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Atividade Tarefa nº 5

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ISS SOBRE OS CORREIOS. QUAL É A POSIÇÃO ATUAL DA JURISPRUDÊNCIA?
R: A constituição da ECT como empresa pública federal e, portanto, pessoa jurídica de direito privado, não a impediu de gozar de regime jurídico típico da Fazenda Pública. Aliás, sua forma de constituição e o regime jurídico que lhe é aplicável contrariam algumas normas administrativistas em virtude da ECT apresentar, a partir da construção do entendimento do STF, um caráter completamente sui generis. Assim o é em decorrência do Supremo ter lhe conferido tratamento igual ao das autarquias, espécie de pessoa jurídica que desempenha serviços tipicamente públicos. 
Conforme podemos analisar nas últimas jurisprudências como na citada a seguir “EMB. DECL. NO SEGUNDO A G. REG. NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 811 DISTRITO FEDERAL”, o STF vem entendendo que, no que tange à prestação de serviços públicos e desde que não haja finalidade lucrativa no sentido de distribuição de lucros, como no caso dos Correios que é uma empresa pública, esta por sua vez deve ter imunidade dos impostos conforme previsto no art. 150, VI, a, da CF, vejamos decisão neste sentido:
ACO 811 AgR-segundo-ED / DF - DISTRITO FEDERAL EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA Relator(a): Min. ROSA WEBER Julgamento: 09/12/2016 Órgão Julgador: Primeira Turma Publicação ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-268 DIVULG 16-12-2016 PUBLIC 19-12-2016 Parte(s) EMBTE.(S): DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES): PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL EMBDO.(A/S): EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS - ECT ADV.(A/S): HERBERT MILHOMENS DE VASCONCELOS EMENTA: DIREITO TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO REGIMENTAL EM AÇÃO CIVIL ORIGINÁRIA. COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECONHECIMENTO DA IMUNIDADE RECÍPROCA À EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS. 1. Não há contradição ou omissão no acórdão questionado, o que afasta os pressupostos de embargabilidade explicitados no art. 1.022 do Código de Processo Civil vigente. 2. A decisão embargada enfrentou expressamente a preliminar suscitada pelo MPF, de incompetência da Corte para julgar, como conflito federativo (art. 102, I, f, CF/88), lide envolvendo a possibilidade de o Distrito Federal cobrar da ECT tributo inserido na competência municipal. 3. No mérito, a jurisprudência da Casa já assentou o entendimento de que a imunidade recíproca prevista no art. 150, VI, “a”, e §§ 2º e 3º, da Constituição Federal é extensível à ECT, prestadora de serviços públicos essenciais, obrigatórios e exclusivos do Estado, quais sejam, o serviço postal e o correio aéreo nacional (art. art. 21, X, da CF/88). Esta imunidade subsiste em relação a todas as suas atividades, incluídos os serviços não exclusivos, dispensados em regime concorrencial, os quais se prestam, via subsídio cruzado, ao financiamento do serviço postal deficitário. 4. Embargos de declaração rejeitados. E o IPTU e ITBI? Nesse caso, não há mais discussão, até mesmo diante da inviabilidade de aferir que tipo de atividade é executada nos imóveis da ECT (STF – ACO 819 AgR/SE). Já no que tange às agências franqueadas dos correios, não se verifica qualquer imunidade, dada a natureza de empresas privadas daquelas, que pagarão normalmente o ISS sobre a comissão que recebem da ECT.

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