativa; 
 Qualitativa. 
Matriz quantitativa e primária: equipara povo a população. Todas as pessoas presentes 
no território do Estado, num determinado momento, inclusive estrangeiros e apátridas, 
fazem parte da população. População é a totalidade das pessoas que se acham, num dado 
momento, em determinado Estado. 
Matriz qualitativa: 
 Político; 
 Jurídico; 
 Sociológico. 
Nível político – corpo eleitoral. Nesse nível povo é igual a eleito. Essa acepção de povo 
é a que prevalece no ordenamento constitucional brasileiro. 
Nível jurídico – equivale ao de nacional, nato ou naturalizado. 
Nível sociológico – povo é igual a nação, ou seja, agrupamentos humanos dotados de 
afinidades linguísticas, culturais, religiosas, étnicas, etc... Assume uma dimensão 
histórica e cultural. 
Não pode haver Estado sem povo! 
 Há a existência de povos sem Estado, bem como a de Estados plurinacionais. A 
exemplo dos judeus antes da criação do Estado de Israel e os ciganos que jamais perderam suas 
identidades étnico-culturais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERRITÓRIO 
 Expressa os limites geográficos pertencentes a um Estado nacional. O território é o país 
propriamente dito e, portanto, país não se confunde com povo nem nação, e não é sinônimo de 
Estado. O território estabelece a delimitação da ação soberana do Estado. 
 Na delimitação territorial, há de se considerar: 
 Subsolo; 
 Espaço aéreo; 
 Mar territorial; 
 Plataforma submarina. 
Sob a superfície terrestre, base sobre a qual repousa o povo, o território estatal 
compreende também o subsolo. 
Por espaço aéreo compreende-se o limite atmosférico que paira sobre as porções de 
terra e de mar pertencentes ao Estado. 
A terceira variável do território é o mar territorial. 
A soberania, alcança não apenas as águas, mas também o leito do mar, o respectivo 
subsolo e ainda o espaço aéreo sobrejacente. Essa soberania sofre uma limitação determinada 
por normas de direito costumeiro; o direito de passagem inocente, que se estende tanto às naus 
civis como às belonaves, nesses casos a passagem deve ser contínua e rápida, e as naves 
beneficiárias devem abster-se de qualquer ato que atente contra a soberania do Estado 
concedente. 
O mar territorial restou em 12 milhas náuticas, sendo certo que além dele encontram-se: 
 Zona contígua; 
 Zona econômica exclusiva; 
 Plataforma continental ou submarina. 
Zona Contígua – O Brasil poderá tomar as medidas de fiscalização, bem como reprimir as 
infrações às leis e aos regulamentos que editar. 
Zona Econômica Exclusiva – O Brasil tem direitos de soberania para fins de exploração e 
aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais, vivos ou não-vivos, das águas 
sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e seu sobsolo, e no que se refere a outras 
atividades com vistas à exploração e ao aproveitamento dessa zona para fins econômicos. O 
Brasil tem o direito exclusivo de regulamentar a investigação científica marinha, a proteção 
e preservação do meio marítimo, bem como a construção, operação e uso de todos os tipos 
de ilhas artificiais, instalações e estruturas. A realização de exercícios ou manobras 
militares, por outros Estados, somente poderá ocorrer com o consentimento expresso do 
governo brasileiro. 
Plataforma Continental ou Submarina – O Brasil tem direitos para efeitos de exploração 
dos recursos naturais. 
Consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, 
de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro, onde quer que se encontrem, bem como 
as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, 
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. Será aplicada a lei brasileira 
aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade 
privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo 
correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. 
FINALIDADE 
 Compreende a conservação da liberdade e dos direitos naturais como a finalidade 
fundamental do Estado. 
 
 
 O Estado seria a forma específica de organização social e política de um agrupamento 
humano. Todo Estado pressupõe a existência de um governo. O território é elemento 
insofismável do Estado, tal como o povo, o governo, e a finalidade. Quanto à soberania, ela 
também é um elemento necessário para a configuração do Estado, não podendo ser suprimida 
senão em situações anômalas.

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