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Análise Semiótica da capa do Cd (1)

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Análise Semiótica da capa do Cd “Nevermind” do cantor de rock in roll Kurt Cobain
Rodrigo Duran
Luma
Universidade Salvador
RESUMO
Esse artigo pretende analisar através dos conceitos teóricos de semiótica, a capa do Cd de nome “Nevermind”, lançado pelo cantor Kurt Cobain. Devido estilo grunge e novo conceito da capa ela causou um impacto entre um intermediário do estilo grunge e rock in roll, por isso foi escolhida como objeto de análise. O artigo trará como base os conceitos da semiótica desenvolvidos por Charles Sanders Peirce, que considera signo como qualquer coisa que representa algo, podendo produzir efeitos interpretativos diversos em uma possível mente interpretadora, ou seja, tudo que o homem e capaz de interpretar se torna signo. 
Palavras-chave: Kurt Cobain, Cd Nevermind, Semiótica, Interpretante, Nirvana
1 INTRODUÇÃO 1.1 Conhecendo o Cd Nevermind
Para as gerações recentes que cresceram na era do CD poucas capas serão tão icónicas e representativas de uma banda e de um movimento musical (o grunge) quanto a de Nevermind dos Nirvana. A imagem de um bebé debaixo da água com uma nota de um dólar pendurada num gancho tornou-se tão famosa quanto o disco em si não apenas pelas leituras imediatas de críticos mas por ser, de forma intencional ou não, uma representação simbólica dos paradoxos que a banda e seu vocalista Kurt Cobain, enfrentavam naquela época e que viriam a marcar a sua existência até à morte de Kurt em 1994.
Embora esta não fosse a ideia inicial de Kurt Cobain para a capa (já que ele queria uma imagem de um nascimento debaixo de água) a verdade é que a imagem de Nevermind constitui uma metáfora perfeita, a banda que gravava pela primeira vez para uma multinacional ao mesmo tempo que queria preservar a integridade mantendo-se leal aos seus princípios como banda “alternativa”. O sucesso inesperado do álbum teve grande repercussão na MTV e rendeu 30 milhões de cópias, só veio reforçar o simbolismo da capa. Robert Fisher, o diretor artístico da capa, interpreta-a da seguinte forma: “o bebe nu simboliza a inocência de Kurt Cobain, a água representa o ambiente que lhe é estranho, e o gancho com a nota a sua carreira artística a entrar no mundo corporativo da música rock”.
Capa do Cd Nevermind do Nirvana
1.2 Robert Fisher, o artista que idealizou e produziu a capa do CD
 
Robert Fisher e um diretor de arte norte americano que mora em Los Angeles, California. Como pode-se ver nas obras dele ele carrega muito de uma vertente artística chamada Romantismo, já que traz em suas obras cores como o vermelho, azul, branco, preto e amarelo. Ele já fez artes e capas de CD para outras bandas famosas como Weezer. Traz formas orgânicas, tipografia geometrizada, ou neoclássica.
2 A SEMIÓTICA 2.1 
O que é A Semiótica 
é uma ciência que se propõe estudar todas as formas de comunicação. Ela trata tudo que está ao nosso redor como signos, e busca apreender o máximo da totalidade de percepções e interpretações, que se pode haver sobre eles: ‘[Signo é] algo que representa algo, sendo capaz de produzir efeitos interpretativos em mentes reais ou potenciais’ [SANTAELLA, Lucia (2002) Semiótica Aplicada.] 
2.2 A análise do produto 
Para facilitar a nossa compreensão e análise dividiremos esta em três etapas. Uma análise sobre as relações do signo com ele mesmo (quali-signo, sin-signo, legi-signo), do signo com objeto (ícone, índice, símbolo) e os interpretantes (imediato; dinâmico: emocional, energético, lógico e final).
2.2.1 Relações do signo com ele mesmo. 
A princípio é preciso ver apenas com os olhos, sem buscar conexões ou nomeações para a arte que estamos vendo. Como Lúcia Santaella explica em seu livro O que é semiótica temos que ter olhos de crianças, inocentes, devemos ter um olhar sem julgamentos. O que é uma grande dificuldade, pois temos medo do desconhecido e do diferente e quase que no mesmo instante que vemos algo nossa mente busca associá-la com algo que conhecemos em função do repertorio cultural que temos e já relacionamos aquele signo com algo existente (denominado na semiótica de objeto) isso não é o que se pretende nesse primeiro momento, já que vamos destrinchar a primeiridade, secundidade e a terceiridade de acordo com o signo com ele mesmo. Partindo desse principio podemos iniciar o estudo. Nesse momento analisamos as relações do signo com ele mesmo. Os quali-signos da imagem estão ligados às qualidades intrínsecas da imagem, que não deixam de ser dela, independente de que o signo seja percebido ou não. Os quali-signos então seriam as cores, formas, volumetria, profundidade e textura.

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