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Crimes Contra a Fé Pública - Enviar

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DIREITO PENAL IV
 Conceito de Fé Pública:
Fé pública é a confiança na autenticidade que a sociedade deposita em certos documentos, atos, sinais, símbolos, etc, empregados pelo homem em sua vida cotidiana, em razão do valor probatório que o direito lhes atribui. 
Segundo Gonçalves (2011, pag. 658):
Fé pública é a crença na veracidade dos documentos, símbolos e sinais que são empregados pelo homem em suas relações em sociedade. Não há, nos dias atuais, como se viver sem o uso de papel-moeda, cheques, documentos de veículos, Carteira de Habilitação e de identidade, contratos, notas fiscais etc. Se a falsificação desses papéis não fosse considerada crime de certa gravidade, ninguém acreditaria quando algum deles lhe fosse apresentado, prejudicando sobremaneira as relações sociais e jurídicas. 
DIREITO PENAL IV
 Bem Juridicamente protegido: 
Tutela a confiança na autenticidade de documentos.
 Forma culposa.
Nenhuma modalidade de falso é punida.
 
1.1. Requisitos para os crimes de falso. Cumulativos. 
 Alteração da verdade (immutatio veri);
b) Imitação do verdadeiro (imitatio veritatis);
c) Dano real ou potencial;
d) Dolo.
DIREITO PENAL IV
2. Moeda Falsa. Art. 289 do CP. Locupletação Ilícita.
Art. 289. Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro:
Pena — reclusão, de três a doze anos, e multa.
 A conduta típica consiste em falsificar.
 Pode dar-se:
Pela Fabricação (criação da moeda falsa). Contrafação.
2. Pela Alteração (modificação de seu valor para maior).
DIREITO PENAL IV
 Falsificação Grosseira. Súmula 73 do Superior Tribunal de Justiça: 
Súmula 73 do STJ: A utilização de papel-moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, o crime de estelionato, da competência da justiça estadual.
 Possibilidade de ser reconhecido o crime impossível de estelionato, por absoluta ineficácia do meio. Art. 17 do CP. Animus jocandi.
 Não se admite a aplicação do princípio da insignificância.
DIREITO PENAL IV
2.1. Sujeito ativo. 
Trata-se de crime comum, que pode ser cometido por qualquer pessoa.
2.2. Sujeito passivo. 
O Estado e o Lesado (pessoa física e jurídica).
2.3. Consumação. 
Crime Formal. Consuma-se o crime com a falsificação, independentemente de qualquer outro resultado.
2.4. Tentativa. 
É possível.
DIREITO PENAL IV
2.5. O objeto material. 
É a moeda que o agente sabe ser falsa.
2.6. Figuras equiparadas. Circulação de Moeda Falsa. § 1º do art. 289 do CP.
Agir acreditando na autenticidade da moeda?
Erro de Tipo. Art. 20 do CP.
2.7. Ação Pública Incondicionada, de competência da Justiça Federal, ainda que se trate apenas de moeda estrangeira.
2.8. Figura Privilegiada. § 2º do art. 289 do CP. Criminoso de Ocasião.
É uma figura privilegiada (detenção de 6 meses a 2 anos, e multa) e pune a pessoa que, após ter recebido a moeda falsa de boa-fé, toma conhecimento da falsidade e a recoloca em circulação.
2.9. Figuras qualificadas. O § 3º do art. 289 do CP. crimes próprios (funcionário público, o gerente, diretor ou fiscal do banco).
 Moeda em quantidade superior?
2.10. Desvio e Circulação Antecipada. § 4º do art. 289 do CP.
 Qual pena? A do Caput ou a do § 3º do art. 289?
2.11. Moeda que não possui curso legal.
 Crime de estelionato. Art. 171 do CP.
 
DIREITO PENAL IV
3. Crimes Assimilados ao de Moeda Falsa. Art. 290 do CP.
Art. 290 - Formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros; suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização; restituir à circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já recolhidos para o fim de inutilização:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Parágrafo único - O máximo da reclusão é elevado a doze anos e multa, se o crime é cometido por funcionário que trabalha na repartição onde o dinheiro se achava recolhido, ou nela tem fácil ingresso, em razão do cargo.
 Criar moeda ou cédula a partir de outras.
 
DIREITO PENAL IV
 Formação de cédula, nota ou bilhete representativo de moeda. O agente junta pedaços de notas, formando uma com aparência real.
 Supressão de sinal indicativo da inutilização de cédula, nota ou bilhete. Retira o carimbo.
 Restituição à circulação. Recebe a nota e repassa. 
Erro de tipo.
3.1. Figura qualificada. Art. 290, parágrafo único, do Código Penal. Funcionário.
DIREITO PENAL IV
4. Petrechos para falsificação de moeda. Art. 291 do CP.
Art. 291. Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho ou instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda:
Pena — reclusão, de dois a seis anos, e multa.
 Tipo misto alternativo. 
Prática de mais de uma conduta
 Tipo penal que pune atos preparatórios. Art. 31 do CP.
 É indiferente que o agente esteja atuando a título oneroso ou gratuito.
DIREITO PENAL IV
 Exige-se exame pericial nos objetos apreendidos para que se possa constatar sua eficácia na produção da moeda falsa.
 Consumação.
Obs: Possuir ou guardar, o crime é permanente.
 Tentativa. Possível.
O gente é surpreendido no exato instante em que ia adquirir o instrumento da falsificação.
DIREITO PENAL IV
 Elemento Subjetivo.
 Pode haver concurso entre os crime de moeda falsa e de petrechos para falsificação de moeda
 Crime Subsidiário.
DIREITO PENAL IV
 Pode ser alegado erro de tipo
 Ação penal. É pública incondicionada, de competência
da Justiça Federal.
DIREITO PENAL IV
5.     Emissão de título ao portador sem permissão legal. Art. 292 do CP.
Art. 292 - Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha, vale ou título que contenha promessa de pagamento em dinheiro ao portador ou a que falte indicação do nome da pessoa a quem deva ser pago:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único - Quem recebe ou utiliza como dinheiro qualquer dos documentos referidos neste artigo incorre na pena de detenção, de quinze dias a três meses, ou multa.
 Criar uma moeda para concorrer com a moeda oficial.
DIREITO PENAL IV
 Promessa de pagamento em dinheiro.
 Vales particulares
 Consumação.
 Tentativa. 
Controverso.
 Forma Privilegiada. Quem recebe ou utiliza. O tomador. PU do art. 292 do CP.
DIREITO PENAL IV
 ATIVIDADE PARA PRÓXIMA AULA.
 Leitura dos arts. 293 a 311-A do CP.
 Sugestão de doutrina:
 SANCHES (2018, págs. 721 a 784).
 GRECO (2016, págs. 569 a 699).
DIREITO PENAL IV
Falsificação de Documento Público, Falsificação de Documento Particular e Falsidade ideológica. Arts. 297, 298 e 299 do CP.
Um advogado, tendo esquecido de avisar a seu cliente de uma audiência de grande importância, resolveu falsificar a Decisão judicial que decretou a revelia seu constituinte. Qual o crime praticado pelo causídico?
2. Um oficial de justiça, devido a quantidade de intimações e diligências que tinha a incumbência, resolve atestar em um mandado que teria intimado as partes para comparecerem em audiência. Qual o crime praticado pelo meirinho?
DIREITO PENAL IV
1. Falsificação de Documento Público. Art. 297 do CP.
Art. 297. Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro:
Pena — reclusão, de dois a seis anos, e multa.
Forma escrita, autor certo, conteúdo com relevância jurídica e valor probatório.
1.1. Conceito de documento público, segundo GONÇALVES (2011, pag. 669):
Documento público é aquele elaborado por funcionário público, de acordo com as formalidades legais, no desempenho de suas funções. Exs.: carteira de identidade, CPF, Carteirade Habilitação, Carteira Funcional, Certificado de Reservista, Título de Eleitor, escritura pública etc.
DIREITO PENAL IV
 Definição de Heleno Cláudio Fragoso: Conceito restrito.
É todo escrito devido a um autor determinado, contendo exposição de fatos ou declaração de vontade, dotado de significação e relevância jurídica. 
 Modalidades de Falsidade. 
 Material. Cria o documento falso ou então altera o documento verdadeiro.
 Ideológica. O documento é formalmente perfeito, a falsidade recai sobre o seu conteúdo.
Na falsidade material, o documento será inteiramente falso; na ideológica, o documento será formalmente válido, incidindo a falsidade apenas em relação ao seu conteúdo. 
 Pessoal. Atribuição a si ou a terceiro de falsa identidade. 
DIREITO PENAL IV
 Documento Público x Documento Particular:
 Documento Público. 
Elaborado por funcionário público competente para a emissão daquele determinado documento e obedecendo a forma legal.
 Documento formal e substancialmente público.
 Documento formalmente público e substancialmente privado.
DIREITO PENAL IV
Obs: O documento público por equiparação: CP, art. 297, § 2º.
 Documento Particular.
É obtido por exclusão.
 Exemplos: Os contratos, acordos, histórico escolar, carteira de identificação escolar, de clubes.
DIREITO PENAL IV
 Documentos públicos por equiparação. Art. 297, § 2º do CP.
 Os emanados de entidade paraestatal (autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações instituídas pelo Poder Público);
b) O título ao portador ou transmissível por endosso (cheque, nota promissória etc.);
c) As ações das sociedades mercantis: sociedades anônimas ou em comandita por ações;
d) Os livros mercantis. 
e) O testamento particular (hológrafo).
DIREITO PENAL IV
 É indispensável o exame de corpo de delito para a prova da materialidade (art. 158 do Código de Processo Penal). exame documentoscópico.
 Na falsificação de Carteira de Trabalho (CTPS), a competência depende da finalidade da falsificação. Se for para fraudar a previdência social, a competência será da Justiça Federal; se for para fins particulares, da Justiça Estadual (Súmula n. 62 do STJ).
 § § 3º e 4º ao art. 297 do CP. Equívoco legislativo. (falsidade ideológica). Art. 337-A, em (sonegar contribuição previdenciária).
DIREITO PENAL IV
2. Falsificação de Documento Particular. Art. 298 do CP.
Art. 298. Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro:
Pena — reclusão, de um a cinco anos, e multa.
2.1. Conceito de Documento Particular:
Documento particular é aquele que não é público em si mesmo ou por equiparação. Os requisitos do documento particular são os mesmos do documento público (forma escrita, autor certo, conteúdo com relevância jurídica e valor probatório), sendo que, entretanto, não são elaborados por funcionário público no desempenho de suas funções. Ex.: contratos de compra e venda, de locação, notas fiscais, carteira de sócio de clube etc.
 Forma escrita, autor certo, conteúdo com relevância jurídica e valor probatório.
DIREITO PENAL IV
3. Falsidade ideológica. Art. 299 do CP.
Art. 299. Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:
Pena — reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão, de um a três anos, e multa, se o documento é particular.
 Falsidade intelectual, ideal ou moral.
 O documento é autêntico e o conteúdo é falso.
 Falsidade nas declarações contidas no documento.
 O documento foi elaborado por quem tinha autorização para fazê-lo, sendo falso apenas o seu conteúdo.
DIREITO PENAL IV
 Condutas típicas
 Omitir declaração que devia constar do documento.
Exs.: Não inserir cláusula contratual que havia sido combinada; confeccionar Carteira de Habilitação na qual não consta a necessidade do uso de lentes corretivas etc. 
2) Inserir declaração falsa ou diversa da que devia constar. 
Ex.: Declarar que a pessoa é habilitada em categoria diversa da qual ela foi efetivamente aprovada.
3) Fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia constar. Induz Funcionário Público a erro.
Ex.: alguém declara que é solteiro ao Tabelião durante a lavratura de uma escritura para prejudicar os direitos de sua esposa de quem está se separando.
DIREITO PENAL IV
 Elemento subjetivo. Especial fim de agir.
 Comprovação. 
Não se exige o exame pericial.
 O particular só pode cometer falsidade ideológica em documento público em duas hipóteses:
 Se ele fizer um funcionário público de boa-fé inserir declaração falsa em documento público;
b) Se elaborar documento público por equiparação, de sua alçada, com declaração falsa.
Obs: Falsidade em assento de registro civil. A pena da falsidade ideológica será aumentada de um sexto. Se não constituir crime mais grave. PU, do art. 299 do CP.
DIREITO PENAL IV
Atividade Prática
Leitura dos arts. 300 a 311-A do CP.
 Sugestão de leitura:
 SANCHES (2018, págs. 749 a 784).
 GRECO (2016, págs. 615 a 699).
 
 BITENCOURT (2017, págs. 610 a 660).
DIREITO PENAL IV
Falso Reconhecimento de Firma ou Letra. Art. 300 do CP.
Art. 300. Reconhecer, como verdadeira, no exercício de função pública, firma ou letra que não o seja:
Pena — reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público; e de um a três anos, e multa, se o documento é particular.
 Crime semelhante à falsidade ideológica, porém, com regras próprias.
Firma. É a assinatura de alguém.
2. letra. É o manuscrito de uma pessoa. 
Ex.: Testamentos lavrados de próprio punho pelo de cujus.
DIREITO PENAL IV
3. Sujeito Ativo.
Tabelião, escrevente do tabelionato, oficial do cartório de registro civil etc. Trata-se, pois, de crime próprio.
No exercício da função pública.
4. Sujeito Passivo.
5. Objeto Jurídico e Bem Juridicamente protegido.
6. Consumação e tentativa.
Precisa o Tabelião entregar o documento ao solicitante?
DIREITO PENAL IV
7. Elemento Subjetivo.
Dolo
8. Ação Penal.
DIREITO PENAL IV
Certidão ou Atestado Ideologicamente Falso. Art. 301 do CP.
Art. 301 - Atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública, fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem:
Pena - detenção, de dois meses a um ano.
 Não precisa o exercício da função pública.
 Com o objetivo de outrem obter uma vantagem.
DIREITO PENAL IV
1. Sujeito Ativo.
Funcionário público em razão da função pública.
2. Sujeito Passivo.
3. Objeto Jurídico e Bem Juridicamente protegido.
Certidão ou atestado
4. Consumação e tentativa.
Se faz necessário que o particular use o atestado ou a certidão falsa?
DIREITO PENAL IV
5. Elemento Subjetivo.
Dolo
6. Ação Penal.
DIREITO PENAL IV
7. Forma qualificada. § 1º do art. 301 do CP. Falso material.
§ 1º - Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou alterar o teor de certidão ou de atestado verdadeiro, para prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem:
Pena - detenção, de três meses a dois anos.
7.1. Crime comum.
8. Com a finalidade de lucro.
§ 2º - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se, além da pena privativa de liberdade, a de multa.
DIREITO PENAL IV
Falsidade de atestado médico. Art. 302 do CP.
Art. 302. Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso:
Pena — detenção, de um mês a um ano.
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.Delito Incoerente. Pena deveria ser mais grave!
 Crime próprio.
 O crime só se caracteriza quando o conteúdo do atestado refere-se às funções típicas dos médicos.
DIREITO PENAL IV
 Quem usa o atestado médico falso?
Incorre no crime do art. 304 com a pena 
do art. 302.
 Quem não é médico e falsifica atestado médico? 
Comete o crime do art. 301, § 1º, do CP.
 Médico que é funcionário público?
Comete o crime do art. 301, do CP.
DIREITO PENAL IV
1. Sujeito Ativo.
Somente o Médico.
2. Sujeito Passivo.
3. Objeto Jurídico e Bem Juridicamente protegido.
4. Consumação e tentativa.
O atestado precisa ser usado pelo solicitante?
DIREITO PENAL IV
5. Elemento Subjetivo.
Dolo
6. Ação Penal.
DIREITO PENAL IV
Reprodução ou Alteração de Selo ou Peça Filatélica. Art. 303 do CP.
Art. 303. Reproduzir ou alterar selo ou peça filatélica que tenha valor para coleção, salvo quando a reprodução ou alteração está visivelmente anotada na face ou no verso do selo ou peça:
Pena — detenção, de um a três anos.
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem, para fins de comércio, faz uso do selo ou peça filatélica.
 Art. 39 da Lei n. 6.538/78, que pune as mesmas condutas.
DIREITO PENAL IV
Uso de Documento Falso. Crime remetido. Art. 304 do CP.
Art. 304. Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados a que se referem os arts. 297 a 302: 
Pena — a cominada à falsificação ou à alteração.
 Remete a 06 crimes anteriores!
 É necessário que tenha sido apresentado com a finalidade de fazer prova sobre fato relevante.
 Quando a pessoa apresenta um documento falso em decorrência de solicitação policial. Há crime. (STJ, 5ª T, REsp 193.210).
.
DIREITO PENAL IV
 Quem usa documento falso a fim de cometer estelionato só responde por este crime, nos termos da Súmula nº 17 do STJ:
Súmula 17 do STJ: Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, e por este absorvido.
 O falsário que usa o documento por ele falsificado só responde pela falsificação. O uso é um post factum impunível (mero exaurimento da infração penal).
 Documento encontrado, sem que o agente tenha utilizado. Atípico.
 Falsificação ou alteração e uso pelo próprio agente.
.
DIREITO PENAL IV
 Fotocópia não autenticada. 
Atípico.
Sujeito Ativo.
2. Sujeito Passivo.
3. Objeto Jurídico e Bem Juridicamente protegido.
DIREITO PENAL IV
4. Consumação.
5. Tentativa?
6. Elemento Subjetivo.
Dolo
7. Ação Penal.
DIREITO PENAL IV
Supressão de Documento. Art. 305 do CP.
Art. 305. Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou particular verdadeiro, de que não podia dispor:
Pena — reclusão, de dois a seis anos, e multa, se o documento é público, e reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é particular.
 As condutas típicas são: 
Destruir: queimar, rasgar, eliminar, estragar, dilacerar etc.
b) Suprimir: fazer desaparecer o documento, sem que tenha havido sua destruição ou ocultação.
c) Ocultar: esconder, colocar o documento em local que não possa ser encontrado.
DIREITO PENAL IV
1. Sujeito Ativo.
2. Sujeito Passivo.
3. Objeto Jurídico e Bem Juridicamente protegido.
4. Consumação e tentativa.
DIREITO PENAL IV
5. Elemento Subjetivo.
Dolo
6. Ação Penal.
DIREITO PENAL IV
Falsificação do Sinal Empregado no Contraste de Metal Precioso ou na Fiscalização Alfandegária, ou para outros fins. Art. 306 do CP. 
Art. 306 - Falsificar, fabricando-o ou alterando-o, marca ou sinal empregado pelo poder público no contraste de metal precioso ou na fiscalização alfandegária, ou usar marca ou sinal dessa natureza, falsificado por outrem:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
Parágrafo único - Se a marca ou sinal falsificado é o que usa a autoridade pública para o fim de fiscalização sanitária, ou para autenticar ou encerrar determinados objetos, ou comprovar o cumprimento de formalidade legal:
Pena - reclusão ou detenção, de um a três anos, e multa.
DIREITO PENAL IV
Falsa identidade. Art. 307 do CP.
Art. 307. Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem:
Pena — detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.
 Identidade é o conjunto de características que servem para identificar uma pessoa: nome, filiação, estado civil, profissão, sexo etc.
DIREITO PENAL IV
 O agente simplesmente se atribui ou atribui a terceiro uma falsa identidade, mentindo a idade, dando nome inverídico etc.
 É necessário que o agente vise obter alguma vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou causar dano a outrem. Ex.: fazer uma prova na faculdade para outra pessoa; criar perfil falso de um artista no Face, etc.
DIREITO PENAL IV
 Preso em flagrante, mente verbalmente seu nome no Distrito Policial. Autodefesa, nos termos do art. 5º, LXIII, da Constituição Federal. Polêmico.
 Subsidiariedade. Sempre absorvido quando o fato constituir crime mais grave.
Vantagem econômica, responderá o agente apenas por estelionato.
 Passar por outra pessoa para enganar a vítima e conseguir realizar ato sexual. Violação sexual mediante fraude (art. 215).
DIREITO PENAL IV
Uso de Documento de Identidade Alheio. Art. 308 do CP.
Art. 308. Usar, como próprio, passaporte, título de eleitor, caderneta de reservista ou qualquer documento de identidade alheia¹ ou ceder a outrem, para que dele se utilize, documento dessa natureza, próprio ou de terceiro:
Pena — detenção, de quatro meses a dois anos, e multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.
 Falsa identidade X Uso de documento falso.
 1. Interpretação analógica.
DIREITO PENAL IV
A lei incrimina duas condutas distintas:
 Usar como próprio documento alheio.
2. Ceder a outrem, para que dele se utilize, documento próprio ou de terceiro.
 Subsidiariedade expressa.
DIREITO PENAL IV
Como foi cobrado em concurso!
(FCC/ TCM-RJ/Procurador da Procuradoria Especial). Quanto ao crime de uso de documento de identidade alheia como próprio, é INCORRETO afirmar que: 
 A carteira profissional pode ser objeto material do delito.
 Não se exige que o uso tenha por finalidade a obtenção de vantagem. 
 A consumação ocorre com o uso de documento de identidade alheia.
 Não é necessário que o uso tenha por objetivo causar dano a outrem. 
 Na forma culposa é necessário que agente tenha consciência de que o uso é ilícito. 
DIREITO PENAL IV
Como foi cobrado em concurso!
(FUNCAB/PC-PA/Delegado de Policia Civil/2016). Etevaldo, depois de ingressar na posse de uma carteira de habilitação pertencente a outrem, aproveitando-se de sua semelhança fisionômica para com o titular do documento, adultera o nome ali constante, substituindo-o pelo seu. Considerando que a adulteração não era perceptível ictu oculi e que o autor pretendia utilizar o documento para conduzir irregularmente veículo automotor, é correto afirmar que Etevaldo cometeu crime de: 
Falsificação de documento público.
Uso de documento de identidade alheia.
Falsa identidade.
Uso de documento falso, na forma tentada.
Falsidade ideológica documento público.  
DIREITO PENAL IV
Fraude de Lei Sobre Estrangeiros. Art. 309 do CP.
Art. 309. Usar o estrangeiro, para entrar ou permanecer no território nacional, nome que não é o seu:
Pena — detenção, de um a três anos, e multa. 
Parágrafo único – Atribuir¹ a estrangeiro falsa qualidade para promover-lhe a entrada em território nacional: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa
 Modalidade especial do crime de falsa identidade.
 Crime próprio no tocante ao caput.
 1.Crime comum.
DIREITO PENAL IV
Falsidade em Prejuízo da Nacionalização de Sociedade.
Art. 310. Prestar-se a figurar como proprietário ou possuidor de ação, título ou valor pertencente a estrangeiro, nos casos em que a este é vedada por lei a propriedade ou a posse de tais bens:
Pena — detenção, de seis meses a três anos, e multa. 
 Bens jurídicos protegidos. A fé pública e a ordem econômica.
 “Testa de ferro”.
 Norma penal em branco.
DIREITO PENAL IV
Adulteração de Sinal Identificador de Veículo Automotor. Art. 311 do CP.
Art. 311. Adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer sinal identificador de veículo automotor, de seu componente ou equipamento:
Pena — reclusão, de três a seis anos, e multa.
 Infração penal inserida no CP pela Lei n. 9.426/96.
 O agente que adultera ou remarca número de chassi ou qualquer outro sinal identificador do veículo.
Ex: Placas, numeração do motor, do câmbio, numeração de chassi gravada nos vidros do automóvel etc.
DIREITO PENAL IV
 A remarcação do chassi.
Utilizando-se de material abrasivo(raspagem, ácido), consegue apagar a numeração originária (ou parte dela) e, em seu lugar, colocar outro número com a utilização de ferramentas apropriadas.
 A adulteração.
Pode dar-se com qualquer espécie de montagem do chassi de um veículo em outro.
DIREITO PENAL IV
 Alteração da placa de veículo com uso de fita isolante. 
Atípico. GRECO (2016).
SANCHES (2018, pág.311) discorda.
 Autônomo em relação a eventual furto ou receptação do veículo automotor.
 
DIREITO PENAL IV
 Figura Majorada. § 1º, do art. 311 do CP. 
Funcionário Público. 1/3 da pena.
Figura equiparada? § 2º, do art. 311 do CP. 
Funcionário. Licenciamento ou registro do veículo com sinal identificador remarcado ou adulterado. fornecendo indevidamente material ou dando informação oficial.
Contribui.
DIREITO PENAL IV
Como foi cobrado em concurso!
(FMP/TJ-MT/2014). De acordo com o entendimento do STF, se o agente coloca uma fita adesiva para alterar a identificação da placa de seu automóvel e assim poder burlar o rodízio de veículos, ele pratica:
 O crime tipificado no art. 311 do CP.
 O crime tipificado no art. 311 do CP, somente ante a presença de elemento subjetivo do injusto ou a finalidade específica.
 O crime de falso previsto no art. 297 do CP.
 O crime de falso previsto no art. 299 do CP.
 Fato atípico em razão da falsificação grosseira.
DIREITO PENAL IV
Como foi cobrado em concurso!
(VUNESP/Prefeitura de São José dos Campos-SP/Procurador/2017). A simples conduta de adulterar a placa de veículo automotor, com arrependimento posterior, tem como bem jurídico tutelado a:
A identificação de veículo automotor.
Fé pública.
Idoneidade de documento público.
Idoneidade de sinal público.
Idoneidade particular.
DIREITO PENAL IV
Fraudes em Certames de Interesse Público. Art. 311-A do CP.
Art. 311-A. Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de:
I - concurso público; 
II - avaliação ou exame públicos; 
III - processo seletivo para ingresso no ensino superior; ou
 IV - exame ou processo seletivo previstos em lei: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem permite ou facilita, por qualquer meio, o acesso de pessoas não autorizadas às informações mencionadas no caput. 
§ 2º Se da ação ou omissão resulta dano à administração pública: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
§ 3º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o fato é cometido por funcionário público.
 Tipo criado pela lei 12.550/11.
DIREITO PENAL IV
 Forma majorada. § 3º do art. 311-A.
 Funcionário Público. 1/3. Condição profissional.
 Quem Permite ou Facilita o acesso a informações sigilisas. § 3º do art. 311-A.
Mesmas penas do caput.
DIREITO PENAL IV
Como o assunto foi cobrado!
(MPE-SC/Promotor de Justiça/2016). Segundo o Código Penal, o crime intitulado fraudes em certames de interesse público, atentatório contra a administração pública, consiste na conduta de utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de concurso público; avaliação ou exame públicos; processo seletivo para ingresso no ensino superior; ou, exame ou processo seletivo previstos em lei. Comete a mesma infração penal quem permite ou facilita, por qualquer meio, o acesso de pessoas não autorizadas às informações mencionadas acima.
Contra a fé pública.
Incorre nas mesmas penas.

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