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Noções de Direito Processual Penal

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DIREITO PROCESSUAL PENAL
DEUSDEDY SOLANO
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL
1 Inquérito policial.
1.1. Histórico, natureza, conceito, finalidade, características, fundamento, titularidade, grau de cognição, valor 
probatório, formas de instauração, notitia criminis, delatio criminis, procedimentos investigativos, indiciamento, 
garantias do investigado.
1.2 Conclusão, prazos.
2 Prova.
2.1 Exame do corpo de delito e perícias em geral.
2.2 Interrogatório do acusado.
2.3 Confissão.
2.4 Qualificação e oitiva do ofendido.
2.5 Testemunhas.
2.6 Reconhecimento de pessoas e coisas.
2.7 Acareação.
2.8 Documentos de prova.
2.9 Indícios.
2.10 Busca e apreensão.
3 Restrição de liberdade. 
3.1 Prisão em flagrante.
3.2 Prisão preventiva. 
3.3 Lei nº 7.960/1989 (prisão temporária)
3.4 Alterações da Lei nº 12.403/2011.
4 Disposições constitucionais aplicáveis ao Direito Processual Penal.
DIREITO PROCESSUAL PENAL
TÍTULO I – PARTE GERAL
CAPÍTULO III – INQUÉRITO POLICIAL
1. CONCEITO, NATUREZA E FUNDAMENTO
É o conjunto de diligências que tem por objetivo reunir os
elementos de informação para que o órgão de acusação (Ministério
Público ou ofendido) possa ter base para dar início a ação penal.
As diligências que são os atos investigatório realizados pela
polícia investigativa incumbida das atividades de polícia judiciária
sob a presidência da autoridade policial, visa apurar o fato
criminoso (circunstância, materialidade e autoria da infração).
É a primeira fase da persecução criminal
PERSECUÇÃO CRIMINAL
(PERSECUTIO CRIMINIS)
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL 
(INQUÉRITO POLICIAL)
INSTRUÇÃO PROCESSUAL 
(AÇÃO PENAL)
Processo criminal
2. NOTÍCIA HISTÓRICA
Conforme descreve Antônio A. Machado: “o Surgimento
do inquérito no direito brasileiro se deu com a reforma processual
de 1871, por meio da Lei 2.003, cujo regulamento nº 4828, em
seu art. 42, estabelecida que o inquérito consistia : na realização
de todas as diligências necessárias para o descobrimento dos
fatos criminosos, de sua circunstância e dos seus autores de
cumplices. Por meio da reforma processual de 1871, o processo
penal brasileiro rompeu com o “policialismo judiciário” que havia
se instalado 30 anos antes, em 1841, e que atribuída funções
judiciárias à polícia. Assim, com reforma processual, a polícia
assumiu funções puramente investigatórias, desenvolvidas no
âmbito desse procedimento, que passou a se chamar inquérito
policial. (Machado, A. Alberto, Ed. Atlas, 4ª Ed. P. 88).
3. FINALIDADE DO INQUÉRITO POLICIAL.
Visa reunir os elementos de informação para que o
órgão de acusação possa subsidiar o processo que será
proposto, pois sem indícios de autoria e materialidade da
infração a peça acusatória não será recebida pelo órgão do
poder judiciário para iniciar o processo.
4. CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL
4.1 - SIGILOSIDADE – o caráter sigiloso do inquérito policial
é previsto no próprio CPP, art. 20 – enquanto o processo é
público, o inquérito corre de forma sigilosa, acessível
somente ao advogado, que dele pode tirar cópias daquilo
que já está documentado. (vide súmula vinculante nº 14 do
STF)
4.2 - INQUSITÓRIEDADE – o IP é inquisitório, ou seja, não se
admite produção de defesa em fase de inquérito, visto o
indiciado que está sendo investigado ser apenas objeto da
investigação e não um sujeito do processo, a quem ainda não
é dado o direito de ampla defesa, pois ainda não existe uma
acusação, apenas uma investigação. É certo dizer entretanto
que todo investigado é sujeito de direitos e garantias
fundamentais previstos na CF/88.
4.3 - ESCRITO – todas as peças produzidas no inquérito são
reduzidas a termo, documentadas, não havendo no
apuratório nenhuma fase oral, tendo como característica ser
escrito em face de tudo ser documentado conforme previsto
no art. 9º do CPP.
4.4 - DISPENSABILIDADE – embora útil à ação penal, não é
necessário para a instauração do processo, podendo ser
dispensado para a propositura da ação, desde que o
Ministério Público ou o ofendido possuam peças de
informação que subsidiem o oferecimento da denúncia à
queixa em juízo.
4.5 – OFISIOSIDADE – o inquérito policial pode até ser
dispensável para a propositura da ação penal, porém é a
forma normal de apuração das infrações penais e assim que
uma notícia de crime chega ao conhecimento da polícia e
presente a justa causa, a polícia tem a obrigatoriedade de
atuação na apuração da infração.
4.6 - INDISPONIBILIDADE – o inquérito é oficioso e como
visto é dispensável para a propositura da ação penal, mas
não é disponível para a polícia. Após a notícia de um crime,
a polícia instaurará o inquérito, tendo em vista ser ele
obrigatório, e uma vez instaurado, não poderá ser arquivado
pela polícia, mesmo que depois se verifica a ausência de
justa causa, pois só ao poder judiciário é dado o poder de
arquivamento de inquérito.
4.7 - INFORMATIVIDADE - o inquérito é informativo, os
elementos de informação colhidos na fase inquisitiva só
informarão o processo futuro, sendo as provas refeitas em
juízo sob o crivo do contraditório e ampla defesa. Algumas
provas são antecipadas e não podem ser refeitas, em razão
de sua natureza não repetível passará pelo contraditório
diferido.
4.8 - ADMINISTRATIVO – É fase que antecede o processo e
por isso tem natureza administrativa e não judicial, e é certo
que segue uma regra de discricionariedade na produção dos
elementos de informação, sendo mitigada esta
discricionariedade pelas requisições ministeriais.
5. NOTITIA CRIMINIS
5.1 - Notícia direta ou espontânea:
A instauração do inquérito se dá com a notícia do
crime, notitia criminis, que pode ser de cognição imediata,
conhecimento direto pela polícia através do corpo do delito,
atendimento da vítima com traumatismos ou lesões em
hospital, noticiários da mídia ou de qualquer outra forma
capaz de levar o conhecimento direto da infração à polícia,
em especial hoje a rede mundial de computadores, este tipo
de notícia é também conhecida como direta ou espontânea.
5.2 - Notícia indireta ou provocada:
A notícia de cognição mediata vem através da vítima
ou quem tenha qualidade para representa-la, por meio da
população ou por requisição do juiz ou dos membros do
Ministério Público. A notícia de cognição mediata também
pode ser chamada de provocada.
A notícia recebe a nomenclatura de delatio criminis
quando realizada pelo ofendido ou pela população nos
termos do CPP art. 20...§ 3o Qualquer pessoa do povo que
tiver conhecimento da existência de infração penal em que
caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito,
comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a
procedência das informações, mandará instaurar inquérito.
A delatio criminis pode ser simples quando existe apenas a
mera comunicação da infração ou pode ser delatio criminis
postulatória quando comunica a infração e realiza o
requerimento para o início regular da investigação criminal.
5.3 - Notitia criminis - coercitiva
É de instauração obrigatória. Temos notitia criminis
coercitiva quando junto à notícia há obrigatoriedade do
início imediato do inquérito, como o caso da prisão em
flagrante.
5.4 - Notícia anônima
A notitia criminis anônima é também conhecida como
apócrifa ou inqualificada – neste caso antes da polícia
instaurar o regular procedimento de apuração (inquérito
policial) deve a polícia realizar pesquisas com o fim de
averiguar se o fato tem verossimilhança e só instaurar o
inquérito. A notícia apócrifa, por si só, não pode dar início ao
inquérito, salvo se ela se configurar no próprio corpo de
delito (a polícia recebe provas com a materialidade da
infração).
O Supremo Tribunal Federal (STF) admite a
instauração de inquérito policial e a posterior persecução
penal fundados em delação anônima,desde que a
autoridade policial confirme, em apuração sumária e
preliminar, a verossimilhança do crime supostamente
cometido. De acordo com essa jurisprudência, uma vez
apurados indícios de possível cometimento de delito, pode
ser instaurada a persecução penal, agora baseada em fatos
que se sustentam independentemente do relato anônimo
(HC 106.664).
As autoridades públicas não podem iniciar qualquer
medida de persecução (penal ou disciplinar), apoiando-se,
unicamente, para tal fim, em peças apócrifas ou em escritos
anônimos. É por essa razão que o escrito anônimo não
autoriza, desde que isoladamente considerado, a imediata
instauração de “persecutio criminis”. - Peças apócrifas não
podem ser formalmente incorporadas a procedimentos
instaurados pelo Estado, salvo quando forem produzidas
pelo acusado ou, ainda, quando constituírem, elas próprias,
o corpo de delito (como sucede com bilhetes de resgate no
crime de extorsão mediante sequestro, ou como ocorre com
cartas que evidenciem a prática de crimes contra a honra, ou
que corporifiquem o delito de ameaça ou que materializem
o “crimen falsi”, p. ex.) (STF – HCA 97197).
6. TITULARIDADE - REALIZAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL
6.1 - REALIZAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL
POLÍCIA JUDICIÁRIA E POLÍCIA INVESTIGATIVA
Ao analisar o texto constitucional (CF/88) a doutrina indica serem
polícias judiciárias em sentido amplo (a polícia federal e as polícias civis dos
Estados) . E apesar do nosso CPP em seu artigo 4º, se referir somente à polícia
judiciária, a Constituição Federal distingue a polícia judiciária de polícia
investigativa, em seu art. 144.
CF – 1988 - CAPÍTULO III - DA SEGURANÇA PÚBLICA
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de
todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente,
organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se
a:
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em
detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades
autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja
prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija
repressão uniforme, segundo se dispuser em lei; ...
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.
§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e
mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da
lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais.
§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e
mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da
lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de
carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as
funções de polícia judiciária e a apuração de infrações
penais, exceto as militares.
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a
preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros
militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a
execução de atividades de defesa civil.
§ 6º As polícias militares e corpos de bombeiros militares,
forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se,
juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
Conclui-se que a atividade de Polícia Judiciária em sentido
amplo (art. 144§ 1§, IV e § 4º) é exercida, em regra, pelas Polícias Civis
e pela Polícia Federal e se subdividem assim:
Como polícia Judiciária em sentido estrito, quando do
cumprimentos de requisições judiciais, exercendo atividade tipicamente
judicial a qual não se confunde com atividade jurisdicional que somente
pode ser exercida por órgão Jurisdicional e Polícia investigativa (quando
da apuração das infrações penais), assim as atribuições mais uma vez se
verifica como sendo das polícias civis e federal no exercício da atividade
de polícia investigativa com vista a apuração de crimes e contravenções
penais, cabendo exclusivamente ao Delegado de Polícia a instauração e
presidência dos inquéritos policiais.
O papel de polícia investigava, em regra, é das polícias civis e
federais, salvo se a lei conferir a outro órgão o poder de investigação,
vale ressaltar que a Constituição de 1988 não estabeleceu qualquer
exclusividade para o exercício de polícia investigativa.
INVESTIGAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL E POLÍCIA CIVIL
A investigação de infrações penais de qualquer
natureza: federal, de maior ou de menor potencial ofensivo,
nos termos da Lei Federal 12.830/13 é de responsabilidade
dos delegados de polícia de carreira. “ Art. 1o Esta Lei
dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo
delegado de polícia.
Art. 2o As funções de polícia judiciária e a apuração de
infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são de
natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado.
§ 1o Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a
condução da investigação criminal por meio de inquérito policial ou
outro procedimento previsto em lei, que tem como objetivo a apuração
das circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações penais. §
2o Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia a
requisição de perícia, informações, documentos e dados que interessem
à apuração dos fatos.
§ 3o (VETADO).
§ 4o O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em
curso somente poderá ser avocado ou redistribuído por superior
hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse
público ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos
em regulamento da corporação que prejudique a eficácia da
investigação.
§ 5o A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente por
ato fundamentado.
§ 6o O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-
se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-
jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e
suas circunstâncias.”
6.2 - INQUÉRITOS EXTRAPOLIAIS
a) INVESTIGAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
A investigação não é exclusiva das polícias judiciárias, pois o MP
pode investigar em situações excepcionais conforme decisão do STF (RE
593.727). Ministério Público dispõe de competência para promover, por
autoridade própria, respeitados os direitos e garantias que assistem a
qualquer indiciado ou a qualquer pessoa sob investigação do Estado,
observadas, sempre, por seus agentes, as hipóteses de reserva
constitucional de jurisdição e, também, as prerrogativas profissionais de
que se acham investidos, em nosso País. Supremo Tribunal Federal (STF)
reconheceu a legitimidade do Ministério Público (MP) para promover,
por autoridade própria, investigações de natureza penal e fixou os
parâmetros da atuação do MP (RE 593727 –STF -2015).
b) INVESTIGAÇÃO DA POLÍCIA LEGISLATIVA
Conforme descreve a Súmula 397 do Supremo
Tribunal Federal - "o poder de polícia da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal, em caso de crime cometido
nas suas dependências, compreende, consoante o
regimento, a prisão em flagrante do acusado e a realização
do inquérito."
A polícia legislativa, poderá instaurar um inquérito policial,
presidido por um funcionário formado em direito, para
apurar infrações ocorridas exclusivamente dentro da Casa,
com base no Código de Processo Penal e nos regulamentos
policiais do Distrito Federal.
c) INVESTIGAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR E DAS FORÇAS
ARMADAS
Estas instituições têm o papel de investigação para os
crimes ditos militares (exercendo as funções de polícia
investigativa e judiciária militar).Realização de termo circunstanciado de ocorrência
pela Polícia Militar o tema não é pacificado, mas já há
estados da federação com regulamentação desta atividade.
d) INVESTIGAÇÃO DA COMISSÕES PARLAMENTARES DO
INQUÉRITO.
O poder legislativo em todos as esferas territoriais
(federal, estadual e municipal) tem poder para instaurar CPI’s
para apurar infrações penais com repercussão em suas
respectivas áreas circunscricionais.
7. INICIO DO INQUÉRITO POLICIAL
A instauração por portaria ou auto de prisão em flagrante é
feita pela autoridade policial
a) De ofício – nos casos de ação penal pública incondicionada, ou seja,
a notícia chega de forma direta à autoridade policial. Por exemplo, a
localização de um cadáver; o delegado de ofício, sem nenhuma
provocação, irá dar início ao inquérito, por se tratar de crime de ação
penal pública incondicionada.
b) mediante requisição - O juiz e o Ministério Público
poderão requisitar a instauração do inquérito policial, neste
caso, a autoridade policial deverá instaurar o IP.
c) por requerimento – O ofendido, ou quem tem qualidade
para representa-lo pode requerer a instauração de inquérito
em relação a qualquer crime, seja de ação pública ou
privada. O requerimento pode ser a forma para a polícia
instaurar inquérito nos crimes de ação pública. Mas é a única
forma nos crimes de ação privada. Antes de instaurar a
polícia faz análise de justa causa.
d) Mediante representação do ofendido ou de quem tenha
qualidade para representa-lo - quando o crime for de ação
pública condicionada, o delegado só pode instaurar o IP
mediante a representação da vítima ou de seu representante
legal.
8. DILIGÊNCIAS INVESTIGATIVAS
São os procedimentos investigativos, sendo que, após
tomar conhecimento da infração, deverá a autoridade
policial, segundo descreve o CPP, se dirigir ao local do fato,
apreender objetos relacionados ao crime, ouvir todas as
pessoas envolvidas, determinar o reconhecimento de
pessoas e coisas, bem como determinar, quando interessar à
prova, a reconstituição de crime, desde que não atente
contra a moralidade e a ordem pública. Serão realizados
exames e perícias técnicas, dentre outras diligências legais e
aptas à solução da infração penal.
Segundo descreve o CPP (art. 22) - no Distrito Federal e nas
comarcas em que houver mais de uma circunscrição policial, a
autoridade com exercício em uma delas poderá, nos inquéritos a que
esteja procedendo, ordenar diligências em circunscrição de outra,
independentemente de precatórias ou requisições, e bem assim
providenciará, até que compareça a autoridade competente, sobre
qualquer fato que ocorra em sua presença, noutra circunscrição.
Diligências que afetam reservas constitucionais : Quando for
necessário, para elucidação do fato, diligências que atinjam as
reservas constitucionais, tais como quebra de sigilos bancários ou
telefônicos, buscas domiciliares, prisões provisórias ou
interceptações telefônicas, a autoridade policial só poderá realizá-
las, sob pena de vício e ilegalidade, com prévia determinação
judicial, podendo a autoridade policial representar ao judiciário
pela expedição dos mandados judiciais.
Diligências requeridas pelos envolvidos: o investigado, o
ofendido poderão solicitar qualquer diligência, porém a realização
é discricionária da autoridade policial. (art. 14 CPP).
Diligências requisitadas pelo Juiz ou pelo Ministério Público:
deverão ser atendidas pela autoridade policial.
CPP - Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração
penal, a autoridade policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o
estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos
criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) (Vide
Lei nº 5.970, de 1973)
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após
liberados pelos peritos criminais; (Redação dada pela Lei nº
8.862, de 28.3.1994)
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do
fato e suas circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do
disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o
respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe
tenham ouvido a leitura;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito
e a quaisquer outras perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se
possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista
individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e
estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer
outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu
temperamento e caráter.
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e
se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual
responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.
(Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido
praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder
à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a
moralidade ou a ordem pública.
DILIGÊNCIAS NOS CASOS DE CRIMES QUE ENVOLVEM A
PRIVAÇÃO DA LIBERDADE INDIVIDUAL.
Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A,
no § 3º do art. 158 e no art. 159 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069,
de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), o
membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá
requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas
da iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou
de suspeitos. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)
Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de 24
(vinte e quatro) horas, conterá:
I - o nome da autoridade requisitante;
II - o número do inquérito policial; e
III - a identificação da unidade de polícia judiciária responsável
pela investigação.
Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos
crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o membro do
Ministério Público ou o delegado de polícia poderão
requisitar, mediante autorização judicial, às empresas
prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática
que disponibilizem imediatamente os meios técnicos
adequados – como sinais, informações e outros – que
permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito
em curso. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)
§ 1o Para os efeitos deste artigo, sinal significa
posicionamento da estação de cobertura, setorização e
intensidade de radiofrequência
§ 2o Na hipótese de que trata o caput, o sinal:
I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de
qualquer natureza, que dependerá de autorização judicial,
conforme disposto em lei;
II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia móvel
celular por período não superior a 30 (trinta) dias, renovável
por uma única vez, por igual período;
III - para períodos superiores àquele de que trata o inciso II,
será necessária a apresentação de ordem judicial.
§ 3o Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial
deverá ser instaurado no prazo máximo de 72 (setenta e
duas) horas, contado do registro da respectiva ocorrência
policial.
§ 4o Não havendo manifestação judicial no prazo de 12
(doze) horas, a autoridade competente requisitará às
empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou
telemática que disponibilizem imediatamente os meios
técnicos adequados – como sinais, informações e outros –
que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do
delito em curso, com imediata comunicação ao juiz.
9. INDICIAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DO INVESTIGADO
Indiciamento desuspeitos: Segundo descrece a Lei
Federal 12.830/2013 o indiciamento é ato privativo do
presidente do inquérito policial que é a autoridade policial.
Art. 2º § 6o O indiciamento, privativo do delegado de polícia,
dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-
jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e
suas circunstâncias.
A identificação do indiciado atenderá ao princípio
constitucional previsto no artigo 5º, inc. LVIII da CF, ou seja, a
pessoa identificada civilmente não o será criminalmente,
atendidas às disposições legais. A Lei nº 12.037/2009, que
regula a identificação criminal do indiciado, autoriza a
identificação criminal quando, por exemplo, o indiciado
não for identificado, não comprovar a identificação ou o
documento apresentado estiver com os dados
comprometidos em razão da precariedade do documento
apresentado, bem como aparência de falsificação, ou, ainda,
conste de registros policiais o uso de outros nomes ou
diferentes qualificações.
10. PRAZO PARA CONCLUSÃO DAS INVESTIGAÇÕES
No caso de indiciado preso, o prazo para conclusão do
inquérito é de 10 dias, se o indiciado estiver solto o prazo é de 30
dias, podendo ser prorrogado pelo juiz caso existam diligências
necessárias para a conclusão ainda não realizadas no prazo inicial.
No caso de crimes apurados pela polícia federal, o prazo será de 15
dias prorrogáveis por mais 15 dias (Lei nº 5010/1966), estando o
indiciado preso e de 30 dias prorrogável estando o indiciado solto.
A Lei nº 11343/2006 – Lei de Drogas – prevê que estando o
indiciado preso a autoridade policial, terá o prazo de 30 dias para
concluir o IP que podem ser prorrogados por mais 30 dias para
conclusão, caso necessário, por extrema e comprovada
necessidade, e no caso de indiciado solto, o prazo será de 90 dias
prorrogáveis por mais 90 dias. Crimes contra a economia popular
estabelecidos na Lei. 1.521/51 terá o prazo de 10 dias para
conclusão.
11. Incomunicabilidade de preso
A incomunicabilidade do preso provisório poderá ser
decretada pela autoridade judiciária por até três dias, não
sendo atingido com essa medida o advogado do preso, que
poderá se comunicar com ele por previsão no estatuto da
OAB. A doutrina dominante entende que a
incomunicabilidade não foi recepcionada pela constituição
de 1988, estando então a mesma revogada.
12. CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL
Após a realização das diligências a autoridade policial
concluirá o inquérito com o relatório final, minucioso, o do que
tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente. No
relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não
tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser
encontradas.
O juiz abrirá vistas ao Ministério Público para
manifestação, podendo o órgão do MP: oferecer a denúncia
ao poder judiciário contra o indiciado, que se tornará
acusado formando sua opinio delicti, iniciando a ação penal.
Se existir alguma diligência imprescindível ao oferecimento
da denúncia o MP poderá devolver à autoridade policial para
realização da diligência julgada imprescindível voltando a
contar o prazo para nova manifestação do MP quando do
retorno dos autos do inquérito.
Por fim, o MP, poderá requer o arquivamento do
inquérito policial, fundamentando seu requerimento.
13. ARQUIVAMENTO DE INQUÉRITO POLICIAL
A autoridade policial não poderá determinar o
arquivamento de inquérito policial, apenas de notícia, quando não
existir justa causa para instauração do IP, porém, se o inquérito for
instaurado, mesmo sem justa causa, somente a autoridade
judiciária poderá determinar o seu arquivamento.
O arquivamento se dará por requerimento do Ministério
Público, que é acolhido pelo juiz que determina o arquivamento.
Se o juiz não concordar com o requerimento de arquivamento
feito pelo MP, encaminhará os autos do inquérito policial ao
Procurador-Geral que irá decidir se denuncia, se indica outro
membro do MP para denunciar ou se insiste no arquivamento. O
membro do MP indicado pelo Procurador para denunciar será
obrigado a fazê-lo. E caso o Procurador-Geral insista no
arquivamento o juiz é obrigado a arquivar.
Se o inquérito estiver arquivado, só poderá ser
desarquivado caso surjam novas provas.
A autoridade policial poderá proceder a novas
pesquisas, mesmo se o inquérito estiver arquivado, sempre
que tiver conhecimento de alguma prova nova, a qual
poderá ensejar o desarquivamento do IP.
CASOS EM QUE O ARQUIVAMENTO FAZ COISA JULGADA
MATERIAL
Se o pedido de arquivamento houver sido feito por
prescrição do crime ou qualquer outra causa extintiva de
punibilidade, ou ainda porque o fato não constitui crime, ou
seja, é atípico; mesmo com surgimento de novas provas, a
decisão judicial faz coisa julgada e não poderá haver o
desarquivamento do inquérito policial.
Arquivamento implícito é o fenômeno verificado
quando o MP, titular da ação penal pública, deixa de incluir
na denúncia algum fato investigado, considerado como de
natureza objetiva, ou deixar de incluir na inicial acusatória
algum dos indiciados, considerado neste caso de natureza
subjetiva. O MP apenas se omite, sem justificação ou
expressa manifestação desta inércia. O arquivamento
implícito se completa quando o juiz a quem for oferecida a
inicial não se pronunciar com relação à inércia do MP.
Este arquivamento . não foi agasalhado pela
jurisprudência brasileira (Inf. 562-S.T.F).
arquivamento indireto se dá quando o Ministério Público
declina da sua atribuição, ou seja, declara-se incompetente
como titular da ação Nesta hipótese poder-se-á ter duas
possíveis decisões do juiz: concordar com o Ministério Público,
e determinar a remessa a Justiça competente ou não concordar
com o Ministério Público, aplicando-se a regra do art. 28 do
CPP.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. (2018 – CESPE – EBSERH – Advogado) Quanto ao inquérito
policial, à ação penal, às regras de fixação de competência e
às disposições processuais penais relacionadas aos meios de
prova, julgue o item a seguir.
A denúncia anônima de fatos graves, por si só, impõe a
imediata instauração de inquérito policial, no âmbito do qual a
autoridade policial deverá verificar se a notícia é materialmente
verdadeira.
RESPOSTA: E
2. (IADES – TRE – PA – Analista – Área Judiciária) O inquérito
policial é um procedimento administrativo de investigação, a
cargo das Polícias Judiciárias estaduais e federal, com a
finalidade precípua de subsidiar as futuras ações penais,
públicas ou privada. Acerca do tema inquérito policial, é
correto afirmar que
a) O inquérito policial é imprescindível ao ajuizamento da ação
penal.
b) É caderno investigativo tem como característica marcante o
contraditório.
c) O delegado de polícia, na condição de presidente do
inquérito policial, pode solicitar o arquivamento caso não
vislumbre qualquer linha de investigação.
d) Sendo a ampla defesa um direito constitucionalmente
consagrado, inclusive daquele que acabou de ser preso,
caberá ao delegado de polícia velar pela preservação desse
direito no inquérito policial.
e) O ato de indiciamento é privativo do delegado de polícia,
não podendo o órgão ministerial imiscuir-se em tal questão
RESPOSTA: E
3. (2018 – CESPE – STJ - Analista Judiciário - Área Judiciária)
Acerca do inquérito policial, do acusado e seu defensor e da
ação penal, julgue o item que se segue. Em se tratando de
crimes que se processam mediante ação penal pública
incondicionada, o inquérito policial poderá ser instaurado de
ofício pela autoridade policial.
RESPOSTA: C
4. (2016 – IADES - PC-DF - Perito Criminal) A Polícia é uma
instituição de direito público, destinada a manter e a recobrar,
junto à sociedade e na medida dos recursos de que dispõe, a
paz pública e a segurança dos cidadãos. Entre outras medidas,
a Polícia Judiciária utiliza-se do inquérito policial para aconcretização de uma das fases da persecução penal,
tornando-o, apesar de prescindível, um procedimento
inquisitorial de grande relevância para a atividade
investigativa. Com base nessas informações, acerca do
inquérito policial, assinale a alternativa correta.
a) A autoridade policial pode arquivar autos de inquérito
policial, conforme o Código de Processo Penal.
b) A ausência do relatório vicia o inquérito policial, pois é parte
integrante e imprescindível para a constituição dos elementos
de indiciamento.
c) A condução da linha investigativa, por meio da intervenção
nos atos de produção da prova pelo advogado, afeta a
discricionariedade da autoridade policial.
d) A autoridade policial é titular da opinio delicti, portanto, o
indiciamento delimita os termos da acusação.
e) O inquérito policial é disponível, portanto, conforme o
Código de Processo Penal, a autoridade policial pode
arquivá-lo por iniciativa própria.
RESPOSTA: C
5. (2018 – CESPE – STJ - Técnico Judiciário - Área
Administrativa) No que se refere aos tipos de prisão e aos
meios processuais para assegurar a liberdade, julgue o
seguinte item.
Situação hipotética: Pedro teve a prisão temporária decretada
no curso de uma investigação criminal. Ao final de cinco dias, o
Ministério Público requereu a conversão de sua segregação em
prisão preventiva. Assertiva: Nessa situação, o prazo para o
término do inquérito policial será contado da data em que a
prisão temporária tiver sido convertida em prisão preventiva.
RESPOSTA: C
6. (2018 - CESPE - ABIN - Oficial Técnico de Inteligência - Área
de Direito) A respeito do inquérito policial, julgue o item
seguinte. É vedado à autoridade policial negar ao defensor do
investigado o acesso a documentos e outros elementos de
prova constantes dos autos de inquérito policial.
RESPOSTA: C
Vide súmula vinculante nº 14 - (É direito do defensor,
no interesse do representado, ter acesso amplo aos
elementos de prova que, já documentados em procedimento
investigatório realizado por órgão com competência de
polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de
defesa.)
7. (2018 – IADES – PMDF – Soldado Policial Militar Combatente) No que
se refere à notitia criminis e à delatio criminis no inquérito policial em
crimes de ação penal pública incondicionada, assinale a alternativa
correta
a) Notitia criminis indireta é verificada quando o próprio delegado
investiga, por qualquer meio, e descobre um fato-crime, devendo apura-
lo
b) delatio criminis inquisitorial intercorre quando o próprio juiz procede
à investigação.
c) Notitia criminis direta acontece quando a vítima provoca a atuação do
delegado, bem como quando o promotor ou juiz requisitam tal atuação.
d) delatio criminis ocorre quando qualquer pessoa do povo comunica à
autoridade policial, ou membro do Ministério Público, ou juiz, acerca da
ocorrência da infração penal.
e) delatio criminis indireta cumpre-se quando a autoridade policial
investiga, por qualquer meio, e descobre um fato-crime, devendo apura-
lo.
RESPOSTA: D
8. (2018 - CESPE - PC-MA - Delegado de Polícia) Uma
autoridade policial determinou a instauração de inquérito
policial para apurar a prática de suposto crime de homicídio.
Entretanto, realizadas as necessárias diligências, constatou-se
que a punibilidade estava extinta em razão da prescrição.
Nessa situação, poderá ser impetrado habeas corpus com o
objetivo de trancar o inquérito policial.
RESPOSTA: C
O trancamento da persecução criminal é admissível quando
demonstrada a falta de justa causa (materialidade do crime e
indícios de autoria), a atipicidade da conduta e extinção de
punibilidade. (Jurisprudência em teses nº 36 - S.T.J.)
9. (2018 - CESPE - PC-MA - Delegado de Polícia -) De acordo com
as legislações especiais pertinentes, o inquérito policial deve ser
concluído no
a) prazo comum de quinze dias, estando o indiciado solto ou
preso, nos casos de crimes de tortura.
b) mesmo prazo estipulado para a apreciação das medidas
protetivas, nos casos de crimes previstos na Lei Maria da Penha.
c) prazo comum de dez dias, estando o indiciado solto ou preso,
nos casos de crimes contra a economia popular.
d) prazo de trinta dias, se o indiciado estiver solto, e de quinze
dias, se ele estiver preso, de acordo com a Lei de Drogas.
e) prazo de quinze dias, se o crime for de porte ilegal de arma de
fogo de uso restrito, conforme o Estatuto do Desarmamento.
RESPOSTA: C
10. (2018 – CESPE - PC-MA - Perito Criminal) A respeito
do inquérito policial, assinale a opção correta.
a) O inquérito policial poderá ser iniciado apenas com
base em denúncia anônima que indique a ocorrência do
fato criminoso e a sua provável autoria, ainda que sem a
verificação prévia da procedência das informações.
Errada - S.T.F. - antes de instaurar o regular
procedimento - Deve ser feita análise previa que
comprove a existência da Infração penal e só então
instaurar o procedimento
b) Contra o despacho da autoridade policial que
indeferir a instauração do inquérito policial a
requerimento do ofendido caberá reclamação ao
Ministério Público.
Errada – CPP - Art. 5º - § 2o Do despacho que
indeferir o requerimento de abertura de inquérito
caberá recurso para o chefe de Polícia
c) Sendo o inquérito policial a base da denúncia, o
Ministério Público não poderá alterar a classificação do
crime definida pela autoridade policial.
Errada - O M.P. é o titular da ação e por isso como
dominus litis faz a classificação que entender
configurada no caso apresentado na investigação após
formação de sua opinio deliti.
d) O inquérito policial pode ser definido como um
procedimento administrativo pré-processual
destinado à apuração das infrações penais e da
sua autoria.
Certa - é uma sucinta definição do inquérito.
e) Por ser instrumento de informação pré-processual, o
inquérito policial é imprescindível ao oferecimento da
denúncia.
Errada - Art. 39... § 5o O órgão do Ministério Público
dispensará o inquérito, se com a representação forem
oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação
penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de
quinze dias.
RESPOSTA: D
11. (2018 – CESPE - PC-MA - Investigador de Polícia Civil) A
respeito do inquérito policial, assinale a opção correta.
a) No Brasil, a jurisprudência é pacífica quanto a acolher o
arquivamento do inquérito policial de forma implícita.
Errado - O arquivamento implícito é o fenômeno verificado
quando o MP, titular da ação penal pública, deixa de incluir na
denúncia algum fato investigado, considerado como de natureza
objetiva, ou deixar de incluir na inicial acusatória algum dos
indiciados, considerado neste caso de natureza subjetiva. O MP
apenas se omite, sem justificação ou expressa manifestação desta
inércia. O arquivamento implícito se completa quando o juiz a
quem for oferecida a inicial não se pronunciar com relação à
inércia do MP. Este arquivamento . não foi agasalhado pela
jurisprudência brasileira (Inf. 562-S.T.F).
b) No ordenamento nacional, não há previsão de recurso de
ofício contra ato de arquivamento de inquérito policial.
Errada – Em regra o recurso é incabível, entretanto a Lei
1.521/51 – traz a obrigatoriedade de recurso de ofício do
arquivamento de inquérito policial.
c) Em caso de atipicidade da conduta, é possível o
trancamento do inquérito policial via habeas corpus.
Certa - O trancamento da persecução criminal é admissível
quando demonstrada a falta de justa causa (materialidade
do crime e indícios de autoria), a atipicidade da conduta e
extinção de punibilidade. (Jurisprudência em teses nº 36 -
S.T.J.)
d) O inquérito policial é parte necessária da ação penal.
Errada - Art. 39... § 5o O órgão do Ministério Público dispensará o
inquérito, se com a representação forem oferecidos elementos que
o habilitem a promover aação penal, e, neste caso, oferecerá a
denúncia no prazo de quinze dias.
e) O indiciamento pode ser realizado por membro do Ministério
Público, mesmo sem a participação de autoridade policial.
Errada - Segundo descrece a Lei Federal 12.830/2013 o
indiciamento é ato privativo do presidente do inquérito policial que
é a autoridade policial. Art. 2º § 6o O indiciamento, privativo do
delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante
análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria,
materialidade e suas circunstâncias.
12. (2017 – IADES – PMDF – Oficial Militar - Capelão) O inquérito
policial é o conjunto de diligências realizadas pela autoridade
policial para a obtenção de elementos que apontem a autoria e
comprovem a materialidade das infrações penais investigadas,
subsidiando, assim o Ministério Público e o ofendido no
oferecimento da denúncia ou queixa-crime. É características do
inquérito policial o (a):
a) contraditório
b) oficiosidade
c) disponibilidade
d) indispensabilidade
e) arbitrariedade
RESPOSTA: B
DAS PROVAS NO PROCESSO
DAS PROVAS NO PROCESSO
1. Disposições gerais 
Prova é todo ato, conjunto de atos, circunstância ou
fato que tem por objetivo demonstrar e reconhecer a
verdade do que existe ou ocorreu, visando orientar o
convencimento do órgão julgador.
2. FATOS QUE INDEPENDEM DE PROVA
a) Os axiomáticos, ou seja, evidentes. Não há
necessidade de provar por meio de documentos,
testemunhas ou exames que uma criança de cinco anos é
inimputável, pois a sua compleição física nesta idade
demonstra de forma evidente sua menoridade.
b) Os notórios, ou seja, de domínio público. Não há
necessidade de provar por meio de documentos que dia 25
de dezembro é Natal; ou que o fogo queima.
c) Os presumidos, ou seja, aqueles que legalmente
estão previstos como incontestáveis, por exemplo manter
relação sexual com menor de 14 anos é sempre de forma
violenta, ainda que a menor consinta, pois a violência contra
ela é de fato legalmente presumida.
3. VALORAÇÃO DA PROVA
O Princípio de valoração da prova é o da persuasão
racional ou livre convencimento fundamentado. Segundo o
Código de Processo Penal o juiz formará sua convicção pela livre
apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não
podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos
informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas
cautelares, não repetíveis e antecipadas.
O sistema de avaliação da persuasão racional é uma
espécie de método misto, pois dá ao juiz o direito de decidir de
acordo com seu livre convencimento, mas com a necessidade de
fundamentar, motivar cada ato decisório, extraindo sua convicção
das provas e não de sua opinião pessoal. Algumas provas são
plenas outras indiciárias.
Obs.: A decisão do tribunal do júri que tem competência
para os julgamentos dos crimes dolosos contra a vida segue
o sistema de íntima convicção (certeza moral) . ( CF/88 – Art.
5º, XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a
organização que lhe der a lei, assegurados: a) a plenitude de
defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos
veredictos; d) a competência para o julgamento dos crimes
dolosos contra a vida).
4. ÔNUS E FORMA DE PRODUÇÃO DAS PROVAS
O ônus da prova cabe a quem alega, ou seja, o dever de
provar a argumentação feita é do detentor dessa
argumentação feita., pois conforme descreve o CPP, pois a
prova da alegação incumbirá a quem a fizer.
Todas as provas produzidas no processo se dirigem ao juiz,
pois será ele que se convencerá a respeito da verdade de das
alegações em litígio.
As provas serão produzidas de acordo com as regras
estabelecidas no processo penal e somente quanto ao
estado das pessoas serão observadas as restrições
estabelecidas na lei civil. (CPP - Art. 155, par. Único).
Um consectário do princípio do contraditório é o
princípio da ampla defesa que é destinado ao réu, para
também ser obedecido o princípio da paridade de armas.
5. VEDAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE PROVAS ILÍCITAS
O Código de Processo Penal prevê expressamente ser
proibida a utilização de prova obtida de forma ilícita, bem
como as provas dela derivadas, ou seja, prova ilícita por
derivação (teoria da árvore dos frutos envenenados). Caso
uma prova tenha sido considera ilegal e a decisão tenha
transitado em julgado, haverá o desentranhamento da prova
dos autos e consequente destruição. A Constituição, no art.
5º, LVI, estatui que “são inadmissíveis, no processo, as provas
obtidas por meios ilícitos”.
A doutrina brasileira, tradicionalmente, considera que
as provas colhidas com afronta à lei podem ser do gênero
ilegal, cujas espécies são:
a) Ilícitas: provas ilícitas seriam aquelas colhidas com afronta
à uma lei material.
b) Ilegítimas:provas ilegítimas seriam aquelas colhidas com
afronta à uma lei processual.
No entanto a reforma ao CPP produziu efeitos sobre esse
conceito da doutrina. A Lei n. 11.690/2008 modificou o art. 157
do CPP, para regulamentar o art. 5º, LVI, da CF. CPP - Art. 157. São
inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas
ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas
constitucionais ou legais.
§1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas,
salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas
e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma
fonte independente das primeiras.
§2º Considera-se fonte independente aquela que por si só,
seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação
ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da
prova. (Incluído pela Lei n. 11.690, de 2008)
§3º Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada
inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às
partes acompanhar o incidente
- SERENDIPIDADE - quando a prova for obtida ao acaso de
forma fortuita será válida, quando houver relação de
conexão ou continência ou até mesmo um crime autônomo
quando de uma conduta lícita do agente público. Segundo
o STF – (habeas corpus 129.678/SP). Não é ilícita a
utilização de prova colhida sobre determinado crime
durante interceptação telefônica instaurada para investigar
delito diverso: Ex.: indícios de homicídio qualificado
obtidos em interceptação telefônica determinada para
apurar o crime de tráfico de drogas.)
6 - PROVA EMPRESTADA
Prova produzida em um processo usada em outro -
STJ - A jurisprudência é firme na compreensão de que
admite-se, como elemento de convicção, a prova produzida
em outro processo, desde que a parte a quem a prova
desfavorece houver participado do processo em que ela foi
produzida, resguardando-se, assim o contraditório, e, por
consequência, o devido processo legal substancial. Em
consonância com os preceitos legais, não há falar em decreto
de nulidade ( Agr. em HC 289.078, 6ª T., 15.12.2016)
TIPOS DE PROVA - QUANTO A FORMA
a) Testemunhal
b) Documental
c) Pericial - material
EXERCÍCIOSD DE FIXAÇÃO
1. (2018 – FUMARC - PC-MG - Delegado de Polícia) Em
matéria de provas no processo penal, é CORRETO afirmar:
a) A absolvição independe de o acusado provar o alegado.
CORRETA: por força do princípio da presunção de
inocência, o ônus é da acusação, cabe a acusação provar a
culpa, excepcionalmente, é ônus da defesa a prova da
existência de excludentes, sendo possível a absolvição do
réu se simplesmente houver fundada dúvida acerca da
existência de tais excludentes, pela presunção de inocência.
b) A declaração de ilicitude de uma prova necessariamente
implica nulidade absoluta de todo o processo.
ERRADA: a nulidade será da prova e não do processo como
disposto na assertiva.
c) A prova testemunhal não poderá ser determinada de
ofício pelo juiz.
ERRADA: - CPP - Art. Art. 156. A prova da alegação
incumbirá a quem a fizer, sendo,porém, facultado ao juiz
de ofício: II – determinar, no curso da instrução, ou antes
de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir
dúvida sobre ponto relevante E CPP 209 - O juiz, quando
julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas, além
das indicadas pelas partes.
d) Não há contaminação da prova quando ficar evidenciado
seu nexo causal com a prova originária.
ERRADO - Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser
desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim
entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais
ou legais. ... § 1o São também inadmissíveis as provas
derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo
de causalidade entre umas e outras, ou quando as
derivadas puderem ser obtidas por uma fonte
independente das primeiras.
2. (2018 – VUNESP - PC-SP - Escrivão de Polícia Civil) A respeito
das provas, disciplinadas nos artigos 155 a 250 do Código de
Processo Penal, analise as duas assertivas a seguir.
1. O juiz, no ordenamento brasileiro, não pode determinar a
produção de prova, de ofício. A atividade probatória é de iniciativa
das partes, cabendo ao juiz deferi-las ou indeferi-las, tendo em
vista a pertinência.
ERRADO: Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a
fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: I – ordenar,
mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada
de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a
necessidade, adequação e proporcionalidade da medida; II –
determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença,
a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto
relevante.
2. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da
prova produzida judicialmente em contraditório e nos
elementos informativos colhidos no curso do inquérito
policial que, inclusive, poderão fundamentar exclusivamente
a decisão.
ERRADO – CPP - Art. 155. O juiz formará sua convicção pela
livre apreciação da prova produzida em contraditório
judicial, não podendo fundamentar sua decisão
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na
investigação, ressalvadas as provas cautelares, não
repetíveis e antecipadas
10. (2018 – CESPE – EBSERH – Advogado) Quanto ao
inquérito policial, à ação penal, às regras de fixação de
competência e às disposições processuais penais
relacionadas aos meios de prova, julgue o item a seguir. Para
provar a materialidade do crime de homicídio, é
indispensável o laudo de exame cadavérico, que não poderá
ser suprido pela confissão do acusado.
ERRADO - CPP Art. 158. Quando a infração deixar
vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito,
direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do
acusado.
12. (2018 - MPE-MS - Promotor de Justiça) Leia os enunciados a
seguir. A sentença de pronúncia pode ser fundamentada em
indícios da autoria surgidos, de forma fortuita, durante a
investigação de outros crimes no decorrer da interceptação
telefônica determinada por juiz diverso daquele competente para
o julgamento da ação principal.
- SERENDIPIDADE - quando a prova for obtida ao acaso de forma
fortuita será válida, quando houver relação de conexão ou
continência ou até mesmo um crime autônomo quando de uma
conduta lícita do agente público. (STF - habeas
corpus 129.678/SP.-Não é ilícita a utilização de prova colhida
sobre determinado crime durante interceptação telefônica
instaurada para investigar delito diverso: Ex.: indícios de
homicídio qualificado obtidos em interceptação telefônica
determinada para apurar o crime de tráfico de drogas.)
24. (2017 – CESPE - TJ-PR - Juiz de Direito) Considerando os
princípios que norteiam o interrogatório do acusado e os
requisitos para a realização desse ato, assinale a opção - O
exercício do direito ao silêncio não gera presunção de
culpabilidade para o acusado, tampouco pode ser
interpretado em prejuízo da defesa.
RESPOSTA: C
22. (2018 – CESPE - STJ - Técnico Judiciário - Área
Administrativa) Acerca do ônus da prova, julgue o próximo
item. A exigência de realização do exame de corpo de delito
no caso de infrações que deixem vestígios pode ser
dispensada na hipótese de confissão do acusado.
ERRADO – CPP - Art. 158. Quando a infração deixar
vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito,
direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do
acusado
23. (2017 – CESPE – DPU - Defensor Público) Acerca dos
sistemas de apreciação de provas e da licitude dos meios
de prova, julgue o item subsequente.
Situação hipotética: Arnaldo, empresário, gravou, com seu
telefone celular, uma ligação recebida de fiscal ligado a uma
autarquia a respeito da liberação de empreendimento da
sociedade empresária da qual Arnaldo era sócio. Na
conversa gravada, o fiscal exigiu para si vantagem financeira
como condição para a liberação do
empreendimento. Assertiva: Nessa situação, de acordo com
o STF, o referido meio de prova é ilícito por violar o direito à
privacidade, não servindo, portanto, para embasar ação
penal contra o fiscal.
RESPOSTA: E
(2019 – INSTITUTO AOCP – PC-ES – Escrivão de Polícia) Em
relação às provas no Processo Penal, assinale a alternativa
correta.
a) Em hipótese alguma, o juiz poderá fundamentar sua
convicção em elementos informativos colhidos na
investigação.
b) Caso o contraditório e a ampla defesa tenham sido
garantidos no inquérito policial, o juiz poderá fundamentar
sua convicção exclusivamente em elementos informativos
colhidos na investigação.
c) O juiz poderá fundamentar sua decisão em elementos
informativos colhidos na investigação, desde que a decisão
tenha espeque apenas em provas cautelares.
d) O juiz poderá fundamentar sua decisão em elementos
informativos colhidos na investigação, desde que a decisão
tenha espeque em apenas provas cautelares, não repetíveis.
e) O juiz poderá fundamentar sua decisão em elementos
informativos colhidos na investigação, desde que a decisão
tenha espeque em provas cautelares, não repetíveis e
antecipadas.
RESPOSTA: E
(2019 – NCUPF – 2019 – TJPR – Titular de Serviços e Notas)
Sobre o tema da prova no Processo Penal brasileiro,
identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes
afirmativas:
( ) É vedada ao juiz a iniciativa probatória durante a
investigação preliminar.
( ) O Código de Processo Penal prevê o instituto da ilicitude
probatória por derivação.
( ) O juiz que declarar a ilicitude probatória se torna
impedido de seguir no processo, de modo que a prova ilícita
deve ser desentranhada e, então, o processo encaminhado a
juiz substituto.
( ) Em relação ao estado das pessoas, serão observadas as
restrições probatórias estabelecidas na lei civil.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta,
de cima para baixo.
a) F – V – F – V.
b) V – F – V – V.
c) F – F – V – V.
d) V – V – F – F.
e) F – V – V – F.
(2019-CESPE – MPE-PI – Promotor de Justiça) - No âmbito
do processo penal, considera-se prova não repetível
a) o processo administrativo sancionador conduzido por
autoridade competente e submetido a amplo contraditório.
b) a gravação de conversa informal entre indiciado e policial.
c) o depoimento de testemunha internada em hospital e em
grave risco de morte.
policial, ainda que esta se recuse a comparecer em juízo.
e) o reconhecimento do acusado feito pela vítima na 
delegacia.
RESPOSTA: A
(2019 – CESPE – MPE-PI – Promotor de Justiça) Com relação
à licitude do procedimento de busca e apreensão de celular
por autoridade policial, assinale a opção correta. a) Em se
tratando de celular de propriedade de vítima morta, é ilegal
a realização de perícia sem prévia autorização judicial se o
aparelho tiver sido entregue a autoridade policial pelo
cônjuge da vítima.
b) É lícita a prova obtida pela polícia a partir da escuta, por
viva-voz, de conversa entre investigado e sua mãe, mesmoque sem autorização judicial ou consentimento dos
interlocutores, sendo válida a consequente prisão em
flagrante.
c) É dispensada autorização judicial para extração de dados e
conversas registradas em aparelho celular apreendido no
momento de prisão em flagrante.
d) É lícito o acesso aos dados armazenados em celular
apreendido após determinação judicial de busca e
apreensão, mesmo que a decisão não tenha expressamente
previsto tal medida.
e) É ilegal a análise de celular por policiais no momento de
prisão em flagrante, mesmo com a autorização voluntária e
consciente do acusado
RESPOSTA: D
7. PROVAS EM ESPÉCIE
DO EXAME DE CORPO DE DELITO E DEMAIS PERÍCIAS
Corpo de delito é a materialidade do delito,
verificada por meio dos vestígios deixados pelo crime. A
prova pericial, no que diz respeito ao exame de corpo de
delito, é obrigatória, não podendo ser suprida nem mesmo
pela confissão do suspeito que esteja em consonância com
as demais provas.
REALIZAÇÃO
A perícia é realizada por especialistas no assunto,
objeto da perícia, a qual deve-se dar de forma direta ou
indireta (quando os vestígios não mais existirem, feita
pesquisa, pelo perito junto a outros profissionais que
tiveram acesso à materialidade, antes que essa
desaparecesse).
A perícia será feita por perito oficial, quando investido 
da função por lei, contratado como funcionário do estado. 
Na ausência do perito oficial serão nomeados outros 
especialistas na área, pelo juiz, os quais prestarão 
compromisso. Tanto o perito oficial quanto o nomeado 
deverão ser detentores de curso superior.
A lei atualmente autoriza aos interessados
(Ministério Público, ofendido, querelante, acusado) a
indicação de assistente técnico que poderá, na presença de
perito oficial, fazer exame nos vestígios deixados pelo
crime.
7.1 - DOS EXAMES E PERÍCIAS
a) Exames em cadáveres
Autópsia: é o exame completo em cadáver que será
realizado pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se
os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem
que possa ser feita antes daquele prazo. Nos casos de
morte violenta, bastará o simples exame externo do
cadáver, quando não for caso de crime ou quando as lesões
externas permitirem precisar a causa da morte.
A exumação: (desenterrar cadáveres) para exame
cadavérico, quando necessário, será determinada pela
autoridade policial ou judicial, podendo o cadáver se
encontrar em cemitério público ou particular, bem como se
estiver em local não destinado a inumações.
Localização de cadáveres: quando os cadáveres
forem localizados serão sempre fotografados na posição em
que forem encontrados, e, na medida do possível, todas as
lesões externas e vestígios deixados no local do crime
também serão alvos de exames.
b) Exames de lesões corporais: serão realizados em
pessoas vivas para verificar a natureza e gravidade da lesão,
com o objetivo de enquadrar no tipo de lesão previsto no
Código Penal, verificando se se trata de uma lesão leve,
grave ou gravíssima (art. 129, §§1º e 2º do CP), podendo
haver um único laudo ou o laudo principal e o
complementar.
c) Exame em local de crime em geral: no local onde
houver sido praticada a infração, a autoridade providenciará
imediatamente para que não se altere o estado das coisas
até a chegada dos peritos que examinarão o local, para
descreverem as alterações do estado das coisas, as
consequências dessas alterações e a dinâmica dos fatos.
d) Nas perícias laboratoriais: realizadas para verificação
de DNA e outras perícias. Os peritos acondicionarão
material suficiente para a eventualidade de nova perícia,
caso o material não tenha sido utilizado totalmente na
primeira perícia.
e) Nos crimes de furto e outros com subtração de bens:
se cometidos com destruição ou rompimento ou escalada de
obstáculo os peritos, além de descrever os vestígios,
instrumentos, meios, descreverá em que época presumida o
fato ocorreu.
f) Avaliação econômica de produtos do crime, bens
destruídos ou deteriorados: proceder-se-á, quando
necessário, à avaliação de coisas destruídas, deterioradas ou
que constituam produto do crime.
g) Local de incêndio: deverá ser descrito pelos peritos o
local onde iniciou, o motivo do incêndio e o resultado para a
vida ou para o patrimônio; a extensão do dano reais e as
demais circunstâncias.
h) Exame grafotécnico: é o exame para o
reconhecimento de escritos, por comparação de letra, entre
a grafia questionada e o material do suspeito.
i) Exame em instrumentos: serão sujeitos a exame os
instrumentos empregados para a prática da infração com a
finalidade de verificar a natureza e a eficiência para a prática
do crime apurado.
EXAMES SOLICITADOS POR CARTA PRECATÓRIA
Quando o juiz de uma comarca encaminhar para
outra comarca uma requisição de exame, por meio de
precatória, caso haja necessidade de nomeação de peritos,
esta nomeação será realizada pelo juiz deprecado (juiz que
recebe a precatória), salvo no caso de ação privada, que, se
as partes concordarem, a nomeação poderá ocorrer no juízo
deprecante (que expede a precatória).
Divergência entre os peritos
Se os peritos divergirem na conclusão do laudo, a
autoridade poderá indicar um terceiro perito, sendo que, se
este também divergir dos dois primeiros, poderá a
autoridade, se possível, indicar uma segunda equipe.
Valor probatório do laudo
Assim como todas as provas, o valor da prova
pericial é relativo, podendo o juiz aceitá-lo totalmente,
parcialmente ou até mesmo não aceitar o laudo.
O interrogatório do réu
É o ato pelo qual a autoridade judiciária ouve o imputado
acerca da prática da infração penal.
Conforme decidiu o STF (ADPFs 394 e 444) a condução
coercitiva para interrogatório é inconstitucional, conforme
decisão por maioria do STF (14.06.2018).
A confissão ocorre quando o réu admite de forma
voluntária e consciente ser o autor do fato criminoso, desde
que tenha completo discernimento. A confissão ocorre
quando for pessoalmente e de forma expressa, diante da
autoridade judiciária competente, sendo um ato solene e
reduzido a termo na audiência em que for realizada.
Não há confissão tácita, pois o CPP prevê
expressamente (art. 186) que o silêncio, que não importará
em confissão e não poderá ser interpretado em prejuízo da
defesa.
1ª parte sobre a pessoa do acusado: sua residência, meios
de vida ou profissão, oportunidades sociais, lugar onde
exerce a sua atividade, vida pregressa, notadamente se foi
preso ou processado alguma vez e outros dados familiares e
sociais.
2ª parte será perguntado sobre os fatos: sendo perguntado
ao réu se ele é autor ou não, se negar deverá responder se
conhece a pessoa a quem deva ser imputada a prática do
crime, onde se encontrava ao tempo do crime, sobre as
provas, se conhece as pessoas envolvidas no processo, entre
outros questionamentos e se tem algo a alegar em sua
defesa. Se o interrogando negar a acusação, no todo ou em
parte, poderá prestar esclarecimentos e indicar provas. Após
proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes
(acusação e defesa) se restou algum fato para ser
esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o
entender pertinente e relevante.
DO INTERROGATÓRIO DO ACUSADO PRESO
CPP - Art. 185. O acusado que comparecer perante a
autoridade judiciária, no curso do processo penal, será
qualificado e interrogado na presença de seu defensor,
constituído ou nomeado.
§1º O interrogatório do réu preso será realizado, em sala
própria, no estabelecimento em que estiver recolhido, desde
que estejam garantidas a segurança do juiz, do membro do
Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do
defensor e a publicidade do ato.
§2º Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de
ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o
interrogatório do réupreso por sistema de videoconferência
ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e
imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária
para atender a uma das seguintes finalidades:
I – prevenir risco à segurança pública, quando exista
fundada suspeita de que o preso integre organização
criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir durante o
deslocamento
II – viabilizar a participação do réu no referido ato
processual, quando haja relevante dificuldade para seu
comparecimento em juízo, por enfermidade ou outra
circunstância pessoal;
III – impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou
da vítima, desde que não seja possível colher o depoimento
destas por videoconferência, nos termos do art. 217 deste
Código;
IV – responder à gravíssima questão de ordem pública.
§3º Da decisão que determinar a realização de interrogatório
por videoconferência, as partes serão intimadas com 10 (dez)
dias de antecedência.
§4º Antes do interrogatório por videoconferência, o preso
poderá acompanhar, pelo mesmo sistema tecnológico, a
realização de todos os atos da audiência única de instrução e
julgamento de que tratam os arts. 400, 411 e 531 deste
Código.
§5º Em qualquer modalidade de interrogatório, o juiz garantirá
ao réu o direito de entrevista prévia e reservada com o seu
defensor; se realizado por videoconferência, fica também
garantido o acesso a canais telefônicos reservados para
comunicação entre o defensor que esteja no presídio e o
advogado presente na sala de audiência do Fórum, e entre este e
o preso.
§6º A sala reservada no estabelecimento prisional para a
realização de atos processuais por sistema de videoconferência
será fiscalizada pelos corregedores e pelo juiz de cada causa,
como também pelo Ministério Público e pela Ordem dos
Advogados do Brasil.
§7º Será requisitada a apresentação do réu preso em juízo nas
hipóteses em que o interrogatório não se realizar na forma
prevista nos §§1º e 2º deste artigo
§ 8º Aplica-se o disposto nos §§2º, 3º, 4º e 5º deste artigo,
no que couber, à realização de outros atos processuais que
dependam da participação de pessoa que esteja presa, como
acareação, reconhecimento de pessoas e coisas, e inquirição
de testemunha ou tomada de declarações do ofendido.
§ 9º Na hipótese do §8º deste artigo, fica garantido o
acompanhamento do ato processual pelo acusado e seu
defensor.
§ 10. Do interrogatório deverá constar a informação sobre a
existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma
deficiência e o nome e o contato de eventual responsável
pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.
DA CONFISSÃO
Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios
adotados para os outros elementos de prova, e para a sua
apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas
do processo, verificando se entre ela e estas existe
compatibilidade ou concordância.
Art. 198. O silêncio do acusado não importará confissão, mas
poderá constituir elemento para a formação do
convencimento do juiz.
Art. 199. A confissão, quando feita fora do interrogatório,
será tomada por termo nos autos, observado o disposto no
art. 195.
Art. 200. A confissão será divisível e retratável, sem
prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no exame
das provas em conjunto.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. (IADES TRE PA– Analista Judiciário) Especificamente em
relação ao direito brasileiro, é correto afirmar que o Código de
Processo Penal adotou, como regra, quanto aos sistemas de
apreciação das provas
a) O sistema do livre convencimento motivado ou persuasão
racional.
b) O sistema da íntima convicção.
c) O sistema da prova tarifada ou certeza moral do legislador.
d) O sistema religioso ou ordálio.
e) Nenhuma das alternativas anteriores, já que o Juiz, sendo o
destinatário das provas, está sujeito tão somente ao princípio da
legalidade. Em razão disso, ao valorar as provas, poderá seguir
quaisquer dos sistemas acima, inclusive mesclando-os.
RESPOSTA: A
2. (FUNCAB – PC-AC Perito criminal) Acerca do exame de corpo de
delito previsto no Código de Processo Penal, assinale a assertiva
correta.
a) Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de
corpo de delito, direto ou indireto, podendo supri-lo a confissão do
acusado.
b) O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
dois peritos oficiais, portadores de diploma de curso superior.
c) Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente
desempenharem o encargo.
d) Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 03 (três)
pessoas idôneas.
e) Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem
desaparecido os vestígios, a prova testemunhal não suprirá a falta.
RESPOSTA: A
3. (2018 – NUCEPE - PC-PI - Delegado de Polícia) Em relação às
provas no processo penal
Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o
exame de corpo de delito direto, podendo supri-lo a confissão do
acusado e o laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10
(dez) dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos
excepcionais, a requerimento dos peritos.
ERRADO – CPP Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será
indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não
podendo supri-lo a confissão do acusado. Art.
160... Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no
prazo máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em
casos excepcionais, a requerimento dos peritos.
4. (2018 – NUCEPE - PC-PI - Agente de Polícia Civil) Acerca
das provas no Direito Processual Penal, é CORRETO
afirmar:
que logo que tiver conhecimento da prática da infração
penal, a autoridade policial deverá, se possível e
conveniente, dirigir-se ao local e apreender os instrumentos
e todos os objetos que tiverem relação com o fato.
ERRADO – CPP Art. 6o Logo que tiver conhecimento da
prática da infração penal, a autoridade policial deverá: I -
dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem
o estado e conservação das coisas, até a chegada dos
peritos criminais;
5. (2018 – NUCEPE - PC-PI Prova: Delegado de Polícia) Em
relação ao Exame de Corpo de Delito, é CORRETO afirmar:
a) O médico legista, ao realizar o exame de corpo de delito,
poderá realizar o mesmo em qualquer dia e a qualquer hora.
Mas, em relação à autópsia, esta será feita pelo menos 8
(oito) horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela
evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita
antes daquele prazo, o que declararão no auto.
ERRADO: CPP Art. 162. A será feita pelo menos seis horas
depois do óbito, autópsiasalvo se os peritos, pela evidência
dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes
daquele prazo, o que declararão no auto.
b) Nos casos de acidente de carro ou avião onde há morte
violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, e desde
que não exista infração penal a apurar. Neste caso a autópsia será
feita, pelo menos 4 (quatro) horas depois do óbito.
ERRADO: CPP Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis
horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos
sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele
prazo, o que declararão no auto. c) Não sendo possível o exame
de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a
prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
c) Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem
desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe
a falta.
CERTO – CPP - Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de
delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova
testemunhal poderá suprir-lhe a falta
d) Caso ocorra a necessidade de realização de exumação para
exame cadavérico, a autoridade providenciará para que, em dia e
hora previamente marcados, se realize a diligência, da qual se
lavrará laudo circunstanciado.Não há necessidade de o
administrador de cemitério público indicar o lugar da sepultura.
ERRADO: CPP - Art. 163. Em caso de exumação para exame
cadavérico, a autoridade providenciará para que, em dia e hora
previamente marcados, se realize a diligência, da qual se lavrará
auto circunstanciado. Parágrafo único. O administrador de
cemitério público ou particular indicará o lugar da sepultura, sob
pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de quem
indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar não
destinado a inumações, a autoridade procederá às pesquisas
necessárias, o que tudo constará do auto
e) Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial
tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame complementar,
por determinação da autoridade policial, judiciária ou do
Ministério Público, e por representação do acusado.
ERRADO: CPP - Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o
primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á
a exame complementar por determinação da autoridade
policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do
Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu
defensor.
6. (2018 – FGV - TJ-AL - Analista Judiciário - Oficial de Justiça
Avaliador) Lauro figura como indiciado em inquérito policial em
que se apura a prática de infração penal grave. Intimado para
comparecer em sede policial, Lauro presta declarações, não
cientificado de seu direito ao silêncio, e confessa o crime.
Posteriormente, com base em outros elementos informativos
produzidos, Lauro vem a ser denunciado. Com base nas
informações narradas e de acordo com as previsões do Código de
Processo Penal, é correto afirmar que:
a) o interrogatório do acusado é o último ato da instrução, de
modo que não mais se admite a oitiva do indiciado antes do
oferecimento da denúncia, ainda que acompanhado de advogado
e garantido o direito ao silêncio;
ERRADO – CPP – Art. 6º... IV - ouvir o ofendido; V - ouvir o
indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no
Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo
ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a
leitura;)
b) a confissão é válida, mesmo sem ser esclarecido o direito de o
indiciado permanecer em silêncio, já que o inquérito é
caracterizado pelo caráter inquisitivo, não podendo ser retratada;
ERRADO – CPP – Art. 6º... IV - ouvir o ofendido; V - ouvir o
indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no
Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo
ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a
leitura; CPP - Art. 186. Depois de devidamente qualificado e
cientificado do inteiro teor da acusação, o acusado será
informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu
direito de permanecer calado e de não responder perguntas que
lhe forem formuladas. )
c) a confissão do réu poderá ser divisível e, independentemente
de sua validade, poderá ser retratada em juízo;
CERTO – CPP - Art. 200. A confissão será divisível e retratável,
sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no exame
das provas em conjunto.
8. (2018 – VUNESP - TJ-RS - Juiz de Direito) A respeito das
provas, A falta de exame complementar, em caso de lesões
corporais, poderá ser suprida pela prova testemunhal.
CERTO – CPP - Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o
primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á
a exame complementar por determinação da autoridade
policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do
Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu
defensor. § 3o A falta de exame complementar poderá ser
suprida pela prova testemunhal.
9. (2018 - VUNESP - PC-BA - Investigador de Polícia Civil) Os
crimes materiais exigem que a ação penal seja instruída com
o respectivo exame de corpo de delito cujo laudo, para ter
validade, deve ser assinado por
a) 2 (dois) peritos oficiais, independentemente do grau de
instrução, ou por 2 (duas) pessoas idôneas,
preferencialmente portadoras de diploma de curso superior.
b) 1 (um) perito oficial, preferencialmente portador de
diploma de curso superior, ou por 2 (duas) pessoas idôneas,
com atuação na área da perícia.
c) 2 (dois) peritos oficiais, com formação superior na área
específica da perícia, sendo vedada a assinatura por leigos.
d) 1 (um) perito oficial, obrigatoriamente portador de
diploma de curso superior, ou por 2 (duas) pessoas idôneas,
que também possuam o mesmo grau de instrução.
e) 1 (um) perito oficial, portador de diploma de curso
superior preferencialmente na área específica, vedada a
assinatura por leigos.
RESPOSTA: D - CPP Art. 159. O exame de corpo de delito e
outras perícias serão realizados por perito oficial, portador
de diploma de curso superior. § 1o Na falta de perito oficial,
o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas,
portadoras de diploma de curso superior preferencialmente
na área específica, dentre as que tiverem habilitação
técnica relacionada com a natureza do exame.
10. (2018 – FGV - TJ-AL - Analista Judiciário - Área Judiciária) Tadeu figura como
acusado em ação penal em que se investiga a prática do crime de tráfico de drogas,
respondendo ao processo na condição de preso. Entendendo existir fundada
suspeita de que Tadeu integre organização criminosa e que haveria risco de fuga em
seu deslocamento, para prevenir a segurança pública, o magistrado determinou, de
ofício, a realização do interrogatório do réu por videoconferência. Tadeu, então,
indaga seu advogado sobre a validade da decisão.
Com base nas informações expostas, o advogado de Tadeu deverá esclarecer que:
a) o interrogatório por videoconferência, atualmente, é a regra no processo penal,
respeitando-se a garantia da ordem pública;
ERRADO – CPP Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade
judiciária, no curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença
de seu defensor, constituído ou nomeado. § 1o O interrogatório do réu preso
será realizado, em sala própria, no estabelecimento em que estiver recolhido,
desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do membro do Ministério
Público e dos auxiliares bem como a presença do defensor e a publicidade do
ato. § 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a
requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema
de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e
imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a uma
das seguintes finalidades:
b) o interrogatório por videoconferência não é admitido pela legislação
penal, em respeito ao direito de presença, mas tão só a oitiva de
testemunhas sem a presença do acusado;
ERRADO – CPP Art. 185. § 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão
fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar
o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro
recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real,
desde que a medida seja necessária para atender a uma das seguintes
finalidades:
c) o interrogatório por videoconferência poderia ser determinado em
decisão fundamentada do juiz após requerimento das partes, mas não
de ofício;
ERRADO – CPP Art. 185. § 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão
fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar
o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro
recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real,
desde que a medida seja necessária para atender a uma das seguintes
finalidades:
d) as partes deverão ser intimadas da decisão que determinar o
interrogatório por videoconferência com antecedência mínima de
10 dias;
CERTO – CPP Art. 185. § 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão
fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá
realizar o interrogatório

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