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1. O que caracteriza o poder político que o distingue dos demais tipos de poderes existentes numa sociedade? O poder político é exclusivo da União, pois o estado não permite que no seu âmbito de domínio haja a formação de grupos armados independentes. O estado busca subjugar ou desbaratar aqueles grupos que forem se formando, além de manter sob vigilância as infiltrações, as ingerências ou as agressões de grupos políticos externos. A universalidade é a capacidade que têm os detentores do poder político de tomar decisões legítimas e efetivamente tolerantes para toda a comunidade. O poder político atua em relação a todos os integrantes da sociedade, sem exceção. Impulsividade é a possibilidade de intervir comparativamente em cada possível esfera de atividade dos membros do grupo, encaminhando-os para um fim desejado ou através do instrumento da ordem jurídica. 2. Qual o significado da despersonalização do poder político? A despersonalização do poder político existe quando o poder deixa de ser tido como propriedade daquele que governa e passa a ser organizado para cumprir funções sociais ligadas a massa de indivíduos. Quando o poder é despersonalizado, ou seja, é trasladado à figura de um ente despersonalizado como o Estado, o que se nota é que fica facilitada a submissão e aceitação de suas determinações pelos indivíduos. 3. O que caracteriza o poder político que o distingue do poder econômico e o poder ideológico? O poder político, tem como especificidade o uso da força para fazer entender por que é que ele sempre foi considerado como o sumo poder. É o poder que os grupos sócios necessitam para se defender de ataques externos, por exemplo. Já o poder econômico se vale de bens de caráter necessário ao meio social pra induzir aos que não possuem os mesmos bens a adotarem uma certa conduta. Por fim, o poder ideológico é o poder que se vale da posse de certas formas de saber, doutrinas e conhecimento para exercer uma influência sobre o comportamento alheio, acabando por induzir membros de determinado grupo a realizar ou não determinadas ações. 4. De que modo o Poder Político faz uso da: a) força; Nem todo poder é político, e nem todo poder político implica necessariamente o uso da força, como assinala Bobbio (2010, p. 164). O uso da força é uma condição necessária, mas não suficiente para a existência do poder político. Pode-se dizer que o poder político se refere ao domínio, faculdade ou jurisdição que se tem para mandar ou para executar uma ação que afeta aos demais, mesmo contra sua vontade, utilizando-se da força, caso seja necessária. Por conseguinte, atualmente caberá quase que exclusivamente ao Estado o exercício do poder político, e, consequentemente, o monopólio do uso legal da força. b) da autoridade burocrática ou racional-legal. Weber define a burocracia como a estruturação formal da organização, permitindo, dessa forma, organizar as atividades humanas para a realização de objetivos comuns no longo prazo. Essa definição de Weber foi fundamental para outros estudiosos fora da área da administração interpretassem melhor as organizações. Segundo Weber, existem três formas de autoridade; A tradicional, baseada em tradições e costumes; A carismática, baseada nas características do líder e a que é abordada na questão; A autoridade racional-legal que garantida por regras e normas oriundas de um regulamento que é, por sua vez, reconhecido e aceito pelo grupo. Aqui, deve-se seguir os comandos da pessoa que ocupa o cargo, independente de quem seja. A autoridade está no cargo e não na pessoa que o exerce. 5. O que caracteriza um poder qualificado? O poder qualificado é caracterizado por buscar menos para compreender e aplicar do que para aceitar ou negar a adequação do poder as situações da vida social que ele é chamado a disciplinar. Em sumo, no que se refere à legitimidade do poder político, ela deve derivar da necessidade de estabelecer- se a necessária convivência social, e desse modo, se toleraria um maior ou menor grau de dominação de um grupo sobre os demais com vista a essa finalidade estatal precípua. 6. Um poder legal sempre será também legítimo? Justifique sua resposta. Não, o poder legal é o que está de acordo com a lei, é o poder legitimo tem por base a ética. Partindo do pressuposto de que nem sempre a lei é ética, há manifestações do poder político que se enquadram na esfera legal porem se afastam da esfera legítima. A legitimidade é a legalidade acrescida de valores. Vale ressaltar que uma norma legitima tem uma maior aceitação no meio social do que uma norma somente legal. 7. O artigo 2 da Constituição Federal preceitua que são poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Isso significa que o poder soberano do Estado é fracionado? Justifique. Sim, a Constituição Federal de 1988 atribuiu as funções estatais de soberania aos três tradicionais poderes do estado. A estes órgãos, a Constituição Federal garantindo-lhes autonomia e independência dentro de uma visão harmônico. A soberania é uma em sua abrangência ao estado, porém é estabelecido na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão aprovado na França em 1789 declarando-se em seu artigo XVI: “Toda sociedade na qual a garantia dos direitos não está assegurada, nem a separação dos poderes determinada, não tem constituição tornando-se assim a administração da soberania fracionada. 8. O que é soberania? Etimologicamente, o termo soberania provém de superanos, supremitas, ou super omnia, configurando-se definitivamente através da formação francesa souveraineté, que expressa, no conceito de Bodin, “o poder absoluto e perpétuo de uma República”. Soberania é uma autoridade superior que não pode ser limitada por nenhum outro poder. A soberania é uma só, una, integral e universal. Não pode sofrer restrições de qualquer tipo, salvo, naturalmente, as que decorrem dos imperativos de convivência pacifica das nações soberanas no plano do direito internacional. Soberania relativa ou condicionada por um poder normativo dominante não é soberania. Deve ser posta em termos de autonomia, no contexto geral do direito. Citando Miguel Realce, a soberania à é “uma espécie de fenômeno genérico do poder. Uma forma histórica do poder que apresenta configurações especialíssimas que se não encontram senão em esboços nos corpos políticos antigos e medievos”. 9. Caracterize a soberania no contexto da globalização. Devido ao processo de globalização ser tão uniforme, acaba por atingir a soberania de cada país de forma desigual, na proporção da riqueza, poder ou desenvolvimento social, econômico e tecnológico de cada um. Esses reflexos assumem maior gravidade entre os países chamados se “terceiro mundo” ou “em desenvolvimento”, os quais ficam vulneráveis, diante da incapacidade de enfrentamento das imposições originadas da ordem internacional. Os efeitos da globalização sobre o conceito de soberania são abordados de formas polêmicas por conceituados doutrinadores, destacando-se a o aspecto econômico e preveem a extinção da soberania e o aspecto político, defendendo a sobrevivência da soberania de forma absoluta, como conceito inerente ao estado. Miguel Reale afirma que “por mais que constitua um fenômeno inevitável, capaz de produzir os esperados, mas ainda não comprovados resultados benéficos lá dá a humanidade, se desenvolve antes como uma gradativa mundialização, por meio de empresas multinacionais, com sedes em distintos países(...) Pode-se mesmo dizer que os riscos da globalização aumentam a responsabilidade dos estados, que não podem deixar de salvaguardar o que é próprio e peculiar de cada nação.” Em sumo, a integração em massa dos países torna o conceito de soberania mutável. Os estados soberanos são unidosatravés de tratados e convenções, garantindo o cumprimento mutuo das regras. Cada país cede ou transfere parcelas de suas respectivas soberanias a um órgão comum, admitindo que as decisões tomadas por esse órgão se tornem de obediência interna obrigatória, independentemente de qualquer outra manifestação política. A globalização torna a soberania relativa, para possibilitar e fazer funcionar a interação. 10. Explique cada um dos elementos constitutivos do Estado. A condição de estado perfeito pressupõe a presença concomitante e conjugada desses três elementos, revestidos de características essenciais: população homogênea, território certo e inalienável e governo independente. A população é a substância humana não há formação ou existência do estado. Para alguns autores o núcleo básico formador do estado é caracteristicamente nacional, isto é, corresponde a uma unidade étnica, outros, porém, sustentam que o elemento população se entende, em sentido amplo e puramente formal, como a reunião de indivíduos de várias origens, os quais se estabelecem num determinado território, com ânimo definitivamente e aí organizam politicamente. A base humana do estado há de ser, em regra, uma unidade étnico-social que, embora integrada por tipos raciais diversos, vai se formando como unidade política através de um lento processo de estratificação, de fusão dos elementos no cadinho da convivência social. O território é a base física, o âmbito geográfico da nação, onde ocorre a validade da sua ordem jurídica. - Hans Kelsen. O estado moderno é rigorosamente territorial. Esse elemento físico, tanto quanto os dois outros- população e governo- é indispensável a configuração do estado, segundo as concepções pretérita e atual do direito público. Pedro Calmon aborda que o território é o espaço certo e delimitado onde se exerce o poder do governo sobre indivíduos. Patrimônio do povo, não do estado como instituição. O direito se exerce sobre as pessoas, não sobre o território. O governo, segundo a definição de Esmein, é uma delegação de soberania nacional, no conceito metafísico da escola francesa. É a própria soberania posta em ação. Positivamente, é o conjunto das funções necessárias a manutenção da ordem jurídica e da administração pública. A conceituação de governo depende dos pontos de vista doutrinários, mas exprime sempre o exercício do poder soberano. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: MACHADO, Juliana Cruz. Teoria Burocrática da Administração. Disponível em: www.informacional.com Acesso em: 23 de abril.2018. MORENA, Marcio Pinto. A Legitimidade do poder político: Revisitando as teorias contratualistas. Disponível em: www.jusbrasil.com.BR Acesso em: 24 de abril.2018. PEDROSA, Luisa Rigatto. Separação dos poderes. Disponível em: iurigatto.jusbrasil.com.BR Acesso em: 24 de abril.2018. DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. Edição 30°. São Paulo. Editora Saraiva, 2011. MALUF, Sahid. Teoria Geral do Estado. Edição 29°. Editora Saraiva, 2009. OCTÁVIO, José de Castro Melo. Ciência Política e Teoria Geral do Estado. Editora Dinâmica Jurídica, 2017. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil, Brasília, DF. Senado Federal: Centro Gráfica 1988.
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