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Anemia: Causas e Classificação

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Anemia
Anemia é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal como resultado da carência de um ou mais nutrientes essenciais. A anemia é uma condição em que o número de glóbulos vermelhos no sangue não é suficiente. Pode ser causada se o organismo: 
• não produzir um número suficiente de glóbulos vermelhos
• perder demasiados glóbulos vermelhos 
• destruir os glóbulos vermelhos mais depressa do que os consegue substituir.
 Os glóbulos vermelhos são as células que existem em maior número no sangue. A sua função consiste em transportar oxigênio dos pulmões para o resto do corpo, para poder ser utilizado como energia. Os glóbulos vermelhos contêm uma proteína chamada hemoglobina, que é a responsável pelo transporte do oxigênio. Embora existam diversos órgãos que ajudam a produzir os glóbulos vermelhos, a maior parte dessa função é feita pela medula óssea.
Fisiopatologia da Anemia
Os eritrócitos originam-se de células tronco hematopoiéticas da medula óssea que se dividem até formar o reticulócito, precursor da hemácia e que já pode ser detectado no sangue periférico. Os reticulócitos duram cerca de 24/48 horas até serem convertidos em hemácias sendo o hormônio envolvido nesse processo a eritropoetina produzida no rim e fígado que estimula a eritropoese a partir do nível de oxigênio tecidual.
A anemia pode ser consequência de três mecanismos principais:
Diminuição da sobrevida dos eritrócitos (hemorragias agudas/hemólise);
Defeitos na produção medular (hipoproliferação);
Defeitos na maturação dos eritrócitos (eritropoese ineficaz);
Na anemia por hemorragias as manifestações dependem da velocidade de instalação do quadro. Uma hemorragia aguda, como nos traumas, pode levar rapidamente ao choque, enquanto a hemorragia crônica, comum em sangramentos do trato gastrointestinal, pode haver uma redução muito significante dos eritrócitos sem apresentar sintomas.
O aumento dos reticulócitos, como compensação medular, não ocorre inicialmente nas hemorragias agudas, devido ao curto período para proliferação. Diferente da anemia hemolítica que está associada a altos índices de reticulócitos devido a compensação.
A anemia hipoproliferativa pode ser resultado da redução da eritropoetina, como ocorre na insuficiência renal, pela carência de vitamina B12, ferro e ácido fólico, fundamentais para o processo de eritropoese, ou devido a doenças inflamatórias e neoplásicas.
Classificação da Anemia
Anemias hereditárias: As anemias hereditárias geralmente se relacionam a alterações genéticas na fabricação do glóbulo vermelho – seja da membrana que dá forma ao glóbulo vermelho, seja das substâncias que estão em seu interior – hemoglobina e proteínas (enzimas).
Anemias adquiridas: As anemias adquiridas podem acontecer por carência de nutrientes, por alterações na medula óssea ou ainda por outra doença que causa anemia por outros mecanismos. Assim, nos quadros de carência de vitaminas, podemos citar a falta de ferro ou de vitamina B12.
Classificação da Anemia por causas
Anemia por falta de produção dos glóbulos vermelhos
Essa é a forma mais comum de anemia. Pode ocorrer especialmente pela falta de nutrientes, como o ferro, mas também por interrupção da produção da medula óssea e falta de eritropoietina, que pode ser ocasionada por insuficiência dos rins ou doenças inflamatórias, autoimunes ou infecciosas.
Anemia ferropriva
Anemia ferropriva é o tipo de anemia decorrente da deficiência de ferro dentro do organismo levando à uma diminuição da produção, tamanho e teor de hemoglobina dos glóbulos vermelhos, hemácias. O ferro é essencial para a produção dos glóbulos vermelhos e seus níveis baixos no sangue comprometem toda cascata de produção das hemácias.
Anemia por deficiência de vitamina B12
Na anemia por deficiência de vitamina B12, ocorre baixa contagem de hemácias devido a pouca quantidade dessa vitamina no organismo. Anemias causadas por deficiência de vitamina B12 ou de ácido fólico, no geral, são chamadas de anemias megaloblásticas. Já a deficiência de vitamina B12 causada por falha de nosso organismo em obtê-la é chamada de anemia perniciosa.
Anemia aplástica
Esta é uma anemia rara, com risco de morte, que ocorre quando a medula óssea é destruída por diversos mecanismos e não consegue produzir a quantidade suficiente de glóbulos vermelhos e das demais células sanguíneas fundamentais para o nosso organismo, como os glóbulos brancos e as plaquetas.
Anemia por excesso de destruição ou anemia hemolítica
Em pessoas saudáveis, os glóbulos vermelhos vivem cerca de 120 dias antes de serem descartados pelo organismo. Na anemia hemolítica, os glóbulos vermelhos no sangue são destruídos antes do tempo normal, sem dar tempo de serem repostos pela medula óssea.
Anemia falciforme
A anemia falciforme é um tipo de doença hemolítica hereditária (passa dos pais para os filhos), caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, tornando-os parecidos com uma foice, daí o nome falciforme. Essas células têm sua membrana alterada e rompem-se mais facilmente, causando anemia.
Anemia por perdas sanguíneas excessivas
Nesse tipo de anemia, estão incluídas as anemias por perdas agudas, como as que acontecem em um acidente ou em hemorragias. As perdas crônicas podem ser bem enganadoras, porque acontecem lentamente, passando pouco percebidas e permitindo que nosso corpo se adapte à baixa da hemoglobina, que às vezes pode ser bem grave.
Sintomas
Os efeitos da anemia dependem da sua gravidade e do seu ritmo de progressão. Poderá sentir os seguintes sintomas:
 • fraqueza 
• cansaço 
• sensação de frio 
• falta de ar 
• tonturas 
• tristeza ou depressão sem razão aparente 
• confusão 
• palidez, ou seja, falta de cor nos lábios, no interior das pálpebras inferiores, nas gengivas e nas mãos 
• falta de apetite 
• perturbações do sono A anemia é uma doença grave e, se não for tratada, pode levar a outros problemas de saúde. 
Por exemplo, se existe uma diminuição do número de glóbulos vermelhos, o coração tem que trabalhar mais para manter estáveis os níveis de oxigênio no organismo. Se o coração trabalhar demasiado, o músculo cardíaco enfraquece, podendo originar insuficiência cardíaca. Para diagnosticar a anemia, é realizada uma análise ao sangue que mede a hemoglobina (Hb). Se sofre de doença renal crônica, o nível de hemoglobina deverá estar entre os 10 e os 11,5 g/dl (gramas por decilitro), valor que é inferior ao de uma pessoa com função renal normal. O nível de hemoglobina é um indicador do número de glóbulos vermelhos presentes no sangue.
Causas
A anemia pode ter várias causas, incluindo: 
• carências nutricionais – falta de ferro, de vitamina B12 ou de ácido fólico na alimentação 
• perturbações do funcionamento da medula óssea 
• distúrbios hormonais – níveis reduzidos das hormonas que estimulam a produção de glóbulos vermelhos, como, por exemplo, a eritropoietina, a hormona tiroideia (hipotiroidismo) e andrógenos (hipogonadismo) 
• doenças hereditárias – como, por exemplo, a anemia falciforme ou a talassemia • doenças autoimunes – como, por exemplo, a anemia hemolítica autoimune • doenças crónicas – como, por exemplo, a artrite reumatoide, o lúpus ou cancros 
• infeções
A anemia também se pode dever a perdas de sangue (devido a uma cirurgia ou a um trauma, por exemplo) ou a medicamentos ou A anemia também se pode dever a perdas de sangue (devido a uma cirurgia ou a um trauma, por exemplo) ou a medicamentos ou rápido crescimento ou com elevadas exigências energéticas, como a puberdade e a gravidez, também se pode desenvolver anemia.
Tratamento
O tratamento da anemia depende da causa subjacente. Se sofre de doença renal, ôa causa mais comum da anemia é uma deficiência do hormônio eritropoietina. A eritropoietina é produzida pelos rins e atua na medula óssea, que produz os glóbulos vermelhos. No caso de ter uma doença renal crônica, são utilizados agentes estimuladores da eritropoese (AEE) para tratara anemia, medicamentos que são semelhantes à eritropoietina natural. É um processo semelhante ao dos diabéticos, que recebem insulina para suplementar a sua própria produção do hormônio. Os AEE (eritropoietina) podem ser administrados por via intravenosa (diretamente no sangue) ou na camada de gordura existente por baixo da pele (via subcutânea). A maior parte das pessoas aprenda a autoinjetar-se, o que se	 torna uma solução fácil e conveniente. Adicionalmente, a doença renal limita a capacidade do organismo de absorver ferro no intestino, resultando numa deficiência de ferro. A anemia provocada por carências nutricionais pode ser evitada através de uma dieta equilibrada, contendo lacticínios, carnes magras e frutas e vegetais frescos, nozes e leguminosas. Por vezes, é necessário um suplemento de ferro, vitamina B12 ou ácido fólico. Os suplementos de ferro estão disponíveis em comprimidos ou em injeções por via intravenosa.
https://www.apir.org.pt/wp-content/uploads/2017/04/Tudo-sobre-a-anemia.pdf
Sistematização da Assistência de Enfermagem
A primeira parte da SAE contém coleta de dados utilizada para avaliação, histórico de enfermagem, demandas terapêuticas para o autocuidado que tem, antecedentes pessoais, hábitos, medicamentos em uso, sono/repouso, alimentação, digestão, mecânica corporal/mobilidade/locomoção/exercícios e atividades físicas, eliminação urinária, eliminação do trato gastrointestinal, respiração, exame físico, exames, hidratação, integridade física e psicossocial.
Principais Diagnósticos de Enfermagem para pessoas com Anemias de acordo com NANDA e NIC.
	Diagnósticos NANDA
	Intervenções de enfermagem NIC
	Risco de Infecção caracterizado por destruição dos tecidos
	• Orientar o paciente sobre técnicas adequadas de lavagem das mãos; 
• Assegurar o emprego da técnica adequada no cuidado de feridas; 
• Orientar o paciente e a família sobre os sinais e sintomas de infecção e sobre o momento de relatos ao profissional de saúde;
	Integridade tissular prejudicada caracterizada por tecido lesado e relacionado à circulação prejudicada
	• Manter uma hidratação adequada para diminuir a viscosidade do sangue;
 • Orientar o paciente sobre cuidado correto dos pés; 
• Evitar aplicar pressão ou torniquete à extremidade afetada;
	Perfusão tissular periférica ineficaz caracterizada pela cicatrização da ferida periférica retardada e relacionada ao conhecimento deficiente dos fatores agravantes
	• Fazer uma avaliação completa da circulação periférica (p.ex., verificar pulsos periféricos, edema, enchimento capilar, cor e temperatura); 
• Examinar a pele em busca de úlceras por estase e ruptura tissular; 
• Proteger a extremidade contra lesão;
	Risco de quedas caracterizadas por dificuldade na marcha
	• Identificar características ambientais capazes de aumentar o potencial de quedas; • Evitar acúmulo de objetos no assoalho; 
• Monitorar o modo de andar, o equilíbrio e o nível de fadiga com a deambulação;
	Dor crônica caracterizada por expressão facial e irritabilidade e relacionada à incapacidade física crônica
	• Realizar uma avaliação completa da dor, incluindo local, características, início\ duração, frequência, qualidade, intensidade e gravidade, além de fatores precipitadores; 
• Considerar as influências culturais sobre a resposta à dor; 
• Determinar o impacto da experiência da dor na qualidade de vida;
	Interação social prejudicada caracterizada por desconforto em situações sociais e relacionada a distúrbio no autoconceito
	• Encorajar o paciente a mudar o ambiente, como sair para caminhar ou ir ao cinema; •Promover o compartilhamento de problemas comuns com os outros; 
•Confrontar a respeito de julgamento prejudicado, quando adequado;
	Ansiedade caracterizada por incerteza, angústia e nervosismo relacionada à ameaça ao estado de saúde
	• Manter atitudes calmas e firmes; 
• Sentar e conversar com o paciente;
 • Reduzir ou eliminar estímulos geradores de medo ou ansiedade;
	Distúrbio na imagem corporal caracterizada por mudança real na estrutura e relacionada à lesão
	•Ajudar o paciente a identificar as prioridades de vida; 
•Ajudar o paciente a identificar uma fonte de motivação;
 file:///C:/Users/Arthur/Music/1676-17393-1-PB.pdf
Resultados esperados
	Diagnósticos NANDA
	Resultados 
	Risco de Infecção caracterizado por destruição dos tecidos
	Controle de riscos.
Detecção de riscos.
Cicatrização de feridas.
Controle de risco comunitário.
	Integridade tissular prejudicada caracterizada por tecido lesado e relacionado à circulação prejudicada
	Integridade Tissular: pele e mucosa.
Cicatrização de feridas.
	Perfusão tissular periférica ineficaz caracterizada pela cicatrização da ferida periférica retardada e relacionada ao conhecimento deficiente dos fatores agravantes
	Conhecimento de agravos.
Cicatrização da ferida.
Perfusão tissular eficaz.
	Risco de quedas caracterizadas por dificuldade na marcha
	Equilíbrio.
Segurança.
Satisfação do cliente.
Comportamento de prevenção de quedas.
Controle de riscos. 
	Dor crônica caracterizada por expressão facial e irritabilidade e relacionada à incapacidade física crônica
	Satisfação do Cliente: controle da dor.
Nível de dor.
Dor: Resposta Psicológica Adversa.
	Interação social prejudicada caracterizada por desconforto em situações sociais e relacionada a distúrbio no autoconceito
	Participação no lazer.
Habilidade de interação social.
Envolvimento social.
	Ansiedade caracterizada por incerteza, angústia e nervosismo relacionada à ameaça ao estado de saúde
	Autocontrole da ansiedade.
Concentração.
Enfretamento. 
	Distúrbio na imagem corporal caracterizada por mudança real na estrutura e relacionada à lesão
	Adaptação à deficiência física.
Autoestima.
Imagem corporal.

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